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Um Papa a medida de cada um

Um Papa a medida de cada um

Parece que já passou muito tempo, mas ainda não tem 30 dias que o Papa Leão XIV foi eleito sucessor de Pedro. Mesmo com quatro semanas de pontificado, já foram muitas as opiniões que aparecem constantemente em torno à pessoa daquele que até 8 de maio de 2025 era o cardeal Robert Prevost. Nem sempre tem se falado do novo pontífice de modo objetivo, pois cada um quer um Papa a sua medida.

Em consequência disso nos deparamos com imagens ou frases fora de contexto que pretendem responder a interesses particulares, sejam religiosos, sejam políticos, que às vezes são mentiras e que outras vezes não falam toda a verdade. Em uma sociedade cada vez mais egocêntrica e autorreferencial, uma atitude que também tomou conta do universo religioso, as pessoas querem tudo à medida deles.

Seu predecessor, o Papa Francisco, é alguém com quem muitas pessoas comparam o Papa Leão XIV. O fato de não ser igual é motivo para muita gente querer opinar, ignorando que cada pessoa é única e irrepetível. As pessoas esquecem que o que foi pedido pelo Colégio Cardinalício ao novo pontífice é que ele desse continuidade aos processos iniciados por seu predecessor.

Temos que ser conscientes que a Igreja tem quase dois mil anos e que ela cresce na medida em que entende a necessidade de perpetuar aquilo que é constitutivo, mas assumindo que cada momento histórico precisa de respostas diferentes que são desenvolvidas por pessoas diferentes. Nesse sentido, a fidelidade do Papa Leão XIV a seu predecessor é algo evidente, mas também que ele é diferente.

O Papa é um construtor de pontes, alguém que garante a comunhão na Igreja e essa comunhão se fez presente no Conclave em que o Papa Leão XIV foi eleito. O fato de ter sido eleito no quarto escrutínio manifesta que essa comunhão se fez presente entre os cardeais eleitores, querendo dar continuidade ao horizonte que a Igreja católica vem procurando nos últimos anos.

Quando cada um pretende que as coisas sejam do seu jeito, que o Papa responda ao desejo de uma pessoa ou de pequenos grupos de interesse a comunhão vai se debilitando e o futuro da Igreja é colocado em risco. A grandeza da Igreja estriba em sua catolicidade, em sua diversidade, em fazer presente o mesmo Evangelho, de modos diversos, em diferentes culturas e realidades, no meio de povos distantes.

Que este momento histórico que estamos vivenciando como Igreja seja uma oportunidade para entender a riqueza que nasce da comunhão. Que sejamos conscientes que aquele que hoje guia a barca de Pedro precisa de nossa oração, de nossa cercania, para assim poder responder a uma missão que Deus e a Igreja lhe confiaram, de modo supressivo, mas que com a força do Espírito vai concretizar neste momento da história da humanidade e da Igreja católica.

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