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Diocese de Borba realiza 2º Congresso Bíblico Vocacional

A Diocese de Borba estará realizando nos dias 24, 25 e 26 deste mês de fevereiro mais uma edição do Congresso Bíblico Vocacional. Sendo este uma inspiração e uma resposta ao Documento Final do Sínodo dos Bispos que reflete sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Com o tema “Vocação: Graça e Missão” e o Lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33), as quatro Foranias da Diocese de Borba estarão em comunhão com suas comunidades eclesiais. Na Forania São Marcos o Assessor do Congresso será o Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de Manaus, Dom Tadeu Canavarros, que abrirá o evento abordando o tema “Brasil: Ano Vocacional”, assim como “A Vocação na Bíblia”, “Ser Discípulo”, entre outros temas de cunho vocacional que serão refletidos pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Nas demais Foranias, São Mateus, São Lucas e São João, o intuito missionário será o mesmo, objetivando a promoção da cultura vocacional. Na Forania São Mateus, os congressistas serão assessorados por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, Bispo Diocesano da Diocese de Borba e o Diácono Lucas, Formador do Seminário de Nossa Senhora Aparecida, em Borba. Na caminhada como Igreja faz-se necessário o aprofundamento vocacional, tendo a vocação como dom e graça. Dádiva de Deus que chama mulheres, homens, jovens para seguirem Jesus. E Graça por ser um chamado gratuito para vivenciar as virtudes de Cristo e, com Ele, se por a caminho para levar o Reino aos confins da terra. Como afirma o Papa Francisco, “Se queres andar rápido, caminha sozinho. Se queres ir longe, caminha com os outros” (ChV 167). É este o chamado, uma ação amorosa de Deus, é graça transformadora, é a Igreja de Cristo plantando as sementes do mundo novo na Amazônia.   O congresso contará com a participação dos demais assessores; Padre Jair, da Diocese de Borba, na Forania São João e o Padre Paulo Araújo, da Diocese de Coari, que estará na assessoria da Forania São Lucas, em Novo Aripuanã. Assim, a Missão faz os pés estarem a caminho e a Graça faz o coração arder, a Igreja de Cristo se movimenta e o Evangelho segue o percurso, inclusive em nossos rios.  Em partilha e comunhão, inspirados no encontro de Lucas com os discípulos de Emaús, o Congresso Bíblico Vocacional da Diocese de Borba é também dimensão missionária do chamado, presente no Texto-Base do 3º Ano Vocacional do Brasil, inspirados no Concílio Vaticano ll, na Conferencia de Aparecida e em reflexões à luz do magistério do Papa Francisco!  Fonte: Pascom Diocese de Borba

“Remando juntos pela vida na Amazônia”: o caminho quaresmal da REPAM

A conversão é uma dimensão da Quaresma, que tem de ser realizada de diferentes formas. Em Laudato Si´, o Papa Francisco chama-nos a uma conversão ecológica, uma dimensão presente no trabalho da Rede Eclesial Pan-Amazônica. Aproveitando o itinerário quaresmal, em aliança com a Rede Latino-americana de Cartunistas, foi lançado um material de oração e reflexão, que nos convida todas as semanas a “remar nesta travessia rumo à conversão”. O material, elaborado pelo Centro de Formação e Métodos Pastorais da Rede Eclesial Pan-Amazónica – REPAM, é composto por seis folders semanais que serão publicados todas as quintas-feiras da Quaresma. Este material tem ilustrações concebidas pela Rede Latino-americana de Cartunistas, uma comunidade de 49 jovens cartunistas que evangelizam através da arte e estão ao serviço e cuidado da nossa Casa Comum. Seguindo o que faz parte da vida de muitos habitantes da Amazônia, os folders pretendem ser um convite a “remar”, procurando avançar no caminho da conversão, levando a uma mudança de vida pessoal, eclesial e social, mais comprometida com o que Deus quer para o Planeta e para a Amazônia. Seguindo a proposta do Papa Francisco, trata-se de um material que leva a ser uma Igreja em saída, tomando como referência a realidade dos territórios e dos povos que os habitam, levando a questionar sobre o que “nos preocupa, nos deixa indignados, nos provoca…”, como aponta a própria REPAM. Tudo isto se baseia no conhecimento da espiritualidade e da educação ecológica, em diálogo com os compromissos do Pacto Educativo Global, realidades abordadas pela Igreja Católica e assumidas por aqueles que vivem a sua fé no território amazónico. A Rede Eclesial Pan-Amazónica convida todos a “remar juntos” desta forma, procurando reconstruir o Pacto, neste caso, a partir da Casa Comum da Amazónia. A REPAM lembra aos que entram neste barco e iniciam este caminho de conversão que colocar o “remo na água” significa ligar-se à realidade, a “conversão” precisa de ser concreta na realidade social, ecológica, cultural e eclesial quotidiana. A REPAM oferece este material que pode ser acedido através deste link. É tempo de remarmos juntos durante esta Quaresma na querida Amazónia. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações de REPAM Comunicações

Estou com fome! Você se importa com isso?

A fome é uma realidade presente no Brasil, os números não mentem, 33 milhões de brasileiros e brasileiras passam fome e 125 milhões sofrem algum tipo de insegurança alimentar. São números que deveriam nos importar, mas que nós sabemos que muita gente, inclusive muitos cristãos, muitos católicos, é indiferente diante dessa realidade. A Igreja do Brasil faz um chamado a refletir diante disso. A Campanha da Fraternidade 2023 tem como tema “Fraternidade e Fome”, e como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Jesus questiona aos seus discípulos e a cada um de nós, discípulos e discipulas d´Ele, diante da tentação de fazer de conta que a fome do outro é algo que não tem nada a ver conosco, que a gente não tem por que se importar com isso. A compaixão é algo intrínseco ao ser humano, mais ainda àqueles que dizem crer no Deus de Jesus Cristo. Somos humanos quando nos compadecemos com a necessidade de outro, somos de Deus quando temos misericórdia para com aqueles que sofrem por qualquer motivo. Quando alguém não tem compaixão é porque a animalidade domina à racionalidade. Olhando a fome e tantas fomes que existem no Brasil, na Amazônia, em cada uma das nossas cidades e comunidades, somos chamados a reagir diante de uma sociedade e um sistema econômico que privilegia alguns e descarta outras pessoas. Para isso temos que sentirmos a necessidade de sermos mais fraternos, sermos mais solidários, sermos pessoas que sabem dividir. Quem se diz católico tem que entender que a Quaresma é algo que lhe transfigura, e isso acontece na relação com o outro. Uma transfiguração que nos torna presença de Deus na vida das pessoas, que vivem numa realidade social que precisa ser transformada como um todo, mas também precisa transformar a vida das pessoas que são descartadas. Quero lembrar as palavras de Dom Tadeu Canavarros ontem na Abertura da Campanha da Fraternidade na Feira da Manaus Moderna. Ele disse claramente que “a fome não é um dado natural. Não é fruto do acaso ou do destino. Não é mera consequência de preguiça ou comodismo pessoal. Nem muito menos é vontade ou castigo de Deus”. O Bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus denunciou que a fome “é resultado de tremendas injustiças e desigualdades que caracterizam nossa sociedade e fazem com que uns tenham tanto e outros tenham tão pouco ou quase nada”. Ver a fome do Povo Yanomami e de tantos brasileiros e brasileiras tem que nos levar a refletir sobre o tipo de sociedade que foi constituído no Brasil e que perdura por mais de 500 anos. Uma sociedade desigual, que privilegia pequenos grupos e condena grandes camadas da sociedade. Por isso, voltando às palavras de Dom Tadeu, não podemos ignorar que a fome é uma situação “escandalosa e criminosa se considerarmos que não falta alimento no Brasil”, Segundo ele, “a fome no Brasil é fruto da injustiça e da desigualdade social. É um pecado mortal que clama ao céu! E pode ser eliminada com a solidariedade de todos e com vontade e decisões políticas”. Superar a fome depende de você e de mim, é só se importar com o sofrimento alheio. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Cardeal Steiner: “A fome está a nos dizer que não vivemos em fraternidade”

“O Evangelho nos aponta a esmola, a oração e o jejum como caminho para o encontro com Deus, com a vida do Evangelho”, lembrou o Cardeal Leonardo Steiner no início da sua homilia nesta Quarta-feira de Cinzas. Segundo o Arcebispo de Manaus, “os exercícios quaresmais que nos possibilitam uma vida autenticamente cristã, uma vida que visibiliza o Reino de Deus, uma vida de conversão e transformação”. Dom Leonardo disse reconhecer no Evangelho do dia que “os sinais da verdadeira conversão e transformação são apontados por Jesus no Evangelho que acabamos de ouvir. Aquele modo de entrar na dinamicidade da liberdade e da libertação, na dinâmica de Deus”. Segundo ele, “a esmola, a oração e o jejum são os exercícios de conversão e penitência que o tempo da quaresma nos possibilitam”. Isso o levou a questionar: “Mas como nos exercitamos?”, lembrando que “Jesus a nos dizer que a respeito da esmola, que ela necessita ser gratuita, livre, amorosa”. Em relação à oração, Dom Leonardo destacou que em seu exercício, “acontece no recolhimento, na atenção de uma relação gratuita, no encontro tu-a-tu, uma escuta, uma palavra”. Em relação com o exercício do jejum, o Cardeal disse que “está na animação de quem está na alegria da espera, do encontro, da manifestação de Deus. Jejum como se não jejuasse, pois à espera da plenificação que o Evangelho possibilita. Uma manifestação amorosa de Deus”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “jejum é abrir-se, esvaziar-se e, mesmo, abster-se. No vazio de nós mesmos, somos fecundados pela suavidade da gratuidade do amor que nos atraiu e encantou. Jesus crucificado, vazio de si, é entrega suave-sofrida ao Pai: “em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). No jejum, acontece uma integração e percepção de nós mesmos!” Refletindo sobre a oração, Dom Leonardo destacou que ela “é aproximação, exposição, relação. Busca de deixar-se atingir pela amorosidade de Pai. Como a súplica de afeto e de amor de Jesus: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?” (Mt 27,46). Quanta intimidade!, a busca de coração pelo Pai com a força do Espírito”. Já a esmola é vista pelo Cardeal como “a liberdade de entrega, partilha de vida, cuidado amoroso, serviço generoso!”, como “um envio para o próximo, como “encontro com aqueles que são desprezados, esquecidos da sociedade”. Por isso a insistência na “esmola, exercício de crescimento e de fidelidade: sermos bons e generosos como Deus o é”. Seguindo as palavras do Evangelho do dia, Dom Leonardo chamou a assumir “nada de ostentação, nada de mostração, nada exibição, nada de aparência, mas tudo na graça e gratuidade de quem deseja experimentar a presença de Deus e continuar o processo da conversão, da transformação”. Ele fez ver que “a quaresma nos lembra a necessidade da conversão pessoal, uma identificação sempre maior e mais nítida com Jesus. Uma conversão comunitária, pois nossas comunidades devem ser o espaço do encontro, da acolhida, do perdão, da reconciliação, da fraternidade”. Junto com isso, “uma conversão ecológica!”, lembrando o pedido do Papa Francisco na Laudato Sì a uma conversão para com o meio ambiente, que chama a “sermos cuidadores, cuidadoras da nossa casa, da casa de todos os seres”. Na primeira leitura, o Arcebispo destacou que “nos incentiva a trilhar o caminho indicado por Jesus”, e junto com isso a “centrar a vida na conversão na volta, para a fonte”, movidos pela compaixão e paciência, misericórdia e perdão de Deus, que nos impele “à conversão, á mudança de vida”. Seguindo as palavras de São Paulo, o Cardeal destacou que “a quaresma que nos envia ao encontro do doador de todas as graças, o reconciliador e o salvador de toda a humanidade”, o que leva se questionar: “Como não buscarmos a reconciliação, a salvação? Como não nos colocarmos a caminho nesses 40 dias que nos são oferecidos como possibilidade de recebermos a plenitude da vida pela cruz e ressurreição?” Dom Leonardo relatou diferentes citas bíblicas que fazem referência ao número 40, pedindo que nos 40 dias da quaresma, “Deus nos conceda a graça da vida nova, da renovação, da experimentação de sua presença amorosa e salvífica”. Um tempo que inicia com as Cinzas, “o tempo de rasgar o coração e não as vestes e voltar ao Senhor. Tempo de retomar o caminho, de abrir-se à graça do Senhor, que nos ama e nos socorre”. Em relação à Campanha da Fraternidade, que o Cardeal Steiner definiu como “itinerário de libertação e reconciliação”, lembrou o tema deste ano: Fraternidade e fome, e o lema “Dai-lhes vós mesmo de comer”. Também o objetivo que chama a “sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo”. Dom Leonardo citou as palavras do Papa Francisco à FAO, onde definiu a fome como uma tragédia e uma vergonha, provocada por uma distribuição desigual dos frutos da terra, pelas consequências das mudanças climáticas e o aumento dos conflitos, o descarte de alimentos. Uma realidade diante da qual, “não podemos permanecer insensíveis ou paralisados. Somos todos responsáveis”. O Cardeal questionou “como viver a fraternidade se temos irmãos e irmãs passando fome?”. Ele respondeu que “a fome está a nos dizer que não vivemos em fraternidade. Nós seguidores e seguidoras de Jesus estamos a dever para nossos irmãos e irmãs. A fome existe não por falta de alimentos. São descartados todos os dias toneladas de alimentos. Se desejamos ser como Jesus ensinou, não podemos ficar paralisados”. Ele destacou os tantos sinais de fraternidade para que as pessoas não passem fome presentes na Arquidiocese, fazendo um chamado a “crescer na fraternidade, na acolhida”. Fome que constitui um verdadeiro escândalo, citando as palavras do Papa Francisco, que mostrando a existência de alimentos para toda a humanidade chama “extirpar esta injustiça através de ações concretas e boas práticas, e através de políticas locais e internacionais ousadas”. Algo que Jesus nos lembra em Mateus 25. Finalmente, Dom Leonardo fez um chamado a que “o tempo da…
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Mensagem de Dom Altevir para a Quaresma: “Aproveitemos esse tempo como tempo da graça do Senhor!”

Lembrando que “a Igreja nos convida a trilhar mais uma vez o caminho quaresmal, com os olhos fixos na Páscoa do Senhor”, inicia Dom José Altevir da Silva sua Mensagem ao Povo da Prelazia de Tefé com motivo da Quaresma 2023. O Bispo prossegue dizendo que “Ele que, após passar pela cruz e pela morte, ressuscitou dos mortos e agora vive eternamente”. “A Quaresma não tem fim em si mesma, ela aponta para a Páscoa do Senhor! Ela é para nós uma espécie de retiro espiritual, afinal o recolhimento, o silêncio, a meditação, o jejum, a oração, as obras de misericórdia, a solidariedade e a penitência favorecem nossa busca pela conversão”, segundo Dom Altevir que lembra o texto da liturgia da Quarta-feira de Cinzas: “Rasgai o coração e não as vestes” (Jl 2, 13). O Bispo da Prelazia de Tefé faz um convite a que “aproveitemos esse tempo como tempo da graça do Senhor!”, citando o texto dos Atos dos Apóstolos: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados” (At 3,19). Junto com isso, ele faz um chamado a “manter vivas e atualizadas as práticas quaresmais já consagradas: o jejum, a esmola e a oração”. Dom Altevir cita uma das mensagens do Papa Francisco para a Quaresma, onde vê essas práticas quaresmais como “as condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa”. Lembrando que neste ano a Quaresma começa no dia 22 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas e terminará no dia 06 de abril, Quinta-feira Santa, Dom Altevir disse que nesse tempo “os cristãos dedicam-se à reflexão e à conversão espiritual. Normalmente se recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que Ele suportou na Cruz”. Dom Altevir explica que a cor roxa usada na Quaresma simboliza tristeza e dor. Também lembra que nas celebrações se omite o Glória, evita-se cantos com o aleluia, excesso de instrumentos nas celebrações, sobriedade na ornamentação da Igreja. Junto com isso, ele faz ver que “devemos ter muita oração, perseverança na busca da conversão e na prática da caridade, durante os 40 dias da Quaresma”. Ele explica o sentido do número 40 na Bíblia, colocando alguns exemplos disso. Em relação à Campanha da Fraternidade, ele a define como “um verdadeiro instrumento de oração, misericórdia, partilha e conversão”, lembrando que em 2023 o tema é: “Fraternidade e Fome”, e o lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Uma campanha que busca “Sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo”. Por isso, Dom Altevir insiste em que “tudo isto nos ajuda a bem viver uma verdadeira quaresma”.  Finalmente, o Bispo da Prelazia de Tefé pede: “Confiantes na ação do Espírito Santo, vos pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz; ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária, sem fome, pobreza, violência e guerra; livrai-nos do pecado da indiferença com a vida”. Ele deseja uma “Boa vivência quaresmal para todos!”, e implora que “Deus abençoe nossa amada Prelazia de Tefé!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Abertura da Campanha da Fraternidade em Manaus: A fome “é um pecado mortal que clama ao céu!”

A Feira da Manaus Moderna, lugar aonde chegam os alimentos na cidade, acolheu neste 22 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas, a Abertura da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Manaus. Em 2023 a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e Fome”, e como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Um chamado a “sermos mais fraternos, sermos pessoas que sabem dividir, experimentar a solidariedade”, segundo o Cardeal Leonardo Steiner, que denunciou que “temos muitas pessoas passando fome, a insegurança alimentar é muito grande no Brasil”. Junto com isso o Arcebispo de Manaus fez ver que “existe a fome do lazer, existe a fome da saúde, existe a fome da educação”, chamando a descobrir que “há necessidade da partilha, do cuidado, há necessidade do emprego, há necessidade de mudarmos esse sistema econômico que privilegia alguns e descarta outras pessoas”. Uma reflexão, debate e oração do qual ele deseja que participem todas as pessoas. O Arcebispo destacou as práticas que a Igreja de Manaus realiza para combater a fome: refeitórios para crianças, ações de cuidado através da Caritas, afirmando a necessidade de aumentar essas ações, mas também de ser criadas “políticas públicas que ajudem a transformar essa situação”. O Cardeal disse que “a Quaresma é sempre um tempo de transformação, um tempo de conversão, um tempo de pensarmos no significado que tem a Vida, a Morte e a Ressurreição de Jesus. Quaresma é um caninho de transformação, é um caminho de renovação, a realidade que nós estamos vivendo de fome exige uma transformação muito profunda”. Ao redor da mesa com alimentos, sinal da fraternidade, querendo partilhar, uma oportunidade para viver a solidariedade que leve a viver a fraternidade, que “nos oferece a oportunidade de colocar em prática o que Jesus nos pede: Dai-lhes vós mesmos de comer!”, segundo disse Dom Leonardo,  foi realizada uma Celebração da Palavra. Comentando o Evangelho onde aparece o chamado de Jesus a dar de comer, Dom Tadeu Canavarros disse que “a fome não é um dado natural. Não é fruto do acaso ou do destino. Não é mera consequência de preguiça ou comodismo pessoal. Nem muito menos é vontade ou castigo de Deus”. O Bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus denunciou que a fome “é resultado de tremendas injustiças e desigualdades que caracterizam nossa sociedade e fazem com que uns tenham tanto e outros tenham tão pouco ou quase nada”. Dom Tadeu lembrou da situação do Povo Yanomami em Roraima como exemplo de injustiça e desigualdade, mais uma amostra do drama da fome presente no ao longo da história do Brasil. Por isso afirmou que a fome “é a expressão mais cruel e perversa do modelo capitalista de sociedade que se implantou aqui ao longo de mais de 500 anos”, num país que entrou de novo no mapa da fome em consequência do “desmonte progressivo das políticas públicas a partir de 2016. Relatando os números da fome no país, uma situação “escandalosa e criminosa se considerarmos que não falta alimento no Brasil”, Dom Tadeu insistiu em que “a fome no Brasil é fruto da injustiça e da desigualdade social. É um pecado mortal que clama ao céu! E pode ser eliminada com a solidariedade de todos e com vontade e decisões políticas”. Superar a fome “é questão de humanidade e justiça social! Isso é questão de fé e critério de salvação ou condenação”, concluiu o Bispo auxiliar. Uma celebração onde os participantes levaram alimentos que depois foram partilhados com aqueles que passam fome, expressão de uma Igreja samaritana que em Manaus, através das diferentes pastorais, acolhe o chamado de Jesus a seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mensagem do Papa Francisco pela Campanha da Fraternidade: “Voltemos o nosso olhar aos afetados pelo flagelo da fome”

A Quaresma é um tempo em que “somos chamados por Deus a trilhar um caminho de verdadeira e sincera conversão, redirecionando toda a nossa vida para Ele”, afirma o Papa Francisco na mensagem enviada ao Brasil com motivo da Campanha da Fraternidade 2023 (Ver aqui). Um tempo em que “encontramos na oração, na esmola e no jejum, vividos de modo mais intenso durante este tempo, práticas penitenciais que nos ajudam a colaborar com a ação do Espírito Santo, autor da nossa santificação”. O Pontífice lembra que o povo brasileiro é chamado neste ano a “que voltemos o nosso olhar para os nossos irmãos mais necessitados, afetados pelo flagelo da fome”. Lembrando suas palavras aos Movimentos Populares, ele disse que “milhões de pessoas sofrem e morrem de fome. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos. Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável”. Diante disso, o Santo Padre lembra que “a indicação dada por Jesus aos seus apóstolos “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16) é dirigida hoje a todos nós, seus discípulos, para que partilhemos – do muito ou do pouco que temos – com os nossos irmãos que nem sequer tem com que saciar a própria fome”. Isso porque “indo ao encontro das necessidades daqueles que passam fome, estaremos saciando o próprio Senhor Jesus, que se identifica com os mais pobres e famintos”, segundo nos lembra Mateus 25. O Papa Francisco chama a ações concretas, que ele vê necessárias, “que venham de modo emergencial em auxílio dos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”. Uma atitude de partilha que pede fazer presente nas paróquias e dioceses, mas também nos órgãos de governo em todos os níveis e nas entidades da sociedade civil, a fim de que, “trabalhando todos em conjunto, possam definitivamente extirpar das terras brasileiras o flagelo da fome”, pois “aqueles que sofrem a miséria não são diferentes de nós”. Sob a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, o Papa envia sua Benção Apostólica a todos os brasileiros e brasileiras, “de modo especial àqueles que se empenham incansavelmente para que ninguém passe fome”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Festa, alegria, gratidão nos 100 anos da presença das Salesianas na Diocese de São Gabriel da Cachoeira

Um momento de festa, de alegria, de gratidão, tem sido vivido neste domingo 19 de fevereiro de 2023 na Igreja de São Gabriel da Cachoeira, segundo Dom Edson Damian. A celebração dos 100 anos da chegada das quatro primeiras Filhas de Maria Auxiliadora, procedentes de São Paulo, que de Manaus para São Gabriel, elas levaram 39 dias, lembrou o Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Ele insistiu em que “se hoje ainda é difícil esse trajeto a través do Rio Negro, imaginemos naquela época”. “Em pouco tempo, elas já estavam presentes nas principais comunidades indígenas aqui da nossa região”, disse Dom Edson. Um acontecimento que a pesar da chuva reuniu uma multidão no Ginásio do Colégio São Gabriel. No início da celebração teve uma encenação muito criativa da chegada das primeiras quatro irmãs, narrando a través das crónicas daquele tempo como foi a chegada. Um momento que despertou saudade e gratidão nas pessoas mais idosas, alunas naqueles primeiros tempos. A celebração da Eucaristia, presidida por Dom Edson Damian, foi concelebrada por 12 padres, dentre eles alguns indígenas da região, que foram alunos das Salesianas. Também estava presente a Ir. Paula, visitadora chegada de Roma que nos próximos messes vai se fazer presente em todas as comunidades da Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, coordenada pela Ir. Carmelita Conceição, auditora no Sínodo para a Amazônia, onde defendeu a importância da educação para os povos originários da região, e atual vice-presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), um dato importante pelo fato dela ter nascido na região amazônica e conhecer sua Igreja. Na Eucaristia, Dom Edson destacou como algo muito importante da presença da família salesiana no Rio Negro, presente desde 1915, o ramo masculino, e desde 1923, depois de perceber a importância de sua presença, as Filhas de Maria Auxiliadora. Citando as palavras do antropólogo indígena Gersen Baniwa, Dom Edson diz que desde a chegada da Família Salesiana, as lideranças indígenas perceberam que eram diferentes dos outros brancos, que chegavam na região para escravizá-los e explorá-los. Enquanto isso os salesianos e as salesianas chegaram para morar, para permanecer com eles. Junto com isso, eles chegaram para transmitir os seus conhecimentos, o que fez com que fossem acolhidos pelos indígenas, que decidiram aprender o que tinham ido partilhar com eles e assim lutar pelos seus direitos. Numa região onde até 1990 o Estado brasileiro estava totalmente ausente, Dom Edson Damian destacou que “quem cuidou da educação e da saúde foram os salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora”, inclusive ajudando a formar jovens indígenas nas faculdades de Manaus, que sempre mostraram gratidão por tudo o que receberam dos padres Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora. Juntos fizeram prevalecer o catolicismo nas comunidades indígenas da Diocese de São Gabriel da Cachoeira. O Bispo ressalta que a grande maioria das Filhas de Maria Auxiliadora que trabalham na Amazônia brasileira são originárias da região, sendo muitas as irmãs indígenas. “É uma Congregação que adquiriu um rosto amazônico e cada vez mais um rosto indígena”, destaca Dom Edson. Um carisma salesiano que “foi se amazonizando, se inculturando aqui na nossa região”, um elemento importante em palavras do Bispo, que junto com a Diocese de São Gabriel da Cachoeira agradeceu os 100 anos de trabalho heroico das irmãs salesianas, pedindo que elas “continuem aqui no meio de nós por muitos e muitos anos, porque elas continuam fazendo um bem imenso, uma evangelização a través da educação, da presença nas famílias, no meio da comunidade”. Dom Edson Damian recordou uma fato histórico, que ele considera muito elucidativo, que foi a decisão do Governo Brasileiro de estabelecer na década de 80 as colónias agrícolas no Alto Rio Negro, que pretendiam introduzir colonos de outras regiões do país, o que foi combatido abertamente pelos povos indígenas, que em 1988 se reuniram na primeira assembleia de suas lideranças, com o apoio da Diocese. Foi aí que nasceu a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), sendo também a primeira luta pela demarcação e homologação da Área indígena, algo que foi conseguido. A partir daí, lembrou o Bispo, foi a luta pela educação indígena, pelos direitos de assistência médica, os benefícios sociais e a aposentadoria, uma luta que continua até agora. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo: “O único extremismo cristão lícito é o amor”

Como um estímulo de Jesus no caminho das bem-aventuranças são vistas por Dom Leonardo Steiner o contive que aparece no Evangelho do 7º Domingo do Tempo Comum: “Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”. O Arcebispo de Manaus destaca que Jesus “sempre nos apresenta a liberdade, a superação da lei, para nos assemelharmos ao Pai do céu”. Um Deus que “cuida e vela a todas as criaturas. Está sempre guardando, animando, vivificando. Ele é uma dinamicidade amorosa. Por isso per-feito! Per-feito como nos diz a palavra, aquele que se está se per-fazendo, está na ação de fazer, do amar e por isso, é!”. O Cardeal Steiner define o Amor como encontro, como doação, advertindo que “qualquer sinal de reserva e de troca faz o eu correr o risco de sucumbir ao desejo da posse e não da doação”. Ele fez ver que “o eu que ama ao dirigir o seu olhar para o tu, permanece na contemplação da interioridade do amor e não se fixa jamais em si mesmo. Nesse contínuo movimento do passar do meu para teu, o eu conquista a si mesmo, tendo sempre presente que no amor todo eu é tu e todo tu é eu; cada vez se é amado e amante, expressão única de amar. E nesse movimento, o tu e o eu, permanecem na diferença e crescem e amadurecem na própria diferença e identidade”. Um amor que ele vê como puro dom, “porque o amor se doa de forma incompreensível e sem mérito algum nos amantes”. Um amor que não é conquista e sim “nossa morada, pois morar é habitar no amor e ser habitado por ele”. Um Amor que é “um instante de eternidade acontecendo no limite de um tempo finito”, pois “Deus é amor!!, e por isso, sempre busca a cada um de nós e sempre está velando, animando, vivificando todas as criaturas”. Um Amor que é sempre um nós, sem limites e sem reservas, pura doação, liberdade, resgate, entrega, livre, aberto, a guiar e determinar a nossa vida, sem medida, infinito e incondicionado. O Cardeal questionava: “E somos capazes de amar como Deus ama?”. Ele respondia que “sim, pois fomos e somos concebidos, gerados, nascidos do Amor sem limites, infinito e incondicionado”. A novidade está em “amar como Deus ama”, algo que se concretiza “em Jesus Cristo, um amor sem limites, sem queixas, pura entrega, pura acolhida, olhar de misericórdia, despojamento total, pobreza completa de encontro”. Um amor que sai, que busca, acolhe, oferece a misericórdia. Segundo Dom Leonardo, “o Evangelho nos provoca a sermos todos irmãos, irmãs”. Ele afirma que “em Cristo fomos todos feitos geração de Deus. Gerados pelo amor que é Deus, salvos no amor que é o Crucificado-ressuscitado. Amarás e não odiarás!”. Até o ponto de que em palavras de Santo Agostinho: “Ao amar o teu inimigo, desejas que ele seja para ti um irmão”. O Arcebispo de Manaus afirmou que “somos convidados no amor a termos uma percepção mais real e profunda de cada irmão, de cada irmã. Em Cristo não somos inimigos, somos sempre irmãos e irmãs a caminho”. Frente a isso ele denunciou tudo o que nos leva hoje a sermos inimigos, pois “as ideologias, as opções políticas têm nos levado a atitudes, ações e palavras de inimigos que expressam o desejo viver na distância, separados, e às vez até mortos”. Recordando as palavras do Papa Francisco, Dom Leonardo recordou como “alguns setores da política como de certos meios de comunicação, por vezes incita-se à violência e à vingança, pública e privada”. Nesse sentido, ele disse que “temos a impressão de que deixamos de ser irmãos e irmãos e assim mesmo nos afirmamos cristãos, católicos”. Por isso, o Cardeal insistiu em que “se quisermos ser discípulos de Cristo, se quisermos ser chamados de cristãos, este é o caminho: Amados por Deus, somos chamados a amar; perdoados, a perdoar; tocados pelo amor, a dar amor sem esperar que os outros tomem a iniciativa, que o outro corresponda; salvos gratuitamente, a não buscar lucro algum no bem que fazemos”. Quando Jesus diz: “Amai os vossos inimigos”, Dom Leonardo destaca que “são palavras diretas, palavras precisas”, ressaltando que “amar os inimigos e orar pelos que perseguem, é a novidade cristã, a especificidade de quem deseja seguir a Jesus. O próprio, o único, o imprescindível, o essencial, de que quem segue a Jesus, está no amar”. Por isso, ele afirmou que “o único extremismo cristão lícito é o amor”, lembrando as palavras do Papa Francisco. “Assim, seremos per-feitos como é per-feito o Pai do céu. Deus é amor, pois o amor o faz, é o seu ser. Para ele não existem inimigos, mas filhos e filhas”, segundo Dom Leonardo. Ele insistiu em que “somos filhos e Filhas do Pai que está nos céus, quando amamos os nossos inimigos e rezamos por aqueles que nos perseguem!”. Finalmente, o Arcebispo de Manaus convidou a seguir Jesus, a que “trilhemos as sendas do Evangelho, perseveremos no caminho do amor”. E junto com isso que “Deus nos conceda a graça de sermos amados e amantes; a amar como Ele ama, a viver sem inimigos”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

7º Domingo Tempo Comum: “Nossa condição humana mais bonita, sermos pessoas livres, capazes de fazer escolhas”

No 7º Domingo do Tempo Comum a Palavra de Deus nos faz um convite tão bonito, “o de percorrermos um caminho de santidade e de perfeição”, afirma a Ir. Cidinha Marques. A religiosa coloca que “a primeira tentação que temos é de pensar a perfeição como a condição de não errar, de fazer tudo certo, dentro dos nossos princípios e aprendizados do que é ser perfeito e isto já é uma dificuldade, pois nos engessa, aprisiona e impede a nossa condição humana mais bonita, de sermos pessoas livres, capazes de fazer escolhas”. Segundo a Ir. Cidinha, “o mundo tem sua concepção de perfeição que nos orienta para a estética, a beleza, modelos de comportamento, de corpo, e isso comporta rituais de regimes, de observâncias corporais, exercícios, incensados por uma ideologia que exclui a diversidade, a originalidade, as diferentes possibilidades de sermos quem somos, de viver a vida e a fé”. Comentando as leituras, a religiosa Catequista Franciscana afirma que “nos falam da santidade que tão bem tem nos ensinado o papa Francisco, a capacidade de sermos profundamente humanos e humanizados, pessoas que desde dentro, das entranhas fazem um movimento de ser no mundo contradição: ‘Amar o próximo como a si mesmo’, que nos é proposto com questões práticas, não ter ódio no coração, não procurar vingança, guardar rancor, e, o Evangelho vai nos colocando em um novo caminho, o da reconciliação, de ir além do que se é esperado, amar não só os amigos, mas também os inimigos, rezar por quem nos persegue e esta atitude aprendemos do próprio Deus que faz o sol nascer sobre bons e maus e a chuva cair sobre justos e injustos”.   “Esta reviravolta a nós pedida é o caminho do discipulado, certamente que temos tempo de bonança desta vivência e muitos momentos de recaída”, afirma a Ir. Cidinha. Segundo ela, “precisamos começar sempre de novo, a cada dia, a cada amanhecer, bebendo desta fonte de vida e liberdade que nos é dada, de sermos  santuário, casa e morada do Espirito de Deus”. Seguindo a segunda leitura, a religiosa destaca “um Deus tão grande que nos escolhe como seu santuário, seu sacrário, a ser cuidado, amado, em nós e em quem nos rodeia”. “O caminho da santidade e da perfeição, então por mim não  compreendido como o  caminho de quem não erra e desafina, é sim o caminho  de pessoas humanizadas que escolhem viver o amor e por amor, vencendo assim o ódio, a divisão, a vingança e tudo aquilo que nos afasta uns dos outros e de toda a criação”, segundo a Ir. Cidinha. Ela recordou as testemunhas desta vivência: Francisco de Assis, irmã Dulce dos pobres, irmã Dorothy, o Papa Francisco, Ailton Krenak, lideranças de nossas comunidades, catequistas, mulheres e homens de bençãos para o mundo. Finalmente, a religiosa pediu “que sejamos pessoas amorosas e reconciliadas, bondosas e compassivas, podendo assim cantarmos: Bendize ó minha alma ao senhor, pois ele é bondoso e compassivo!”.