Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Blog

Encontro Diretores Espirituais: Integrar as dimensões do futuro presbítero “através de uma espiritualidade sólida”

O Mosteiro de Itaici acolheu de 27 a 30 de março o Encontro Nacional para Diretores Espirituais, com o tema “Espiritualidade: um caminho privilegiado para o crescimento integral da pessoa”, realizado pela Organização de Seminários e Institutos do Brasil, visando a atualização daqueles que assumem esse serviço na formação, que contou com a presença de 120 padres de todo o Brasil. Segundo informou a TV Rede Vida, o encontro “enfatiza a espiritualidade como base de formação e também de acompanhamento durante a vida do sacerdote”. O encontro contou com a assessoria de Dom Cícero Alves de França, Bispo auxiliar de São Paulo, que definiu a vocação como “atender esse convite de querer ser outro Cristo, de querer viver de Cristo, passando pelas cruzes, ajudando os outros a carregar também as suas próprias cruzes, mas tendo sempre como meta a Ressurreição”. Um encontro que quer “poder valorizar o papel, a missão desses que nos ajudam muito a fazer com que a formação seja sempre integrada”, segundo Dom José Albuquerque de Araújo. O Bispo da Diocese de Parintins, que é membro da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), insistiu em que “todas as dimensões da pessoa, ou seja do futuro presbítero, precisam ser integradas através de uma espiritualidade sólida, concreta e em sintonia com o Magistério da Igreja”. Uma formação que atinge toda a vida do presbítero, segundo o Padre Vagner Moraes. Segundo o Presidente da OSIB “o Seminário é o período mais curto da nossa vida presbiteral, porque ela tem 8 anos de formação e depois a vida inteira de formação”. Já o Secretário da OSIB destacou que “é impossível uma pessoa ser padre sem ter feito uma experiência de vivência concreta com a pessoa de Jesus”. O Padre Carlos Henrique Santos disse que “quando chegarem nas comunidades paroquiais, que eles possam testemunhar, de forma muito viva e concreta nessas comunidades, aquilo que eles experimentaram no seu processo formativo”. Por sua parte, o padre Edgar Rigoni, vice-presidente da OSIB ressaltou que “quando nós olhamos este momento formativo para os diretores espirituais de nossas casas formativas, a importância de preparar bem os nossos formandos que amanhã vão trabalhar bem com as nossas lideranças laicais”. Desde a Comissão para os Ministérios Ordenados e a vida Consagrada da CNBB, o Padre João Cândido lembrou as palavras do Papa Francisco, que diz que “o Evangelho nos propõe a amizade com Jesus e o amor fraterno. Toda espiritualidade é cultivar essa relação de amizade com Jesus”. Dentre os participantes do encontro, o Padre Cláudio Gonçalves, da Diocese de Ruy Barbosa (BA), destacou que “os dilemas enfrentados na direção espiritual estão muito ligados à área da afetividade, da sexualidade, às vezes à dificuldade de se manter durante todo o período de formação devido a algum desânimo”. Por sua parte, o Padre Denilson Francisco Nogueira, da Arquidiocese de Olinda-Recife (PE), disse que “o estilo de vida de Jesus deve ser o nosso estilo de vida, e isso vai acontecendo com o tempo, com nossa caminhada, com nossa vida de vocacionado”. Finalmente, o Padre Vandoir Antônio dal Berto, da Diocese de Campo Limpo (PR), destacou que “todo vocacionado se sente no interior, no coração tocado por Deus”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Diocese de Coari celebra Missa dos Santos Óleos

No dia 29 de março, dentro da reunião semestral do clero da Diocese de Coari, realizada na Paroquia Nossa Senhora de Nazaré, em Manacapuru, de 27 a 30 de março, aconteceu a celebração da Missa dos Santos Óleos e a Renovação das Promessas Sacerdotais. Esta celebração acontece na Quinta-feira Santa pela manhã, mas diante das necessidades pastorais e as grandes distâncias entre as paróquias, a Diocese de Coari acostuma a realiza-la uma ou duas semanas antes, cada ano numa paróquia diferente. Durante a homilia, Dom Marcos Piatek, depois de refletir sobre as leituras bíblicas, frisou a importância da vocação presbiteral e agradeceu aos presbíteros pela vida doada a Deus, à Igreja de Coari e pela grande obra missionaria que realizam na diocese. Junto com isso, o Bispo convidou a todos para rezar pelos nossos presbíteros e a fomentar ainda mais a cultura vocacional nas famílias e comunidades. No final da Eucaristia os padres receberam os Santos Óleos e o texto do novo Plano Diocesano de Pastoral 2023 – 2027. No âmbito do 3º Ano Vocacional, que a Igreja do Brasil está vivenciando, o clero refletiu e partilhou junto, num clima de comunhão e de sinodalidade, sobre a vida e missão presbiteral na Diocese de Coari. Durante o encontro foi anunciado a criação de uma nova paróquia na cidade de Manacapuru, a Paroquia de Sant’Afonso, que será fundada dia 1º de agosto de 2023. A próxima reunião semanal do Clero está marcada para o mês de agosto de 2023 na Paroquia Nossa Senhora de Nazaré, em Beruri. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Pastorais e organismos do Regional Norte1 partilham a caminhada e vislumbram perspectivas

A coordenação das pastorais e organismos com representatividade em nível regional se reuniu no dia 30 de março na sede do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), para avaliar a caminhada no início deste ano 2023. A coordenação de cada pastoral e organismo foi partilhando essa caminhada, relatando em quantas igrejas particulares se faz presente cada uma das pastorais, e como está sendo realizado o trabalho nas diversas perspectivas que fazem parte da caminhada de cada pastoral. As pastorais presentes no encontro foram a Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Criança, Pastoral do Menor, Caritas, Pastoral do Migrante, Pastoral Litúrgica, Pastoral da Sobriedade, Pastoral da AIDS, Comissão Pastoral da Terra, Conselho Regional do Laicato, Comunidades Eclesiais de Base, Pastorais Sociais, Conselho Missionário Regional, Pastoral Carcerária, Comitê REPAM Manaus, Pastoral da Juventude e Pastoral da Comunicação. O encontro foi oportunidade para partilhar os passos dados por cada uma das pastorais e organismos, mas também os desafios e dificuldades a serem enfrentados, devidos às grandes distâncias, falta de internet de qualidade, que impede a participação em reuniões on-line e o desenvolvimento do trabalho, a falta de recursos e de pessoas para assumir o trabalho das pastorais. Tudo isso dentro do processo sinodal que a Igreja universal está vivenciando e que marca a caminhada das pastorais e organismos. Se trata de buscar como umas pastorais podem ajudar as outras no trabalho cotidiano, sobretudo nas visitas que cada pastoral faz em cada uma das dioceses e prelazias, buscando assim o fortalecimento do trabalho em rede Um momento importante para o Regional Norte1 ao longo deste ano é o V Congresso Missionário Nacional, com 120 vagas para o Regional, como foi informado pelo representante do Conselho Missionário Regional (COMISE), como foi decidido nos encontros que aconteceram nos últimos dias em Brasília. Junto com isso, o Regional Norte1 vai realizar sua 50ª Assembleia Regional. Ambos os momentos demandarão o envolvimento de todas as pastorais e organismos, como foi enfatizado pela Ir. Rose Bertoldo, Secretária Executiva do Regional Norte1, que destacou a muita vida envolvidas nas pastorais e organismos do Regional. O Encontro das Pastorais Sociais, que acontece todo ano, será realizado em 2023 de 15 a 18 de junho, buscando assim contribuir na formação de lideranças no campo sociopolítico, querendo assim voltar às bases para a formação da consciência política do povo. Será uma oportunidade para partilhar aspectos significativos de formação e compromisso sociopolítico que cada pastoral realiza. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Novo Plano Diocesano de Pastoral 2023-2027 na Diocese de Coari: Instrumento de evangelização integral

A Diocese de Coari acaba de dar a conhecer seu novo Plano de Pastoral 2023-2027, um fruto das Assembleias Diocesanas de Pastoral realizadas em 2021 e 2022. O novo plano tem como finalidade a evangelização integral. O documento foi promulgado por Dom Marcos Piatek, no dia 19 de março de 2023, na solenidade de São José, Padroeiro da Igreja Universal, e foi entregue ao clero da Diocese de Coari na celebração da Missa dos Santos Óleos e da Renovação das Promessas Sacerdotais, realizada em 29 de março na cidade de Manacapuru. No dia 09 de abril de 2023, o novo Plano Diocesano de Pastoral chegará às paroquias da diocese.  O Plano Pastoral leva em consideração o ensinamento do Papa Francisco na Exortação Pós Sinodal Querida Amazônia, as orientações das Diretrizes Gerais da CNBB  (DGAE 2019-2023), as reflexões contidas no Documento de Santarém 50 anos – 1972-2022, as pistas pastorais das Diretrizes da Ação Evangelizadora do Regional Norte 1 da CNBB 2022-2024 e, sobretudo a especificidade da Diocese de Coari, segundo Dom Marcos Piatek. O Bispo da Diocese de Coari insistiu em que “o novo plano pastoral foi elaborado com o intuito de ser um referencial para o planejamento e ação pastoral em nossa Igreja Particular. É fruto daquilo que foi escutado, refletido, rezado, partilhado, discernido e aprovado”. O Plano Diocesano de Pastoral 2023-2027 da Diocese de Coari está dividido em seis capítulos, precedidos da Apresentação e a Introdução. No primeiro capitulo é abordada a questão das Comunidades Eclesiais Missionárias na Diocese de Coari; o capítulo segundo reflete sobre a Diocese de Coari, uma Igreja discípula missionária; no terceiro momento é apresenta a Diocese de Coari como uma Igreja discípula da Palavra; o capítulo quarto aborda a questão da Diocese de Coari, uma Igreja servidora e defensora da vida; no quinto capítulo, a Diocese de Coari, uma Igreja irmã da criação; e finalmente, o último capítulo aborda a questão da Diocese de Coari uma Igreja celebrante e contemplativa. O texto é encerrado com as Considerações Finais. Segundo Dom Marcos Piatek, “agora temos a tarefa de realizar o que decidimos e planejamos”. Para isso, o Bispo da Diocese de Coari pede “que a Santíssima Trindade nos inspire e acompanhe na nossa missão de anunciar e testemunhar a Boa Nova do Reino de Deus no meio da nossa diocese”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

2023: Um ano profundamente missionário na Arquidiocese de Manaus

A Igreja de Manaus sempre foi missionária, mas 2023 se tornou um ano em que o chamado a viver a missionariedade tem sido redobrado. O ano começou com a Primeira Experiencia Missionária de Seminaristas, “Pés a Caminho”, realizada de 05 a 17 de janeiro, com a presença de 280 missionários e missionárias, que conheceram a realidade das comunidades, áreas missionárias e paróquias da Arquidiocese de Manaus, da Diocese de Coari e da Prelazia de Itacoatiara. Na última sexta-feira, 24 de março, foi lançado o V Congresso Missionário Nacional, que será realizado na Arquidiocese de Manaus, de 10 a 15 de novembro do presente ano. Mais uma oportunidade para enfatizar o chamado a sermos uma Igreja missionária em saída, que se faz presente na vida do povo, especialmente na vida das pessoas que vivem nas periferias geográficas e existenciais. A missão faz parte da natureza da Igreja, uma Igreja que não é missionária, que vive fechada dentro de si próprio, é uma Igreja condenada a morrer, a ir se acabando aos poucos. Desde o testemunho missionário, as pessoas vão conhecendo e se apaixonando com o jeito de Jesus. É por isso que a Igreja do Brasil faz no V Congresso Missionário Nacional um chamado a seguir o convite de Jesus Cristo, que diz aos seus discípulos: Ide até os confins do mundo! Como discípulos e discípulas missionários somos chamados a entender que esse convite é dirigido a cada um e a cada uma de nós, como algo que faz parte da vida de todo batizado. Pelo Batismo recebemos o chamado à missão, a testemunhar com a nossa vida Àquele que dá sentido a nossa existência. Desta vez, tanto na Experiência dos Seminaristas como no V Congresso Missionário Nacional, a Arquidiocese de Manaus é a Igreja que acolhe, sendo chamada a descobrir naqueles que chegam a presença desse Deus que se faz presente naqueles a quem Ele envia. Acolher os missionários é acolher Jesus que chega em missão e se faz presente em seu testemunho de vida, mas também é um incentivo a aprofundar no chamado a sermos missionários e missionárias que cada um de nós recebe pelo Batismo. Se faz necessário entrar no caminho da conversão missionária, cada um de nós em nível pessoal, mas também como Igreja, como comunidade cristã que vivencia sua fé com aqueles que por diferentes motivos ainda não conheceram o que significa Deus na vida da gente ou se distanciaram e deixaram de vivenciar sua fé em comunidade. Ser missionários nos possibilita poder fazer Deus e a Igreja presentes na vida dos outros e ajudá-los a entender que caminhar com Deus em comunidade transforma a vida da pessoa e ajuda a avençar no caminho da felicidade. É tempo de missão, de colocar os pés a caminho, de ir, desde a Igreja local até os confins do mundo. Que cada um de nós e todos juntos como Igreja local não deixemos passar esta oportunidade para ser aquilo que é fundamento de nossa vida como discípulos e discípulas: sermos missionários e missionárias. Você topa? Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Seminário prepara 5º Congresso Missionário Nacional: lutar para que a vida se torne missão

A Igreja do Brasil se prepara para o 5º Congresso Missionário Nacional, que será realizado na Arquidiocese de Manaus de 10 a 15 de novembro de 2023. Após o lançamento do Congresso, que aconteceu na última sexta-feira, 24 de março, está sendo realizado o Seminário de preparação, que tem como tema “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”, e como lema “Corações ardentes, pés a caminho”, inspirado na passagem do capítulo 24 do Evangelho de Lucas, onde relata o caminhar dos discípulos de Emaús. Do Seminário participam umas 60 pessoas de todos os regionais que fazem parte da Igreja do Brasil, bispos, presbíteros, representantes da Vida Religiosa e do laicato, dentre eles vários representantes do Regional Norte1 da CNBB. Um espaço de reflexão e de oração que possa ajudar na preparação de um momento importante numa Igreja em saída missionária. A reflexão teve como ponto de partida “A responsabilidade da Igreja local pela missão aos confins do mundo”, com a assessoria do Padre Antônio Niemec, destacando a importância da Igreja local como espaço privilegiado de viver a Igreja no mundo, que se faz presente na Igreja local, insistindo em que a missão não é para um grupo específico, mas para todos os batizados. Em relação à espiritualidade missionária, a Ir. Regina da Costa Pedro, partindo da imagem dos pés a caminho, ressaltou que a animação missionária é lutar para que a vida se torne missão, e isso passa por uma espiritualidade profética, social, que leva a descobrir no sofrimento do cotidiano do povo o sopro do Espírito, chamando a assumir a espiritualidade, deixando de lado o espiritualismo. Tendo como base o Programa Missionário Nacional, Dom José Altevir da Silva disse que a Diretora das POM enfatizou que somos comprometidos com uma espiritualidade transformadora, não esquecendo que a espiritualidade, ela é transversal, sempre acompanha a missão, pois essa experiência se torna mais espiritual quando assumimos realmente a obra do Espírito, em sua caridade, em seu amor que alimenta a esperança, especialmente dos pobres, enquanto o espiritualismo deforma a espiritualidade, ele nos leva a uma agressão à realidade humana, o espiritualismo não bate com a encarnação do Verbo de Deus, não se interessa nem por Jesus, nem pelas pessoas. O Bispo da Prelazia de Tefé, destacou na fala da Ir. Regina da Costa Pedro que a espiritualidade é uma vida animada pelo Espírito, que parte da Trindade e sempre se fez presente, mesmo que parece invisível. Nesse sentido, a religiosa fez ver que a missão é a ação de Deus na vida, sendo o protagonista o Espírito e o missionário um instrumento, que encontra sua motivação no encontro com Jesus, que envia em missão. O Padre Estevão Raschietti abordou a questão da missão até os confins do mundo, tema do 5º Congresso Missionário Nacional, mostrando os vários confins do mundo hoje. Ele destacou a missão como abertura, como acolhida, abordando essa temática nos Atos dos Apóstolos, apresentando o itinerário missionário da Igreja primitiva até os confins da terra, que vai além de uma questão geográfica e tem a ver com uma mudança interior, apresentando como isso vai se realizando nas primeiras comunidades cristãs, algo que hoje se concretiza nas periferias geográficas e existenciais, e nas novas realidades que tem que ser objeto da missão da Igreja. A missão como cooperação, refletindo sobre os sujeitos e instrumentos de animação missionária, foi o tema apresentado pela Ir. Sandra Regina Amado. A assessora da Comissão para a Ação Missionária da CNBB destacou, baseada nas palavras do Papa Francisco, que a missão é tarefa de todos. Os elementos apresentados pelos assessores foram aprofundados em trabalhos em grupo, ajudando assim no caminho de preparação para o 5º Congresso Missionário Nacional e os congressos prévios a serem realizados em cada um dos regionais da CNBB, sem esquecer o Congresso Americano Missionário (CAM6), que será realizado em Puerto Rico em novembro de 2024. O Padre Geraldo Bendaham, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Manaus, que sediará o 5º Congresso Missionário Nacional, destaca como pontos importantes do Seminário o Ide de Jesus até os confins do mundo, “que isso implica uma conversão missionária”, e a Igreja local, “onde está presente toda a Igreja e a Igreja toda, chamada à missão e também chamada a cooperar com a missão nos lugares que necessitam a presença”. Como elemento mais importante, ele destacou o fato de “saber que toda a Igreja, ela é enviada em missão”.  Com relação à expectativa para o 5º Congresso Missionário, o Padre Bendaham disse que “vai nos ajudar a ver melhor a realidade da missão no Brasil e no mundo”, insistindo em que “o Espírito Santo, contando com Ele, que nos envia para a missão e nos ajuda a aprofundar a fé para anunciar com ousadia a Boa nova de Jesus que salva, que liberta, que dá sentido à nossa vida e à vida de tantas pessoas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Marcos Almeida: Mais um diácono permanente na diocese de Borba

Por imposição das mãos e prece consecratória de Dom Zenildo Luiz, Marcos de Almeida Lemos foi ordenado Diácono Permanente à serviço de Deus e da Igreja. A celebração aconteceu no Distrito de Canumã, município de Borba-AM, na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário. A palavra iluminadora escolhida por Marcos foi a passagem do Evangelho de Lucas, 1, 38: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. Seguindo o exemplo de Nossa Senhora, Rainha das Vocações, Marcos escolheu dizer Sim ao chamado do Senhor.Maria Santíssima é o maior exemplo de disponibilidade ao projeto salvífico de Deus. Ela que foi a escolhida do Espírito Santo para gerar Jesus, o Filho de Deus. “O Diácono é o discípulo do serviço, da caridade e do amor”, disse Dom Zenildo. O ministério ordenado é a realização de Deus na terra para que o Reino aconteça.  O evento foi marcado por fortes emoções e por intensa oração. A imagem da Virgem Santíssima veio trazida por Marcos, sua esposa e seus filhos. E a Palavra de Deus foi conduzida por sua mãe e seus irmãos. A acolhida do novo Diácono foi afetuosa e aclamada por todos os paroquianos presentes. Dom Zenildo, Bispo Diocesano, expressou imensa alegria por este novo filho que deu seu Sim para Deus e para a igreja de Borba. A Diocese de Borba acolhe em festa e oração o serviço Diaconal de Marcos Almeida. Que Seja feita a Tua vontade, Senhor! Pascom Diocese de Borba

38ª Assembleia do COMINA aborda preparação do V Congresso Missionário Nacional em Manaus

A sede das Pontifícias Obras Missionárias em Brasília acolheu de 24 a 26 de março de 2023 a 38ª Assembleia do Conselho Missionário Nacional (COMINA), com a presença de representantes de todos os Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nosso Regional Norte1 foi representado por Dom José Altevir da Silva, Bispo da Prelazia de Tefé e o Padre Gutemberg Pinto, da Arquidiocese de Manaus. Durante a Assembleia foi apresentada a dinâmica e o espaço do V Congresso Missionário Nacional, que será realizado na Arquidiocese de Manaus, de 10 a 15 de novembro, que foi lançado na última sexta-feira, primeiro dia da Assembleia do COMINA. Em preparação ao Congresso será iniciado na segunda-feira, 27 de março um Seminário. Foi avaliado durante a Assembleia do COMINA o Programa Missionário Nacional, deixando claro o que não foi possível realizar, mas também o que foi realizado, sendo apontado alguns sonhos e perspectivas com relação ao Programa Missionário Nacional. As prioridades assumidas pela 38ª Assembleia Nacional do COMINA são a produção e revisão dos subsídios e materiais para capacitação de lideranças e Conselhos, buscando prestar atenção para que sejam adequados aos contextos e realidades e que seja viável sua reprodução e distribuição inclusive por meios digitais. Uma segunda prioridade é insistir na temática da missão para uma Assembleia Geral da CNBB e sugerir a continuidade dos Grupos de Trabalho para a próxima executiva do COMINA. Junto com isso, foi visto como prioridade recuperar e fortalecer o projeto das Igrejas Irmãs como aquele que motiva, inspira e impulsiona a ação missionária. Mais uma prioridade é a implantação e fortalecimento dos Conselhos Missionários em todas as instâncias, e junto com isso ampliar a socialização do conteúdo do Projeto Missionário Nacional especialmente junto às bases. Entre as prioridades está a definição de equipes de assessores nos regionais e a atenção prioritária para a sustentabilidade com a criação de uma equipe de reflexão que aponte caminhos. Finalmente, a Assembleia do COMINA determinou como prioridade ampliar o diálogo e a presença junto as pastorais sociais evidenciando o compromisso missionário enquanto profético-social. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Encontro com a Pastoral Indigenista dá início ao trabalho de Dom Evaristo Spengler na Diocese de Roraima

Um dia depois do início de sua missão como Bispo de Roraima, Dom Evaristo Spengler, junto com alguns bispos do Regional Norte1 e outras pessoas que participaram da celebração de acolhida ao novo bispo, se encontraram com a Pastoral Indigenista de Roraima, o que pode ser entendido como o desejo de Dom Evaristo de continuar incentivando uma das prioridades diocesanas nas últimas décadas, uma dinâmica assumida com grande determinação pelos últimos bispos. A Pastoral Indigenista na Diocese de Roraima sempre teve que remar contra uma sociedade local anti indígena, um apoio aos povos indígenas que levou a Diocese a pagar um alto preço, até o ponto de episódios em que a Diocese, pelo seu apoio aos povos indígenas foi definida como nociva à sociedade de Roraima. A Pastoral Indigenista apresentou as linhas prioritárias que está desenvolvendo, insistindo na defesa do território como prioridade. A Pastoral busca não ser protagonistas e sim acompanhantes, acompanhando o Movimento Indígena que nasceu a partir da Igreja católica. Desde a Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima é destacada a importância das mulheres no movimento indígena, pois elas permanecem na luta até o final. Outras prioridades assumidas é o resgate cultural, vivenciar a espiritualidade, enfrentar o desmonte dos direitos, a invasão de garimpeiros ou o agronegócio. Para a Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima é importante o tema da representatividade indígena e o diálogo inter-religioso e intercultural. Do mesmo modo, se busca combater o racismo estrutural, buscando o fortalecimento da língua indígena, e abordar a questão da saúde mental nas comunidades. Na Pastoral Indigenistas da Diocese de Roraima existem testemunhos de vida que mostram o grande compromisso de muitos missionários e missionárias com as causas indígenas. Um desse testemunhos foi dado pela Ir. Mary Agnes Njeri Mwangi, religiosa da Consolata, que vive na Missão Catrimani desde o ano 2000, pudendo ser considerada um exemplo do que significa a missão no meio aos povos indígenas, numa experiência missionária que é determinada pela presença em meio do povo, gratuitamente, sem esperar resultados. Escutar suas vivências ao longo de mais de duas décadas é uma verdadeira aula de missionariedade em meio ao povo Yanomami, historicamente perseguidos no Estado de Roraima, como foi mostrado mais uma vez diante da grave crise que estão vivendo nos últimos anos. Do trabalho da Pastoral Indigenista e da Igreja de Roraima, os próprios indígenas destacam que o grande passo dado é ter feito com que os indígenas em Roraima, depois de séculos de atitudes contrárias, sejam considerados hoje como sujeitos da sociedade de Roraima, conseguir que eles fossem vistos como gente. A reflexão feita durante o encontro com a Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima ajudou a entender que essa problemática não se resolve de um dia para outro, destacando que a paciência, sabedoria e coragem dos missionários e das lideranças ao longo de tantos anos deram os frutos que estão sendo recolhidos hoje. Um trabalho pelo qual Dom Evaristo Spengler agradeceu a todos os missionários e missionárias que dedicam sua vida ao trabalho missionário com os povos indígenas e àqueles que tem realizado essa missão ao longo da caminhada da Diocese de Roraima.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo: “Não nos escondamos e não morramos nas dificuldades e tensões”

Lembrando as palavras em que Jesus chama Lázaro para fora do túmulo, Dom Leonardo Steiner refletiu na homilia do 5º Domingo da Quaresma sobre o fato de “sair do reino dos mortos. Reino dos mortos-vivos, vivos-mortos”. O cardeal apresentou o “Senhor visível aos nossos olhos, falando conosco. Os olhos que veem a presença do Senhor e os ouvidos que ouvem a voz do Senhor. A voz do Senhor que nos arranca do reino dos mortos. Ele nos deseja vivos, não mortos, nem mortos-vivos; vivos, aqueles que caminham ao encontro do Reino da Ressurreição”. “Morri! Perdi as esperanças! Nada mais tinha sentido, tudo virado sem-sentido, vida sem sentido. Sumiram os labores, as cores, os sabores. Perdi a companhia, busquei a terapia, de mim me esquecia, sempre mais, eu desaparecia”, disse o Arcebispo de Manaus, se introjetando na figura de Lázaro.  “Me perdi, morri. Meu mundo virou um túmulo e me deixei envolver completamente pela desesperança. Atei minhas mãos e meus pés; deixei de andar, caminhar. Cobri os meus olhos nada mais via e nem descobria. Nada mais via, não mais me mexia, não mais vivia. Meu mundo era um túmulo, escuridão! Não suportava a luz, não desejava companhia, sozinho vivia. Perdi cores, perdi sabores, perdi caminhos. Não mais convivia”, refletiu Dom Leonardo em torno daquele que morre. Nas suas palavras, o cardeal foi explicitando aquele que poderia ser o pensamento de que, está no túmulo: “assim, anunciaram a minha morte. No túmulo em que vivia, não mais vivia e putrefação me fazia. Os dias, todos os dias, os dias que somados não eram mais que 4. Pois 4 era apenas o dia em que me perdera em minha humanidade e não mais ansiava, esperava, buscava, sonhava na minha fragilidade. Quatro dias apenas diziam do meu tempo, da minha finitude, de estar apenas dentro de mim e em torno de mim. Me enterrei em mim mesmo, na fraqueza de mim mesmo, no desanimo de mim mesmo”. É o pensamento de Lázaro que diz: “e ali jazia para desespero e desconsolo de minhas irmãs Marta e Maria. Tanto desgosto que o esforço não compensava. A elas restou o consolo, o socorro, daquele da nossa humanidade fizera sua morada, tenda, casa. Aquele que a humanidade e fragilidade fizera caminho, vida nova. Sim Ele somente Ele poderia tirar-me do reino dos mortos-vivos”. Pensamentos que segundo Dom Leonardo dizem: “e de dentro da minha escuridão, da minha exaustão, sem percepção, nem percebi que havia retirado a pedra do meu túmulo. Como e nada via e nem percebia, não a luz de sua presença, o inefável desejo de trazer-me novamente à vida”. Diante disso, o Cardeal Steiner chamou a enxergar a “Luz na finitude de um mundo fechado sobre si mesmo, mas possibilidade de um novo tempo e de um novo espaço em que me moveria. Envolto em meu mundo, dentro de meu mundo, na escuridão e obscuridade de meu mundo ouvi o grito, a voz forte: ‘Lázaro, vem para fora!’ E sua voz era tão forte, tão suave, tão cheia de vida, tão cheia de convite, tão cheia de amor, que me conduziu para fora do meu túmulo. A voz de meu Senhor e Deus me conduziu para fora do reino dos morto-vivos. E eu o quase morto sai com as mãos e os pés atados. Eu todo coberto com os lençóis mortuários não via pois o lençol também meu rosto cobria. Não sei como andei, mas a voz de meu Senhor e Deus era tão penetrante que perpassou todo o meu ser e os membros de meu corpo atados puseram-se em movimento”. Diante do chamado de Jesus a desatai-o, Dom Leonardo imagina Lázaro que “desatados os lençóis, livre caminhei entre os vivos! Quando ressoou aos meus ouvidos a voz do Senhor da Vida voltei à vida, e não mais desejei o reino dos morto-vivos. Quando ressoou aos meus ouvidos a voz da Vida, abandonei a morte. Só mais desejava a vida, o reino dos vivos, a Vida, a Vida das Vidas. E, assim, livre não mais temi os tropeços, os dissabores, os fracassos, as perdas, as mortes. A sua voz me acompanha sempre dizendo e insistindo: sai para fora! Lázaro vem para fora! E eu ouvindo e obedecendo e caminhando e esperando, não mais voltei ao túmulo. A Ele ouvindo, nada mais de escuridão, nada mais medo, nem mesmo de vergonha, pois Ele me anima e convida vem para fora”.   Citando as palavras do Papa Francisco no Angelus de 05 de abril de 2014, Dom Leonardo lembrou que “Cristo não se conforma com os sepulcros que nós construímos com as nossas escolhas de mal e de morte, com os nossos erros, com os nossos pecados. Ele não se resigna a isto! Ele nos convida, quase nos ordena, que saiamos do túmulo no qual os nossos pecados nos fizeram cair. Chama-nos insistentemente a sair da escuridão da prisão na qual nos fechamos, contentando-nos com uma vida falsa, egoísta, medíocre. «Sai!», nos diz, «Sai!”. É um convite à verdadeira liberdade, a deixar-nos alcançar por estas palavras de Jesus que hoje repete a cada um de nós. Um convite a deixar-nos libertar das «faixas», das faixas do orgulho. Porque o orgulho torna-nos escravos, escravos de nós mesmos, escravos de tantos ídolos, de tantas coisas. A nossa ressurreição começa por aqui: quando decidimos obedecer a este mandamento de Jesus saindo para a luz, para a vida; quando caem do nosso rosto as máscaras (…) e não encontramos a coragem do nosso rosto original, criado à imagem e semelhança de Deus”. São promessas presentes na primeira e segunda leituras, afirmando que “talvez, por isso Santo Agostinho vê na ressurreição de Lázaro uma figura do sacramento da Penitência”, citando o texto do Sermão 139 sobre o Evangelho de São João: “Como Lázaro do túmulo, tu sais quando te confessas. Pois, que quer dizer sair senão manifestar-se como vindo de um lugar oculto? Mas para que te confesses, Deus com voz forte, te chama com uma graça extraordinária. E assim como…
Leia mais