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Ser mãe, ser instrumento de vida, cuidado e amor para os outros

A palavra mãe desperta sentimentos em todos nós, sentimentos que fazem referência à geração de vida, ao amor, ao cuidado. Agradecer a Deus por aquelas que geram vida é algo a ser feito todos os dias, mas tem momentos em que esse chamado é redobrado. No Brasil, o segundo domingo de maio é comemorado o Dia das Mães, uma oportunidade para agradecer a Deus por aquelas que Ele coloca na nossa vida como o maior presente. A sociedade diz que é dia de dar presente, mas o maior presente é estar com aquela que é a melhor expressão de amor, do Amor de um Deus que é Mãe. O Dia das Mães é também uma oportunidade para lembrar de tantas mulheres que são mães de diferentes modos, e são mães porque exercem a missão de cuidar da vida, de gerar vida para aqueles que a vida lhes confiou, mulheres que se esforçam cada dia para que os outros tenham vida e vida em abundância. Mulheres que tiram delas mesmas para dar, mulheres que se doam por completo, que enchem de vida muitos corações. O que significa ser mãe? O que representa na vida da humanidade a figura maternal? Como ser mãe numa sociedade onde as dificuldades para gerar vida só aumentam? Como inspirar nos outros sentimentos de amor, de cuidado, de vida? Como conduzir pelo caminho da vida àqueles que são confiados a nós? Para ser mãe as referências são múltiplas, mas podemos dizer, sem nenhuma dúvida, que em Maria, a Mãe de Jesus, encontramos uma referência muito válida para ser mãe. Maria é aquela que se doa por completo, que coloca sua vida em função dos outros, em função de seu Filho. É Ele que marca sua vida e seu caminhar. Seu exemplo nos leva a pensar em tantas mães que vivem para se doar, que colocam sua vida em função dos seus filhos e que se tornam instrumento de cuidado. Mas a gente não pode esquecer do sofrimento de tantas mães, que vivem no meio ao sofrimento e às dificuldades, que não conseguem encontrar o caminho que faça possível ser semente de vida para seus filhos. As causas são múltiplas e é por isso que como sociedade e como Igreja somos desafiados a sermos solidários diante de tantas situações de dor e dificuldade. Comemoremos o Dia das Mães, mas façamos isso com um sentimento de gratidão, que vai além daquilo que cada um pode dar como presente. Na verdade, o presente são as mães que dão, com sua presença, carinho e amor, pois nelas o Deus do Amor e da Vida acompanha a vida de seus filhos e filhas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Diocese de Coari realiza encontro sobre Liturgia e Canto Litúrgico

Ser “uma Igreja Celebrante e Contemplativa” é uma das propostas do Plano Pastoral da Diocese de Coari 2023 – 2027. Algo que faz parte da vida da Igreja, que desde os tempos remotos jamais esqueceu de evangelizar (missionariedade), jamais parou de realizar as obras de caridade (diaconia e serviço) e jamais parou de celebrar (liturgia e espiritualidade). Para aprofundar cada vez mais a formação litúrgica, aconteceu na Casa de Retiro Santo Afonso, Centro de Formação Missionária da Diocese de Coari, de 5 a 7 de maio de 2023, a formação para a Pastoral da Liturgia da Diocese de Coari, com o tema: “Canto e Música Litúrgica como sinal sensível para atuar no Mistério da Páscoa de Jesus“. No encontro participaram 120 pessoas, membros da Pastoral Litúrgica das paróquias: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Coari, Santuário São Francisco de Anamã, Nossa Senhora de Nazaré de Beruri, São Pedro de Coari, Nossa Senhora das Graças de Codajás, Imaculada Conceição de Anori e Sant’Ana e São Sebastião de Coari. O assessor do encontro foi Erivaldo Silva Ferreira, leigo, graduado em Teologia pela PUC/SP, Mestre em Teologia, pela PUC/SP, com concentração em Liturgia e Pós-graduado em Liturgia pelo IFITEG. Ele é professor de filosofia, sociologia e prática de canto coral, membro do Corpo Eclesial de Compositores da CNBB, membro da Universa Laus. Presta serviços às Edições CNBB, contribuindo no acervo e organização do canto litúrgico do Brasil (Hinários Litúrgicos da CNBB e Campanhas da Fraternidade). Segundo foi refletido durante o encontro, a Igreja tem a missão de conduzir as pessoas ao Mistério e a uma espiritualidade a partir da Trindade. O nosso povo é motivado para celebrar e contemplar o Mistério de Deus, através das celebrações da Palavra de Deus; dos Sacramentos e Sacramentais; das Exéquias; dos Terços; Retiros; do Ofício Divino das Comunidades; da Via Sacra; da adoração ao Santíssimo; Acompanhamentos e dos Festejos e Novenários. É importante que esses momentos, especialmente a Liturgia, sejam bem-preparados. Os participantes foram orientados a valorizar a preparação da Liturgia; as formações litúrgicas; a Leitura Orante da Palavra; o conhecimento e a vivência do Ano Litúrgico para desenvolver uma espiritualidade amazônica associada à vida de Jesus Cristo e à celebração da Igreja. O encontro começou com a celebração eucarística presidida por Dom Marcos Piatek, bispo diocesano e concelebrada pelos padres Felipe Jorge, assessor diocesano da Pastoral Litúrgica e pároco da paróquia Nossa Senhora das Graças de Codajás, padre Valdivino Araújo, Coordenador Diocesano de Pastoral e pároco da paróquia Sant’Ana e São Sebastião (Coari) juntamente com os seminaristas. Esses dias foram de muitos aprendizados, trocas de experiencia, oficinas e esclarecimento para todos. Na missa de encerramento os participantes cantaram os cantos em coro com divisões de vozes e a Eucaristia foi presidida novamente por Dom Marcos Piatek, que em sua homilia destacou a importância de termos conhecimentos com a importância da Liturgia na Igreja. Na concelebração estavam os padres Josinaldo Plácido, Valdivino Araújo, Felipe Jorge e Paulo Araújo. No final do curso os participantes receberam o certificado da participação do curso, que voltaram para suas comunidades com a consciência de que, em palavras de Santo Agostinho, “Quem canta reza duas vezes”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da diocese de Coari

Encontro das CEBs da Diocese de Alto Solimões em preparação ao 15º Intereclesial

A diocese do Alto Solimões realizou de 5 a 7 de maio um encontro em preparação ao 15º Intereclesial das Cebs, que acontecerá em Rondonópolis nos dias 18 a 22 de julho desse ano. Quarenta e duas pessoas das paroquias de Tabatinga, Belém do Solimões, Atalaia e Benjamim Constant se reuniram no centro de formação da diocese em Tabatinga. Durante o encontro, os participantes estudaram o Texto Base do 15º Intereclesial, sendo apresentada a cartilha de encontros de reflexão para as comunidades eclesiais de base em preparação ao Intereclesial. Ao longo do encontro foi aprofundado sobre as “Cebs como Igreja em saída, na busca da vida plena para todos e todas”, tendo como iluminação bíblica: “Vejam! Eu vou criar novo céu e uma nova terra” (Is 65,17ss). O encontro contou com a presença do bispo diocesano, dom Adolfo Zon, eleito bispo referencial das CEBs no Regional Norte1 da CNBB na última assembleia da CNBB, deu sua mensagem de abertura dos trabalhos. Dom Adolfo lembrou que a dinâmica pastoral e evangelizadora das paróquias depende da animação das comunidades. Ele fez referência ao Documento de Santarém, que em 1972 reconheceu as comunidades cristãs de base como o melhor modo para evangelizar o nosso povo ribeirinho e das periferias da Amazônia. Durante o encontro foi refletido sobre o farto de que o Concílio Vaticano II já havia começado a recuperar a Igreja das fontes, e que o Cristo Ressuscitado está presente na comunidade que se reúne em seu nom, Ele está hoje na Galileia existencial da Amazônia. A Igreja na Amazônia já vive uma experiência muito linda de Sinodalidade, o que se faz presente no fato de que são tantas as dioceses, paroquias e comunidades que se reúnem para celebrar suas Assembleias do Povo de Deus, para assim continuar caminhando juntos seguindo os passos de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida. O encontro também foi momento de refletir sobre a maneira de criar, organizar e animar as comunidades cristãs com a metodologia do Ver, Julgar e Agir. Com relação à cartilha, ela propõe ter olhos de irmãos e irmãs para ver a realidade de vida e morte. Olhos de discípulos e discípulas para julgar essa realidade com a Palavra de Deus e o magistério da Igreja. E olhos de profetas e profetisas para agir e transformar nossa realidade através de gestos concretos e solidários na busca da vida plena para tudo, todos e todas. Com a assessoria do irmão Daniel Niño, os participantes do encontro fizeram um exercício pratico de leitura bíblica para entender a organização de algumas das Igrejas que Paulo Apóstolo fundou e assim melhorar a organização e o funcionamento das comunidades na Amazônia. Assim a leitura da Bíblia a partir das CEBs tem um princípio: a Bíblia foi escrita em comunidade e deve ser lida sempre em comunidade para ser interpretada. Ela tem duas chaves: a teológica que revela que o nosso Deus é o Libertador do Êxodo; a sociológica porque precisa reconhecer a realidade do povo. E finalmente a leitura popular da bíblia contempla três passos: ver, julgar e agir que faz o triangulo hermenêutico. O encontro foi encerrado com a celebração da Eucaristia com a comunidade vizinha ao local do encontro. Uma oportunidade para lembrar a necessidade de seguir nas Cebs como verdadeiros irmãos e irmãs na busca do Bem Viver, porque “a fraternidade é a face humana do amor de Deus”, segundo lembra Carlos Mesters. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações do Pe. Carlos Alberto Pinto da Silva

Cardeal Steiner: “Jesus é o caminho da fraternidade, do perdão, da reconciliação”

Na homilia do 5º Domingo da Páscoa, dom Leonardo Steiner começou lembrando que “a passagem do Evangelho proclamado faz parte da narrativa da Ceia pascal celebrado por Jesus com seus discípulos.  Jesus na sua despedida percebe que os discípulos se encontram aflitos, perturbados. Há uma certa ansiedade e incerteza rodando o ambiente da Ceia. Diante da revelação da traição de Judas e da negação de Pedro, Jesus consola os discípulos: ‘Não se perturbe o vosso coração’”. Jesus quer “despertar neles a confiança, a fé, para não serem tragados pela decepção e angústia diante do porvir. Indica a proximidade ao ensinar: ‘Na casa do meu Pai há muitas moradas… Vou preparar-vos um lugar”. Jesus indica a nova morada que há de vir com sua morte e ressurreição. A morada do Pai que lhes dará segurança, comunhão, verdadeira fraternidade”, insiste o cardeal Steiner. Segundo o arcebispo, “o Evangelho a nos indicar que nos momentos de perturbação, angústia, incerteza deixemos ressoar: ‘Não se perturbe o vosso coração’. Termos sempre a percepção de que Jesus está presente e nos acompanha”, citando as palavras do Papa Francisco, onde nos diz que “recebemos a certeza que nos consola: há um lugar reservado para cada um. Também há um lugar para mim. Cada um de nós pode dizer: há um lugar para mim. Não vivemos sem meta nem destino. Somos esperados, somos amados, pois Deus está apaixonado por nós, nós somos seus filhos, suas filhas”.  “Eu sou o caminho! Eu sou a via! Caminhantes que somos, seguimos o caminho proposto por Jesus. O caminho é Jesus. O caminho que é Jesus, é a sua vida, o seu amor e a sua bondade, são as suas palavras, os seus gestos. É o dom da vida por amor na sua morte de cruz”, destaca o arcebispo de Manaus. Segundo ele, “esse é o caminho que seguimos, que devem seguir todos os discípulos e discípulas. Ao aceitarmos percorrer esse caminho de identificação com Jesus, vamos ao encontro da verdade e da vida em plenitude. Se aceitamos percorrer o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, chegamos ao Pai. Como nos ensina Jesus: “Ninguém vai ao Pai senão por mim”. Com Jesus participamos da vida do Pai”. Citando Santo Agostinho, desde a passagem, “eu sou o caminho, a verdade e a vida”, Dom Leonardo refletiu sobre os três elementos. Segundo o cardeal, “o caminho que é Jesus é o caminho da fraternidade, do perdão, da reconciliação, o caminho onde no percebemos e respeitamos e queremos como irmãos e irmãs. O caminho da paz e da esperança”, se perguntando com Papa Francisco: “Que caminho seguimos? Há caminhos que não levam ao Céu: os caminhos da mundanidade, os caminhos da auto-afirmação, os caminhos do poder egoísta. E há o caminho de Jesus, o caminho do amor humilde, da oração, da mansidão, da confiança, do serviço aos outros. Não é o caminho do meu protagonismo, é o caminho de Jesus, protagonista da minha vida”. Dom Leonardo enfatizou que “Jesus nossa via desperta em nós o desejo de mostrarmos o caminho da presença misericordiosa, transformadora, curadora, sanadora aos que se perderam no caminho, errantes sem caminho. Ele caminho, nos leva ao encontro dos necessitados, dos famintos, dos precisados de justiça. Ele caminho, nos conduz ao encontro da verdade, a verdade de nossas relações, a verdade das notícias, a verdade que nos deixa ver a bondade, a liberdade. Ele caminho, nos leva a superar o modo agressivo de viver, de matar, de caluniar. Ele caminho, nos leva a superação de um estilo de vida de consumismo, de hedonismo, para o encontro com irmãos e irmãs na diferença. Ele fonte de transformação, fonte de liberdade, de paz e justiça, pois caminho, verdade e vida!”, uma reflexão que novamente iluminou com as palavras de Santo Agostinho. Com as palavras de Felipe: “Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: mostra-nos o Pai?”, o cardeal Steiner disse que “Felipe desejava ver o Pai. Não havia percebido que em Jesus o Pai é visível. No modo de Jesus estava vivo o Pai. Ao ver Jesus, deveria ver o Pai”. Isso porque “Jesus que aliviava as dores, confortava os desolados, reinseria na vida religiosa e social os afastados, descartados pela lepra, despertava à vida os desconsolados, os atingidos de morte, os mortos vivos; Ele a presença, a visibilização do Pai. Libertava os egoístas, os endemoniados. Ensinava o cuidado do Pai nos pássaros do céu, na beleza dos lírios do campo. Tudo falava e fazia ver o Pai, mas Felipe não via. Não via, mas desejava ver. “Quem me viu, viu o Pai”. Felipe não havia se dado conta de que no Filho lhe era dado ver o Pai. Na bondade, na cordialidade, na gratuidade, na amabilidade, na amorosidade, na singeleza, na justiça, na equidade, na doação e consolo de Jesus, o Pai era papável: Pois quem vê o filho vê o Pai”. Segundo o arcebispo de Manaus, “também nós desejamos ver o Pai. Na medida em que vamos lendo, meditando, a Palavra de Deus, vamos fazendo o caminho com Jesus e em caminhando com ele e por ele vendo vemos o Pai. Jesus caminho vai visibilizando o Pai, pois participamos de sua bondade, da sua misericórdia, do seu amor materno-paterno. Vamos como o Pai matriciando o mundo com suas criaturas, a cada irmãos e irmãs privado de sua dignidade, desprezado na sua filiação divina. E sem nos darmos conta participamos da morada que Jesus caminho nos prepara. Não estamos desamparados, sem eira nem beira, sem destino, sem meta, sem sentido. Temos uma morada, temos abrigo, temos tenda, temos lugar: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”. Dom Leonardo Steiner disse que “realizarmos a obra do Pai ao seguirmos a Jesus”, fazendo ver “o desencontro, a lamentação, a murmuração, o descontentamento, poderíamos dizer, a divisão na comunidade”, que relatava a primeira leitura. “Qual o caminho que os apóstolos seguem, que obra realizam?”, questionou o cardeal. “Um diálogo onde todos podem escutar e falar. E do diálogo e…
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5º Domingo da Páscoa: “Jesus conhece nossa humanidade, muitas vezes tingida de inseguranças”

No 5° domingo da Páscoa, “o Evangelho de hoje está cheio de preciosas revelações, dessas que confortam o coração”, segundo Verónica Rubi. A missionária leiga na diocese de Alto Solimões destaca que “Jesus nos anima a crescer na fé, na confiança. Ele conhece nossa humanidade, muitas vezes tingida de inseguranças, por isso neste domingo nos volta a dizer: ‘Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também’”. Diante da afirmação de Jesus, ela questiona: “em que situações angustiantes, difíceis de nossa vida precisamos que Jesus se aproxime e nos repita as mesmas palavras? Pensemos que aconteceria comigo se nesse momento Jesus me diz: Não se perturbe teu coração. Consigo ter confiança no que Ele me diz? Posso deter-me na minha angústia para acreditar nele?”, afirmando esperar que sim, porque nisso consiste a fé. A missionária também mostra que “no Evangelho Jesus fala abertamente da Vida Eterna ‘Na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar… voltarei e os levarei comigo’”. Ela faz uma pergunta: “Quantas pessoas vivem temendo a morte, como se fosse o fim de tudo?”, respondendo que “a morte faz parte da vida, de nossa humanidade dinâmica e limitada, mais não é o ponto final, Jesus venceu a morte, ela já não tem a última palavra. A morte é Pascoa para todas e todos, é passo a Vida Eterna na morada de Deus. Acreditemos!”.   “Qual é minha experiência, tenho medo da morte? Acredito que Jesus verdadeiramente ressuscitou? Vivo meu momento presente como preparação para a Vida Eterna?”, se pergunta Verónica Rubi. Ela destaca que “Jesus nos fala de forma clara de um dos grandes mistérios de nossa fé, a comunhão trinitária que existe em Deus que é Pai- Filho- Espirito Santo. Ele diz: ‘Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim’ várias vezes de diversas formas vai dizer o mesmo, pedindo-nos que acreditemos. Do Espírito Santo, nos falará no próximo domingo”.  “Qual é minha experiência com nosso Deus trindade, nosso Deus comunidade? Acredito que são três pessoas um só Deus? Recurro a cada um deles segundo a circunstância?”. Essas perguntas levam a missionária a dizer que “da minha vida pessoal, eu lembro dos tempos em que não acreditava, por isso hoje agradeço profundamente a insistência de Jesus em autorevelar-se como Caminho- Verdade- Vida, é conhecendo-o, seguindo seus passos, amando aos que estão conosco, servindo aos mais pobres, que nos configuramos com Ele, que fazemos presente o Reino”.  “Esta é nossa missão de discípulos/ discípulas missionarias de Jesus Ressuscitado para que muitos acreditem, cheguem ao conhecimento da verdade e tenham Vida no Amor de Deus”, concluiu.     Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Campanha Laudato Si: “Se organizar para a mobilização e sensibilização, principalmente do universo religioso”

O cuidado da casa comum é uma das agendas prioritárias da Igreja católica, sobretudo depois da encíclica Laudato Si, que neste mês de maio completa 8 anos de sua publicação. Um dos frutos dessa encíclica é o Movimento Laudato Si, que cada vez ganha mais adeptos, também entre aqueles que não se dizem católicos. A Campanha Laudato Si surgiu no Brasil a partir de um diálogo entre o Movimento Laudato Si, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica) com o boom do lançamento do filme “A Carta”, segundo Eduardo Nischespois, tendo como ponto de partida “criar uma estratégia nacional de difundir o filme e com isso resgatar a discussão, aprofundar, fazer com que ela chegue a outros espaços a respeito da Laudato Si”. O jovem afirma que depois desse processo inicial, “a gente acabou incorporando outras iniciativas que já estavam previstas”, sendo a difusão do filme “a grande estratégia de base da campanha, e para isso nós estruturamos ela em três períodos de mobilização: a Semana Laudato Si, o Junho Verde e o Tempo da Criação”. Segundo Eduardo Nischespois, “cada um deles tem uma linha de atuação mais específica”, sendo marcada a Semana Laudato Si pela apresentação da encíclica e a incidência política, o Junho Verde visa a educação e conscientização socioambiental, o Tempo da Criação tem um apelo ao diálogo interreligioso, diálogo ecuménico. Uma Campanha que “aproveita o momento histórico que a gente vive, que é muito favorável para isso, que vem do Magistério do Papa Francisco, que nos apresenta inúmeras possibilidades, mas que também se junta a iniciativas de outras tantas organizações que também querem discutir a pauta ecológica e se organizar para a mobilização e sensibilização, principalmente do universo religioso”, segundo Gabriela Consolaro Nabozny. Ele insiste em que a Campanha “não tem um limite para terminar, mas entra num cronograma da celebração dos 10 anos da encíclica Laudato Si em 2025, e também dos 800 anos do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis em 2025”. “O Movimento Laudato Si em nível global se articula para celebrar esses momentos com alguns direcionamentos de aumento da capilaridade do Movimento, de mais atividades nas comunidades, de fomento de lideranças, e nós aqui do Brasil também vimos uma possibilidade a partir do filme ‘A Carta’, se somar com outras organizações que se colocaram abertas para esse diálogo e fazer uma grande movimentação, um grande caminho de sensibilização para preparar para essas datas que nós sabemos que são ápices para a Igreja do Brasil, que voltam o olhar das lideranças para querer saber mais e se engajar”, algo que foi apresentado durante a 60ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o que foi definido como muito proveitoso. Todas essas perspectivas que o Papa aponta, que “demandam uma serie de mudanças, de transformações, de ressignificações”, elas acontecem de diferentes modos, segundo Eduardo Nischespois. Em relação à Laudato Si, “não é diferente, em muitos lugares ela tem maior receptividade, capilaridade, a Igreja local já toma posições, posturas, decisões, inspirados e embasados na Laudato Si. Nós temos dioceses que tem políticas de desinvestimento, que tem políticas de implantação de sistemas sustentáveis de energia que são frutos dessa discussão, que tem processos de formação com agentes de pastoral. Mas também temos bispos que manifestam que ainda não incorporou, não se deixou tomar pelo espírito que a Carta Encíclica nos traz”, afirma o jovem. Ele insiste em que “a receptividade se dá de muitas formas”, mas diz que “a Laudato Si, talvez seja um dos documentos que mais dialogou com o universo não necessariamente cristão, católico, religioso. Ela abre portas de discussão com a academia, com os movimentos sociais, com vários grupos de pesquisa. E a nossa campanha também tem um pouco desse apelo, de tentar lançar pontes de diálogo com as pessoas que não necessariamente são do universo religioso, cristão, católico, mas que como o Papa fala nessa encíclica, ela é direcionada às pessoas de boa vontade, e tem muita gente que está empenhada nessa luta”. Daí o desejo de “estabelecer relações com esses grupos, já são mais de 20 organizações ou instituições que estão apoiando a Campanha de dentro do universo religioso e também de fora dele, e nós queremos ampliar essa rede e construir um trabalho de difusão, de estruturação das propostas, de planos de projetos de incidência política para também ir aos poucos construindo possibilidades de transformações macro”. “O apelo ecológico é uma pauta muito presente nas juventudes hoje, e todas as juventudes se voltam para a preocupação ambiental, inclusive como uma questão geracional. Nós somos a última geração que pode salvar o Planeta, diz uma frase do nosso material”, afirma Gabriela Consolaro Nabozny. Ela insiste em que “essa responsabilidade, ela é sentida muito pelas juventudes hoje em dia, e a Igreja católica muitas vezes se afasta dessas mesmas juventudes quando não proporciona um acolhimento de pessoas específicas, quando não se dispõe a discutir as tantas necessidades das juventudes, tantas juventudes negras, periféricas, mulheres, LGBTIQ+, que não são acessados pela Igreja católica”. “Diante dessas tantas ausências que a Igreja oferece, se colocar a discussão da pauta ambiental pode ser um caminho para mostrar que existe uma possibilidade de diálogo, pelo menos a partir desse viés”, destaca a jovem. Por isso ressalta que “a Campanha Laudato Si vem muito nesse sentido, mas não só. Também há uma insuficiência da própria Igreja na discussão da Laudato Si, que é um itinerário de formação do Papa Francisco que nos direciona a pensar que hoje a fé católica deve ser vivida a partir da ótica de preocupação ambiental”. Gabriela mostra que “a Campanha, além de querer suprir, querer ajudar na compreensão de que a conversão hoje ela deve ser ecológica também, ainda se direciona a alcançar pessoas que muitas vezes se sentem repelidas pela Igreja, infelizmente, mas que podem ser tocadas a partir do compromisso ecológico, que, desde São Francisco de Assis, é uma pauta latente, mas que com o Papa Francisco se reinventa e se fortalece”.…
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POM apresenta Texto-base do 5º Congresso Missionário Nacional

Buscando motivar a articulação missionária em todas as regiões do Brasil, as Pontifícias Obras Missionárias apresentam o Texto-base (Pode baixar aqui) do 5º Congresso Missionário Nacional (5CMN), que será realizado de 10 a 15 de novembro de 2023, em Manaus (AM), com o tema: “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho”. A preparação desse instrumento de trabalho ficou a cargo da direção das Pontifícias Obras Missionárias, que articulou um grupo de pessoas comprometidas com a reflexão missiológica na Igreja no Brasil. Ao longo dos próximos meses, os Regionais organizam seus encontros, buscando a participação de todas as pessoas que serão representantes e delegados de suas Igrejas locais no 5CMN. Isso se dará através de momentos de estudo e reflexão, individual e/ou comunitária do conteúdo do texto-base do Congresso. Sobre o texto-base O instrumento apresenta quatro abordagens. O ponto de partida é uma consideração sobre a responsabilidade de cada Igreja local pela missão universal. A segunda, é uma reflexão sobre a missão a partir da Amazônia. Segue uma abordagem sobre os confins do mundo que nos interpelam hoje. Um texto sobre a espiritualidade missionária do seguimento de Jesus Cristo conclui o documento. Além da leitura e reflexão individual do texto-base, recomenda-se que o mesmo seja estudado e debatido comunitariamente nas reuniões, nos encontros de grupos, pastorais, movimentos, organismos, Congregações, Obras, etc. Para facilitar esse diálogo em grupos de pessoas, no final de cada texto foram inseridas algumas perguntas. 5CMN O 5º Congresso Missionário Nacional (5CMN) tem por objetivo impulsionar a missão ad gentes das Igrejas particulares, até os confins do mundo, numa caminhada sinodal e na escuta do Espírito Santo, avançando no processo de uma verdadeira conversão missionária de nossas comunidades eclesiais, em vista da missão da Igreja, que é evangelizar. Para visibilizar este objetivo e destacar os conteúdos do Congresso, foi pensada uma arte visual que enfatiza dois símbolos: pés e coração. O pé está fincado na realidade missionária da Igreja na Amazônia. Tem em seu centro o rosto da mulher indígena, símbolo de resistência e profetismo no cuidado com a casa comum. O coração traz a marca da cruz que nos identifica enquanto cristãos e nos impulsiona à missão em todo o mundo. A arte apresenta ainda a rede, instrumento de sobrevivência das comunidades ribeirinhas da Amazônia. A rede também é símbolo da conexão entre as 279 dioceses no Brasil, representando a comunhão das Igrejas locais na sua responsabilidade pela evangelização. Fonte: https://www.pom.org.br/pom-apresenta-texto-base-do-5o-congresso-missionario-nacional/

Maria, a Mãe com muitos nomes

A devoção mariana acompanha a vida da Igreja católica desde sempre e o mês de maio é o mês de Maria, o mês da Mãe, uma Mãe com muitos nomes. Seria difícil saber o número de avocações que Nossa Senhora tem, mas além do número, ela é alguém que provoca sentimentos de carinho, de confiança, de se sentir amado. Qual o sentimento que Maria provoca em mim? Qual o olhar que eu tenho para com ela? Como me relaciono com aquela que é a mãe de Jesus e nossa mãe? São perguntas que podem nos ajudar a entender a figura de alguém que na Igreja tem uma relevância especial. Mas de onde vem essa importância? Claramente da sua atitude para com Deus e para com os outros. Maria é a mulher que sempre pensa nos outros, desde o primeiro momento em que ela aparece nos textos evangélicos. O pedido de Deus não é fácil de assumir, ainda mais para uma jovem sem experiência a quem seu sim a colocava claramente em risco. Mas ela pensa no projeto de Deus e busca com sua resposta fazer realidade seus planos, os planos daquele em que ela confia. Diante da atitude de Maria somos desafiados a nos questionarmos sobre nossas atitudes. Isso numa sociedade onde pensar só em si próprio, onde não querer se complicar a vida, virou moda. Maria nos ensina que vale a pena se colocar ao dispor dos outros, que vale a pena se arriscar, que a vida é para ser doada, e quando a gente se doa, essa vida se plenifica e se torna referência na vida dos outros. Maria é a mulher plena, geradora de vida, de vida em abundância, ela é instrumento de Deus para a humanidade, e é por isso que ela se torna uma referência na vida do povo, na vida dos discípulos e discípulas, pois ela pode ser chamada de primeira discípula de Jesus, seu Filho. É com Maria que a gente vai descobrindo os caminhos de Jesus, os caminhos de Deus. Somos desafiados a trazer Maria para nossa vida, a vê-la como alguém que é gente com a gente, companheira de caminho, sempre atenta ao caminhar do outro, sempre disposta a tender a mão para quem precisa de ajuda. Em Maria Deus se fez carne e ela assumiu essa encarnação da melhor maneira, com um compromisso cotidiano na defesa da vida de todos e para todos. A gente encontra Maria no meio dos pequenos, dos que não contam. No final da história, ela era alguém que não contava, que estava desse lado da história, e quando nós escolhemos estar desse lado, vamos encontrar lá aquela que se fez referência na vida de muita gente. Mês de maio é tempo de Maria, de Maria da gente, daquela que sempre escolheu seu povo, povo a caminho, povo que constrói ao longo da história o Reino de Deus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 -Editorial Rádio Rio Mar

Nasceu o Núcleo da Rede um Grito pela Vida de Autazes – Diocese de Borba

Combater a exploração de crianças e adolescentes é o objetivo principal da Rede um Grito pela Vida, que acaba de criar um novo Núcleo em Autazes (AM), diocese de Borba. Nesta quarta-feira 3 de maio aconteceu o Seminário: Tráfico de Pessoas uma Realidade Invisibilizada, com assessoria da Ir. Michele da Silva, Articuladora da Região Amazônica e Rejane Lopes, Coordenadora do Núcleo Manaus. A formação que contou com a presença da Sociedade Civil, Secretaria de Educação (secretario, gestoras, professores e psicólogas) Conselheiros Tutelares, Secretaria do Meio Ambiente, Organização das Mulheres Indígenas Mura de Autazes, representantes religiosos e religiosas da Igreja Católica e Adventista.   O dia foi intenso com formação, partilhas de experiências da realidade e articulação do novo núcleo, que assume o compromisso no cuidado com a vida de forma integral. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da Ir. Michele da Silva

Diocese de Alto Solimões realiza encontro vocacional

A Diocese de Alto Solimões organizou no último final de semana, de 28 a 30 de abril, mais um encontro de Formação Vocacional, realizado na Paroquia São Paulo Apostolo da cidade de São Paulo de Olivença, que contou com a assessoria da Ir. Gervis Monteiro da Silva, religiosa Paulina. No 3º Ano Vocacional que a Igreja do Brasil está celebrando, a Ir. Gervis falou sobre a importância do Batismo que é fonte de todas as vocações na Igreja. Depois, junto com os participantes estudaram o Texto base do 3º Ano Vocacional, e no final, apresentou umas líneas e propostas para formar as Equipes Vocacionais Diocesanas e Paroquiais. O Encontro de Formação aconteceu na casa das Irmãs Capuchinhas e participaram mais de 50 pessoas da paroquia São Paulo Apostolo e dois representantes da paróquia São Cristovão de Amaturá. O encontro contou com a ajuda do Serviço de Animação Vocacional do Regional Norte 1 na pessoa de Ir. Rose Bertoldo, secretária do Regional Norte 1 e Dom José Albuquerque de Araújo, bispo referência da Pastoral Vocacional no Regional Norte1. Os organizadores do encontro querem agradecer pelo carinho e cuidado em fazer possível este projeto. Igualmente, eles agradecem a Ir. Gervis Monteiro da Silva pela disponibilidade e dedicação em assessorar esse Encontro na nossa Diocese do Alto Solimões. Em nome do bispo diocesano Dom Adolfo Zon Pereira, querem agradecer a todos e a todas que fizeram possível esse Encontro de Formação Vocacional.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações do Pe. Marian Mihai Husanu, Coordenador do Centro Vocacional Diocesano