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Dia: 7 de dezembro de 2025

Diocese de Borba ordena Presbítero o Diácono Ângelo Prestes

Na noite de ontem, 06 de dezembro de 2025, a Diocese de Borba realizou a Ordenação Presbiteral do diácono Ângelo Prestes, pela imposição das mãos de Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, bispo diocesano, na Basílica de Santo Antônio de Borba, às 19h. O evento contou com a presença de presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas, sua mãe, Domingas Valente Prestes e demais familiares e amigos. Viu e encheu-se de compaixão Após uma longa caminhada de discernimento, estudo e vivência na fé, o jovem borbense, Ângelo Prestes demostrou o desejo generoso de “trabalhar na vinha do Senhor”. A partir de 2016, com a chegada de Dom Zenildo Luiz em Borba, começaram seus passos vocacionais, por meio de encontros de comunidades, pastorais e fortalecimento na catequese. Toda essa experiência vocacional fez nascer em seu coração o ardor pelo chamado ao sacerdócio. Em 2018, Ângelo ingressou no Seminário Arquidioceseno São José, em Manaus, onde cursou o Bacharelado em Filosofia. Em 2022 iniciou os estudos de Teologia no Seminário Maior Maria Mãe da Igreja em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foi ordenado diácono no dia 2 de agosto de 2025, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. A escolha do serviço de presbítero é a mais pura decisão de entrega e amor. Por isso, toda Igreja de Cristo se alegra com este vosso filho que hoje decidiu caminhar em direção aos apelos dos mais humildes. O Sacerdócio é o ministério do amor Em sua homilia, Dom Zenildo Luiz Lima pontuou as dimensões da fé, sendo esta cognitiva, pois faz transpassar a todo tipo de injustiça e faz crescer em humanidade, e em comunhão com a igreja e com os irmãos. Esta fé guiará o ministério sacerdotal. Dom Zenildo exorta que o Jovem diácono deve seguir a canção do Padre Zezinho – “Não deixe que eu me canse, ó Senhor”. Não deixe de amar a Jesus e servir ao povo. Que seus caminhos reflitam a linguagem do amor, da humildade e da harmonia. “Seja impulsionado e iluminado pelo Espírito Santo de Deus”. Neste viés, o Bispo diocesano frisou que “o povo de Deus sente necessidade do Presbítero discípulo, do presbítero missionário, do presbítero que vive o Evangelho”. Foi mencionado também por Dom Zenildo que o neo-sacerdote seja um padre mistagogo, pela catequese, pela evangelização e pelo testemunho. A alegria do pertecimento Durante a celebração, os participantes prestaram homenagens ao novo padre, a Sra. Domingas Prestes, mãe de Pe. Ângelo Prestes, em lágrimas de profunda alegria, revestiu o novo presbítero, num momento de comoção e alegria a todos os presentes na Basílica. Este gesto solene de fé e entrega representa um fortalecimento significativo para a Diocese de Borba, bem como para suas foranias, paróquias e áreas missionárias. O Padre Jair, da paróquia de Campo Grande, irmã-diocese, afirmou que o Padre Ângelo “tem traços de pastor e seguirá firme‘. O padre Jânio Assis, pároco da Paroquia de Autazes apontou qualidades que destacaram a caminhada do Padre Ângelo.  A Ata final foi declamada pelo Padre Jair Vieira Alves, chanceler da Cúria diocesana. “Eu decidi ficar entregue à ação da graça e da Misericódia de Deus” Em suas palavras, o Padre Ângelo Prestes afirmou que o “Senhor Deus nos reconstrói a partir de Seu Sagrado Coração“. Ele afirma que “Deus me convidou a caminhar, não porque eu mereça, mas porque Ele é, em plenitude, misericórdia”. As palavras emocionadas do novo sacerdote foram marcadas por profundo agradecimento e sincera gratidão a todos aqueles que contribuíram para sua formação. Ao final, confiou sua missão à intercessão de Santo Antônio, pedindo a graça de ser um homem da Palavra e um servo fiel. Texto e imagem: Francelina Lopes de Souza – Coordenadora da Pastoral da Comunicação da Diocese de Borba

Cardeal Steiner: Advento, tempo “para verificar o nosso desejo de Deus”

No segundo domingo do Advento, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, iniciou sua homilia recordando as palavras da pregação de João Batista no deserto da Judéia: “Convertei-vos, porque o reino dos Céus está próximo.” Ele mostrou que “estamos no tempo de advento, em compasso de espera, estamos na expectativa. Conforme a Palavra de Deus do domingo passado, o Filho do Homem virá! Ele é o Advento. E no anúncio da vinda do Filho do Homem encontrávamos o convite: ficai preparados! O anúncio e o convite da preparação despertaram em nós o desejo de nos encontrarmos com o Filho de Maria e nos colocamos a caminho de Belém”. Memorar a primeira vida e preparar a segunda “Começamos a olhar e a celebrar, mais uma vez, a primeira vinda de Jesus. Ele nossa fonte, nossa raiz, nosso horizonte, raiz da humanidade, sentido de toda a história e de todo o universo. Ao memorarmos a primeira vinda, estamos realizando e preparando a segunda vinda de Jesus”, sublinhou o arcebispo de Manaus. Segundo o cardeal, “o Advento é o tempo que nos é concedido para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro, também para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar em frente e nos preparar ao regresso de Cristo. Ele voltará a nós na festa do Natal, quando fizermos memória da sua vinda histórica na humildade da condição humana; mas vem dentro de nós todas as vezes que estamos dispostos a recebê-lo, e virá de novo no fim dos tempos para ‘julgar os vivos e os mortos’. Por isso, devemos estar vigilantes e esperar o Senhor com a expetativa de o encontrar”, disse inspirado as palavras de Papa Francisco. “Estamos a caminho de Belém e chegamos ao segundo domingo do Advento. E nesse nosso caminhar ao encontro do Filho de José, aquele que está por vir, no encontramos com João, o filho de Isabel e Zacarias. O encontramos ao lado do rio Jordão com suas roupas de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Ele, que se alimenta de gafanhotos e mel do campo. Nos impressiona esse homem com suas vestes e alimento rude e com seu semblante quase suave. Vemos o vir e ir de pessoas: moradores de Jerusalém, de toda a Judéia e de outros lugares”, disse o presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1).  “As suas palavras são cheias de força e vigor”, disse citando o texto:“Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo.” O cardeal mostrou que “a sua voz penetrante como um olhar, diz da preparação, da expectativa, da esperança; o seu olhar penitente e iluminador, anunciam um novo Reino. As pessoas ao sorvem as suas palavras, confessam a fraqueza e de deixam purificar nas águas do Jordão”. Preparação e conversão Segundo o arcebispo de Manaus, “o nosso encontro com o Batista fala da preparação, conversão, indicando novos rumos, novos caminhos, novos empenhos; purificação, remissão, libertação, novo encontro.” Ele recordou que “já estamos prontos para partir quando ele olhando para nós proclama”, citando de novo as palavras do Evangelho: “Eu batizo com água para a conversão, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de carregar as suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo.” Nesse sentido, ele enfatizou que “partimos meditando a Palavra que nas palavras, nos gestos e na figura do Batista, mais decididamente nos anima a subir até Belém”. “O caminho, no nosso caminhar, enquanto caminhantes, as suas palavras continuam a ressoar em nosso coração”, disse citando o texto bíblico:“Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo.” “Conversão porque o Reino dos céus está próximo. O Reino do céu está próximo… está se aproximando; está na proximidade. E se Ele está próximo, porque se aproximou, vivemos sempre próximos a Ele, vivemos d’Ele, nos movemos n’Ele, respiramos a Ele, nós nos direcionamos por Ele no caminho a Belém. Sim, Ele está próximo: Ele o senhor menino, Ele senhor fragilidade, Ele senhor da história humanado. Ele é o Reino que está próximo logo ali em Belém, logo aqui, em mim, Belém; logo ali no desejo de tocar a Deus não diferente de mim. Logo aqui, em mim tão diferente de mim. Esse reino, esse reinado, essa realidade, essa verdade, esse toque de proximidade”, refletiu o cardeal. Veredas que conduzem até Belém Segundo ele, “no caminhar as palavras se tornam vivas, inquietam, alegram, satisfazem, despertam e até apressam nossos passos. E nos lembramos das palavras de Isaías: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas’. Sim preparai o caminho, endireitai as veredas. Os caminhos, as veredas, como as veredas do sertão, como o sertão veredas. Caminhos não trilhados, caminhos não pisados, caminhos não feitos; são os por trilhar, os por pisar, os que estão em preparação, são as veredas que nos conduzem diretamente, acertadamente, certeiramente até Belém”. “O seguidor, a seguidora de Jesus, é aquele, aquela que, ‘através da sua proximidade ao irmão, como João Batista abre caminhos no deserto, isto é, indica perspectivas de esperança até em contextos existenciais impenetráveis, marcados pela falência e pela derrota. Não nos podemos render diante das situações negativas de fechamento e rejeição; não nos devemos deixar submeter pela mentalidade do mundo, porque o centro da nossa vida é Jesus com a sua palavra de luz, amor e consolação. É Ele! O Batista exortava com força, vigor e severidade as pessoas do seu tempo à conversão. Contudo, sabia ouvir e realizar gestos de ternura, gestos de perdão para com a multidão de homens e mulheres que iam ter com ele para confessar os próprios pecados e para receber o batismo de penitência’”, disse citando Papa Francisco. Anunciação da proximidade “Em preparando os caminhos, em buscando Belém, ouvimos a voz do profeta”, disse o cardeal, citando o texto bíblico: “A terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar” (Is 11,9). Segundo ele, “a proximidade do…
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