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Jutaí agradece ao Regional Norte 1 pelo oxigênio enviado para o município

  A cidade de Jutaí, na Prelazia de Tefé, recebei neste sábado 10 cilindros de oxigênio enviados pelo Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O oxigênio recebido, que foi trasladado pela Secretaria Municipal de Saúde, faz parte dos 204 cilindros chegados na segunda-feira em Manaus, fruto da doação dos Cavaleiros de Colombo, dentro da Campanha “Amazonas e Roraima contam com sua a sua Solidariedade”. Os 10 cilindros de oxigênio foram entregues ao hospital municipal pela Paróquia São José. Eles são mais uma ajuda no suporte para o tratamento dos pacientes dessa unidade de saúde. Desde a paróquia, seu pároco, Pe. Sidiomar Patrício Nunes, o Pe. Marcos Pereira Siqueira, Vigário Paroquial e as Irmãs Dominicanas, agradecem ao bispo da Prelazia de Tefé, Dom Fernando Barbosa, e aos bispos do Regional Norte1, “por ter lembrado da nossa querida cidade de Jutaí”. Desde a paróquia local, afirmam que “nós como Igreja Católica vamos continuar buscando todas as ajudas possíveis para amenizar a dor e o sofrimento nesse momento tão difícil para todos nós. Sabemos que é pouco, mas vai ajudar”. Com informações da Prelazia de Tefé

Padre Zenildo Lima: Fratelli tutti denuncia “uma cultura do descarte que ignora direitos de populações fragilizadas”

  A Prelazia de Borba organizava no dia 20 de fevereiro um encontro de formação com os agentes de pastoral (confira o vídeo). O momento de reflexão faz parte do programa de formação que a prelazia tem organizado para o ano 2021, que deve acontecer uma vez por mês, por enquanto no formato virtual. Neste primeiro encontro, o tema foi a Fratelli tutti, sendo conduzida a reflexão pelo padre Zenildo Lima. Segundo ele, a última encíclica do Papa Francisco “nasce do coração do papa, fruto de uma experiência dialogal”. Estamos diante de um diálogo entre Francisco de Roma e Francisco de Assis, que recorda o diálogo com o Imã Ahmad Al-Tayyeb em Abu Dhabi. A Fratelli tutti, na linha da Laudato Si, “retoma a questão da fraternidade universal que deve ser abordada como amizade social”, afirmava o reitor do Seminário São José de Manaus, onde se formam os seminaristas do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, dentre eles aqueles que fazem parte da Prelazia de Borba.  Um fato muito marcante no último ano foi a oração pelo fim da pandemia, celebrada em 27 de março de 2020 numa Praza de São Pedro vazia, mas com a presença virtual de milhões de pessoas. Na ocasião, lembrava o padre Zenildo, “o Papa sozinho na Praça de São Pedro rezou inspirado no Evangelho da tempestade acalmada, lembrando que Jesus está na barca conosco”. Na sociedade planetária, afirmava o palestrante, “os pobres se queixam que não se sentem na mesma barca porque se veem excluídos dos meios para se salvar”. Um exemplo disso está sendo a distribuição das doses de vacina entre os países ricos e pobres.  Essa é uma realidade abordada no primeiro Capítulo da Fratelli tutti, onde o padre Zenildo lembra que “o Papa faz uma leitura dos retrocessos e fechamentos no mundo”. Esse primeiro Capítulo, que tem por título “As sombras de um mundo fechado”, nos mostra, segundo o padre, “uma regressão dos caminhos de unidade diante da força desintegradora de uma economia global”. Ele destacava que “esta força massificadora com seus “desconstrucionismos” se apresenta ahistórica, fragiliza relações, situa os homens em polos de concorrência: todos contra todos e ninguém pela casa comum”. Uma grave consequência dessa realidade, muito presente na sociedade atual, é que “emerge uma cultura do descarte que ignora direitos de populações fragilizadas”, segundo o reitor do Seminário São José. Nessa conjuntura, ele destaca como fatos relevantes “a violência contra as mulheres, os sinais de escravidão, o drama do tráfico de pessoas”. São realidades que Zenildo Lima denomina como “avanços sem rumos”, que segundo ele “tiveram sua expressão neste cenário de pandemia”, e que fez com que “emergiram os desequilíbrios na incapacidade de lidar juntos diante deste desafio”. Nesse sentido, o padre Zenildo insiste em que “uma comunicação ilusória, uma informação sem sabedoria, dá a falsa sensação que estamos próximos”. Diante dessa realidade, que pode ser considerada como desalentadora, ele afirma que “o Papa conclama a Esperança”.  Ao analisar o segundo Capítulo, que tem por título “Um estranho no caminho”, o palestrante dizia que “iluminados pela parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37), somos interpelados a identificarmos nos personagens do texto as indiferenças diante do sofrimento, às vezes até com motivações religiosas”. Essa realidade, narrada na parábola e aprofundada pelo Papa Francisco, se torna, segundo o padre Zenildo, “um convite a uma profunda revisão de nossas opções pastorais que não percebem quem está ferido”. Ele dizia aos participantes do encontro virtual, onde se faziam presentes agentes de pastoral da Prelazia de Borba, dentre eles o bispo, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, que “precisamos recomeçar, nos deixando interpelar pelo forasteiro”.  “As saídas estão na construção de um mundo aberto”, segundo o padre Zenildo, uma afirmação que tem como base o Capítulo III da última encíclica do Papa Francisco, intitulado “Pensar e gerar um mundo aberto”. O Papa Francisco nos convida “a sair de si numa disposição amorosa, expressão de uma comunhão universal inclusiva e não estratificada”, afirmava o reitor do seminário de Manaus. Ele insistia na necessidade de “um amor que promove, um amor de serviço e solidariedade”. Isso deve se concretizar, dentre outros elementos, “na destinação universal dos bens e a necessidade de uma legislação que assegure direitos além fronteiras”. A dinâmica da reciprocidade e gratuidade acolhedora se fazem presente no Capítulo IV: “Um coração aberto ao mundo inteiro”. Nessa parte da encíclica destaca-se a importância de os verbos acolher – proteger – promover – integrar. Eles “destacam o enriquecimento mútuo para além da tensão global e local, contudo partindo das riquezas locais”, insiste Zenildo Lima. Algo que tem relação com o Capítulo V, que nos leva a refletir sobre “A melhor política”. Partindo do último pleito municipal e os resultados do mesmo, o palestrante afirmava a necessidade de nos alertarmos “diante dos populismos e das defesas dos interesses liberais”. A alternativa que o Papa Francisco propõe é “a promoção do bem comum como expressão da caridade política”. Isso deve nos levar, insistia o padre Zenildo Lima a “nos questionarmos das nossas escolhas e do apoio oferecido aos cristãos leigos que estão engajados nestes processos”.  Os Capítulos VI, que fala sobre “Diálogo e amizade social”, e VII, “Caminhos de um novo encontro”, sugerem, segundo o padre Zenildo, “um itinerário que passa pelo diálogo como superação da indiferença e da negação violenta e construção coletiva a partir de consenso alicerçado na verdade”. Estamos diante de um caminho, afirmava o palestrante, que “passa também pela necessária experiência da reconciliação sem perda da memória”. Nesse sentido, se referindo a fatos concretos, presentes na memória do povo brasileiro, “não podemos esquecer o que foi a ditadura militar, não podemos esquecer da pandemia e do desmonte do sistema público de saúde em nosso Estado, não podemos esquecer da crise do oxigênio”. Junto com isso, “tampouco devemos recorrer às falsas soluções da guerra e da pena de morte, não somente a pena de morte institucionalizada, mas a pena de morte decretada contra pobres, negros, jovens…”. A alternativa “deve…
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O Senhor te conduzirá sempre e saciará tua sede na aridez da vida

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  20 DE FEVEREIRO: Sábado depois das Cinzas PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia. O Senhor te conduzirá sempre e saciará tua sede na aridez da vida, e renovará o vigor do teu corpo; serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas que jamais secarão. Teu povo reconstruirá as ruínas antigas; tu levantarás os fundamentos das gerações passadas: serás chamado reconstrutor de ruínas, restaurador de caminhos, nas terras a povoar. (Is 58, 10-12)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ A Palavra de Deus nos fala que devemos abrir o nosso coração para acolher quem necessita da nossa solidariedade, sendo este o caminho para caminharmos na luz e não nas trevas do egoísmo e da indiferença. De fato, nos ensina o Papa Francisco que “não pode ser autêntico um sentimento de união íntima com os outros seres da natureza, se ao mesmo tempo não houver no coração ternura, compaixão e preocupação pelos seres humanos” (LS 91). O verdadeiro louvor a Deus e o verdadeiro compromisso com a ecologia integral nos levam sempre a reconhcer que “tudo está interligado. Por isso, exige-se uma preocupação pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os problemas da sociedade” (LS 91). Aproveitemos, portanto, este tempo especial da Quaresma, para nos perguntarmos se o terreno da nossa vida está sendo aquele “jardim bem regado, como uma fonte de águas que jamais secarão”, de que nos fala o profeta Isaías. E agradeçamos ao Senhor por aqueles e aquelas que, com sua vida, “lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo” (LS 13), em especial na nossa querida Amazônia. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.    FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Sonho com uma Amazónia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. (Querida Amazônia 7) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Invocarás o Senhor e Ele dirá: ‘Eis-me aqui’

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia   19 DE FEVEREIRO: Sexta-feira depois das Cinzas PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém.   OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Acaso o jejum que prefiro não é outro:- quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper todo tipo de sujeição? Não é repartir o pão com o faminto, acolher em casa os pobres e peregrinos? Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne. Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá. Então invocarás o Senhor e ele te atenderá, pedirás socorro, e ele dirá: ‘Eis-me aqui’. (Is 58, 6-9a) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Hoje, mais do que nunca, é importante para nós e para as nossas comunidades desta imensa rede pan-amazônica saber que Deus é sempre nosso companheiro de caminhada, presente em todas as criaturas e em todo gesto de amor e de serviço em favor dos nossos irmãos e irmãs que precisam de cura e de libertação. Como diz a Palavra, quando o invocamos Ele sempre nos responde: Eis-me aqui! Mas, além disso, podemos encontrá-lo em todas as suas criaturas, como nos ajudam a entender os dois Franciscos, o de Assis e o de Roma (ou Buenos Aires): “reconhecer a natureza como um livro esplêndido onde Deus nos fala e transmite algo da sua beleza e bondade: ‘Na grandeza e na beleza das criaturas, contempla-se, por analogia, o seu Criador’ (Sab 13, 5)” (LS 12). Essa consciência da presença divina em cada uma de suas criaturas nos faz louvar o Criador de todas elas, mas nos faz igualmente comprometidos com a sua defesa, sobretudo daquelas que estão mais ameaçadas, pois para os cristãos a defesa da criação e os deveres em relação à natureza e ao Criador fazem parte da sua fé, como recorda o Papa Francisco em Laudato Si´, citando São João Paulo II (cf. LS 64). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.    FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA É bom, para a humanidade e para o mundo, que nós, pessoas de fé, conheçamos melhor os compromissos ecológicos que brotam das nossas convicções. (Laudato Si’ 64) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Arquidiocese de Manaus prolonga suspensão de missas e encontros até 13 de março

O Arcebispo de Manaus tem publicado um novo decreto, com data de 18 de fevereiro, onde afirma que “as celebrações e reuniões permaneçam suspensas até o dia 12 de março, inclusive”. A mensagem de Dom Leonardo Steiner, que faz um chamado à esperança, seguindo as palavras do Papa Francisco para a Quaresma de 2021, convida a “assumir os acontecimentos do tempo presente sabendo de estarmos com a companhia segura de Jesus”, que nos leva a olhar “para desafios que ainda permanecem, mas com a confiança renovada no Senhor que nos dá a sua vida”. Diante de tantas mortes nos dois primeiros meses do ano, o arcebispo manifesta “a todas as famílias enlutadas a nossa mais afetuosa comunhão e nossa prece!”, insistindo no propósito da Igreja de “sinalizar a presença de Deus junto ao seu povo no conforto dos enlutados, na presença junto aos cemitérios e funerárias, nas celebrações oferecidas por meio de redes sociais, na atenção aos menos favorecidos, na insistência dos necessários cuidados sanitários”. O texto insiste em que Manaus ainda vive uma situação complicada, pois “é grande a quantidade dos que esperam a possibilidade de internação, seguem numerosas as mortes, a queda do número de contaminações é muito lenta e o processo de vacinação tem se desdobrado com muita morosidade”. Diante desse cenário, Dom Leonardo afirma que “nossa esperança de dias melhores nos mantém confiantes, mas igualmente comprometidos e zelosos”. As medidas do decreto anterior continuam, e “os párocos foram orientados para seguir ao longo do tempo quaresmal favorecendo que as cinzas cheguem até os fiéis e sejam distribuídas em celebrações na própria família”. Também está se buscando o modo de vivenciar os encontros da Campanha da Fraternidade. Finalmente, Dom Leonardo convida a seguir “unidos neste caminho de fraternidade que nos consola e nos convoca ao diálogo”.

REPAM lança Mensagem de Solidariedade diante da alarmante situação da Covid-19 na Pan-Amazônia

  A situação que tem sido vivida na região Pan-Amazónica nas últimas semanas em relação à pandemia de Covid-19 é catastrófica. Diante desta realidade, a Rede Eclesial Pan-Amazónica – REPAM, lançou este 18 de fevereiro uma “Mensagem de Solidariedade aos povos amazônicos“. A nota, assinada pela presidência da REPAM, diz que “observamos nos últimos meses um aumento alarmante do número de contágios e mortes causadas pela Covid19 em toda a Pan-Amazônia”. Esta é uma consequência, segundo a mensagem, das “carências do sistema sanitário“, concretizadas na “falta de vagas nos hospitais, de oxigênio e de equipamentos de proteção“, que está tendo como consequência a pobreza e as desigualdades sociais. A situação em Manaus e no Estado do Amazonas, onde até agora quase 5.000 pessoas morreram oficialmente este ano, é motivo para denunciar “a ausência de políticas eficientes de saúde pública“. A mensagem inclui o mapeamento que a REPAM tem vindo a fazer desde 17 de março de 2020, que no seu último relatório semanal atingiu 2.025.223 de casos confirmados e 50.364 mortes devido ao coronavírus em toda a Pan-Amazônia, uma situação que se agravou radicalmente nos últimos dois meses. A mensagem reconhece “o esforço e dedicação da Igreja Católica presente na Amazônia em ações emergenciais de ajuda humanitária, visando contribuir para paliar os efeitos da segunda onda da pandemia”, algo em que o Papa Francisco participou com “suas orações, solidariedade e proximidade“, bem como muita gente “que está oferecendo trabalho e recursos financeiros para cuidar do próximo”. A REPAM destaca o trabalho conjunto com a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (COICA), a que se juntaram “na realização da campanha “O Grito da Selva – Vozes da Amazônia”, que será lançada nos próximos dias, com o objetivo de fortalecer a luta dos povos indígenas pelo direito à saúde integral”. É por isso que pedem aos governos “não meçam esforços para a compra e destinação das vacinas para a região amazônica“, seguindo o pedido do Papa Francisco. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dialogo: caminho de entendimento e fraternidade

  Dialogar, um desafio cada vez maior em uma sociedade enfrentada. Todos os anos, durante o tempo da Quaresma, a Igreja católica organiza a Campanha da Fraternidade, algo que começou nos primeiros anos da década de 1960. Desde o ano 2000, mais ou menos a cada 5 anos, a Campanha da Fraternidade é Ecuménica, convocando a participação de diferentes Igrejas. A última vez que isso aconteceu foi em 2016, ano em que foi refletido sobre o cuidado da Casa Comum. Em 2021, a Campanha da Fraternidade será de novo ecuménica, tendo como tema “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”. Podemos dizer que as Igrejas cristãs são chamadas a dar um testemunho que possa ajudar a sociedade brasileira a ter consciência da necessidade de derrubar os muros do ódio e construir pontes de amor e paz. Tempo de Quaresma é tempo de conversão e a cada dia se faz mais necessário superar as polarizações e violências tão presentes na nossa sociedade, e nos adentrarmos no caminho do diálogo. Isso deve acontecer permanentemente, cada um de nós tem que se perguntar o que está nos impedindo dialogar, escutar o outro, aprender a amar o outro, também quem pensa diferente, superando toda atitude preconceituosa. O diálogo, o encontro com o outro, nos ajuda a superar medos e situações complicadas. A pandemia tem provocado graves feridas na nossa sociedade, que só serão curadas na medida em que desde o diálogo saibamos encontrar caminhos comuns, que nos ajudem a superar a insegurança que tem se instalado no meio de nós, a preencher os vazios que tem ficado diante da partida de tantas pessoas próximas. Não podemos continuar apostando em uma sociedade que gera desigualdades, que provoca a rejeição do diferente, racismo, exclusão, que eleva os muros históricos, sempre presentes na sociedade brasileira, onde muitos se negam a dialogar, querendo impor sua visão da vida e do mundo. Isso nos afasta de toda possibilidade de diálogo, incrementando a insatisfação e o ódio contra o diferente. O que eu posso fazer, o que eu tenho que fazer para assumir o diálogo como uma atitude sempre presente na minha vida? Em que esse diálogo pode ajudar em minha vida familiar, em minha vida laboral, em minha vida social? Quais os passos que eu devo fazer para entrar nessa dinâmica do diálogo? Nosso sentimento espiritual, nosso sentimento religioso, deve ser sempre uma ajuda em nosso avanço no caminho do diálogo. Nossa espiritualidade deve nos levar a melhorar nossa conduta, a buscar a compreensão mútua, a derrubar todo muro que nos separar dos outros, a criar vínculos duradouros que afiançam nossa vida em princípios que nos ajudam a fazer realidade um mundo melhor para todos e todas. Precisamos de paz e isso só vai ser uma realidade a partir do diálogo que gera entendimento e promove a vida plena, superando todo sentimento de inimizade e ódio, respeitando e acolhendo a diversidade em vista do crescimento comum, algo que se torna mais fácil na medida em que assumimos a cooperação mútua. É momento de construir um tempo novo, uma nova realidade, baseada no diálogo como caminho de entendimento e fraternidade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Hoje te proponho a vida e a felicidade

40 Dias navengando com a Laudato Si´na Querida Amazônia   18 DE FEVEREIRO: Quinta-feira depois das Cinzas PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém.   OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Moisés falou ao povo dizendo: Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Se obedeceres aos preceitos do Senhor teu Deus, que eu hoje te ordeno, amando ao Senhor teu Deus, seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos, suas leis e seus decretos, viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará… Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes, amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele, pois ele é a tua vida e prolonga os teus dias. (Dt 30, 15-16.20) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Neste início de Quaresma, tempo forte de renovação e conversão, deixemo-nos contagiar pela alegria de S. Francisco de Assis, “santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não são cristãos”, como nos recorda o Papa Francisco, justamente pela sua alegria, a sua dedicação generosa, o seu coração universal. Francisco foi um místico e um peregrino que soube viver na simplicidade e “numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo” (LS 10). Ele apostou em um projeto de vida e de felicidade que o fez livre e irmão de todas as criaturas.  Hoje queremos louvar ao Senhor por este exemplo de verdadeira santidade, que não se separa do mundo, nem se desinteressa pelos dramas e dores da humanidade, mas os assume como se fossem seus próprios dramas e suas prórias dores. Diante da crise cultural e ecológica que vivemos, o exemplo de São Francisco nos estimula a uma mudança de hábitos e de estilo de vida, pois sabemos que “não basta o progresso atual e a mera acumulação de objetos ou prazeres para dar sentido e alegria ao coração humano” (LS, 209). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.    FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Os povos indígenas da Amazónia expressam a autêntica qualidade de vida […] no seu modo comunitário de conceber a existência, na capacidade de encontrar alegria e plenitude numa vida austera e simples, bem como no cuidado responsável da natureza. (Querida Amazônia, 71)

Dom Leonardo: “O diálogo é muito importante neste momento de um vírus de violência, de agressão, de ideologias que não ajudam”

  A Quarta-feira de Cinzas tem sido oportunidade para o lançamento da Campanha da Fraternidade Ecuménica 2021, organizada pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs – CONIC. Como tem acontecido em muitos locais no Brasil, a Arquidiocese de Manaus lançava a campanha na frente da Catedral Metropolitana. O tema deste ano, como lembrava o padre Geraldo Bendaham, é “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”, e o lema “Cristo é a nossa Paz, do que era dividido, fez uma unidade”.   “O diálogo é muito importante, estarmos à escuta do outro, neste momento tão difícil, neste momento não só pandémico, mas neste momento também de um vírus de violência, de agressão, de ideologias que não ajudam na construção”, afirmava Dom Leonardo Steiner, no início de sua intervenção diante dos presentes, sobretudo jornalistas. O Arcebispo de Manaus pedia que a Campanha da Fraternidade possa nos ajudar a nos unir e nos levar ao encontro de Jesus Cristo Crucificado, Ressuscitado. Dom Leonardo destacava a importância da palavra, “que nos faz dialogar, que nos dá o dom da escuta”. Fazia isso no momento reservado ao pastor Marcos Antônio Rodrigues, da Comunidade Luterana em Manaus, ausente diante da suspeita de ter sido contagiado pela Covid-19. Ao comentar a passagem dos discípulos de Emaús, elo da Campanha da Fraternidade Ecuménica 2021, o Arcebispo de Manaus afirmava que “enquanto caminhamos temos as diatribes da vida, as dificuldades”, mostrando que “como os discípulos de Emaús, nós vamos dialogando e vamos compreendendo essas dificuldades”. Se faz necessário, “no diálogo mútuo, estar à escuta, em profundidade, para que nós possamos compreender o fundo das ideologias”, afirmava o arcebispo. Ele se questionava sobre o fundo que sustenta a violência, o por que do feminicídio ou do desprezo aos nossos irmãos negros. Dom Leonardo fazia um chamado a buscar o fundo e a partir da escuta que é diálogo, construir a fraternidade. Segundo ele, “sem escuta não existe palavra, a palavra continua agressiva, a palavra continua separativa, a palavra não é capaz de criar comunhão, familiaridade, fraternidade”. O Arcebispo de Manaus afirmava que “onde existem ideologias, onde existem separações, não existe partilha, porque existe incapacidade de partilhar, porque no existe o amor”. Ele destacava que “a Palavra de Deus nos desarma, a Palavra de Deus, porque é conforto, porque é proximidade, é capaz de criar novas relações apesar de nossas diferenças”. Dom Leonardo fazia um chamado a viver a Campanha da Fraternidade como um tempo de conversão e transformação, que vai possibilitar “um tempo de fraternidade, um tempo de amor comprometido”. Não podemos esquecer que a Campanha da Fraternidade acontece na Quaresma, “para nos convocar a esse espírito de conversão, de mudança”, segundo Dom José Albuquerque. Ele frisava a necessidade de “dialogar em todas as esferas da vida”, que nos leve ao respeito, ao reconhecimento e valor do outro, “a estar sempre em uma atitude de aprendizado”, afirmava o bispo auxiliar de Manaus. Ele espera que a campanha “nos ajude e nos ensine a refletir, a saber escutar mais, a saber valorizar aquilo que nos une”. Na apresentação do Texto Base da Campanha da Fraternidade Ecuménica 2021, Francisco Lima afirmava a que “estamos em um tempo difícil, complicado, esse tempo de pandemia, que nos inquieta, que nos tira o sossego”. O Secretário Executivo do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, denunciava “quanta gente que conhecemos está morrendo por falta de atendimento, por falta de oxigênio, falta de leitos nos hospitais. Quanta gente sem o alimento necessário, sem emprego, sem nenhuma fonte de renda”. Por isso, ele definia este tempo como “um tempo que nos faz pensar e refletir: será que realmente estamos vivendo em paz?”. Nessa perspectiva, Francisco Lima pedia que “este tempo quaresmal nos inquiete com uma paz que luta pela paz, a paz que sacode com a urgência do Reino, a paz que invade como vento do Espírito a rotina e o medo, a paz conquistada sem armas, a paz que se faz nossa, sem cercas, sem fronteiras”. Ele fazia um apelo ao compromisso “com o diálogo, com a solidariedade, como amor ao próximo”, e à conversão ao diálogo com o diferente e com esta ao nosso lado, que as vezes a gente exclui.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1    

Papa Francisco convida o povo brasileiro a “encontrar pontos de união e os traduzir em ações em favor da vida”

  A Campanha da Fraternidade, que ao longo da Quaresma acompanha a vida da Igreja do Brasil desde o início da década de 1960, tem neste ano um caráter ecumênico, algo que começou no ano 2000 e que “representa uma das experiências mais valiosas de missão evangelizadora em nosso país”, segundo a pastora luterana Romi Márcia Bencke, Secretária-Geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC. Por ocasião da Campanha da Fraternidade, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao povo brasileiro. O Papa definiu a Quaresma como “um tempo de intensa reflexão e revisão de nossas vidas“, um convite a caminhar com o Senhor Jesus, que “faz-se peregrino conosco também nestes tempos de pandemia“, a rezar pelos que morreram, a bendizer pelos profissionais de saúde e estimular a solidariedade, “a cuidarmos de nós mesmos, de nossa saúde, e a nos preocuparmos uns pelos outros“. Nas suas palavras, adverte que iremos superar a pandemia, “à medida em que formos capazes de superar as divisões e nos unirmos em torno da vida“.  O Papa Francisco vê a Campanha da Fraternidade como um convite “para ‘sentar-se a escutar o outro’ e, assim, superar os obstáculos de um mundo que é muitas vezes ‘um mundo surdo’“. A mensagem apela à promoção de uma cultura de diálogo, lembrando que “são os cristãos os primeiros a ter que dar exemplo, começando pela prática do diálogo ecumênico“. De fato, insiste que “a fecundidade do nosso testemunho dependerá também de nossa capacidade de dialogar, encontrar pontos de união e os traduzir em ações em favor da vida, de modo especial, a vida dos mais vulneráveis“.  Estamos ante um chamado a afirmar que “a fraternidade e o diálogo são compromissos de amor, porque Cristo fez uma unidade daquilo que era dividido”, como recolhe o hino da campanha. A Campanha da Fraternidade Ecuménica de 2021 é um desafio “para o diálogo e a construção de pontes de amor e paz em lugar dos muros de ódio”, mostrando que é possível “viver em comunhão”, superando “as polarizações e violências através do diálogo amoroso”, o que é expressado nos objetivos da campanha.  A Campanha, que foi organizada quase que inteiramente on-line, ela faz a proposta de conversão ao diálogo e ao compromisso de amor, afirmando que “a conversão é um processo permanente e diário”, que nos leva a “repensarmos cotidianamente nossa forma de estar no mundo”. Daí nasce “a possibilidade de novas formas de relações humanas e sociais”, de assumir “um jejum que agrada a Deus e que conduz à superação de todas as formas de intolerância, racismo, violências e preconceitos”.  El Texto Base da Campanha tem como elo a história dos discípulos de Emaús, fazendo um chamado a refletir a partir de quatro paradas: ver, julgar, agir e celebrar, uma metodologia que acompanha a vida da Igreja latino-americana nas últimas décadas.  A pandemia da Covid-19 e suas consequências é o ponto de partida do ver, afirmando que, no Brasil, onde tem morrido um 10% das vítimas mundiais, “a pandemia dilacerou famílias e deixou espaços vazios na cultura nacional”. O texto reflete sobre “a incerteza, a insegurança, o descaso político para com as pessoas, a desestruturação repentina de nosso modo de vida”, provocando sensação de medo e impotência. Também aparecem relatos sobre diferentes reações diante da pandemia nas igrejas.  A reflexão em torno da Campanha, denuncia que “no Brasil, a pandemia escancarou as desigualdades e a estratificação racial, econômica e social”, refletindo sobre a resistência ao isolamento, o negacionismo, a volta da fome, a continuação da violência policial, doméstica e do racismo. Também aparece a análise das tensões e conflitos, das reformas, do aumento do desemprego, da pobreza, das desigualdades os das notícias falsas nos últimos anos. O Brasil se tornou uma sociedade cheia de muros, com muitas crises que afetam a todos, também àqueles que fazem parte das Igrejas.  Diante disso, a Campanha chama a interpretar a realidade, em uma sociedade onde “ainda permanecem as estruturas racistas e excludentes”, que beneficia os poderosos e ignora as políticas públicas. Isso gera insatisfação, que se transforma em ódio contra o diferente, relações injustas, destruição da Casa Comum, novas cruzes que não são respostas para a paz, “necropolítica”, onde o Estado se julga soberano para escolher quem morre e quem vive. Isso é algo que se faz presente de diferentes modos no Brasil, através da violência, que nunca será a saída, e de leis que acabam com direitos históricos conquistados.  A reflexão sobre a catástrofe ambiental, uma realidade muito presente no Brasil, que atinge especialmente os povos tradicionais, grandemente afetados pela pandemia da Covid-19, também está presente na Campanha da Fraternidade de 2021. O Texto Base denuncia que “a violência contra a terra e os povos originários é, muitas vezes, legitimada por um discurso religioso reativo”, que manipula a religião. Também é colocada a reflexão sobre o racismo contra negros e indígenas, que se traduz em intolerância religiosa, algo que tem uma raiz histórica e que se perpetua, criando muros que demandam “rever a forma como vivemos a nossa fé”.  A segunda parada, identificada com o julgar, faz uma análise desde a perspectiva bíblica. O texto afirma que “a fé é diretriz de conduta, tanto para o bem quanto para o mal”. Nesse sentido, as origens do cristianismo nos mostram que “a opção pelo Evangelho trazia consigo a busca pela compreensão mútua e um processo de conversão”, algo recolhido nas cartas paulinas. Isso levava a derrubar “o muro da separação” e construir “um mundo de comunhão na gratuidade do amor de Deus, que acolhe e perdoa”. Eram comunidades diversas, mas que procuravam a unidade, a partir da fé em Jesus Cristo, “vínculo que une a comunidade e garante que experimentemos os sinais do Reino de Deus”.  Isso é recolhido no lema da Campanha da Fraternidade Ecuménica de 2021: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”. O apóstolo Paulo faz um testemunho conciliador e promotor da unidade na diversidade, que não é razão para conflitos. Tudo em vista da…
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