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Conceição Silva: “Gritar no deserto significa pregar a Palavra onde ela é proibida”

No Segundo Domingo do Advento, Conceição Silva reflete sobre a passagem do Evangelho de Mateus que faz parte da Liturgia da Palavra desse dia, uma leitura que “nos mostra que João foi o escolhido naquele tempo para anunciar a vinda de Cristo nosso Salvador, assim como nós”. Segundo a membro das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus, nós “também somos escolhidos para levar a Palavra de Deus até os mais distantes e excluídos da sociedade”. Conceição lembra que “o Evangelho ressalta que não devemos nos calar, ou ter medo, pois o Espírito Santo está conosco, e ainda nos fala que gritar no deserto significa pregar a Palavra onde ela é proibida, onde é perigoso, onde vamos ser humilhados e passar por provações, mas é no deserto que somos aperfeiçoados por Deus”. “Esse deserto pode ser na sua casa, no seu trabalho, na sua escola, na sua comunidade, enfim na sociedade”, insiste. Ela coloca que “quando João Batista batizava as pessoas elas eram limpas e purificadas do pecado, pediam perdão e mudavam de vida”. Diante disso, afirma que “hoje nós também devemos nos confessarmos e mudarmos de vida, pois, fomos resgatados pelo sangue de Jesus, para sermos puros e alcançarmos a santidade”. Segundo Conceição Silva, “precisamos morrer para o pecado, e nascer de novo, para continuar lutando pela vida de cada irmão e cada irmã excluída(o) da nossa sociedade, viver para Deus e para os irmãos e irmãs é nossa meta”. Analisando o Evangelho, ela diz que “também nos mostra que João era perseguido, julgado, assim também como ocorre nos dias de hoje, pois nós somos mensageiros da luz, e a luz incomoda quem está na escuridão”. Diante disso, afirma que “não devemos temer o mal, podemos até ser perseguidos, mas sempre teremos Jesus ao nosso lado para nos fortalecer com o seu Espírito Santo”. Igualmente coloca que “notamos também que João compara seus perseguidores com víboras, cobras que picam e nos causam dor, mais é através da oração, do jejum e de nossas práticas que venceremos o mundo, retribuindo o ódio com amor e oração”. Analisando a realidade atual, Conceição Silva mostra que “estamos passando por tempos sombrios, difíceis, com uma realidade de ódio, de medo, de desamor, e a nossa  reflexão de hoje nos mostra que cada um de nós cristãos e cristãs somos capacitados para levar a Palavra de Deus à quem mais precisa, aos moradores de rua, aos ribeirinhos, quilombolas, indígenas, enfim a todos que se encontram à margem da sociedade, e tenhamos sempre a certeza que Cristo estará conosco, seja na oração ou com seu Espírito Santo, nos consolando, resgatando e nos motivando para fazermos a ponte, e assim resgatarmos a vida, que está sempre em primeiro lugar”. Finalmente, ela coloca duas perguntas: Como nós cristãos e cristãs estamos nos preparando para esse Tempo do Advento? Qual o chamado que estou respondendo: da luz ou das trevas”. Daí pede “que Jesus seja sempre a nossa luz e que Maria nossa Mãe nos cubra com seu divino manto, para alcançarmos as graças de sua infinita misericórdia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Regional Norte1 realiza formação para a CF 2023: “Fraternidade e Fome”

A Campanha da Fraternidade, “o jeito brasileiro de viver a Quaresma”, segundo o Padre Patricky Samuel Batista, tem como tema em 2023 “Fraternidade e Fome”. O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organizou de 2 a 4 de dezembro um encontro de formação para conhecer melhor essa temática. Uma Campanha que busca “vivenciarmos a Quaresma na dimensão sociotransformadora, sociopolítica da fé, uma fé que tem que ser encarnada no chão”, afirmou Dom Adolfo Zon na acolhida dos aproximadamente 40 representantes de todas as dioceses e prelazias e das pastorais em nível regional. Um encontro que conta com a assessoria do Padre Patricky Samuel Batista, a Ir. Gervis Monteiro e Dom Adolfo Zon. Ao longo dos três dias está sendo aprofundado o conteúdo da Campanha seguindo o método ver-julgar-agir, presente no Texto Base. O ponto de partida foi a partilha de como foi a preparação e vivência da Campanha da Fraternidade 2022 nas dioceses e prelazias, que teve como tema “Fraternidade e Educação”. Ao longo do encontro, os participantes, a quem a Ir. Rose Bertoldo, Secretária Executiva do Regional, chamou a se sentir em casa, conheceram os objetivos da Campanha e foram refletindo a partir da realidade local. Uma temática que precisa ser iluminada à luz da Palavra, buscando chegar em ações concretas e estratégias de articulação da Campanha nas igrejas locais. Dom Adolfo Zon destacou que o encontro “é um momento muito importante porque aqui se faz a apresentação da Texto Base, é apresentado o Objetivo Geral da Campanha, o que se quer atingir durante a Quaresma, e sobretudo ver quais ações podemos realizar das pastorais, dos movimentos populares para atingir os objetivos específicos”. O Bispo referencial das Pastorais Sociais no Regional Norte1insistiu na importância de abordar essa temática no momento atual. “O Brasil depois da pandemia sofreu uma debilidade no combate à fome”. É por isso que “a Campanha vem para nos fazermos acordar, para nos colocarmos todos num mutirão e resgatar todas aquelas políticas, também aquela Campanha da CNBB de superar a fome no início do século, resgatar tudo isso para a través de uma mobilização do povo ir criando condições para diminuir os efeitos desta falta de alimentos”, lembrou o Bispo da Diocese de Alto Solimões. “Quando os bispos escolheram o tema da fome foi uma continuidade da Campanha da Fraternidade de 2020, que se transformou na ação solidaria emergencial ‘É tempo de cuidar’”, disse o Padre Patricky. O coordenador de Campanhas da CNBB insistiu em que “tendo em vista o agravamento da situação de insegurança alimentar, também devido à pandemia da Covid-19 e às diversas opções que o governo fez de desmanche dos conselhos que favorecem uma alimentação de qualidade, os bispos então escolheram o tema da fome”. Uma temática que é abordada pela terceira vez, depois de 1975 e 1985, e que “agora vem ainda mais agravado por esse contexto da pandemia”. O Padre Patricky destacou que “o tema traz diversas provocações, por exemplo o Brasil é conhecido no cenário internacional como celeiro do mundo”, se questionando: “Como é que ele permite que muitos dos seus filhos e filhas estejam nessa situação de fome, de vulnerabilidade social?”. Diante dessa realidade, “em linhas gerais, isso que os bispos esperam com a Campanha da Fraternidade, sensibilizar a sociedade para que a gente encontre caminhos de superação desses contrastes que existem em nosso país, para atender sobretudo os nossos irmãos e irmãs que estão nessa situação”, destacou. Segundo o coordenador de Campanhas da CNBB, “a Campanha da Fraternidade é uma plataforma muito importante de diálogo com a sociedade. Prova disso a Campanha de 2017 que já falava da importância de nos envolvermos diretamente na construção de políticas públicas para que a gente possa cuidar sobretudo dos mais pobres”. Ele disse que “um dos caminhos que a Campanha apresenta é justamente essa parceria para que nós possamos ajudar a superar esse cenário, de sensibilizar a sociedade”. “Daí alguns temas transversais que aparecem, como por exemplo a questão do desperdício de alimentos, políticas públicas que favoreçam também a agricultura familiar, e não simplesmente políticas públicas que favorecem o agronegócio e as comodities, mas que possam ser pensados realmente alguns programas”, afirmou o Padre Patricky, que como exemplo diz esperar “recuperar o PNE, Programa Nacional de Educação, que tem uma parceria com a agricultura familiar local”. Uma Campanha que segue uma dinâmica desde 2020: cuidar, dialogar, educar, alimentar. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Na Copa e na vida, o bem coletivo sempre deve primar

Em tempo de Copa, o futebol e as atitudes daqueles que participam do jogo deve nos levar a refletir sobre o que acontece na vida da gente, na sociedade da qual fazemos parte. Se fez viral a atitude de uma das estrelas da seleção brasileira, mais pelo bombo da imprensa do que pelo futebol que joga, que não quis abraçar um colega quando machucado ficou fora dos seguintes jogos. Uma atitude que nos leva pensar em como existem pessoas que diante da derrota o do fato de sair do foco, se desentendem daquilo que é bom para o time. Muitas pessoas ficam se questionando diante do fato de ter caído fora por parte da primeira autoridade do país até 31 de dezembro de 2022. Diante das responsabilidades que nos são confiadas, seja representar um país na copa do mundo, seja governá-lo, seja qual for, temos que nos questionar se estamos ao serviço do coletivo ou de nós mesmos. O bem coletivo sempre deve primar, sempre deve ser colocado acima, independente de sermos protagonistas ou ficar fora do campo ou do foco. Os jogadores, os governantes, passam, mas a seleção e a própria nação permanecem. Na medida em que os egos tomam conta da realidade, o coletivo perde. Somos desafiados, cada um e cada uma de nós, a nos perguntarmos o porquê dessas atitudes que nos levam a colocar o próprio interesse acima do interesse comum. Ninguém pode se achar dono da bola, da camisa, do país, estamos ao serviço de interesses maiores, que superam as individualidades. Na medida em que somos conscientes disso a vitória e algo que seja melhor para todos e todas se torna uma realidade visível. Sermos conscientes disso nos humaniza, nos ajuda a crescer e superar atitudes infantis que fazem parte da vida de muitos que se dizem adultos. É tempo para enfrentar juntos os desafios, de deixar de lado atitudes que nos fazem pequenos, que nos tornam personagens insignificantes na história. Na medida em que assumimos que a coletividade está acima das individualidades descobrimos que juntos somos mais e que isso nos faz mais gente. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

O Papa Francisco aos impulsores da Etapa Continental do Sínodo: “Sempre caminhem juntos, em unidade, não em ruptura”

O Papa Francisco sempre insistiu na sinodalidade como o caminho para ser Igreja. Daí seu impulso e envolvimento pessoal no processo sinodal atual, que visa ajudar a Igreja a descobrir a necessidade de promover este caminho em todos os níveis. Após a fase diocesana, trabalho recolhido pela Secretaria do Sínodo no Documento para a Fase Continental, a própria Secretaria convocou uma reunião em 28 e 29 de novembro com a participação dos presidentes das conferências continentais dos bispos e dos coordenadores das equipes da Fase Continental do Sínodo. O ponto alto da reunião pode ser considerado o encontro com o Papa Francisco que ocorreu na tarde de segunda-feira, 28 de novembro, que durou quase duas horas. Anteriormente, os participantes do encontro, após um momento de oração, foram informados dos detalhes da Etapa Continental, ouvindo como esta fase foi estruturada em cada um dos continentes. No caso da América Latina e do Caribe, o presidente do Conselho Episcopal da América Latina e do Caribe (Celam), como seus pares fizeram, relatou os passos dados até agora, desde a fase diocesana, querendo assegurar “a conexão do processo da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe com este caminho sinodal“.  A Etapa Continental será realizada em quatro encontros presenciais em cada uma das quatro regiões do continente. Dom Miguel Cabrejos anunciou as datas e os lugares destes encontros regionais, nos quais participarão entre 400 e 500 pessoas, escolhidas por cada conferência episcopal, dos quais 55% serão leigos, incluindo representantes das periferias e outras denominações cristãs, religiões e não-crentes, e 45% bispos, sacerdotes, diáconos permanentes, religiosos e religiosas. Estas reuniões seguirão a metodologia da conversa espiritual, e as reflexões serão discutidas em uma reunião continental com dois representantes de cada região e a equipe do Celam para a elaboração da Síntese Continental. Finalmente, os bispos, em um exercício de diálogo e aprofundamento, aprovarão a síntese continental. Dom Cabrejos insistiu na continuidade com a Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, que ele definiu como “um verdadeiro laboratório de sinodalidade”. Os participantes da reunião com a Secretaria do Sínodo realizaram um discernimento comunitário sobre o método de conversa espiritual, e foram apresentados com uma síntese do Documento para a Etapa Continental, que deu lugar a um diálogo sobre a oportunidade que este Sínodo representa e seus desafios. Foi também um tempo para os continentes contribuírem com sua experiência aos outros continentes, o que permitiu, de maneira rica e intensa, ver como a etapa continental está organizada em cada um dos continentes e a possibilidade de ser enriquecida por cada um deles. No encontro com o Papa Francisco, que ele descreveu como “uma experiência maravilhosa e extraordinária“, Dom Miguel Cabrejos, agradecendo a Deus pelo “dom da fé na Igreja em peregrinação na América Latina e no Caribe”, disse ao Santo Padre que “além de nossas particularidades, que nos enriquecem mutuamente, vivemos em uma unidade que tem sido fruto da presença do Espírito e do legado daqueles que proclamaram Cristo nestas terras”. Nas palavras do presidente do Celam, “o Senhor nos deu a possibilidade de falar línguas comuns e quis que isso servisse de ponte entre as diferentes culturas e expressões eclesiais para caminharmos juntos ao longo de nossa história recente”. Dali ele agradeceu “este tempo sinodal que fortalece o legado das Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano e da Primeira Assembleia Eclesial“, e também “pelos povos originários presentes nestas terras que nos transmitiram e continuam sendo guardiães de um poliedro cultural capaz de continuar iluminando nossos passos no respeito humano e no cuidado com nossa casa comum”, assim como pela figura de Maria de Guadalupe, “a grande evangelizadora com seu rosto indígena e sua presença protetora”.   Do encontro com o Papa Francisco, Dom Cabrejos destacou a espontaneidade e a proximidade do Santo Padre, assim como a grande liberdade, proximidade e confiança com que os participantes falaram em um momento que ele definiu como “um diálogo de um pai com seus filhos ou de seus filhos com seu pai“. O presidente do Conselho Episcopal da América Latina e Caribe destacou uma frase de São Basílio, citada pelo Papa, referindo-se ao Espírito Santo: “O Espírito Santo é harmonia e nós precisamos do Espírito de Deus em todo este caminho de sinodalidade”. Ele também enfatizou a ênfase do Papa Francisco no discernimento, que vai além de um método ou uma questão mecânica. Junto com isto, a importância da oração e a referência à migração, fenômeno que vai além da guerra ou da fome, já que praticamente todo o mundo é migrante, e o Papa pediu que as leis e as conferências episcopais considerem como podem ajudar face a este grande problema. Também a situação de guerra, não apenas na Ucrânia, mas no mundo, e a necessidade do Espírito de Deus nestes tempos, porque Ele é harmonia. Em relação a este encontro, “cordial, próximo, rico em ideias e experiências”, Dom Luis Marín de San Martín destacou o fato de que “o Santo Padre chegou caminhando sobre seus próprios pés, o encontramos bastante recuperado fisicamente e com sua habitual lucidez e agudeza”. A reunião começou com uma introdução do Cardeal Hollerich, na qual o Relator Geral do Sínodo insistiu na necessidade de evitar a politização e polarização no processo sinodal, e que deu lugar à intervenção dos representantes dos 7 grupos continentais, que comentaram “como o processo sinodal está sendo vivido em cada continente a partir de sua própria sensibilidade e riqueza”. Na ampla discussão com o Santo Padre, o Subsecretário do Sínodo enfatizou que muitos temas surgiram. Entre eles estava que “o processo sinodal é um processo no Espírito Santo, se não há Espírito Santo não há Sínodo“, enfatizando “a centralidade da dimensão espiritual deste processo”. Um segundo elemento é “a atitude de disponibilidade e de assumir a própria vulnerabilidade”, porque “quem se abre a Cristo, assume ser vulnerável, como Cristo assume em sua encarnação para se tornar vulnerável, não pela arrogância, pela segurança, pelo controle de tudo, pelo poder”. O Sínodo está ocorrendo em uma situação…
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Advento: Tempo de Esperança, ou Desejo de Deus?

“É por isso que ao entrar neste mundo, Cristo diz: ‘não quiseste sacrifícios e oferendas, mas formaste-me um corpo. Holocaustos e oblações pelo pecado não te foram agradáveis’. Então eu disse: Eis-me aqui para fazer a tua vontade“. Realizar o Desejo de Deus, foi para Jesus um Projeto de Vida. Ele que traz em seu nome identidade e missão. Jesus em hebraico significa aquele que salva. A vinda do Filho de Deus à terra, é um acontecimento tão grandioso, que Deus quis prepará-lo durante séculos. Ele foi anunciado pela boca dos profetas que se sucedem em Israel. Chega a despertar no coração dos pagãos a obscura expectativa de sua vinda! Por isso eu pergunto: Advento, é tempo de esperança ou é Desejo de Deus? De qualquer forma, prepare o seu coração neste tempo de espera, para o Menino que há de vir. “Exulte o coração dos que procuram o Senhor” (Sl 105,3). Maria nos ensina a procurar Jesus. Com seu Sim, a Mãe de Deus e nossa Mãe, nos ensina a obediência na fé: “faça-se em mim, segundo a tua Palavra” (Lc 1, 38). Amados irmãos e irmãs, o tempo do Advento nos fala das maravilhas e da ternura de Deus; vivamos este tempo com profunda gratidão e na busca constante da nossa própria conversão. O tempo do Advento tem a duração de quatro semanas. Este ano, vai de 27 de novembro a 24 de dezembro de 2022. Os quatro domingos do tempo do Advento irão nos ajudar a bem viver este tempo da Esperança, do Desejo de Deus. É um tempo de espera e de esperança para a chegada de Cristo. As duas primeiras semanas do Advento visam a preparação para a chegada de Jesus Cristo, e as duas últimas semanas do Advento propõem-se a fazer a preparação para a celebração do Natal. A coroa do Advento é um símbolo do Natal utilizado nas igrejas durante o tempo do Advento. Consiste em um ramo verde disposto em forma circular, onde são colocadas quatro velas nas seguintes cores: verde, vermelha, roxa e branca. A cada domingo uma vela é acesa, até que todas estejam acesas no último domingo do Advento. As velas são acesas na ordem abaixo e têm os seguintes significados: 1º Domingo do Advento: vela verde, significa a esperança que a vinda de Jesus nos traz. 2º Domingo do Advento: vela vermelha, significa o amor de Deus por nós. 3º Domingo do Advento: vela roxa, significa a reflexão que este tempo requer das pessoas, mas com alegria pela vinda de Jesus. 4º Domingo do Advento: vela branca, significa Jesus, que é a luz que ilumina o mundo, tirando-o da escuridão. Neste tempo vivamos a ternura de Deus, a obediência na fé, na pessoa de Maria. Jesus, verbo que se torna carne e vem habitar entre nós, une o Desejo de Deus ao Sim de Maria. E nos diz: “Eu vim para fazer a tua vontade“. Feliz Advento! Dom Altevir, CSSp – Bispo de da Prelazia de Tefé-AM

Dom Leonardo: “Caminhar até Belém e mais uma vez fazer a experiência de ver Deus entre nós na nossa fragilidade”

Como um tempo bonito y significativo definiu Dom Leonardo Steiner o Advento que começou neste domingo. Um tempo em que “a nossa Igreja toda deseja caminhar até Belém e mais uma vez fazer a experiência de ver Deus entre nós na nossa fragilidade”. O Arcebispo de Manaus definiu o Advento como “o tempo da criança de Belém”, e junto com isso como “caminho da admiração pelas manifestações de Deus em nossa humanidade”. Segundo o cardeal Steiner, “o Filho do Homem está por vir, Ele é um Advento”, fazendo um chamado, seguindo o Evangelho, a estarmos preparados, pois “o Senhor veio e se tornou uma presença inefável na nossa humanidade, fragilidade, e nós estamos a caminho para admirar esta presença de Deus no meio nosso”. Isso é celebrado na Liturgia, que “visibiliza a visitação de Deus, e para que Ele possa se tornar audível e visível, nós entramos em compasso de preparação, de vigília”. Dom Leonardo mostrou a importância de estar preparados, permanecer vigiantes, “pois pode acontecer que Ele venha, nasça e nós não nos demos conta que celebramos o Natal do Senhor”. Nesse sentido o Evangelho chama à atenção, à preparação para vermos, afirmou o cardeal, chamado a não correr o risco de perder o essencial, o nascer de Deus, em consequência dos nossos interesses pessoais ou coisas insignificantes que nos rodeiam. Um chamado a vigiar, preparar, que “é esperar, não se deixar dominar pelo desânimo, pelas frustrações”, mas viver na esperança da vinda do Senhor, insistiu o Arcebispo de Manaus, fazendo um chamado a preparar-se com alegria. O cardeal destacou a oração como caminho de preparação, “rezar é acender uma luz na noite. A oração desperta da frieza de uma vida superficial”. Segundo Dom Leonardo, “na oração deixamos que Deus se aproxime de nós. Ele deseja estar sempre perto, assim nos liberta da solidão, nos devolve a esperança, a cordialidade. A oração oxigena nossa vida”. Uma oração que deve ser de agradecimento, de silêncio diante de deus, reverente, auscultativa, de adoração. Diante da pergunta por como estarmos preparados, vigilantes, o cardeal responde que com a vigília do amor e da caridade. Segundo Dom Leonardo, “o amor é sempre vigilante, atento, vive procurando o serviço. A caridade é o coração pulsante do discípulo, da discípula de Jesus”. Daí afirmou que “não se pode ser cristão sem o amor, sem a caridade. Caridade como um sair ao encontro do outro, caridade como serviço”. Lembrando as palavras do Papa Francisco, Dom Leonardo disse que “é com as obras de misericórdia que nos aproximamos de Jesus”. Como franciscano que ele é, Dom Leonardo refletiu sobre o presépio, algo que fez pela primeira vez São Francisco, que “diante da criança de Belém, se extasiava”, compreendendo assim que Deus entrou na nossa história, se fez um de nós, algo que não é coisa do passado, pois “é sempre um presente, é sempre um Advento”. E seguindo o pensamento do Santo de Assis, convidou a colocar-se no Advento a caminho de Belém, e assim evitar o que aconteceu com Israel que depois de séculos de espera, não viram Deus: “Quanta rogação, quanta imploração e não viram Deus!”. Um Deus que sempre quer vir, considerando extraordinário o fato de “um Deus que se propõe e não se impõe. Ele se oferece, não nos obriga, ele se revela, não se esconde”. Um Deus que neste tempo de Advento somos chamados a pedir sua vinda, a dizer “Vem, Senhor Jesus”, uma oração que “nos coloca a caminho, alimenta nosso desejo de encontro, alimenta nosso desejo de admiração”, enfatizou o cardeal. Nas leituras do dia, ele destacou na passagem de Isaias o chamado a ir à casa de Deus, que é o presépio, a se deixar guiar no caminho de Belém para trazer a presença inefável de Deus. Na Carta aos Romanos destacou que nos faz ver que “tempo de Advento é tempo da despertação, tempo da acordação” e o fato de que “fomos aprendendo a proximidade de Deus, a sua misericórdia, o seu acolhimento, a sua consolação, a sua salvação, fomos aprendendo a necessidade de nos despojarmos das ações das trevas, nos deixarmos revestir da luz de Belém, estarmos revestidos da transparência encantadora de Deus na nossa humanidade”. Finalmente, o Arcebispo de Manaus insistiu em que “a Liturgia não é uma repetição, recordação sim, recordação do sempre novo, do estar a caminho, de entrar na Casa do Senhor e nos deixarmos encontrar pela criança de Belém”. Por isso, pedia “que o Advento nos desperte, despertemos, que não aconteça no nosso descuido dele nascer e nós não o vermos. Não acontecer o Natal passar e não termos visto o amor de Deus”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Ir. Cidinha Fernandes: “Precisamos ser pessoas anunciadoras de vida, esperança de um novo tempo”

A Liturgia da Palavra desta última semana foi um convite a olharmos para a finitude dos tempos, nos lembra a Ir. Cidinha Fernandes em seu comentário para o Primeiro Domingo do Advento. “Como pessoas humanas, muitas vezes temos dificuldade em lidar com o fim de um tempo, de uma era, de uma fase da nossa vida, com a morte. Queremos tornar eterno o que não foi feito para durar. E quando nos deparamos com o banzeiro, as tempestades, os vulcões provocados pelas mudanças, as perdas, muitas vezes choramos, nos desesperamos, e até brigamos com Deus. Tudo isto é muito humano e precisamos acolher como parte de nós”, afirma a religiosa. Segundo a missionária na Diocese de São Gabriel da Cachoeira, “o que não podemos é parar nisto, precisamos seguir em frente, dar novos passos. Como está na leitura do profeta Isaías precisamos olhar para o ponto mais alto, subir aos montes do Senhor, a casa de Deus para que Ele nos mostre o Caminho e nos ensine a cumprir seus preceitos”.  A Ir. Cidinha destaca que “ao experienciarmos Deus podemos contemplar uma mudança: as espadas em arados, as lanças em foices, a ausência das armas, das guerras e das batalhas”. Por isso recebemos um convite: “Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor!” Em relação com a segunda leitura, “a carta de São Paulo aos Romanos nos alerta para o tempo que estamos, a necessidade de despertar, pois a salvação está mais perto de nós, o dia vem chegando, vistamos as armas da luz, sejamos pessoas da luz, vencendo nossos instintos que nos levam para a bebedeira, a comilança exagerada, as orgias e imoralidades, brigas e rivalidades para sermos pessoas revestidas do Senhor Jesus, o que quer dizer, sermos seus discípulos”, destacou a religiosa. Na passagem do Evangelho de Mateus, “Jesus fala sobre a vinda do Filho do Homem, antes dele as pessoas viviam o seu cotidiano, sem se atentar para sua presença. O convite é para estarmos atentos porque não sabemos o dia em que o Senhor virá. Ele usa uma metáfora, se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Daí nos vem um alerta, ficai preparados!” Em relação ao Primeiro Domingo do Advento, ele “nos convoca a estarmos em oração e vigilância, isso tanto em nossas vidas pessoais, na comunidade e no mundo. Precisamos ser pessoas anunciadoras de vida, esperança de um novo tempo”, afirma a Ir. Cidinha. Daí a religiosa pede “que possamos abrir o nosso corpo, o coração para o novo que se anuncia. Deixemo-nos nos encantar pela vida, sejamos vigilantes para que as trevas, a desesperança, o medo, a intolerância, a dor não nos tire a possibilidade de crer e lutar por um mundo em que Jesus seja o centro de nossas vidas”.  Junto com isso, ela pede “que a luz da primeira vela se acenda dentro de nós para esperar em vigilância o novo que vem com o nascimento do Menino Jesus que aguardamos. Sejamos pessoas iluminadas!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

“Igreja Sinodal: Vocacionada pela Palavra a Construir Comunidades Eclesiais Missionárias”: VII Assembleia Diocesana de Coari

A Diocese de Coari realiza a VII Assembleia Diocesana de Pastoral de 25 a 27 de novembro com a presença de 165 representantes das paroquias, comunidades, movimentos e pastorais. O tema da Assembleia, que acontece na Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro de Coari, é “Igreja Sinodal: Vocacionada pela Palavra a Construir Comunidades Eclesiais Missionárias”. A Diocese de Coari realizou sua primeira Assembleia de Pastoral em 1975, uma Igreja que caminha junto, sinodal, como comunidade, insistiu Dom Marcos Piatek. No III Ano Vocacional, o Bispo da Diocese de Coari destacou que todos somos vocacionados para a vida, para a existência, para a fé a partir do Batismo. Uma Igreja que se alimenta com a Palavra e existe para evangelizar. Dom Marcos vê a Assembleia como três dias para realizar, refletir, avaliar e planejar a missão evangelizadora da Diocese de Coari. Uma caminhada missionária que tem como fundamento e luz a fé. Uma evangelização que se torna ainda mais necessária, segundo o Bispo, diante da globalização da indiferença, que leva a fechar os olhos diante de tantas realidades presentes na sociedade. Diante disso, ele ressaltou que o discípulo tem que ler os sinais dos tempos. Como metodologia para a Assembleia, que disse ter que se inspirar no Livro do Apocalipse, se faz necessário reconhecer as limitações, mas sem desanimar-se, e reconhecer a fé e esperança para chegar na vida plena. Para isso, chamou a colocar a Assembleia Diocesana nas mãos do Espírito Santo e de Maria. A Diocese de Coari é uma Igreja que vive a sinodalidade há muito tempo, uma Igreja que caminha junto no desafio de evangelizar as diferentes realidades e comunidades que fazem parte da Diocese, uma Igreja pé no chão que tem compromisso com a vida, sobretudo com quem tem menos condição, com quem não tem voz, nem vez. Uma Assembleia que quer reforçar a corresponsabilidade e fazer com que os participantes e a Diocese como um todo possa sair da VII Assembleia Diocesana mais entusiasmados, motivados, renovados e apaixonados para caminhar juntos. A Assembleia está sendo momento para que as paróquias, pastorais e movimentos da Diocese partilhassem sua caminhada, mas também para refletir sobre a conjuntura sociopolítica e eclesial. Os participantes da Assembleia irão estudar documentos da Igreja da Amazônia e do Brasil. O “Documento de Santarém 50 Anos: Gratidão e Profecia”, o Documento “E a Palavra habitou entre nós”, e o Texto Base do III Ano Vocacional. Ao longo da Assembleia, que será encerrada com uma celebração eucarística onde será feita a memória dos 100 anos do nascimento do primeiro Bispo da Diocese de Coari, Dom Mário Anglim, e dois seminaristas receberão o Acolitado, serão programadas as atividades para o ano 2023. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação Regional Norte1

PJ a caminho do II Encontro de Espiritualidade Libertadora Amazônica em Parintins

A Pastoral da Juventude Regional Norte1 se reúne em Parintins de 25 a 27 de novembro de 2022 para realizar o II Encontro de Espiritualidade Libertadora Amazônica. Um grande puxirum com juventudes que chegam de longe para participar da Festa do bem viver. Boa parte dos participantes viajaram desde Manaus de barco, um momento que quer ser oportunidade já a partir da viagem, para “poder viver essa experiência de espiritualidade, começar a pedir permissão dos seres da floresta para que a gente possa encarnar essa nossa espiritualidade amazônica”, segundo Raely Cardoso, Secretária da PJ Regional Norte1. Em relação com a temática do encontro, o Padre José Roberto da Silva Araújo afirmou que “falar de espiritualidade libertadora da Amazônia é a gente poder perceber a maneira que nosso povo daqui vive e busca resistir”. Segundo o assessor da Pastoral da Juventude Regional Norte1, “é isso que nós com certeza vamos partilhar, como é que a gente vê, como é que a gente pode fortalecer mais ainda, de maneira mais específica a juventude amazônica”. Segundo o religioso da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada, “o Encontro Regional Norte1 vai nos ajudar e a gente vai poder partilhar toda essa riqueza que contêm essa nossa região. A juventude vai caminhar junto em busca desse Reino que a gente chama de utopia e também de civilização do amor”. Em representação da Assessoria Nacional e do Conselho Nacional da Pastoral da Juventude, chegou desde Minas Gerais (Regional Leste2), a jovem Jociara mostrou sua alegria por poder participar deste encontro da Pastoral da Juventude Regional Norte1. Ela destaca a importância da mística amazônica. Segundo a jovem, “na viagem a gente começa experimentar a espiritualidade deste chão sagrado, desse rio, desse povo dessa região”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Será que Deus está me chamando a que?

Você já se perguntou alguma vez qual é o chamado de Deus para sua vida? A pergunta por Deus está presente em boa parte da humanidade, provavelmente também em você, mesmo que “escondida”. Que Ele chama é claro, que a gente escuta, nem tanto. É por isso que é bom parar e se perguntar pela sua vocação, pelo seu chamado. Sempre temos essa oportunidade, mas para quem é católico, católica, especialmente para quem está vivendo sua juventude, que é um tempo em que as pessoas tentam responder ao chamado de Deus, a Igreja católica do Brasil nos fez a proposta do III Ano Vocacional, que tem como tema “Vocação, Graça e Missão”, iniciado no último domingo, 20 de novembro de 2022 e que será encerrado em 26 de novembro de 2023, depois de um ano de muitas atividades, sobretudo nas bases. Diante do chamado de Deus, especialmente quando a pessoa é jovem, as reações são diversas, o medo toma conta e muitas vezes dificulta a resposta. Na medida em que essa resposta nasce da fé, da confiança em Deus que chama para nos ajudar a encontrar o caminho da felicidade, a pessoa vai superando os medos e deixa de lado tudo aquilo que dificulta sua resposta. Uma escolha que na medida em que é acompanhada se torna mais fácil. Daí a importância de a Igreja acompanhar os processos vocacionais e ajudar, sobretudo aos jovens, a superar os medos e poder realizar a escolha certa. O acompanhamento se torna um elemento decisivo, pois faz com que as escolhas sejam definidas por um sentimento de confiança e não de temor diante daquilo que é desconhecido. Na região amazônica, diante da grande diversidade cultural, esse acompanhamento se torna ainda mais necessário. Pensando nas vocações indígenas, cada vez mais numerosas, nas vocações que surgem nas comunidades ribeirinhas ou nas comunidades da periferia das cidades, a Igreja deve procurar estratégias que ajudem a definir esse chamado e orientar aos jovens diante daquilo que eles vão percebendo que Deus está querendo deles. Para muitos jovens entrar em um processo vocacional representa grandes mudanças em sua vida, sair para espaços e dinâmicas desconhecidas, que muitas vezes dificultam em grande medida que esse caminho possa tomar o rumo certo. O medo diante do desconhecido fala mais alto do que o chamado de Deus. São muitas as vocações que a Igreja perde por falta desse acompanhamento, por falta de uma presença próxima que tende a mão quando as incertezas tomam conta da vida daqueles que estão definindo seu caminho vocacional. Todos sabemos da importância de se sentir acompanhado em alguns momentos da nossa vida, sobretudo quando a gente ainda não tinha a segurança que os anos e a experiência vão nos aportando. Diante da pergunta que o jovem hoje se faz: Será que Deus está me chamando a que? ajudemos a responder e sustentar essa resposta para que essa graça possa ser cultivada e a missão da Igreja possa se enriquecer com novos operários e operárias. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar