Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Blog

Papa Francisco: Seguir o caminho quaresmal e sinodal para uma “transfiguração pessoal e eclesial”

Ligar a Quaresma e o Sínodo podemos dizer que é o propósito do Papa Francisco na sua mensagem quaresmal (ver aqui) para este ano 2023, que se intitula: “Ascetismo quaresmal, itinerário sinodal“. O Santo Padre começa por voltar o seu olhar para o episódio da Transfiguração de Jesus, que é proclamado todos os anos no segundo Domingo da Quaresma. Seguindo o relato evangélico, o Papa Francisco vê a Quaresma como um tempo em que “o Senhor toma-nos consigo e conduz-nos à parte“. É uma oportunidade para “uma particular experiência de ascese”, que é definida na mensagem pontifícia como “um empenho, sempre animado pela graça, no sentido de superar as nossas faltas de fé e as resistências em seguir Jesus pelo caminho da cruz”. Uma dinâmica presente em Pedro e nos outros discípulos, também cada um de nós, que “para aprofundar o nosso conhecimento do Mestre, para compreender e acolher profundamente o mistério da salvação divina, realizada no dom total de si mesmo por amor, é preciso deixar-se conduzir por Ele à parte e ao alto, rompendo com a mediocridade e as vaidades. É preciso pôr-se a caminho, um caminho em subida, que requer esforço, sacrifício e concentração“, algo que pode ser aplicado ao caminho sinodal. O Papa Francisco insiste que “a Jesus, seguimo-Lo juntos“, dentro da dinâmica do ano litúrgico e fazê-lo “com aqueles que o Senhor colocou ao nosso lado como companheiros de viagem”. Um caminho quaresmal que ele define como “sinodal, porque o percorremos juntos pelo mesmo caminho”, insistindo na necessidade, durante a Quaresma e o Sínodo, de “entrar cada vez mais profunda e plenamente no mistério de Cristo Salvador”. O momento culminante é ver Jesus na Sua glória, ver a luz que “irradiava d´Ele mesmo”. Fazendo uma comparação com a dificuldade de escalar uma montanha e o maravilhoso panorama que se revela no final, o Santo Padre refere-se ao processo sinodal, que “se apresenta árduo e por vezes podemos até desanimar“, mas que nos leva a algo “sem dúvida, maravilhoso e surpreendente, que nos ajudará a compreender melhor a vontade de Deus e a nossa missão ao serviço do seu Reino”. Usando as figuras de Moisés e Elias, o Santo Padre deixa claro que “o caminho sinodal está radicado na tradição da Igreja e, ao mesmo tempo, aberto para a novidade. A tradição é fonte de inspiração para procurar estradas novas, evitando as contrapostas tentações do imobilismo e da experimentação improvisada“. Estes são caminhos, a Quaresma e o sinodal, que têm como objetivo “uma transfiguração pessoal e eclesial”, inspirada por Jesus, e levada a cabo pela sua graça. Para isso, o Papa Francisco propõe dois caminhos: escutar Jesus, que nos fala na Palavra de Deus e “nos irmãos, sobretudo nos rostos e vicissitudes daqueles que precisam de ajuda”. Juntamente com isto, ele apela a uma escuta recíproca, que é indispensável numa Igreja sinodal. A segunda indicação é “não refugiar-se numa religiosidade feita de acontecimentos extraordinários, de sugestivas experiências, levados pelo medo de encarar a realidade com as suas fadigas diárias, as suas durezas e contradições”. Face a isto, chama a “sermos artesãos de sinodalidade na vida ordinária das nossas comunidades”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Missionários da Consolata mostram solidariedade e compromisso com o Povo Yanomami

Os missionários da Consolata reunidos online, nos dias 14 a 16 de fevereiro de 2023, para a sua Assembleia Continental em preparação ao XIV Capítulo General, lançaram uma nota de solidariedade e compromisso (ver aqui) “com a vida dos povos Indígenas na Amazônia, em especial com os Yanomami que neste momento enfrentam uma situação de grave ameaça a sua sobrevivência”. A nota destaca que “as imagens e informações divulgadas sobre os Yanomami dentro do seu território homologado em Roraima, ganharam grande repercussão no Brasil e no mundo gerando diversas manifestações de indignação, solidariedade e cobranças de investigação dos crimes e rigorosa punição dos responsáveis”, denunciando que “essa violência não é de hoje”. Os Missionários da Consolata lembram que “durante os últimos cinco anos, organizações indígenas e aliados fizeram várias denúncias com documentos e fatos sobre a invasão da Terra Indígena Yanomami, apontaram a omissão do governo e cobraram providências. Não houve resposta adequada o que evitaria essa tragédia”. O texto vê como causa da grave situação “a combinação entre o aumento sistemático e incentivado do garimpo e a intencional desassistência na saúde nos últimos cinco anos ameaçando a vida física e cultural do povo Yanomami”. Segundo os Missionários da Conslata, “esses fatores geraram, entre outros males, crescente violência contra as comunidades, a destruição do meio ambiente, a contaminação dos rios, aumento da malária, desnutrição, verminose e doenças respiratórias”. Diante disso, os religiosos reforçam “os apelos da Igreja presente na Amazônia, das organizações indígenas e aliados, para que as autoridades competentes do governo combatem a raiz do problema com medidas que visem o desmonte da cadeia do garimpo, a desintrusão imediata dos garimpeiros de dentro da Terra Indígena, bem como a investigação dos crimes cometidos contra o povo Yanomami”. Ao mesmo tempo, eles dizem apoiar “todas as medidas emergenciais do governo federal de atendimento ao povo Yanomami para salvar vidas, mas ao mesmo tempo, pedimos para que, em diálogo com as comunidades, se recupere as condições de atendimento visando a prevenção e o acompanhamento da saúde dentro do território conforme a Constituição”.  Finalmente, a Congregação manifesta, em espírito de família “o nosso apoio e solidariedade aos missionários e missionárias da Consolata que há 75 anos acompanham os povos indígenas em Roraima para que sua missão vivida no respeito, diálogo e testemunho profético contribua como Igreja na defesa das comunidades, dos seus territórios e culturas, e no cuidado integral da Casa Comum”. Eles pedem “que a nossa histórica opção pelos povos indígenas e pela Amazônia nos ajudem a sermos mais fiéis ao carisma da missão ad gentes”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Comissão para a Amazônia reunida em Manaus: avaliar, pensar seu futuro e um maior envolvimento das igrejas particulares

A Comissão para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está reunida em Manaus nos dias 17 e 18 de fevereiro. Participam do encontro o Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus (AM) e Presidente da Comissão, a Ir. Irene Lopes, Assessora, e os membros, Dom Roque Paloschi, Arcebispo de Porto Velho (RO), Dom Evaristo Spengler, Bispo eleito de Roraima e Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, Bispo de Itacoatiara (AM). “Uma reunião que visa nós preparamos uma avaliação da Comissão para podermos apresentar na Assembleia Geral agora em abril”, segundo Dom Leonardo Steiner. O Arcebispo de Manaus disse que o encontro quer ser uma oportunidade para “pensarmos um pouco no futuro da Comissão e qual é a relação da Comissão com a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA)”. Segundo seu Presidente, “a Comissão foi muito importante, está sendo muito importante para as igrejas que estão na Amazônia”, vendo como desafio “como a Comissão envolver ainda mais as igrejas e pensar nos encontros possíveis entre as igrejas particulares para assim buscarmos um diálogo maior, entre nós, mas também com as outras igrejas do Brasil e as outras igrejas da Pan-Amazônia”, insistiu o Cardeal. Uma Comissão “fundada em 2003 a partir de uma solicitação da Igreja na Amazônia e a partir da solicitação dos Bispos”, lembrou sua Assessora. A Ir. Irene Lopes destacou que “hoje tem esse papel de fazer com que a Igreja da Amazônia seja vista fora da Amazônia. A partir disso fazer com que essa reflexão seja feita a partir dos territórios. É uma Comissão que ajuda os Bispos e também os territórios a pensar um pouco a realidade amazônica hoje vivida com todas essas problemáticas, com todas essas questões que hoje têm refletido”. A Igreja da Amazônia hoje é desafiada a “viver a fidelidade à Cruz do Senhor e aos crucificados de hoje”, ressaltou Dom Roque Paloschi. O Presidente do Conselho Indigenista Missionário se referiu ao cenário atual, “não só dos povos yanomami, mas de todos os povos indígenas, os povos originários e sobretudo as grandes periferias das cidades, onde nós vemos a situação da fome aumentando”. Olhando para a realidade eclesial, o Arcebispo de Porto Velho destacou a necessidade de “alimentar aqueles 4 sonhos que o Papa colocou na Querida Amazônia. Esses sonhos que nos ajudam a sonhar uma Igreja verdadeiramente samaritana, servidora, comprometida com a vida de todos e a vida da Criação”. Uma Comissão que nasceu para criar pontes entre a Igreja da Amazônia e as outras igrejas locais no Brasil. Diante disso, Dom Ionilton reconheceu que ainda existe o desafio de “fazer a Igreja do Brasil olhar para nós”. O Bispo da Prelazia de Itacoatiara lembrou da frase do Papa Paulo VI, que diz que “Cristo aponta para a Amazônia”, e junto com isso que “essa Comissão surgiu com esse objetivo de fazer uma integração entre nós que estamos aqui e as outras igrejas locais no Brasil inteiro”. O Presidente da Comissão Pastoral da Terra afirmou que “a Amazônia ainda é um assunto que causa um pouco de estranheza em muitos dos Bispos e da Igreja mesmo como um todo”. Por isso, ele insistiu em que “nosso desafio é fazer com que cada vez mais a gente consiga levar para a Igreja do Brasil, das outras regiões, a necessidade e a importância da missão como Igreja católica aqui na Amazônia”. “O Papa com o Sínodo para a Amazônia fez uma experiência da sinodalidade na Igreja, e ele próprio está conduzindo esse processo de uma forma muito mais ampla para a Igreja universal, que é um tema da Igreja universal de fato”, afirmou Dom Evaristo Spengler. Segundo o Bispo eleito de Roraima, “além do caminhar juntos como povo de Deus, o Papa insiste muito  numa Igreja não tão clerical, que seja de fato uma Igreja povo de Deus, conforme o Vaticano II, mas também as questões ambientais, as questões ecológicas, as questões culturais, sociais, é algo que o Sínodo para a Amazônia enfrentou”. O Presidente da REPAM-Brasil, disse que “isso não pode ficar restrito apenas à situação amazônica, mas é necessária uma transformação de acolhimento da cultura do cuidado a nível de todos os povos, cuidado com os migrantes, com os indígenas, com o povo negro, onde se crie uma grande fraternidade universal”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Ir. Carmelita Conceição: 100 anos das Salesianas no Amazonas, “Nós somos no nosso espírito, aquelas pioneiras”

Em 1923 as Filhas de Maria Auxiliadora chegavam em São Gabriel da Cachoeira, iniciando assim sua missão no Amazonas. 100 anos depois, sua atual superiora, a Ir. Carmelita Conceição vive esta data como momento de memória, de celebrar a vida e a missão que aquelas irmãs começaram. Mas também é tempo de, inspiradas naquelas pioneiras, tentar dar uma resposta para o hoje. Depois de 100 anos a missão mudou, principalmente a mentalidade, passando de colocar o foco na estrutura a colocá-lo na pessoa.   Promover a vida, se unir e se inserir na reflexão da Laudato Si´ e da Querida Amazônia, dos sonhos do Papa Francisco é um desafio para o futuro da Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia. A Ir. Carmelita insiste em destacar que “os protagonistas hoje são os indígenas, são as pessoas da região”. Tudo isso com a mesma coragem que se fez presente nas primeiras missionárias, que faça “querer conhecer mais a diversidade cultural ou religiosa e podermos ser aquelas missionárias na versão de hoje, no estilo de hoje, não deixarmos de ser missionárias. As Filhas de Maria Auxiliadora estão completando 100 anos de missão na Amazônia, o que isso representa para a Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia e para a Congregação Salesiana? É uma data muito importante para todos nós, porque primeiro é a memória, lembrar toda aquela luta das primeiras irmãs, a maneira como optaram por vir, vir para a Amazônia no século passado, e hoje para nós celebrar a vida delas, a missão que elas começaram, mas também revisar esse processo de revisão e de descobrir como agir hoje na Amazônia. Nós estamos aqui há cem anos, já se passaram várias gerações, várias situações, e na situação de hoje nós temos que tentar dar uma resposta adequada para o hoje. Esse é nosso maior desafio, descobrir o que que nós, como Filhas de Maria Auxiliadora, Salesianas, precisamos ser aqui. Porque hoje nós não pensamos tanto em fazer, construir, nós pensamos em como a gente pode realmente estar, com o povo, entendendo, apoiando, fortalecendo, estando lado a lado. No início nós pertencíamos à Provincia de São Paulo, que era a única que tinha no Brasil. Elas tinham de lá esse olhar para os lugares onde precisava ter presença e pensaram no Amazonas. Depois vieram muitas irmãs do Nordeste, nossa segunda geração, dentro desses 100 anos, é formada por uma maior parte de irmãs do Nordeste, de Minas Gerais, e algumas irmãs italianas que vinham. E depois elas foram favorecendo para que nós autóctones, entrássemos, participássemos desse dinamismo. É uma celebração que envolve o Brasil todo. Uma missão que começou com missionárias estrangeiras e que hoje continua com brasileiras, amazônidas, inclusive a senhora é amazonense, em que mudou o trabalho das Filhas de Maria Auxiliadora pelo fato desse surgimento de vocações nativas, inclusive vocações indígenas? Mudou muito, principalmente a mentalidade. A gente entende que as irmãs que vieram, não eram todas estrangeiras, algumas eram paulistas, mas elas tinham uma mentalidade da época do construir, da estrutura. Para elas a segurança diante do fato de vir para um lugar tão distante era ter uma casa bem construída, casas muito grandes. A missão delas era muito de ajudar o povo, ajudar a aprender a língua, ajudar a estudar, dar condições deles puderem ter autonomia. Uma Vida Religiosa muito tradicional porque aquele era o estilo. Com o tempo eu acho que as irmãs foram aprendendo e também com esse aumento da presença de irmãs da região, que no início eram pessoas de Manaus, de Belém, de Porto Velho, que não tinham nascido no Rio Negro e iam para lá. Mas também de outras partes de Brasil, houve uma campanha missionária muito forte no Brasil para ir pessoas para lá. A primeira geração era de italianas e aquelas missionárias de São Paulo, depois vieram muitas europeias, italianas, espanholas, alemãs. Depois se formou um grupo de irmãs da Amazônia que foram assumindo a Inspetoria. Esse assumir das irmãs brasileiras e da Amazônia foi facilitando para a entrada das jovens, inclusive das jovens indígenas. E hoje eu acho que somos mais de 90 por cento brasileiras amazônidas, com algumas nordestinas, mais idosas, ainda daquela geração, e pouquíssimas estrangeira, 4 ou 5 talvez, e toda a coordenação da Inspetoria somos nós que estamos fazendo em todos os níveis. A senhora fala das salesianas indígenas, cada vez mais numerosas entre as irmãs e as novas vocações. O que as irmãs indígenas aportam à congregação? É uma contribuição muito interessante, não só para nós, é para o Instituto, porque traz a visão de quem vive no interior da floresta amazônica, que é uma vida um pouco diferente do caboclo, do ribeirinho, do urbano. Todos somos amazônidas, mas modo de vida diferente. E o mais interessante das irmãs indígenas, dessa geração que está aí é a visão, que a estrutura vale muito pouco. O foco é na pessoa, do indígena, do jovem que está ali, e na maneira como pode entrelaçar essa cultura urbana com a cultura indígena, que é uma cultura muito do cuidado, da preservação, da valorização, do espírito, da sintonia com a natureza. Bem dentro da ideia da Laudato Si´, que é que tudo está interligado, as coisas todas estão envolvidas, elas trazem isso para nós. Porque nós que vivemos em cidade, nós nos acostumamos no quadrado, se não tiver quatro paredes a gente não está segura. Eles não, só um telhado de palha e uma rede e estou bem. Elas nos trazem essa libertação da estrutura, é uma experiência muito interessante, além da diversidade das etnias que traz alguns valores, de um grupo, de outro grupo. A gente entende que é um desafio muito grande para elas entrar na estrutura, porque aquelas que querem ser irmãs acabam acolhendo esse modo de ser nosso, e para nós ao mesmo tempo ter essa coragem, essa abertura para procurar entender como é a riqueza dessa vida que as famílias delas vivem. Durante muito tempo a evangelização da Amazônia foi divida por congregações. No Alto…
Leia mais

O Povo Ticuna protagonista na missão entre os ticunas

O Povo Ticuna através da Paróquia São Francisco de Assis de Belém do Solimões, na Diocese de Alto Solimões assumiu a missão como elemento primordial no trabalho evangelizador. São missionários ticuna que evangelizam o Povo Ticuna. A última missão aconteceu nas comunidades Nossa Senhora de Nazaré, Santa Clara, Nossa Senhora da Prosperidade e outras comunidades da Paróquia de São Paulo Apóstolo no município de São Paulo de Olivença, onde 10 missionários e missionárias realizaram esse trabalho missionário de 5 a 14 de fevereiro de 2023. Mesmo diante das dificuldades, a seca e ao mesmo tempo as chuvas torrenciais não permitiram a entrada em algumas comunidades ticuna. Uma situação que faz parte da vida missionária na Amazônia, que faz com que os missionários não desanimem pois eles sabem que voltarão. Sempre é assim em todo lugar, mas na Amazônia é Deus que determina a realização daquilo que é planejado. Estamos diante de mais um testemunho de Evangelização indígena, de doação, protagonismo e compromisso com o Reino de Deus. As missões realizadas pelos missionários e missionária ticuna é um tempo de formação sobre a Palavra de Deus, Catequese, Dízimo, Celebração Dominical, Vocação, Ecologia e luta contra alcoolismo e drogas, dentre outros elementos abordados. Uma missão que está sendo muito bem acolhida pelas comunidades, desde as crianças até os idosos. Para isso é muito importante o fato de estar sendo feito do jeito e na língua ticuna. Isso se expressa nas orações, dinâmicas, partilhas de alimentos, algo que ajuda a superar os desafios e as longas viagens de peque-peque com fortes chuvas e sol quente. Tudo isso é feito com alegria por amor de Deus e do povo. Buscando fomentar o trabalho com a juventude indígena, a Paróquia São Francisco de Assis de Belém do Solimões tem desenvolvido uma Oficina Pedagógica de Teatro Popular, onde participaram 35 jovens do Povo Ticuna e Kokama. Ao longo do programa foram desenvolvidos processos de Laboratório nas modalidades teóricas e práticas: O homem e o meio; o que é o teatro? Resgate do teatro cristão e seu objetivo na comunidade; jogos preparatórios, expressão corporal, expressão oral, respiração, jogos dramáticos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações do Blog Povo Ticuna de Belém do Solimões

Cardeal Steiner: “A fome é consequência de um sistema económico que nos atinge no Brasil, um descaso em relação aos pobres”

A Campanha da Fraternidade acompanha a vida da Igreja do Brasil durante a Campanha da Fraternidade desde há quase 60 anos. Um tempo para refletir e encontrar caminhos de conversão em torno a realidades presentes na sociedade brasileira. Em 2023, a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e Fome”, e como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”. No Brasil 33 milhões de pessoas passam fome, uma realidade que também está presente na cidade de Manaus, denunciou o Cardeal Leonardo Steiner em coletiva de imprensa. Uma campanha que tem a sua história, segundo o Arcebispo de Manaus que acontece no “tempo da conversão, o tempo da penitencia, o tempo do jejum, o tempo da esmola, essa tentativa de nos aprofundarmos no Mistério Salvífico de Deus em Jesus Cristo, na sua Paixão, Morte e Ressurreição”. Dom Leonardo insistiu em que “a Campanha da Fraternidade deseja entrar nessa dinâmica de conversão, de mudança, de transformação”. O Cardeal afirmou que “comer não é um direito, comer faz parte do humano, é mais do que direito. Sem comer o ser humano não subsiste, não vive”. Ele denunciou o que está a acontecer com o Povo Yanomami, que “por falta de comida, por uma desnutrição enorme, eles perdem o ânimo e a capacidade de viver, eles perdem o desejo de viver, perdem o desejo de ser”. A fome é uma realidade preocupante em um país que em 2022 só 41,3% dos domicílios no Brasil tinham seus moradores em segurança alimentar, o que faz com que mais de 58% dos domicílios brasileiros, 125 milhões de pessoas, vivessem em algum nível de insegurança alimentar, sendo 15,5% os que conviviam com a fome, 33 milhões, um número repetido por 3 vezes pelo cardeal. Ele disse esperar que “essa Campanha da Fraternidade nos desperte”, chamando a entender que “ninguém é excluído do amor de Deus”, algo que contrasta com o fato de que “nós estamos deixando irmão e irmãs a passar fome”. Uma realidade que “é consequência de um sistema económico que nos atinge no Brasil, um descaso em relação aos pobres”, ressaltou Dom Leonardo. Uma situação que tinha sido superada no passado, definindo a situação atual como uma amostra de que no Brasil “estamos perdendo a fraternidade, estamos perdendo a capacidade humana de nos ajudarmos, de nos auxiliarmos, de termos emprego suficiente para todos, de termos um sistema econômico que seja a favor de todas as pessoas e não apenas do sistema de mercado”. Diante disso ele chamou a refletir, mas também a realizar ações concretas em favor das pessoas que passam fome. Algo que demanda “um pacto global na sociedade, entre as instituições, Igreja, mas também os governos, as empresas” em vista da superação da fome, segundo o Padre Geraldo Bendaham. Ele insistiu em que “tem saída, tem caminhos, a gente precisa mudar”, buscando uma economia solidária onde ocorra a partilha. O Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Manaus ligou a questão da fome com outras realidades, água, saneamento básico, educação… O Padre Geraldo chamou a refletir sobre o desperdício de alimentos, algo que quer ser expressado no fato da Arquidiocese de Manaus realizar o lançamento da Campanha, que será realizado na Quarta-feira de Cinzas, no entorno da feira, abrindo assim as atividades que irão levar às comunidades a aprofundar nesse tema ao longo da Quaresma. Junto com isso, ele denunciou que “a sociedade tem criatividade, capacidade para superar a fome”, demandando políticas públicas que ajudem a superar a fome e fazer com que as desigualdades desapareçam no Brasil, um país que tem alimentos, mas onde muitas pessoas passam fome, algo que considera vergonhoso e que deve ser levado a sério pelos governos, “porque se trata de pessoas, seres humanos, nossos semelhantes”. A Igreja de Manaus vem realizando diferentes iniciativas para ajudar a superar a fome, segundo o diácono Afonso Brito. Durante a pandemia a Arquidiocese ajudou 100 mil pessoas a superar a fome, um trabalho que continua e que está sendo coordenado pela Caritas Arquidiocesana e as Caritas Paroquiais. O objetivo é ajudar às famílias que passam fome a ter o mínimo possível, algo que é realizado com a doação de pessoas anônimas e de instituições públicas. O Cardeal Steiner colocou como algo necessário “discutirmos e refletirmos sobre o sistema económico que tem levado tantas pessoas a esse estado de fome”. Ele ressaltou outros elementos relacionados com a fome, como é a educação, a saúde, a cultura, os espaços de lazer. Manaus é um cidade onde é possível apalpar a fome, insistiu o Arcebispo, com situações muito difícil, uma realidade que se repete nas periferias das cidades brasileiras. Diante disso, ele disse esperar que a Campanha da Fraternidade possa ajudar a “abrir os olhos das pessoas, para que haja mais partilha, mas também haja uma reflexão e uma discussão sobre o próprio sistema econômico e a falta de políticas públicas que tem levado a essa situação”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mulheres missionárias centenárias

Na evangelização da Amazônia, a coragem das mulheres sempre foi decisiva. Sua presença nos locais mais longínquos se tornou uma constante na caminhada da Igreja na região. Ao completar-se 100 anos da presença das Filhas de Maria Auxiliadora, das Salesianas, no Alto Rio Negro, ainda hoje um dos locais de mais difícil acesso na região amazônica, a gente só pode ter um sentimento de gratidão e admiração. As salesianas chegaram em São Gabriel da Cachoeira em 1923, seguindo os passos de seus irmãos de carisma, os salesianos, que lá estavam desde 1915. Uma viagem que vista hoje poderia ser considerada uma loucura, mas que na verdade respondia ao apelo do Evangelho, onde Jesus envia seus discípulos e discípulas em missão até os confins do mundo. E podemos dizer que um lugar onde a viagem demorava 39 dias desde Manaus poderia ser considerado um desses locais onde essas seguidoras de Jesus e da Madre Mazzarello, estavam sendo chamadas. Assim iniciou uma presença que foi se espalhando por todos os cantos da Cabeça do Cachorro, chegando nas fronteiras e aprendendo a conviver com realidades e culturas diferentes. Uma presença evangelizadora, especialmente no campo da educação e da saúde, mas também do trabalho pastoral, se tornando uma presença samaritana na vida dos povos indígenas. A história nos mostra a entrega de mulheres que ao longo de décadas gastaram sua vida nessa presença de cuidado, em que tantas crianças, adolescentes e jovens, mas também adultos, foram entendendo quem era esse Deus diferente que chegava com as Filhas de Maria Auxiliadora. Um testemunho de vida que foi cativando o interesse de muitas jovens que hoje são salesianas, dando um novo rosto, um rosto indígena, na congregação. Um antecipo daquilo que o Sínodo para a Amazônia chama de uma Igreja com rosto amazônico e indígena. Um trabalho que mais nunca parou e que hoje continua com uma presença numerosa nos três municípios que forma parte do Alto Rio Negro, da Diocese de São Gabriel da Cachoeira: Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. Uma presença que foi perpassando a vida de diversas gerações de homens e mulheres de diferentes povos indígenas. O testemunho de vida destas missionárias deve nos levar a refletir como Igreja, mas também como sociedade, e assim sentir a necessidade de sair de nossos lugares de conforto para ir ao encontro daqueles que precisam de nós. As efemérides são uma boa oportunidade para isso, para olhar para atrás e agradecer, mas também para olhar para frente e não ter medo dos desafios a serem enfrentados. Que essas mulheres apaixonadas pela missão nos levem a superar os medos e assumir com coragem aquilo que Deus e a Igreja esperam de cada um e cada uma de nós. É tempo de superar os medos e entender que nesse mundo das águas podemos saciar nossa sede de Deus e de um mundo melhor para todos e todas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

A Igreja do Brasil avança na preparação do 5º Congresso Missionário Nacional em Manaus

A Igreja do Brasil se prepara para o 5º Congresso Missionário Nacional, que será realizado na Arquidiocese de Manaus de 11 a 15 de novembro de 2023, tendo como tema: “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”, e como lema: “Corações ardentes, pés a caminho”. Um Congresso que está sendo articulado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho Missionário Nacional (COMINA), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Arquidiocese de Manaus. A Igreja do Brasil é consciente, embora que nas últimas décadas houve um amadurecimento da consciência missionária, da falta ainda de um empenho mais efetivo e generoso, individual e eclesial, uma maior disponibilidade e um compromisso mais amplo para assumir a missão ad gentes, sendo muitas as Igrejas particulares do Brasil ainda não assumiu seu protagonismo e sua responsabilidade nesse campo. Seguindo o já realizado, o 5º Congresso Missionário Nacional pretende dar passos adiante, através de um processo sinodal de escuta e diálogo, em comunhão com as Igrejas locais e com todos os sujeitos eclesiais. Para isso se faz necessária uma conversão pastoral que leve descobrir a missão como tarefa primária da Igreja. Nesse sentido, desde o coração da Amazônia até os extremos do mundo, este Congresso quer, também, estimular e potenciar a cooperação missionária e despertar um novo vigor para a missão ad gentes das Igrejas particulares. O Congresso, partindo do princípio de que a missão da Igreja é evangelizar, busca impulsionar a missão ad gentes das Igrejas particulares. Para isso se faz necessário escutar os apelos do Espírito Santo, protagonista da missão; impulsionar uma reflexão acerca da responsabilidade das Igrejas particulares pela missão ad gentes; incentivar projetos de colaboração missionária, partindo da experiência evangelizadora da Igreja na Amazônia. Junto com isso integrar forças, contribuir na efetivação do Programa Missionário Nacional, reafirmar a opção pelos pobres, e impulsionar o processo de preparação da Igreja no Brasil para o 6º Congresso Missionário das Américas (CAM 6), que será realizado em Puerto Rico em 2024. Um Congresso que será realizado seguindo uma metodologia sinodal, de comunhão e de participação. Se busca um caminhar juntos para cumprir uma tarefa comum, por meio da participação de cada um de seus membros. Para isso se pretende conhecer as iniciativas e projetos e atividades missionárias ad gentes existentes. Tudo isso seguindo um itinerário bíblico, teológico, espiritual e metodológico, segundo o método Ver-Discernir-Agir. O ponto de partida são as Igrejas locais e o desafio de envolvê-las no processo do 5º Congresso, que leve a despertar desde a primazia da graça, a consciência missionária ad gentes na perspectiva da universalidade da missão. Para isso quer se envolver os organismos misionários de cada diocese como fundamento das reflexões que serão desenvolvidas durante o Congresso nas conferências, nos painéis temáticos, nas oficinas e partilhas missionárias dos participantes. A Comissão organizadora, reunida neste 14 de fevereiro foi avançando nos passos a serem dados durante e antes do Congresso, como é a elaboração do Texto Base, insistindo na necessidade de uma reflexão desde uma perspectiva amazônica. Na preparação previa, acontecerá o Seminário de preparação para o 5º Congresso Missionário Nacional, que será realizado em Brasília de 26 a 29 de março de 2023 com a participação dos representantes dos Comités Missionários dos Regionais da CNBB.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Retiro do clero de Borba e Itacoatiara: “Momento de graça para fortalecer a consciência do chamado de Deus”

A Casa de Retiros Vicente Cañas em Manaus, acolhe de 13 a 16 de fevereiro o retiro anual do clero da Diocese de Borba e da Prelazia de Itacoatiara.  Segundo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva “esse retiro acontece dentro de um contexto de alegria, pois estamos celebrando os 60 anos de criação das Prelazias”. O Bispo da Diocese de Borba destaca que “vale lembrar que a Diocese de Coari, Diocese de Borba e a Prelazia de Itacoatiara foram criadas pelo mesmo sopro do Espírito Santo na mesma Bula Papal de 13 de julho de 1963”. O pregador do Retiro do Clero da Diocese de Borba e da Prelazia de Itacoatiara é Dom José Maria Chaves dos Reis, Bispo da Diocese de Abaetetuba no Pará, que está trabalhando a temática da espiritualidade presbiteral.  Dom Zenildo insiste em que “esse retiro é uma oportunidade de renovação e de aquecimento da fé e da missão”. Em nome da Diocese de Borba, seu Bispo agradece Dom Ionilton, Bispo da Prelazia de Itacoatiara que aceitou realizar esse retiro juntos e agradece também todos os padres da Prelazia pela unidade, proximidade e sinodalidade. Segundo Dom Ionilton, “o retiro do clero de uma Diocese, uma Prelazia, uma Arquidiocese é um momento em que os padres, diáconos, bispos param um pouco as suas atividades para sair do ambiente do dia a dia da missão, até o nome já diz, se retirar num espaço aparte, para termos a oportunidade de rezar mais, meditar mais a Palavra de Deus, de nos encontrarmos com os outros e de forma comunitária, enquanto clero fazer uma revisão de vida, retomar nossos compromissos de ministros ordenados e aprimorar o nosso desejo de continuar servindo ao povo de Deus na missão que nos é confiada a partir do ministério que a gente abraça”. O Bispo da Prelazia de Itacoatiara insiste em que “o retiro do clero se torna também um momento de graça em nossa vida, que serve para nos animar, encorajar, fortalecer essa nossa consciência do chamado de Deus, aumentar em nós escolheu e nos enviou para uma missão junto de uma parcela do seu povo. E isso fazer com que a gente possa cumprir a nossa missão sempre lembrando de que nós estamos fazendo isso em nome de Deus e em nome da Igreja”. Segundo Dom Ionilton, “fortalecidos por um retiro, nós ministros ordenados que compomos um clero retornaremos muito mais dispostos e motivados para continuidade de nossa missão e do serviço ao povo de Deus que está sob nossos cuidados pastorais, para animar a vida e a missão de todas as pessoas que fazem parte da Igreja, dos leigos e leigas, dos consagrados e consagradas, dos missionários e missionárias, e lembrar sempre que nós estamos nesse serviço para toda a parcela do povo de Deus sob nossos cuidados”. “Deus pede de nós uma atenção para os mais pobres, para os idosos, para os enfermos, para os migrantes, para os povos indígenas, para as populações ribeirinhas, para quem vive nas populações dos ramais”, disse o Bispo da Prelazia de Itacoatiara. Ele insistiu em que “é assim o nosso pastoreio, revigorar em nós esse desejo de continuar servindo à Igreja aqui na realidade da Amazônia, levando em conta também a nossa missão de cuidadores da casa comum, da nossa irmã natureza, irmã terra, do território, das águas. Isso também faz parte do nosso ministério, que o retiro revigora, nos motiva e nos encoraja”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Encontro de Coordenadores Diocesanos de Pastoral do Regional Norte1: “Fazer caminho em conjunto”

Os coordenadores e coordenadoras de Pastoral das Dioceses e Prelazias do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1) estão reunidos na sede do Regional em Manaus para partilhar os aspectos relevantes no caminho das Igrejas locais e avançar no caminho sinodal que a Igreja universal está vivenciando atualmente com a Etapa Continental. O encontro começou com a celebração da Eucaristia, presidida por Dom Tadeu Canavarros, Bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus e Vice-presidente do Regional Norte1. Ao longo do encontro serão partilhados os desafios que são encarados pela Dioceses e Prelazias e a agenda em nível local e regional. O Regional repassara algumas orientações, além de materiais. Durante o encontro será abordado o 3º Ano vocacional e a preparação da 50ª Assembleia Regional Norte1, que será realizada no mês de setembro. Junto com isso, será avaliado como as Igrejas locais estão concretizando os encaminhamentos da última assembleia do Regional. “Esse trabalho da coordenação de pastoral de cada uma das Dioceses e Prelazias vem de encontro com a animação, o trabalho de cada coordenador está exatamente como animador”, segundo Dom Tadeu Canavarros. O Vice-presidente do Regional Norte1 afirmou que “esse encontro tem essa pauta de serem também os promotores do Sínodo, dessa caminhada sinodal”. O Bispo Auxiliar de Manaus pensa que “a colaboração e a animação de cada pastoral vai ajudando os Bispos a tornarem mais concretas as ações pastorais no dia a dia”. Um encontro onde é vivenciado “a dimensão da comunhão, do caminhar juntos”, segundo a Secretária Executiva do Regional Norte1. A Ir. Rose Bertoldo destaca que “os coordenadores e coordenadoras de pastoral tem uma função muito grande nas Dioceses e Prelazias e eles é que dão corpo a todos os encaminhamentos que são feitos nas assembleias do Regional”. Daí a importância de “trabalhar junto, fazer com que essa comunhão, ela seja colocada em prática nas Dioceses e Prelazias é de fundamental importância porque vai concretizando as Diretrizes para o quadriênio no Regional, e também os encaminhamentos das assembleias”, insistiu a Secretária Executiva. Segundo ela, “os coordenadores têm essa grande missão de manter a unidade junto com o Bispo diocesano e com as lideranças. Por isso, o objetivo desse encontro é estudarmos, mas também ver as prioridades e fazer esse caminho em conjunto”. Joelma Rolim destaca do encontro “essa partilha entre as Dioceses e Prelazias, essa troca de experiências. O que está acontecendo no local serve como uma experiência para a gente trabalhar junto, estar caminhando junto”. Segundo a representante da Prelazia de Itacoatiara, “a experiência conta para a gente, porque na nossa Prelazia a gente tem um conselho de pastoral e a gente tem os encontros para planejar nossas atividades pastorais. Nesse planejamento, a gente já vê um todo para que todas as pastorais possam ser contempladas durante o ano nas nossas atividades dentro daquilo que já foi planejado na assembleia da Prelazia”. “Os desafios que nós temos na coordenação de pastoral de uma Diocese na nossa região amazônica, primeiro as questões geográficas e que precisa de ter toda uma logística para que a gente possa realmente atender”, afirma o Padre Jânio Negreiros. Ele também fala sobre a dificuldade de “mão de obra, pessoas que vem realmente a atuarem para somarem junto, num trabalho pastoral conjunto, para se envolverem, se engajar, se comprometer com o trabalho é uma limitação, se comprometer com aquilo que é prático da evangelização. Coordenar a Pastoral dentro dessa realidade, realmente precisa de poder convidar as pessoas, as muitas mãos, a poder trabalhar nessa fraternidade da missão que compete a cada um de nós”. O Coordenador de Pastoral da Diocese de Parintins insiste em que “para nós, fortalecendo um pouco mais essa unidade das partilhas das Dioceses e Prelazias, trazer os nossos desafios mas também enriquecer com os pontos que já deram certo em outras localidades e que podem ser também uteis para o trabalho nas nossas Dioceses e Prelazias, que são também de situações, de realidades bem parecidas”. Segundo o Padre Jânio, “essa partilha de experiências enriquece muito o nosso trabalho para atuar na vida das Dioceses e Prelazias dentro do nosso Regional”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1