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Dom Hudson Ribeiro: Gritamos, “porque somos cristãos que amam e defendem a vida”

Dom Hudson Ribeiro: Gritamos, “porque somos cristãos que amam e defendem a vida”

O Grito dos
Excluídos e das Excluídas, que está completando 30 anos, levou às ruas de Manaus
um grito por melhorias urgentes na Saúde Pública no Amazonas. Um grito “porque somos
cristãos que amam e defendem a vida
”, segundo o bispo auxiliar de Manaus, dom
Hudson Ribeiro.

Não podemos
esquecer que “o Grito dos excluídos e das excluídas é um grito daqueles e
daquelas que querem ser escutados, que quando gritam muitas vezes são
silenciados
”, enfatizou o bispo auxiliar. Um grito “em defesa da vida e da
Saúde pública e pela construção de uma sociedade justa e igualitária”, destacou
dom Hudson Ribeiro.

Ninguém
pode esquecer que “o Grito dos excluídos e excluídas nos convoca a somar nossos
esforços, a fortalecer a luta em defesa da democracia, em defesa da Saúde e de uma
sociedade menos desigual
, sinal do Reino de Deus que é de todos e para todos,
onde a vida vem sempre em primeiro lugar”, um desafio para a Igreja de Manaus e
daqueles e aquelas que se fizeram presentes para percorrer o Centro da cidade, em
uma caminhada onde além das pastorais da arquidiocese de Manaus e do povo
católico, também estavam presentes representantes dos movimentos sociais.

Em palavras
do bispo auxiliar, “a vida vem sempre em primeiro lugar porque Jesus Cristo é o
Senhor da Vida
. É Jesus mesmo que grita eu vim para que todos tenham vida e a
tenham em abundância”. Um grito que foi ecoado nas diversas falas que foram
proferidas ao longo da caminhada, gritos que representam o clamor dos
vulneráveis, principais vítimas de uma sociedade que não garante a Saúde e
outras políticas públicas.

Nesse
sentido, dom Hudson Ribeiro lembrou que “nós também gritamos em favor da saúde
para todos, gritamos porque a saúde consta na Declaração Universal dos Direitos
Humanos
”, lembrando que lá aparece como algo indissociável do direito à vida,
que tem por inspiração o valor da igualdade entre as pessoas. Um direito que também
é recolhido no artículo 196 da Constituição brasileira de 1988, onde aparece que
é direito de todos e dever do Estado, lembrou o bispo auxiliar.

Dom Hudson
Ribeiro fez um chamado sobre a importância do abaixo assinado promovido com
motivo do 30º Grito dos Excluídos e Excluídas, pedindo melhoras urgentes na
Saúde Pública do Amazonas
, insistindo em que isso é de direito da população. O
bispo relatou o que o direito à saúde implica no Brasil, e disse que está associada
com outros direitos básicos, como direito à educação, direito a saneamento básico,
direito a segurança alimentar, direito a acesso à água, direito a atividades culturais,
direito a segurança pública, a lazer, direito a ter o ambiente cuidado, direito
dos povos da floresta serem respeitados e cuidados.

Finalmente,
dom Hudson Ribeiro sublinhou que “nós estamos aqui para caminharmos juntos,
para continuar gritando bem alto, enquanto os direitos humanos fundamentais não
forem garantidos
“, convidando o povo a gritar o tema do 30º Grito dos Excluídos
e Excluídas: “Vida em primeiro lugar. Todas as formas de vida importam, mas
quem se importa?”.

Um Grito
por Saúde que no Dia da Amazônia também clamou pelo cuidado da Casa Comum
, da
querida Amazônia, denunciando que a seca, que se prevê terá consequências ainda
mais graves do que a seca histórica de 2023, e as queimadas, que cobrem de fumaça Manaus e muitas outras cidades do Brasil, é consequência dessa falta de
cuidado, desse interesse pelo lucro que domina a vida daqueles que se empenham
em destruir a Amazônia e a vida dos povos que a habitam.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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