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VI Assembleia da Rede CLAMOR trabalha a visibilização e prevenção ao tráfico de pessoas

A sede do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam), sediou a VI Assembleia Geral da Rede CLAMOR, realizada de 12 a 14 de setembro de 2023, em Bogotá. Um encontro inspirado nas palavras do profeta Isaías, também presentes no atual processo sinodal: “Alarga o espaço de tua tenda”. Analisando a realidade e respondendo Uma oportunidade para analisar os novos cenários da realidade migratória na América Latina, identificando seus principais desafios para 2024. Junto com isso, aprofundar os fundamentos doutrinários e a espiritualidade do trabalho pastoral na área da mobilidade humana forçada. Também foi uma oportunidade para avaliar os avanços e as dificuldades das Redes Nacionais CLAMOR e identificar ações para fortalecê-las ou criá-las, conforme o caso. A VI Assembleia da Rede CLAMOR foi um momento para compartilhar as ações e processos realizados desde junho de 2022 e apresentar as diversas ferramentas pastorais desenvolvidas, bem como lançar as bases para o Plano Operacional Anual 2023-2024. Foi um espaço para celebrar o dom da fraternidade e a alegria de caminhar juntos tecendo uma rede. A assembleia começou com um momento de espiritualidade, que deu lugar a uma análise da realidade a partir de diferentes perspectivas, também com a voz dos próprios migrantes, aspectos que foram aprofundados nas oficinas realizadas. Cardeal Ramazzini, novo presidente Durante a assembleia, foi eleita a nova presidência, na qual o Cardeal Álvaro Ramazzini, bispo de Huehuetenango (Guatemala), será o novo presidente. De acordo com o cardeal, “a Rede Clamor nasceu como uma resposta a todos os gritos de tantas pessoas que têm a ver com um problema muito sério, o problema do tráfico de pessoas”. Segundo seu novo presidente, que sucede a Dom Gustavo Rodríguez Vega, Arcebispo de Yucatán (México), recentemente eleito presidente da Cáritas América Latina e Caribe, “na Rede Clamor também temos a missão de conscientizar sobre a realidade da migração que afeta tantos latino-americanos, em toda a América Latina e Caribe”. Fazendo um balanço da assembleia, que considera muito frutífera, o Cardeal Ramazzini destacou a análise da realidade e a revisão do que devem fazer como “rede de organizações que estão envolvidas na questão da migração, do tráfico de pessoas, das pessoas que tiveram que deixar seu país por motivos de perseguição política“. Em suas palavras, o bispo de Huehuetenango enfatizou a necessidade de abordar toda a questão do “tráfico de menores que são usados para a prostituição, a fim de reafirmar uma posição muito clara da Igreja Católica e de todos nós que nos consideramos cristãos diante desses fenômenos que têm a ver com a mobilidade humana”. Necessidade de união de esforços O cardeal guatemalteco insistiu na importância de que “estar juntos nos encoraja a perceber que somente na unidade de esforço e compromisso teremos a força, dada sem dúvida pelo Senhor Jesus, para enfrentar esse problema“. A realidade do tráfico de pessoas “é uma realidade que machuca, que ultraja, que nos envergonha quando sabemos que há pessoas envolvidas que dizem acreditar em nosso Senhor Jesus Cristo, mas para quem o mais importante é ganhar dinheiro, e ganhar dinheiro às custas do sofrimento de muitas mulheres”. O cardeal enfatizou que “o tráfico humano agora não se trata apenas de mulheres, mas também do tráfico de crianças que são usadas para satisfazer as perversões sexuais de pessoas que pensam que, com seu dinheiro, podem fazer o que quiserem”. Por essa razão, ele enfatizou que “é uma realidade que não pode passar despercebida por aqueles que querem ter uma consciência cristã sensível“. Por isso, denunciou que “em nível das comunidades de fiéis católicos, essas questões são mencionadas, mas não encontramos nenhuma receptividade por parte dos fiéis, parece que eles têm medo, parece que querem fazer a coisa do avestruz, colocar a cabeça na areia para não perceber os problemas que existem”. Daí a importância de um encontro que “encorajou aqueles de nós que participaram a não perder esse ímpeto de luta, de esforço, que inclui a conscientização de todas as pessoas com as quais nos relacionamos em nossas comunidades”. Ele espera que “as conclusões sejam recebidas de forma muito favorável em termos de conscientização sobre esse problema”. Criação da Comissão sobre Tráfico de Pessoas Na mesma linha do novo presidente, Irmã Rose Bertoldo enfatiza que foi “uma assembleia de estudo sobre a realidade e também tomar mais consciência dessa realidade da migração forçada no continente e poder perceber essa realidade do tráfico de pessoas em suas diversas modalidades, que infelizmente tem crescido muito nas diversas regiões do continente”. Irmã Rose Bertoldo destaca a criação da Comissão sobre Tráfico Humano, da qual foi eleita coordenadora. Uma realidade que até agora “não era prioridade dentro da Rede Clamor”, insistiu. Segundo ela, que conhece profundamente essa problemática pelo seu trabalho na Rede um Grito pela Vida, “isso contribuirá muito para fortalecer as redes que que já trabalham no enfrentamento ao tráfico de pessoas, as redes da América Latina e do Caribe. Também fazer com que o tema, a pauta do tráfico de pessoas seja uma prioridade no trabalho de atenção a migrantes e refugiados, o que até então não era muito priorizado”. A partir do estudo do documento que foi elaborado para esta assembleia, a religiosa afirmou que “foi trazido muito presente esse grande clamor da necessidade de trabalhar a visibilização do tráfico de pessoas, como também se fazer a partir das casas de migrantes, dos lugares onde se acolhem migrantes, e de outros espaços esse trabalho de prevenção ao tráfico de pessoas, uma vez que muitos dos migrantes acabam sendo vítimas do tráfico de pessoas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Refletir sobre o cuidado com o meio ambiente, uma necessidade inadiável

O cuidado do meio ambiente, da casa comum, que nos fala o Papa Francisco é um desafio inadiável. Estamos vivendo o Tempo da Criação, um momento em que somos chamados pelo Papa Francisco a que “como seguidores de Cristo no nosso caminho sinodal comum, vivamos, trabalhemos e rezemos para que a nossa casa comum seja novamente repleta de vida.” A Igreja do nosso Regional está refletindo no Seminário de Ecoteologia que acontece de 13 a 15 de setembro, sobre o meio ambiente, e assim ajudar os estudantes de Teologia, que devem ter um papel importante nas comunidades amazônicas no futuro, mas também a lideranças comunitárias e agentes de pastoral, a entender a necessidade de aprofundar no conhecimento de tudo aquilo que faz referência ao cuidado da Criação, um elemento fundamental para garantir a vida na região, mas também no Planeta. A falta de cuidado com o meio ambiente é uma atitude presente em muitas pessoas. Manaus é um claro exemplo disso, que se concretiza no acúmulo de lixo nas ruas, na poluição dos rios e igarapés, que deixaram de ser fonte de vida para se tornar foco de doenças, nas queimadas e deflorestação e em tantos atentados com os quais nos deparamos na vida do dia a dia em nossa Amazônia. Como homens e mulheres de fé, qual é nossa atitude diante da Criação? Até que ponto nós assumimos o chamado que o Papa Francisco nos faz a ter a ecologia integral como elemento norteador em nossa vida de fé? Qual nossa atitude como batizados, mas também como comunidade cristã, como Igreja, diante da crise ecológica que está vivendo a Amazônia e o Planeta? Ficar de braços cruzados, se fazer os desentendidos nunca pode ser o caminho a seguir. O cuidado do Planeta exige um compromisso sério de parte da sociedade, ainda mais daqueles que dizemos acreditar no Deus Criador, fonte de vida para toda a humanidade. Nosso silencio, nossa apatia, contribui para que a situação piore e o Planeta e aqueles que o habitam, especialmente os mais pobres, sofram cada dia mais. Somos chamados a pensar, a sentir a necessidade de aprender a cuidar, especialmente com os povos indígenas, mestres em ecologia integral. Suas cosmovisões e espiritualidades, sustentadas no cuidado, nos ajudam a dar passos diante desse chamado, que nascido da fé no Deus Criador, tem que nos levar a entender que a vida tem que ser sempre preservada, uma vida que se faz presente não só na espécie humana, mas em tudo aquilo que faz parte da Criação. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Seminário de Ecoteologia: “Uma reflexão teológica a partir da vida, do chão, dos rios, das matas”

O Centro de Treinamento de Lideranças da Arquidiocese de Manaus (Maromba) acolheu na noite da quarta-feira 13 de setembro a abertura do Seminário de Ecoteologia, organizado pela Faculdade Católica do Amazonas, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), a Arquidiocese de Manaus, a Comissão Episcopal para a Amazônia e o Regional Norte1. Um momento para “aprofundar a questão da ecologia ligada à evangelização”, segundo dom Leonardo Steiner, que insistiu no “desejo de deixarmos tomar pelo Mistério presente em toda a Criação do qual fazemos parte, de tentarmos deixarmos inspirar para ver a presença do Verbo de Deus, ver nas criaturas o mesmo pertencimento que nós temos”. Segundo o arcebispo de Manaus, “deixarmo-nos tomar pela questão ecológica é muito exigente, deixarmo-nos inspirar por aquilo que não são objetos, são cintilações do amor de Deus, e fazer com que tudo isso esteja presente em nossa evangelização, não como ações pontuais, mas que se tornem elemento transversal na nossa evangelização”. O cardeal Steiner destacou que “depois de Laudato Si a questão ecológica não pode estar mais ausente das nossas reflexões teológicas, mas também não pode estar ausente da nossa ação evangelizadora”. Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara e secretário da REPAM-Brasil mostrou a alegria de poder celebrar na Amazônia este Seminário. O bispo fez um chamado a que “continuemos crescendo nessa vontade de conhecer mais e melhor essa questão da ecoteologia”, destacando que esse é um assunto do dia a dia na Amazônia, que deve fazer parte de todas as dimensões da Igreja na Amazônia. Ele refletiu sobre o desafio de levar para a base a ecoteologia, na liturgia, catequese, pastorais e movimentos. Também fez um chamado a juntar forças nesse caminho de fazer a defesa da casa comum, a preservar a Amazônia porque dela depende a sobrevivência da humanidade. O diretor da Faculdade Católica do Amazonas, padre Hudson Ribeiro, destacou a importância de um encontro que faz possível “produzir ecoteologia e ecoespiritualidade a partir da sororidade, do bem viver, da escuta, dos diálogos, de tantos desafios socioambientais”, denunciando a violência, destruição e morte contra o bioma e os povos amazônicos. Diante disso, ele fez um chamado à “esperança no Ressuscitado que está no meio de nós e que caminha conosco, e que é sinal de resiliência, expressão de resistência, mas também testemunho martirial, de valorização e reconhecimento dos saberes e da espiritualidade dos povos amazônicos, e sobretudo de fé no meio da vida, do Deus que nos convoca a defender essa vida e a promovê-la em todas as circunstâncias”. Lembrando as palavras do Papa Paulo VI: “Cristo aponta para a Amazônia”, a Ir. Maria Irene Lopes afirmou que “hoje direcionamos nossos olhares, nossas mentes e corações para Manaus”. Isso diante do início de um momento de reflexão, discussões e debate, “que nos leva a olhar para a Teologia com uma perspectiva um tanto diferente”, segundo a secretária executiva da REPAM-Brasil. A religiosa afirmou ser uma convocatória a “uma reflexão teológica a partir da vida, do chão, dos rios, das matas, das florestas, do nosso povo, de cada um de nós”. Reflexionando sobre a Cidadania Ecológica: Ecoteologia e Ecopolítica, foram apresentadas experiências de práticas ecológicas indígenas, ameaçados pela perda de cultura e outras realidades. Também foi abordada a necessidade de ter consciência ecológica, de uma conversão para a ecologia, a partir da própria experiência, segundo insistiu o Ir. Afonso Murad. Com relação à Ecopolítica, a professora Iraildes Caldas Torres afirmou que diz respeito a questões socioambientais e aos conflitos ecológicos, éticos e económicos. A professora da Universidade Federal do Amazonas definiu essa ciência como o “estudo das relações políticas referentes à proteção do planeta, seu ambiente natural, os ecossistemas e seus recursos”, ressaltando que “o objeto não é o meio ambiente e sim as relações políticas sobre o meio ambiente”. A professora falou de quatro argumentos no contexto das negociações climáticas: a ciência não deve ditar as escolhas políticas; é preciso buscar saídas negociadas; não adianta soluções perfeitas, ideais, mas que não são aceitas pelos países; equidade econômica e social, levar em conta os direitos dos estados e dos indivíduos. Ela defendeu que “é preciso ter uma política de controle da espécie humana”, destacando o papel fundamental da Igreja na organização e formação das comunidades do interior da Amazônia. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Seminário de Ecoteologia, “um casamento feliz da fé cristã com a Ecologia”

Organizado pela Faculdade Católica do Amazonas, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), a Arquidiocese de Manaus, a Comissão Episcopal para a Amazônia e o Regional Norte1, acontece no Centro de Treinamento de Lideranças da Arquidiocese de Manaus (Maromba), de 13 a 15 de setembro de 2023, o Seminário de Ecoteologia. Um encontro que começou refletindo sobre “Ecoteologia, Experiências e Práticas Ecológicas da Vida Pastoral: diagnóstico e aprofundamento”. Na Igreja católica, “vai crescendo a percepção da necessidade de refletir teologicamente sobre o meio ambiente e de incluir em nossa evangelização o meio ambiente”, segundo o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1. Ele destacou que “a importância está em tentarmos refletir teologicamente a questão do meio ambiente”. O arcebispo insistiu em que “a ecologia pode ser um discurso ético, de cuidado, mas também pode ser um discurso sistémico, de equilíbrio da terra”. Dom Leonardo recordou a visão que surgiu na Idade Média de todos os seres como um bem que se difunde, fazendo um chamado a resgatar o logos presente em todas as criaturas, as sementes do Verbo em todas as criaturas. Segundo o cardeal, temos muito a aprender com os povos originários e de seu modo de convivência. Se faz necessário entender o logos como relação com as criaturas, o que deve levar a pensar na relação que se estabelece entre nós e com as criaturas. O cardeal franciscano lembrou que o Cântico das Criaturas de São Francisco surgiu depois de uma noite de crise em que depois de reconhecer a presença misericordiosa de Deus descobre que todo está interligado. Nessa perspectiva, o presidente do Regional Norte1 destacou que o logos pede de nós em primeiro lugar uma admiração, afirmando que se o discurso teológico parte de uma admiração traz outra perspectiva. É por isso que não podemos ter medo de fazer uma outra reflexão a partir do pensamento do Papa Francisco. A Ecoteologia é vista pelo Ir. Afonso Murad como “um casamento feliz da fé cristã com a ecologia”. O religioso Marista, um dos maiores especialistas nesse campo teológico no Brasil, insistiu na necessidade de uma interação com a natureza, um aspecto relevante numa sociedade cada vez mais urbana, onde se fazem presentes aqueles que ele denominou “analfabetos ecológicos”. Murad falou dos três igarapés da Ecologia: Ciência, um novo modo de ver o mundo (paradigma), e práticas de cuidado com a casa comum, afirmando que a ecoteologia está ligada à questão das políticas públicas. Segundo o religioso Marista, a Teologia é o “exercício de pensar, refletir sobre a nossa fé e tudo o que está ligada com ela, e pensar sobre a nossa vida com a luz da fé”. Ele estabeleceu três degraus da Teologia: Teologia do dia a dia, iniciação à teologia ou teologia na pastoral, teologia acadêmica. Murad insistiu em usar uma linguagem que as pessoas entendem, incentivar a formação do laicato, e mostrou o desafio constante de uma comunicação entre as três, uma aprender da outra. “Nós povos indígenas temos muito a contribuir com essa reflexão, cada um desde os conhecimentos de seu povo”, afirmou o padre Justino Sarmento Rezende, salesiano do povo tuyuka. Segundo o doutor em antropologia, “ser sacerdote, religioso, nos leva para muito longe e não permite voltar às nossas origens. É importante retornar, voltar com outro olhar que a vida religiosa, sacerdotal proporcionou para você”. Partindo da concepção xamânica do mundo, própria dos povos originários, ele apresentou a cosmovisão dos povos do Alto Rio Negro, região onde o salesiano nasceu, que diz que o mundo está organizado em três níveis: Bupoamahsã (gente trovão), mahsã (pessoas) – yukumasã (gente floresta), e waimahsã (gente peixe). O padre Justino insistiu na ligação entre a vida dos povos indígenas e a vida cósmica. Ele fez um chamado a “amazonizar nossa cabeça”, lembrando as palavras do Papa Francisco durante o Sínodo para a Amazônia, fazendo ver aos povos da Amazônia que “precisam visibilizar o que vocês fazem lá”. É por isso que o salesiano indígena convidou a mergulhar na espiritualidade dos povos indígenas. Analisando as cosmovisões indígenas, ele falou do conceito de caminhos, em diferentes níveis, mas todos interligados, e da cosmovivência dos povos amazônicos como elemento que vai contribuir para a reflexão da Ecoteologia. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

50ª Assembleia Regional Norte1: Continuar “o desejo de caminhar juntos, em sinodalidade”

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se prepara para um momento histórico, sua 50ª Assembleia Regional, que será realizada na Maromba de Manaus de 18 a 21 de setembro de 2023. Um momento para fazer memória de uma caminhada que começou em 1952, no primeiro encontro dos prelados da Amazônia, quando ressoou um desafio: “Trabalhemos juntos, se não cairemos no isolamento”. Segundo afirma o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, “o Caminho tomado desde seu início foi estreitar a colegialidade episcopal e caminhar juntos com religiosos, religiosas, agentes de pastoral, para encontrar caminhos para a evangelização desta vasta região da Amazônia”. Dom Leonardo insiste em que “o desejo de caminhar juntos, em sinodalidade, foi a marca que moldou uma Igreja povo de Deus”. Assim, em 1967 aconteceu a primeira assembleia do Regional Norte1, consolidando o processo iniciado em 1966. Uma caminhada que agora é celebrada fazendo memória da presença da Igreja que se encarnou e alarga sua tenda na Amazônia numa caminhada sinodal e profética alimentando sonhos e esperanças. Ao longo dos quatro dias de assembleia serão lembrados aqueles e aquelas que deram a vida pela igreja na Amazônia, sendo um momento para rememorar, celebrar e esperançar. Mas também será oportunidade para reafirmar as diretrizes da ação evangelizadora do Regional Norte 1, socializando os encaminhamentos nas Igrejas Locais e fortalecendo as propostas encaminhadas em âmbito regional. Uma assembleia que quer retomar a profecia como horizonte de atuação eclesial a partir das forças das comunidades com rosto amazônico comprometidas com o cuidado da casa comum.~ A assembleia será iniciada com uma grande celebração eucarística, uma missa amazônica, presidida pelo presidente do Regional, o cardeal Steiner, aberta à participação das paróquias e comunidades da Arquidiocese de Manaus e das outras igrejas do Regional, onde todos são convidados a participar. Ao longo da 50ª Assembleia Regional será apresentado o relatório da presidência, haverá uma coletiva de imprensa, será realizado um resgate histórico e conjuntural do caminho da Igreja da Amazônia anterior as Assembleias Regionais. Junto com isso, uma memória dos 50 anos de Assembleias do Regional, mostrando aspectos significativos, estacas que foram sendo colocadas no caminho, sendo destacados alguns elementos como o CENESC, a caminhada da Conferência dos Religiosos do Brasil ou a Faculdade Católica do Amazonas, resgatando igualmente as lideranças religiosas e leigas, as lutas e causas abraçadas ao longo dos anos. Cada uma das nove igrejas locais que fazem parte do Regional Norte1 apresentarão o desdobramento das diretrizes em cada diocese e prelazia, sendo indicado como as diretrizes do regional tem iluminado a construção dos planos diocesanos, as atividades realizadas, as propostas encaminhadas, os passos previstos e as luzes para novas iniciativas. Um trabalho que também será feito de modo similar pelas pastorais e organismos em nível regional. Finalmente serão apresentadas as luzes (inspirações) para a caminhada a partir da memória e os passos para continuar concretizando as diretrizes. Serão dadas algumas comunicações e será apresentado os passos que estão sendo dados para o Congresso Missionário Nacional, que será realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro de 2023. Ao finalizar a 50ª Assembleia Regional será inaugurada a torre da Rádio Rio Mar. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

CPT busca estratégias para combater o trabalho escravo no Regional Norte1

Combater o trabalho escravo é um dos propósitos da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que desde há mais de 26 anos vem realizando a Campanha “De olho para não virar escravo”. Essa é uma realidade muito presente na Amazônia, mas que nem sempre é visibilizada e denunciada. Tentando avançar nesse combate ao trabalho escravo a Comissão Pastoral da Terra Regional Norte1 está realizando nos dias 12 e 13 de setembro de 2023 o encontro de planejamento desta campanha, querendo se somar a uma luta que possa ajudar a superar aquilo que o Papa Francisco chama de uma chaga social presente no mundo. O encontro conta com assessoria de Francisco Alan Santos, agente da CPT no Estado do Pará e membro da Equipe Nacional da Campanha. Ele destaca que neste encontro querem pensar nas estratégias nas comunidades onde a CPT local atua. Estamos diante de “uma campanha que busca fazer um trabalho preventivo em comunidades vulneráveis junto a trabalhadores e trabalhadoras, mas ao mesmo tempo fazer um processo de mobilização em toda a sociedade, inda nas periferias, nas comunidades rurais e ribeirinhas, levando essa informação aos trabalhadores e trabalhadoras sobre o que é que é o trabalho escravo, quais são os seus direitos, caso o trabalhador a trabalhadora tenha sua dignidade ferida”, afirma o agente da CPT. Francisco Alan Santos insiste em que estamos diante de “um trabalho que busca envolver outras pastorais, organismos da nossa Igreja, mas também entidades da sociedade civil nesse processo de mobilização e de enfrentamento”. Essa é uma urgência na Amazônia, uma região onde o trabalho escravo, “mesmo sendo um tema latente na região, infelizmente está invisível”. Diante disso, ele insistiu em que “o nosso dever, o nosso papel enquanto sociedade, enquanto Igreja, é levar essas informações para as comunidades para que essas denúncias possam chegar aos órgãos de fiscalização. Certamente na região amazônica e aqui no Amazonas existe essa problemática do trabalho escravo, precisamos dar visibilidade a esse tema que é urgente. Só assim essas entidades, elas vão poder atuar com mais agilidade resgatando trabalhares e trabalhadoras em situações degradantes, exaustivas e de trabalho forçado que certamente estão presentes nesse chão”. O agente da CPT ressalta que “é preciso denunciar, a denúncia é bastante importante porque isso vai propiciar uma mobilização e atuação dos órgãos de repressão no enfrentamento ao trabalho escravo”. Franscisco Alan Santos destaca que esse é um grito profético que a Igreja teve a partir da década de 60, a partir de dom Pedro Casaldáliga e de tantos outros religiosos e religiosas. Junto com isso, insiste na importância do grito profético de entidades, de pastorais, de organismos que também enfrentam essa problemática do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, no caso da Rede um Grito pela Vida, e a própria CPT que assume também essa missão no chão dessa realidade. Segundo a Ir. Agostinha Souza, o encontro pretende ser um momento para “um planejamento que estamos iniciando, porque ainda não temos um trabalho diante desta realidade que sabemos que existe e muito”. Dado que a CPT Regional Norte1 não tem nenhum agente preparado, o encontro é uma oportunidade para poder capacitar os agentes para trabalhar nesta área. A religiosa enfatiza que “há muita violação de direitos dos trabalhadores devido a toda esta situação do desmatamento”. Isso faz com que “as pessoas estão muito vulneráveis por conta desta questão, sendo privados destes direitos de liberdade”. Tendo como ponto de partida um panorama das atividades e metodologias desenvolvidas e das parcerias junto aos diferentes órgãos, o encontro quer ajudar a descobrir os caminhos e métodos para encaminhar as denúncias, analisando também a realidade do trabalho escravo na região, abordando o que está sendo realizado e as dificuldades que estão sendo enfrentadas. Ao longo do encontro será realizado um planejamento a partir da realidade local, buscando estratégias para desenvolver as ações da campanha e os instrumentos de monitoramento. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Divulgada a programação oficial do 5º Congresso Missionário Nacional em Manaus

Acaba de ser divulgada pela organização do 5º Congresso Missionária Nacional (5CMN) a programação oficial do evento que vai acontecer na arquidiocese de Manaus (AM), de 10 a 15 de novembro de 2023. Um encontro que irá a acolher centenas de missionários e missionárias de todo o Brasil. O tema deste encontro é “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho”. Segundo aparece na programação, o 5º Congresso Missionário Nacional contará com cinco conferências e quatro painéis temáticos, realizadas sempre pela manhã. Durante a tarde, os congressistas participarão de Grupos Temáticos e Oficinas. Também aparece na programação a realização de diversas celebrações, visitas missionárias às paróquias, áreas missionárias e comunidades e momentos cultuais. Os participantes do Congresso serão acolhidos nas famílias da Arquidiocese de Manaus, tendo a oportunidade de viver uma experiência missionária local. O 5º Congresso Missionária Nacional é coordenado pelas Pontifícias Obras Missionárias, juntamente com o Conselho Missionário Nacional, com o apoio da arquidiocese de Manaus, e busca colaborar com o amadurecimento da consciência missionária dos batizados, aprofundando a responsabilidade da Igreja com a missão além-fronteiras. Confira aprogramação completa do 5CMN Durante os dias que antecedem o 5º Congresso Missionário Nacional, de 4 a 9 de novembro, a arquidiocese de Manaus está organizando a Semana Missionária, com participantes de todo o Brasil. Os missionários e missionárias serão acolhidos na periferia urbana da cidade de Manaus e nas comunidades em contexto rural e ribeirinho, com o desafio da estiagem que é comum neste período. Além desses espaços geográficos, também deverão se encontrar com as periferias existenciais: migrantes, indígenas e povo em situação de rua. Mais informações sobre o 5CMN no site: www.pom.org.br/5cmn Com informações das POM

Dom Leonardo: “Somos chamados a incluir, jamais a excluir”

Recordando as palavras do Salmo Responsorial: “Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações”. Iniciou o cardeal Leonardo Steiner a homilia do 23º domingo do Tempo Comum, fazendo um chamado a “manter um coração aberto, coração livre, um coração tomado pelo amor salvífico e transformativo”. Ele lembrou que “o texto sagrado a nos pedir que abramos nosso coração, as nossas relações, saíamos ao encontro daqueles que desconvivem do amor”. Segundo o arcebispo de Manaus, “somos chamados a incluir, jamais a excluir. Por isso, o Evangelho a nos colocar a caminho na busca do irmão, da irmã. Despertar para a grandeza, a nobreza do conviver, da fraternidade, da familiaridade, da comunidade, da Igreja.  O caminho é significativo, pois não deseja livrar-se das diferenças e dos conflitos, mas manter-se na graça da familiaridade”. Citando o texto evangélico: “se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo”, ele destacou que “o pecado, o afastamento, o rompimento, não leva à exclusão, mas à busca fraterna. É um empenho atento e diligente, fraterno e acolhedor, ocupado em animar e admoestar da melhor maneira possível o irmão, a irmã. Por isso, se não consegue sozinho busca a ajuda de outro irmão e outra irmã.  E na busca de despertar para a beleza do amor, se for necessário, a ajuda da Comunidade”. Tudo para podermos manifestar a alegria: “tu ganhaste o teu irmão”, disse. “Se um filho, uma filha se afasta, se retira da família, e vive com pessoas que diminuem a dignidade e a justiça como a droga, a violência, a mãe, o pai, um dos irmãos, irmãs, conversa, dialoga, tenta trazer de volta o irmão para a graça do convívio familiar”, lembrou o cardeal. Quando “não consegue! Então, convida, mais um ou dois irmãos, na tentativa de acordar o irmão, a irmã. Pode acontecer de também não toquem o coração do irmão que tomou outros caminhos. A família toda se reúne, conversa, reflete o que será possível fazer para salvar o irmão, a irmã. Na receptividade, no calor da familiaridade o pai, a mãe, os irmãos mais velhos e os pequeninos de três ou quatro anos pedem, insistem para que o irmão volte para o aconchego da casa, da família”, enfatizou. “Se toda essa busca e oferta não o devolver à graça da família, ele se exclui”, lembro dom Leonardo Steiner, citando o texto do Evangelho: “seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público”. Ele disse que “não foi excluído, não foi rejeitado, não foi condenado. Ele mesmo se declara fora de uma relação que poderia levá-lo a uma vida em plenitude e a experimentar a grandeza de ser filho e filha de Deus. Ninguém o excluiu, ele colou-se a beira do caminho. E a família continuará a considerá-lo, irmão, um filho. Deus não exclui ninguém de seu amor. Somos nós que nos excluímos, nos afastamos”. O cardeal reafirmou que “o que está em jogo, não é a busca de um fraternismo ou de uma comunidade sem conflitos, desencontros e ofensas de modo que proporcione um ambiente agradável, gostoso de se viver”. Segundo o Evangelho, disse o purpurado, “a ofensa de um irmão deve ser sempre recebida como graça, bênção, ganho, jamais como perda, malefício. Por isso, devemos amar e ter como nossos maiores amigos aqueles que nos maltratam, caluniam. Amigo que é amigo, irmão que é irmão nunca necessita de perdão porque jamais se sente ofendido prejudicado pelo irmão. Por isso, Deus, da parte Dele, por exemplo, não precisa que lhe peçamos perdão, mas que nos convertamos a Ele, isto é, que vivamos voltados, virados, unidos a Ele como filhos, como filhas”. Inspirado no comentário ao Evangelho de Fernandes, M.A., Fassini, D., ele disse que “na verdade, esse é o único pecado: estar desligado, afastado, separado de Deus e, por extensão, da sua Comunidade. Por isso, quem precisa pedir perdão somos nós. O que está em jogo é a correção, isto é, a grande corrida de toda a comunidade na busca do ser fraterno comum; correção vem de correr; que todos se ergam, se levantem e se ponham de pé a fim de correr na busca da raiz comum que nos torna irmãos, irmãs, uns dos outros”. Lembrando o texto da Carta aos Romanos, dom Leonardo Steiner insistiu em que “o amor só faz bem! Busca o irmão, a irmã que se afastou, que trilha caminhos que levam à ilusão, ao isolamento, a desagregação. Amar o próximo como a nós mesmos é expressão do amor que recebemos. O amor com que fomos amados”. Em relação ao ensinamento de Jesus, onde ele diz “seja considerado como se fosse um pagão ou pecador público”, destacou “como é extraordinário esse ensinamento: como se fosse. Não seja considerado pagão ou pecador público. Jesus não condena, nem exclui. O que Jesus diz é apenas que seja tratado como se fosse. Ou seja, ele não está fora. É como se fosse, se estivesse fora. Como se disséssemos: tu continuas sendo um cristão, um seguidor de Jesus Cristo e, por isso, um irmão nosso, continua parte da nossa comunidade. Venha, unir-te de novo à sua família, à sua comunidade. Deixe de viver separado! Converta-te!”. “A Palavra de Deus a nos animar a sermos uma comunidade de amor. Nela existem tensões e problemas de convivência. Nela convivemos pobres e os débeis, ricos e abastados; há irmãos que têm dificuldade em perdoar as falhas e os erros dos outros, nela há acolhimento e perdão. Somos convidados à simplicidade e humildade, ao acolhimento dos pequenos, dos pobres e dos excluídos, ao perdão e à reconciliação. Uma comunidade que se move a partir do amor. E no amor vai deixando-se transformar, harmonizar. E por ser uma comunidade movida e dinamizada pelo amor, é uma família de irmãos e irmãs, que vive em harmonia capaz de acolher as diferenças, de suportar os que separam, que dá atenção aos pequenos e aos débeis, que escuta os apelos e os conselhos do Pai que está no céu. Uma comunidade que segue…
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Diocese de Borba ordena mais um presbítero: Rodrigo Bruce de Souza

A diocese de Borba conta com mais um presbítero. No dia 9 de setembro de 2023 foi ordenado na cidade de Autazes pela imposição das mãos de dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, Rodrigo Bruce de Souza. Um momento que “me anima muito como bispo desta diocese”, disse dom Zenildo em sua homilia, uma ordenação que acontece no Ano Vocacional segundo lembrou o bispo local, que destacou a importância da “criação de uma cultura vocacional e de um acompanhamento das vocações”, que definiu como uma missão bonita e profunda, mas árdua. O bispo lembrou o lema do ordenando, “eu, porém estou no meio de vós como aquele que serve”, afirmando que “se trata de um amor tão grande que na disponibilidade, no desapego, tem coragem de dizer assim, eu estou aqui, eu quero servir, mas não servir com interesse, ou de qualquer maneira, servir como aquele serve”, identificado com Nosso Senhor Jesus Cristo na missa do lava-pés, que “nos ensina o que é kénosis, o esvaziamento de si”. Dom Zenildo fez um chamado ao novo presbítero a viver a corresponsabilidade dentro da diocese de Borba, que definiu como uma Igreja ministerial, onde “cada um é importante e cada um tem um papel a desempenhar”. O bispo comentou as leituras da celebração, destacando o chamado feito ao profeta Jeremias, algo que ele ligou com a vocação daquele que foi ordenado, a quem disse ser “amado, chamado e agora tocado por Deus para ser instrumento da Palavra, da evangelização”. Uma ordenação que é uma configuração ao Sumo e Eterno Sacerdote, lembrou o bispo da diocese de Borba que pediu ao padre Rodrigo Bruce que seja alguém feliz, que ama ao povo, lhe recordando que sua vocação nasceu do seu Batismo. Dom Zenildo lembrou a necessidade de operários para o trabalho pastoral, de responder com liberdade e generosidade interior, de ser portador da paz. Lhe lembrando ao novo presbítero que é chamado a ser padre, o bispo lhe pediu levar muito a sério a vida de oração. Segundo dom Zenildo, o novo padre o será “numa Amazônia ameaçada e em um tempo muito complicado”, marcada pelo crescimento da pobreza, fazendo um chamado a ter proximidade com os pobres; pela violência, que tem crescido de diferentes formas e vai causando conformismo e paralisia; pela indiferença, na política, na vida religiosa. Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva também lembrou ao novo padre quatro amores que ele deve ter: por Jesus Cristo, pelas Sagradas Escrituras, pela Igreja e por Maria. Ele o chamou a que seja um padre pastor, que se preocupa em cuidar, em amar, em defender, em zelar; um padre missionário; um padre ponte, que consiga ligar as realidades e promover novas relações; um padre sinodal, que busca caminhar juntos, em proximidade. O novo padre lembrou sua história vocacional, que surgiu da necessidade do povo e da Igreja de Borba, agradecendo a aqueles que lhe acompanharam em seu caminho e aos presentes na ordenação e lembrando que o padre não é para si e para o povo de Deus, segundo o pensamento de São João Maria Vianney. Reconhecendo que o caminho vocacional não foi fácil, foi mostrando sua gratidão por tudo o que estava vivendo com sua ordenação. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Papa Francisco pede à PJ seguir em frente com coragem, ousadia e criatividade

A Pastoral da Juventude comemora 50 anos de caminhada em 2023, uma celebração que tem no um de seus momentos fortes, com a Romaria da Pastoral da Juventude (PJ), ao Santuário Nacional de Aparecida. Uma jornada em que foi relatada a história da PJ ao longo desses 50 anos de caminhada, houve atrações musicais, foi lançado o “Somos Igreja Jovem” e encerrada a Campanha Nacional de Enfrentamento aos Ciclos de Violência Contra a Mulher. A Romaria foi encerrada com uma celebração eucarística no Santuário Nacional precedida de uma caminhada. Com motivo dessa efeméride, o Papa Francisco enviou uma carta em resposta a outra enviada ao Santo Padre pela Pastoral da Juventude, onde ele destaca o trabalho de evangelização da PJ. Na carta, o Papa coloca o exemplo do jesuíta São José de Anchieta, que aos “19 anos, não teve temor algum de partir em missão para uma terra desconhecida, atravessando o oceano, movido por seu zelo apostólico de anunciar Jesus Cristo a todos”. O Bispo de Roma convidou os jovens a que “busquem sempre o auxílio deste poderoso intercessor e procurem imitar o seu exemplo”. O Papa Francisco lembra as palavras dos jovens brasileiros, onde eles dizem que “são muitos obstáculos e desafios para poder levar a Boa Nova do Evangelho aos jovens da sociedade hodierna”. Diante disso, o Papa lhes exorta “a seguirem em frente com a coragem, a ousadia e a criatividade que lhes são características, sem desanimar nem deixar que lhes roubem a esperança”, lhes dizendo que tem a intercessão do Apóstolo do Brasil e da Mãe de Deus e nossa Mãe. Francisco encerra sua carta enviando-lhes sua “afetuosa saudação, acompanhada da benção de Deus”, lhes pedindo, como é seu costume, que não deixem de rezar por ele. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1