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Mauricio López: Etapa Continental, “uma semente que marca estas formas de ser Igreja, agora e no futuro”

A Etapa Continental do Sínodo 2021-2024, uma experiência sem precedentes na história da Igreja, chegou ao fim a 31 de Março. O coordenador desta etapa foi Mauricio López, que agradece ao Cardeal Grech a confiança para realizar este serviço, algo que assumiu há um ano, pouco depois de estar com o Cardeal Hummes, que considera um professor, um irmão, um pai espiritual, com quem se encontraram em Oxford precisamente num evento do Sínodo, quando o secretário do Sínodo esboçou este convite para poder realizar este serviço associado à etapa continental do Sínodo. Tecer juntos, numa experiência sem precedentes Mauricio recorda que o convite era “para acompanhar e apoiar a preparação desta fase sem precedentes”. Olhando para trás, diz que “o que mais me tocou foi que foi um convite para tecer juntos, para partir para uma experiência sem precedentes, em que o próprio Secretariado e ele próprio estavam a começar uma experiência sem precedentes”. O coordenador da Etapa Continental diz ter a impressão de que “houve uma avaliação muito positiva da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, com uma escuta extensa e também muito poderosa, e que por outro lado teve alguns sinais de começar com um discernimento comunitário com todo o povo de Deus”. Sublinha também que “foi impossível não se ligar à experiência do Sínodo Amazónico, que abriu um modelo de escuta tão amplo quanto possível, com a participação diversificada do povo de Deus nos processos sinodais”. Mauricio recorda o seu pedido muito explícito de ser um compromisso não publicado, querendo evitar uma forte distração do essencial, e juntamente com isto que o Cardeal Grech faça pessoalmente parte do processo, dada a complexidade das realidades das 7 regiões ou continentes, que ele considerava para além das suas capacidades ou experiência, apesar da sua experiência internacional na CVX. Em terceiro lugar, poder fazer este serviço a partir do Equador, o que significou reuniões frequentes de manhã cedo. Mauricio López recorda que comunicou com o Cardeal Hollerich, “com quem cresceu a proximidade e a amizade, dizendo-lhe que esta iniciativa não poderia ser com um modelo normalizado, com um modelo imposto de cima”, afirmando que o Cardeal Grech também teve esta visão. A partir da espiritualidade dos Exercícios de Santo Inácio, ele aponta a existência das anotações, “que são como um preâmbulo para aqueles que vivem os Exercícios e para aqueles que os acompanham, e há uma série de diretrizes para cuidar do processo espiritual. Não nos anteciparmos, não impormos demasiado quando acompanhamos, esperar quando a pessoa precisa de mais tempo, empurrar um pouco e encorajar quando é necessário fazê-lo”. Uma experiência de acompanhamento espiritual A partir daí, ele insiste que “toda a abordagem da Etapa Continental para mim, como coordenador do grupo de trabalho da Etapa Continental, tem sido uma experiência de acompanhamento espiritual“. Nas palavras de Mauricio López, “isto envolveu muitos desafios”, sublinhando que “no início, talvez devido à minha ingenuidade, presumi que talvez com as convocações do Sínodo, do Cardeal Grech, para cada um destes continentes e regiões, haveria uma resposta imediata e maciça, de todos os corpos que animam estas estruturas. A surpresa é que este não foi o caso”. De fato, ele não hesita em afirmar que “não só havia uma certa distância do processo, em alguns lugares devo dizer que havia uma certa objeção e noutros um receio do que poderia implicar, uma sobreposição com as tarefas essenciais destes continentes ou regiões”, algo que ele vê como “um apelo muito forte para colocar os pés no chão”, agradecendo àqueles que fizeram parte desta comissão pelo seu apoio: Susan Pascoe, da Austrália, que também teve uma grande experiência neste processo sinodal; Padre Giacomo Costa, que tem um papel fundamental no acompanhamento de todo o processo; Cardeal Grech e o apoio de dois jovens colaboradores, Maike Sieben, da Alemanha, e Pedro Paulo Weizenmann, do Brasil. Ele define a sua experiência como “uma experiência de confiança, de confiança no Espírito, de escuta, de escuta profunda das necessidades de cada uma destas regiões, continentes, de nos deixarmos desafiar pelas suas próprias necessidades, ritmos, possibilidades e de tecer processos sem precedentes”. Mauricio vê a experiência desta etapa como “um fato à medida, cada caso diferente, com dois elementos essenciais e indispensáveis que estavam presentes em todos os casos, em primeiro lugar o documento para a etapa continental como material de discernimento, o material essencial; em segundo lugar, o método de conversa espiritual porque era uma etapa de aprofundamento da escuta, uma escuta discernida do que o povo de Deus a nível universal já nos tinha expressado”. Uma experiência de interculturalidade Face à diversidade de culturas e realidades, tendo em conta a interculturalidade defendida pelo Sínodo da Amazónia, Mauricio López fala de “uma espiritualidade situada no quadro e no coração do povo de Deus em cada uma das regiões ou continentes“. Neste sentido, recorda que “ao colocar no mesmo lugar, com uma perspectiva de discernimento comum, aquela porção do povo de Deus em cada região ou continente, já existia uma experiência de interculturalidade”. Isto porque “não era comum em alguns casos que este tipo de encontro improvável tivesse lugar entre bispos e cardeais com o resto do povo de Deus, os leigos, mulheres, homens, religiosas, sacerdotes e diáconos, num diálogo em condições de igualdade, como irmãos e irmãs”. “A natureza da interculturalidade tem a ver com essa diversidade que estava presente, mesmo em alguns lugares com os diferentes ritos da Igreja Católica entrando em diálogo“, diz o coordenador da Etapa Continental. A isto se acrescenta “a interculturalidade que implica as vozes das periferias, a expressão também de toda esta diversidade de ministérios, com dinâmicas e realidades muito particulares, mesmo em continentes bastante pequenos em dimensão como a Europa, estamos a falar de 39 conferências episcopais, 45 países, onde era evidente que as realidades culturais do Oriente, às realidades culturais da Europa Ocidental eram muito marcadas, e este método, de certa forma, encurtou distâncias e, de alguma forma, facilitou um diálogo que de outra forma não teria acontecido”. A…
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Dom Leonardo: “O caminho na Semana Santa: nos deixarmos tomar pelo mistério da morte como plenitude da vida”

Com a celebração dos Ramos iniciamos com a Semana Santa, disse Dom Leonardo Steiner no início da homilia deste domingo. Segundo o Arcebispo de Manaus, “com o Domingo dos Ramos meditamos, contemplamos, nos confrontamos com a verdade maior de nossa fé: Deus feito igual a nós, Deus morrente, na morte, amante! Em Jesus de Nazaré que hoje entra solenemente na cidade de Jerusalém, celebramos Deus da nossa humanidade e fragilidade. Na nossa fragilidade e pecado, abre-se o horizonte de sermos amados até o fim”. No relato da paixão segundo Mateus, a humanidade é tal que “sofre a condenação e a morte”, afirmou o Cardeal Steiner. Lá aparece “Deus sofredor, Deus dor, Deus que morre; Deus humildade, Deus humanidade, Deus que morre; Deus paixão, Deus sem razão, Deus que morre; Deus solidão, Deus sem ação, Deus que morre”. Ele lembrou do grito desesperado e desesperador de Jesus que ainda ecoa nos nossos ouvidos: “Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste”.  O Arcebispo denunciou que “ecoa ainda na voz de Jesus o grito da humanidade abandonada em não compreender o abandono do Pai em tantas situações desesperadoras. Grito e gemido de não compreender, de querer entender o porquê do abandono no sofrer. E, no entanto, como Jesus, no abandono, nos abandonamos em suas mãos. No não mais compreender, no não mais saber, também nós nos abandonamos e entregamos a Ele o nosso espírito”.  Citando o Comentário aos Salmos de Santo Agostinho, Dom Leonardo lembrou: “Despertemos, pois, e estejamos vigilantes na fé. Consideremos aquele que assumiu a condição de servo, a quem há pouco contemplávamos na condição de Deus; tornando-se semelhante aos homens e sendo visto como homem, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte (cf. Fl 2,7-8). E quis tornar suas as palavras do salmo, ao dizer, pregado na cruz: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Sl 21,1). Ele ora na sua condição de servo, e recebe a nossa oração na sua condição de Deus; ali é criatura, aqui o Criador; sem sofrer mudança, assumiu a condição mutável da criatura, fazendo de nós, juntamente com ele, um só homem, cabeça e corpo. Nossa oração, pois, se dirige a ele, por ele e nele; oramos juntamente com ele e ele ora juntamente conosco”. Sobre a pergunta de Jesus: “Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?”, o Arcebispo de Manaus citou as palavras do Papa Francisco na Homilia do Domingo de Ramos de 2020: “É uma frase impressionante. Jesus sofrera o abandono dos seus, que fugiram. Restava-lhe, porém, o Pai. Agora, no abismo da solidão, pela primeira vez designa-o pelo nome genérico de «Deus». E clama, «com voz forte», «porquê», o «porquê» mais dilacerante: «Porque me abandonaste também Tu?» Na realidade, trata-se das palavras de um Salmo (cf. 22,2), que nos dizem como Jesus levou à oração inclusive a extrema desolação. Mas, a verdade é que Ele a experimentou: experimentou o maior abandono, que os Evangelhos atestam reproduzindo as suas palavras originais. Por que tudo isto? Uma vez mais… por nós, para servir-nos. Porque quando nos sentimos encurralados, quando nos encontramos num beco sem saída, sem luz nem via de saída, quando parece que nem Deus responde, lembremo-nos que não estamos sozinhos. Jesus experimentou o abandono total, a situação mais estranha para Ele, a fim de ser em tudo solidário conosco. Fê-lo por mim, por ti, por todos nós; fê-lo para nos dizer: «Não temas! Não estás sozinho. Experimentei toda a tua desolação para estar sempre ao teu lado». Eis o ponto até onde nos serviu Jesus, descendo ao abismo dos nossos sofrimentos mais atrozes, até à traição e ao abandono”. Ao elo da primeira leitura, Dom Leonardo Steiner destacou que “no auge da dor e da destruição da humanidade Jesus entra na intimidade do Pai, exclama, grita não me abandones, de ti vim, para ti desejo voltar, não me abandones. E não o abandonou. Mais humano Deus não poderia ser. No grito de Jesus ouvimos nossa humanidade desesperada, na dor, na fome, na guerra, na morte, em fuga”. Já na segunda leitura, o Cardeal nos faz ver que Paulo “nos trazia aos nossos olhos a presença de Deus que se fez um de nós, como nós, o Deus feito homem!” “Assim é Deus-cruz no qual reluz a nossa humanidade”, afirmou seguindo as palavras de São Paulo na carta aos filipenses, insistindo em que “Deus esvaziou-se, não se assegurou na sua divindade, mas se humilhou, trilhou o caminho da morte, se fez morte. E, assim, Ele se torna para nós o nome mais sublime: Deus-homem, homem-Deus, o homem que veio dar razão à nossa finitude humana, iluminar nossas dores e desilusões”.  É por isso, que o Cardeal insistiu em que “nada de mais nosso, mais próximo de nós, como nós, em nós que o Homem Jesus que hoje entra em Jerusalém para padecer a condenação, sofrer a paixão e morrer na cruz. Ninguém mais humano, mais homem, mais humanidade que o Crucificado”.   “E, n’Ele nos vemos, n’Ele nos lemos, n’Ele nos cremos partícipes da mesma sorte, isto é, da mesma morte. Na mesma morte, na mesma sorte de penetrarmos o mistério da dor e da morte. Mistério da dor e da morte no qual nos movemos todos os dias, ora com mais intensidade, ora com maior suavidade. Mas sempre envoltos por esse mistério incompreensível. E hoje ouvindo as palavras de Paulo e ouvirmos e vermos a dor, o sofrimento, a condenação, a exaustão do Filho do Homem até a morte, nos voltamos para esse mistério com maior reverência. Reverência, isto é, com maior abertura, maior acolhimento, por vermos no Filho do Homem o caminho da completa abertura e reverência em relação com o Pai. Por mais que não percebemos o caminho da liberdade”, destacou o Arcebispo de Manaus. “Esse será nosso caminho na Semana Santa: nos deixarmos tomar pelo mistério da morte como plenitude da vida”, ressaltou Dom Leonardo. Segundo ele, “esse jogo de morte no qual Deus mesmo se inseriu e experimentou como grandeza, porque amor. Grandeza…
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Domingo de Ramos: Contemplar o rosto de Jesus no rosto dos sofredores de hoje

Com motivo da Solenidade do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, a Ir. Cidinha Fernandes afirma que “certamente muitas memórias retornam a nós: as caminhadas, os ramos verdes, muitas vezes medicinais, carregados por nossos pais, avós; a intrigante imagem do jumentinho, o contraste de uma entrada triunfal em Jerusalém em que Jesus é aclamado rei do universo, seguida logo depois com a proclamação da paixão do Senhor”. A religiosa Catequista Franciscana faz um convite a que “abramos o nosso coração para iniciarmos esta semana santa caminhando com Jesus que adentra a cidade de Jerusalém, ali contemplaremos o mistério pascal, sua Paixão, Morte e Ressurreição”. Analisando a passagem do Evangelho de Mateus 21, 1-11, a religiosa diz que “nos conta o início deste caminhar, Jesus é aclamado pela multidão que, reconhecendo sua realeza enfeitam o caminho com suas vestes e ramos de oliveiras gritando: ‘Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!’ Ao entrar em Jerusalém a cidade se agita e começa a perguntar ‘Quem é este homem?’”. “A resposta a esta pergunta vamos encontrar nas leituras de Isaias, Filipenses e na narração da paixão”, afirma a religiosa.  Segundo ela, “em Isaías, já podemos ouvir o servo sofredor, sua dor e fidelidade, a confiança num Deus que é auxiliador. E o que dizer da Carta de São Paulo aos Filipenses, uma verdadeira descida a essência de quem é este Jesus: convite ao esvaziamento, o assumir a condição de servo, a humilhação, obediência até a morte de Cruz. Este é o Jesus que é o Senhor. O servo obediente, o rei do jumentinho da paz e não dos cavalos de guerra”. Falando do relato da Paixão, a Ir. Cidinha repara na frase: “Meus Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”, destacando que “a Palavra de Deus nos convida neste domingo a um profundo silêncio, um silêncio necessário diante da morte anunciada de um inocente; o silêncio para compreender a multidão que aclama que Jesus é Rei e do esquema político que o leva a morte; o silêncio acolhedor de um Jesus, o servo sofredor que é obediente ao pai, até o fim”. A religiosa destaca que “nesta semana vamos caminhar de forma orante com Jesus, contemplando o seu rosto no rosto dos sofredores de hoje: os povos originários na luta e defesa da casa comum, imigrantes, famintos de pão, mulheres vítima de tantas formas de violência, jovens sem estudo, trabalho ou falta de sentido de vida, desempregados, refugiados, as vítimas da guerra…e tantos outros e outras”. Ela pergunta: “Vamos buscar na realidade da nossa comunidade, do nosso bairro, da nossa cidade, quem precisa de nós? Com quem estou disposta a caminhar até o calvário?” “Jesus, encontrou no caminho da Paixão e da Cruz pessoas solidárias, Cirineu, Verônica, Madalena, outras mulheres e Maria que não arredaram pé da Cruz, permaneceram com ele até o fim. Somos convocadas por Jesus a não abandonar os sofredores de hoje, precisamos permanecer firmes, não arredar pé, porque acreditamos na vida, somos mulheres e homens da Ressurreição.  Precisamos permanecer incansáveis, obedientes ao pai, até a aurora da Ressurreição”, lembra a Ir. Cidinha. Finalmente, ela deseja “uma boa caminhada de fé para todos nós e nossas comunidades. Que estejamos juntos, fortalecendo a fé, a esperança e o amor, fazendo a travessia da morte para a vida, porque a morte é uma realidade, mas a Ressurreição é nossa certeza!”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Missa dos Santos Óleos na Diocese de Borba

A Missa da Unidade – Santos Óleos da Diocese de Borba aconteceu neste último dia 30 deste mês de março de 2023. Todo o clero e paroquianos de todas as comunidades da Diocese reuniram-se na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, também chamada de Catedral Ecológica borbense. Na celebração dois pontos marcaram o momento; a Benção dos Santos óleos, que são os óleos do Crisma, dos Enfermos e do Batismo e a Renovação das Promessas Sacerdotais na presença do Bispo Diocesano Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. O Óleo do Santo Crisma marca a plenitude do Cristão, que deve irradiar a presença do Espírito Santo, assim, com o perfume de Cristo, a mancha da culpa é apagada e a unção do Crisma traz a serenidade da purificação. O Óleo do Crisma é o Óleo da Alegria, assim declarou Dom Zenildo. O Óleo dos enfermos foi conduzido ao altar por um Diácono. Neste óleo, o Bispo Diocesano explicou que está a fortaleza do cristão em tempos de dor, cura dos enfermos e alívio em sua páscoa, e na bênção do Óleo do Batismo ou Óleo dos Catecúmenos, a prece oracional indicava o dom da força aos catecúmenos. No Batismo o cristão é confirmado na fé, recebendo a sabedoria e as virtudes divinas.   Na homilia feita por Dom Zenildo foi destacado “que a igreja de Cristo estava reunida para ouvir a voz do Senhor. Como operários colaboradores e servos, uma vez que a unção dos Santos Óleos perpassa pela cura, pela santificação e pelo serviço. O Bispo Diocesano frisou as “luzes desta nova Diocese como; a Escola Diaconal, a criação das Foranias, a abertura dos Congressos Forânicos em um Ano Vocacional que segue a cultura vocacional.” Assim, na Renovação das Promessas Sacerdotais, outro ponto forte do momento, os sacerdotes renovaram suas promessas presbiterais perante o Bispo e o povo de Deus. O presidente da celebração apontou que “o Sacerdote é convidado a viver o ministério profundo de amor.” “O padre tem que exalar o cheiro das ovelhas,” como disse o Santo Padre, o Papa Francisco. Assim como no evangelho, que Jesus inicia a vida pública dizendo“O Espírito do Senhor está sobre mim”. Dom Zenildo Também colocou que a celebração dos Santos Óleos concluiu dois dias de intensa oração, sonhos e projetos iluminados pelo Espírito Santo de Deus, recordando as reuniões do Clero, CRB e dos Vigários Forâneos que aconteceram nos dias 29 e 30 de março, para alinhamento das demais missões que ocorrerão neste semestre. Após a celebração, o Bispo Diocesano convidou toda a comunidade presente para um jantar de confraternização no Seminário Nossa Senhora Aparecida, concluindo assim o momento de verdadeira unidade fraternal. Diocese de Borba – AM  Coordenação Diocesana da Pastoral de Comunicação – PASCOM

Síntese Fase Continental na América Latina e Caribe: “Esperança crescente de um novo tempo para a Igreja”

“É possível caminhar com Cristo no centro e deixarmo-nos guiar pelo Espírito de Deus. Temos a esperança crescente de viver já um novo tempo para a Igreja“. Com estas palavras de um dos participantes da Fase Continental do Sínodo, começa a Síntese da Fase Continental do Sínodo da Sinodalidade na América Latina e Caribe, refletindo o entusiasmo que o processo suscitou. Uma síntese em 107 parágrafos, que reúne o que foi vivido numa Igreja de experiências participativas e que é alimentada pela diversidade social e cultural de cada região, o que motivou a realização de 4 encontros regionais nos quais participaram 415 pessoas, de acordo com a população de cada país e a diversidade dos ministérios eclesiais, reunindo 423 sínteses com intuições, tensões e temas a aprofundar, aos quais se juntou o resultado de algumas outras realidades. Os encontros foram marcados pela espiritualidade, um clima de encontro com Deus e um sentido de comunidade fraterna para além da diversidade. O que foi reunido foi utilizado para a elaboração desta síntese, realizada de 17 a 20 de março na sede do Celam, que foi feita com base no discernimento à luz do Espírito, cujo resultado foi apresentado aos secretários-gerais e presidentes das conferências episcopais, na presença do Cardeal Jean-Claude Hollerich S.J., relator do Sínodo; Dom Luis Marín de San Martín, subsecretário da Secretaria Geral do Sínodo; e o P. Giacomo Costa, coordenador da Comissão Preparatória do Sínodo. Começando pela Introdução, que aborda a questão de uma Igreja numa chave sinodal, e na qual se destaca a longa história da vida conciliar, sinodal e colegial no continente, o texto é dividido em 8 partes, tentando responder à pergunta da Secretaria do Sínodo: “como é que este ‘caminhar juntos’, que permite à Igreja proclamar o Evangelho, de acordo com a missão que lhe foi confiada, se realiza hoje a vários níveis (do local ao universal) e que passos nos convida o Espírito a dar para crescer como Igreja sinodal?”. O primeiro ponto da Síntese fala do papel de liderança do Espírito numa Igreja sinodal, que desde Pentecostes “a leva a fluir e a percorrer a história com relevância e significado e que a conduz pelos caminhos da renovação e do futuro”, encorajando-a a uma autêntica conversão, procurando superar “a tentação do intimismo, fundamentalismos e ideologias que nos fazem disfarçar de querer Deus quando são a busca de interesses particulares”. Num segundo momento, é abordada a sinodalidade do Povo de Deus, sempre num caminho de esperança, um povo peregrino “que percorre a vida em busca da felicidade”. A partir daí, insiste-se que “o Povo de Deus a caminho é o tema da comunhão sinodal”, sublinhando que “a sinodalidade ajuda-nos a ser uma Igreja mais participativa e corresponsável”. Uma comunidade de irmãos e irmãs, “chamados a ser sujeitos ativos, participando no único sacerdócio de Cristo”. A sinodalidade, como se afirma na terceira secção, é a forma de ser e de agir na Igreja, a partir da catolicidade de um rosto pluriforme, que tem como fonte de vida e inspiração para discípulos missionários, a Eucaristia, a Palavra de Deus, a religiosidade popular. Esta Igreja sinodal tem de assumir na sua forma de ser e agir um discernimento comunitário baseado na escuta mútua do Espírito e no diálogo verdadeiro e confiante, algo que tem como método de conversa espiritual, com o qual intuições, tensões e prioridades emergem, permitindo-nos falar livremente sobre questões desconfortáveis e dolorosas, numa experiência de relação horizontal. Uma Igreja missionária sinodal é o elemento presente no quarto ponto, que mostra a urgência de “estruturas que assegurem uma sinodalidade missionária, incluindo todos os membros da periferia”. Uma Igreja missionária ao serviço da fraternidade universal, que dá continuidade à “missão de Jesus, contribuindo para o crescimento do Reino”. Uma missão que não é proselitismo, é “a proclamação alegre e gratuita de Jesus Cristo e do seu mistério pascal a toda a humanidade, numa relação intercultural”, encarnando o Evangelho nas culturas através da participação de todos os batizados, superando uma Igreja preocupada em resolver problemas internos e uma evangelização centrada no pecado, que reconhece o papel da mulher na transmissão da fé. A quinta secção reflete sobre a sinodalidade como um compromisso socioambiental num mundo fragmentado. Isto baseia-se no fato de que a sinodalidade motiva a Igreja a sair de si mesma e a colocar a si própria e toda a sua missão ao serviço da sociedade. A realidade do continente é analisada, fragmentada, desigual, com marginalização e exclusão, com forte polarização ideológica e política, denunciando “o distanciamento das Igrejas locais da realidade”, perante o qual se mostra que uma Igreja sinodal é chamada a “ser uma Igreja mais profética e samaritana”, chamada a “ouvir o grito dos povos e da terra”, com um agir ecuménico e inter-religioso, que também deve ser levado a cabo no mundo digital. A conversão sinodal e a reforma das estruturas ocupam a sexta secção, uma dinâmica a que o Concílio Vaticano II apela e que o Papa Francisco recuperou, algo que provoca tensões, mas que também exige processos e espaços de escuta, diálogo e discernimento que conduzam a uma autêntica sinodalização de toda a Igreja, o que requer formação em diferentes áreas, também de seminaristas, e a obrigação dos diferentes Conselhos nas dioceses e paróquias. Vocações, Carismas e Ministérios numa chave sinodal é uma reflexão presente na sétima secção, insistindo na sua diversidade e no fato de que “a Igreja é um Povo profético, sacerdotal e de serviço real, onde todos os seus membros são súbditos”, com uma grande diversidade de ministérios. Isto exige “um profundo discernimento comunitário sobre quais os ministérios a criar ou promover à luz dos sinais dos tempos, especialmente entre os leigos”, que deve levar  a “participar nas instâncias de decisão aos leigos e, especialmente, as mulheres e jovens”, ajudando a superar o clericalismo, entendido como a expressão do autoritarismo clerical. Por esta razão, apela a um repensar do modelo de ministério ordenado. Finalmente, a oitava secção contém as contribuições do itinerário sinodal da América Latina…
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Encontro Diretores Espirituais: Integrar as dimensões do futuro presbítero “através de uma espiritualidade sólida”

O Mosteiro de Itaici acolheu de 27 a 30 de março o Encontro Nacional para Diretores Espirituais, com o tema “Espiritualidade: um caminho privilegiado para o crescimento integral da pessoa”, realizado pela Organização de Seminários e Institutos do Brasil, visando a atualização daqueles que assumem esse serviço na formação, que contou com a presença de 120 padres de todo o Brasil. Segundo informou a TV Rede Vida, o encontro “enfatiza a espiritualidade como base de formação e também de acompanhamento durante a vida do sacerdote”. O encontro contou com a assessoria de Dom Cícero Alves de França, Bispo auxiliar de São Paulo, que definiu a vocação como “atender esse convite de querer ser outro Cristo, de querer viver de Cristo, passando pelas cruzes, ajudando os outros a carregar também as suas próprias cruzes, mas tendo sempre como meta a Ressurreição”. Um encontro que quer “poder valorizar o papel, a missão desses que nos ajudam muito a fazer com que a formação seja sempre integrada”, segundo Dom José Albuquerque de Araújo. O Bispo da Diocese de Parintins, que é membro da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), insistiu em que “todas as dimensões da pessoa, ou seja do futuro presbítero, precisam ser integradas através de uma espiritualidade sólida, concreta e em sintonia com o Magistério da Igreja”. Uma formação que atinge toda a vida do presbítero, segundo o Padre Vagner Moraes. Segundo o Presidente da OSIB “o Seminário é o período mais curto da nossa vida presbiteral, porque ela tem 8 anos de formação e depois a vida inteira de formação”. Já o Secretário da OSIB destacou que “é impossível uma pessoa ser padre sem ter feito uma experiência de vivência concreta com a pessoa de Jesus”. O Padre Carlos Henrique Santos disse que “quando chegarem nas comunidades paroquiais, que eles possam testemunhar, de forma muito viva e concreta nessas comunidades, aquilo que eles experimentaram no seu processo formativo”. Por sua parte, o padre Edgar Rigoni, vice-presidente da OSIB ressaltou que “quando nós olhamos este momento formativo para os diretores espirituais de nossas casas formativas, a importância de preparar bem os nossos formandos que amanhã vão trabalhar bem com as nossas lideranças laicais”. Desde a Comissão para os Ministérios Ordenados e a vida Consagrada da CNBB, o Padre João Cândido lembrou as palavras do Papa Francisco, que diz que “o Evangelho nos propõe a amizade com Jesus e o amor fraterno. Toda espiritualidade é cultivar essa relação de amizade com Jesus”. Dentre os participantes do encontro, o Padre Cláudio Gonçalves, da Diocese de Ruy Barbosa (BA), destacou que “os dilemas enfrentados na direção espiritual estão muito ligados à área da afetividade, da sexualidade, às vezes à dificuldade de se manter durante todo o período de formação devido a algum desânimo”. Por sua parte, o Padre Denilson Francisco Nogueira, da Arquidiocese de Olinda-Recife (PE), disse que “o estilo de vida de Jesus deve ser o nosso estilo de vida, e isso vai acontecendo com o tempo, com nossa caminhada, com nossa vida de vocacionado”. Finalmente, o Padre Vandoir Antônio dal Berto, da Diocese de Campo Limpo (PR), destacou que “todo vocacionado se sente no interior, no coração tocado por Deus”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Diocese de Coari celebra Missa dos Santos Óleos

No dia 29 de março, dentro da reunião semestral do clero da Diocese de Coari, realizada na Paroquia Nossa Senhora de Nazaré, em Manacapuru, de 27 a 30 de março, aconteceu a celebração da Missa dos Santos Óleos e a Renovação das Promessas Sacerdotais. Esta celebração acontece na Quinta-feira Santa pela manhã, mas diante das necessidades pastorais e as grandes distâncias entre as paróquias, a Diocese de Coari acostuma a realiza-la uma ou duas semanas antes, cada ano numa paróquia diferente. Durante a homilia, Dom Marcos Piatek, depois de refletir sobre as leituras bíblicas, frisou a importância da vocação presbiteral e agradeceu aos presbíteros pela vida doada a Deus, à Igreja de Coari e pela grande obra missionaria que realizam na diocese. Junto com isso, o Bispo convidou a todos para rezar pelos nossos presbíteros e a fomentar ainda mais a cultura vocacional nas famílias e comunidades. No final da Eucaristia os padres receberam os Santos Óleos e o texto do novo Plano Diocesano de Pastoral 2023 – 2027. No âmbito do 3º Ano Vocacional, que a Igreja do Brasil está vivenciando, o clero refletiu e partilhou junto, num clima de comunhão e de sinodalidade, sobre a vida e missão presbiteral na Diocese de Coari. Durante o encontro foi anunciado a criação de uma nova paróquia na cidade de Manacapuru, a Paroquia de Sant’Afonso, que será fundada dia 1º de agosto de 2023. A próxima reunião semanal do Clero está marcada para o mês de agosto de 2023 na Paroquia Nossa Senhora de Nazaré, em Beruri. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Pastorais e organismos do Regional Norte1 partilham a caminhada e vislumbram perspectivas

A coordenação das pastorais e organismos com representatividade em nível regional se reuniu no dia 30 de março na sede do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), para avaliar a caminhada no início deste ano 2023. A coordenação de cada pastoral e organismo foi partilhando essa caminhada, relatando em quantas igrejas particulares se faz presente cada uma das pastorais, e como está sendo realizado o trabalho nas diversas perspectivas que fazem parte da caminhada de cada pastoral. As pastorais presentes no encontro foram a Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Criança, Pastoral do Menor, Caritas, Pastoral do Migrante, Pastoral Litúrgica, Pastoral da Sobriedade, Pastoral da AIDS, Comissão Pastoral da Terra, Conselho Regional do Laicato, Comunidades Eclesiais de Base, Pastorais Sociais, Conselho Missionário Regional, Pastoral Carcerária, Comitê REPAM Manaus, Pastoral da Juventude e Pastoral da Comunicação. O encontro foi oportunidade para partilhar os passos dados por cada uma das pastorais e organismos, mas também os desafios e dificuldades a serem enfrentados, devidos às grandes distâncias, falta de internet de qualidade, que impede a participação em reuniões on-line e o desenvolvimento do trabalho, a falta de recursos e de pessoas para assumir o trabalho das pastorais. Tudo isso dentro do processo sinodal que a Igreja universal está vivenciando e que marca a caminhada das pastorais e organismos. Se trata de buscar como umas pastorais podem ajudar as outras no trabalho cotidiano, sobretudo nas visitas que cada pastoral faz em cada uma das dioceses e prelazias, buscando assim o fortalecimento do trabalho em rede Um momento importante para o Regional Norte1 ao longo deste ano é o V Congresso Missionário Nacional, com 120 vagas para o Regional, como foi informado pelo representante do Conselho Missionário Regional (COMISE), como foi decidido nos encontros que aconteceram nos últimos dias em Brasília. Junto com isso, o Regional Norte1 vai realizar sua 50ª Assembleia Regional. Ambos os momentos demandarão o envolvimento de todas as pastorais e organismos, como foi enfatizado pela Ir. Rose Bertoldo, Secretária Executiva do Regional Norte1, que destacou a muita vida envolvidas nas pastorais e organismos do Regional. O Encontro das Pastorais Sociais, que acontece todo ano, será realizado em 2023 de 15 a 18 de junho, buscando assim contribuir na formação de lideranças no campo sociopolítico, querendo assim voltar às bases para a formação da consciência política do povo. Será uma oportunidade para partilhar aspectos significativos de formação e compromisso sociopolítico que cada pastoral realiza. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Novo Plano Diocesano de Pastoral 2023-2027 na Diocese de Coari: Instrumento de evangelização integral

A Diocese de Coari acaba de dar a conhecer seu novo Plano de Pastoral 2023-2027, um fruto das Assembleias Diocesanas de Pastoral realizadas em 2021 e 2022. O novo plano tem como finalidade a evangelização integral. O documento foi promulgado por Dom Marcos Piatek, no dia 19 de março de 2023, na solenidade de São José, Padroeiro da Igreja Universal, e foi entregue ao clero da Diocese de Coari na celebração da Missa dos Santos Óleos e da Renovação das Promessas Sacerdotais, realizada em 29 de março na cidade de Manacapuru. No dia 09 de abril de 2023, o novo Plano Diocesano de Pastoral chegará às paroquias da diocese.  O Plano Pastoral leva em consideração o ensinamento do Papa Francisco na Exortação Pós Sinodal Querida Amazônia, as orientações das Diretrizes Gerais da CNBB  (DGAE 2019-2023), as reflexões contidas no Documento de Santarém 50 anos – 1972-2022, as pistas pastorais das Diretrizes da Ação Evangelizadora do Regional Norte 1 da CNBB 2022-2024 e, sobretudo a especificidade da Diocese de Coari, segundo Dom Marcos Piatek. O Bispo da Diocese de Coari insistiu em que “o novo plano pastoral foi elaborado com o intuito de ser um referencial para o planejamento e ação pastoral em nossa Igreja Particular. É fruto daquilo que foi escutado, refletido, rezado, partilhado, discernido e aprovado”. O Plano Diocesano de Pastoral 2023-2027 da Diocese de Coari está dividido em seis capítulos, precedidos da Apresentação e a Introdução. No primeiro capitulo é abordada a questão das Comunidades Eclesiais Missionárias na Diocese de Coari; o capítulo segundo reflete sobre a Diocese de Coari, uma Igreja discípula missionária; no terceiro momento é apresenta a Diocese de Coari como uma Igreja discípula da Palavra; o capítulo quarto aborda a questão da Diocese de Coari, uma Igreja servidora e defensora da vida; no quinto capítulo, a Diocese de Coari, uma Igreja irmã da criação; e finalmente, o último capítulo aborda a questão da Diocese de Coari uma Igreja celebrante e contemplativa. O texto é encerrado com as Considerações Finais. Segundo Dom Marcos Piatek, “agora temos a tarefa de realizar o que decidimos e planejamos”. Para isso, o Bispo da Diocese de Coari pede “que a Santíssima Trindade nos inspire e acompanhe na nossa missão de anunciar e testemunhar a Boa Nova do Reino de Deus no meio da nossa diocese”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

2023: Um ano profundamente missionário na Arquidiocese de Manaus

A Igreja de Manaus sempre foi missionária, mas 2023 se tornou um ano em que o chamado a viver a missionariedade tem sido redobrado. O ano começou com a Primeira Experiencia Missionária de Seminaristas, “Pés a Caminho”, realizada de 05 a 17 de janeiro, com a presença de 280 missionários e missionárias, que conheceram a realidade das comunidades, áreas missionárias e paróquias da Arquidiocese de Manaus, da Diocese de Coari e da Prelazia de Itacoatiara. Na última sexta-feira, 24 de março, foi lançado o V Congresso Missionário Nacional, que será realizado na Arquidiocese de Manaus, de 10 a 15 de novembro do presente ano. Mais uma oportunidade para enfatizar o chamado a sermos uma Igreja missionária em saída, que se faz presente na vida do povo, especialmente na vida das pessoas que vivem nas periferias geográficas e existenciais. A missão faz parte da natureza da Igreja, uma Igreja que não é missionária, que vive fechada dentro de si próprio, é uma Igreja condenada a morrer, a ir se acabando aos poucos. Desde o testemunho missionário, as pessoas vão conhecendo e se apaixonando com o jeito de Jesus. É por isso que a Igreja do Brasil faz no V Congresso Missionário Nacional um chamado a seguir o convite de Jesus Cristo, que diz aos seus discípulos: Ide até os confins do mundo! Como discípulos e discípulas missionários somos chamados a entender que esse convite é dirigido a cada um e a cada uma de nós, como algo que faz parte da vida de todo batizado. Pelo Batismo recebemos o chamado à missão, a testemunhar com a nossa vida Àquele que dá sentido a nossa existência. Desta vez, tanto na Experiência dos Seminaristas como no V Congresso Missionário Nacional, a Arquidiocese de Manaus é a Igreja que acolhe, sendo chamada a descobrir naqueles que chegam a presença desse Deus que se faz presente naqueles a quem Ele envia. Acolher os missionários é acolher Jesus que chega em missão e se faz presente em seu testemunho de vida, mas também é um incentivo a aprofundar no chamado a sermos missionários e missionárias que cada um de nós recebe pelo Batismo. Se faz necessário entrar no caminho da conversão missionária, cada um de nós em nível pessoal, mas também como Igreja, como comunidade cristã que vivencia sua fé com aqueles que por diferentes motivos ainda não conheceram o que significa Deus na vida da gente ou se distanciaram e deixaram de vivenciar sua fé em comunidade. Ser missionários nos possibilita poder fazer Deus e a Igreja presentes na vida dos outros e ajudá-los a entender que caminhar com Deus em comunidade transforma a vida da pessoa e ajuda a avençar no caminho da felicidade. É tempo de missão, de colocar os pés a caminho, de ir, desde a Igreja local até os confins do mundo. Que cada um de nós e todos juntos como Igreja local não deixemos passar esta oportunidade para ser aquilo que é fundamento de nossa vida como discípulos e discípulas: sermos missionários e missionárias. Você topa? Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar