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Dom Walmor Oliveira de Azevedo: “É tempo de reconstruir o Brasil, reconstruir a sociedade na justiça e na paz”

No início do ano 2022, ainda marcado no Brasil pela pandemia da Covid-19, que tem atingido tão gravemente a população do país, especialmente os mais pobres, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou uma mensagem onde afirmou que “a humanidade deve compreender que o chamado novo normal não pode significar uma volta ao passado”. “As atitudes egoístas, o consumo sem limite, o descaso com a casa comum e a indiferença em relação aos mais pobres têm provocado muitos adoecimentos”, insiste Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Por isso, “o novo ano precisa, pois, inspirar mudanças profundas”, que segundo ele, são transformações que “devem começar na interioridade de cada um de nós”. Diante dessa exigência, o arcebispo de Belo Horizonte faz ver que “os cristãos têm o desafio de apontar o caminho, sendo exemplares no seguimento de Cristo Jesus. Isso significa semear a fraternidade, a amizade social, a partir de gestos de solidariedade e defesa dos direitos e da justiça”. Segundo Dom Walmor, “os discípulos de Jesus, quando olham para cada pessoa reconhecem, aí está um irmão, uma irmã. Sentem, pois, compaixão, não se deixando dominar pela indiferença e pelo ódio”. Nessa perspectiva, destaca que “a meta para 2022 precisa se construir, reconstruir sempre mais a fraternidade, a amizade social, sobre os pilares da solidariedade e dos ensinamentos de Jesus Cristo nosso Senhor”. Seu presidente recorda que “já estamos no contexto do Ano Jubilar para celebrar os 70 anos da CNBB, 14 de outubro de 2021 a 14 de outubro de 2022”. Ele vê este momento como “oportunidade para reverenciar a trajetória de sete décadas de nossa Conferência Episcopal, homenageando a evangelizadores e pastores, que ajudaram a tecer essa bonita história, nos deixando uma profética herança”. Neste Ano Jubilar, segundo o arcebispo de Belo Horizonte, “avançaremos mais na tarefa de investir numa igreja sinodal, efetivamente de comunhão e participação fecundos da missão”. Ele insiste que “não será, pois, simplesmente um tempo de comemorações, contemplaremos a nossa história, atentos aos desafios vencidos pelos evangelizadores que nos precederam para revigorarmos, sempre cada vez mais, o compromisso de ajudar o Brasil a se tornar mais justo, solidário e fraterno”. Finalmente, Dom Walmor insiste em que “É tempo de reconstruir o Brasil, é tempo de reconstruir a sociedade na justiça e na paz”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Zenildo: “É tempo de ser presença e esperança”

AMIGO E AMIGA Felicidades! No inicio deste novo ano, uno-me a seu coração, com amizade e preces, para reavivar a chama na esperança, alimentada pela presença amorosa de Deus – Palavra, que se faz mistério de amor e nos preenche de esperança. A você, meus sinceros votos de Paz, de amor e de justiça. Muitos estabelecimentos irão avisar: “Fechados para balanço”. Ao lado desta decisão, cada cristão é chamado a tomar a decisão de abrir-se para a gratidão, para um bom retiro, para a oração, para a paz, pois vale lembrar que a vida vai ser nova, o ano vai ser novo, você vai ser presença se acontecer à mudança no interior de cada pessoa.  Quando muda nosso mundo interior, muda todo mundo exterior. Não haverá tempo novo, nova vida, Novo mundo, sem mudança em nossa realidade exterior. É tempo de ser presença e esperança – Isso vai acontecer na Prelazia de Borba a partir da Palavra de Deus, pois estamos vivendo o Ano da Palavra.  O apostolo Pedro é muito claro a esse respeito: “Pois deveis saber, antes de tudo, que nenhuma profecia da Escritura é objeto de explicação pessoal”(2Pd 1,20). A palavra de Deus deve ser lida com a fé da Igreja, que recebeu a garantia da presença do Espirito Santo para se manter na verdade. A primeira carta de João diz: ”Deus é amor”. Logo, esse ano novo, ano da Palavra em nossa prelazia, devemos ter um novo comportamento, uma nova relação de fraternidade, de compaixão e de profetismo… Pois, o fundamento de 2022 precisa ser o amor como baliza e alicerce.  Assim, nosso comportamento será humano e humanizado. Basta ver a orientação da doutrina social da Igreja que nos diz: “O comportamento da pessoa é plenamente humano quando nasce do amor, manifesta o amor e é ordenado ao amor. Esta verdade vale também no âmbito social: é necessário que os cristãos sejam testemunhas profundamente convictas e saibam mostrar, com a sua vida, como o amor é a única força que pode guiar à perfeição pessoal e social e mover a história rumo ao bem”. (Compêndio da Doutrina Social da Igreja n° 580). Por fim, Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe, abençoai a todos os brasileiros no ano de 2022. Interceda por nossa prelazia de Borba! Seja presença! Tenha esperança! Eis o que diz o papa Francisco para todos e todas: “Não deixem roubar a esperança! A esperança nos leva adiante”. Deus vos abençoe! Feliz Ano Novo! Fraterno abraço! Dom Zenildo.

2022: oportunidade e desafio para descobrir com urgência novos caminhos

Existem momentos em que a gente olha para trás, mas também para frente. O final do ano é um tempo de avaliação, mas também de procurar caminhos a seguir no tempo novo que se inicia, de perguntar sobre os avanços que a gente tem dado no ano que se encerra, pessoalmente, mas também como família, comunidade, sociedade. Tempo de avaliar os retrocessos, pois só assim a gente vai poder endireitar o rumo. Se a gente tivesse que definir 2021 com uma palavra, acho que a grande maioria destacaria a pandemia e as consequências que ela trouxe para a humanidade. É verdade que podemos encontrar lições positivas nela, mas tem sido um tempo de dor, de luto, de sofrimento, de morte. A solidariedade, a empatia, a preocupação pelos outros se apresentam como grandes desafios para o futuro da humanidade, especialmente no Brasil, onde tudo isso parece que está sendo esquecido por uma parcela importante da população. Acordar diante de uma realidade a cada dia mais cruel se apresenta como um grande desafio para 2022. A situação em que vivemos no Brasil, e a disputa política em 2022 devem levar o povo brasileiro a refletir profundamente sobre as escolhas a serem feitas como país. Fazer realidade uma sociedade onde o povo possa usufruir daquilo que lhe pertence é uma necessidade a ser resolvida urgentemente. A pandemia tem mostrado as consequências da falta de investimento naquilo que garante a vida do povo. Os cortes na saúde, na educação, nos direitos trabalhistas, têm provocado dor e sofrimento para milhões de pessoas, famílias. A vida de muitos brasileiros e brasileiras tem piorado no último ano, mas também é verdade que os mais ricos ficaram ainda mais ricos, às custas do aumento da pobreza entre os mais pobres. Numa sociedade anestesiada se faz mais do que urgente encontrar caminhos de futuro, que garantam vida em plenitude para todos e todas. Construir o presente e o futuro é missão de todos e para isso todo mundo é desafiado a se envolver, a não ficar impassível diante de situações que estão prejudicando gravemente a vida do povo. Olhar para o outro lado, uma atitude cada vez mais presente em boa parte do povo brasileiro, só ajuda a piorar uma situação muito complicada. A fé é um compromisso, uma fé desencarnada, que não quer se envolver na vida cotidiana, no sofrimento dos mais pobres, é algo que nos afasta de Deus. Não podemos esquecer que acreditamos num Deus que se encarna, que se faz gente, que se envolve na vida do povo, que tem lado, o lado dos excluídos, daqueles que a sociedade coloca do lado de fora. 2022 está chegando, e ele tem que ser um motivo a mais para refletir e encontrar caminhos de mudança, uma mudança radical, fundamentada num mundo melhor para todos e todas, fundamentada na construção do Reino de Deus, que deve marcar o caminho a seguir. Vivamos o novo ano como uma oportunidade que Deus nos dá, sejamos semente de esperança, especialmente para aqueles que não encontram motivos de felicidade em seu dia a dia. Feliz 2022! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom Marcos preside missa de desagravo em capela profanada em Beruri

Na noite desta segunda-feira, 27 de dezembro, Dom Marcos Piatek, bispo da diocese de Coari, presidiu missa de desagravo na Capela de São Pedro, uma das comunidades da paróquia da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré. A capela sofreu ato de vandalismo e profanação no dia 21 de dezembro, sendo destruídas as imagens e profanada a Eucaristia e os objetos sagrados, algo que a Diocese de Coari, em nota emitida, definiu como um episódio de intolerância religiosa, dado que nada foi furtado. Como foi relatado pelo pároco e documentado com fotos, a cabeça da imagem de São Pedro, padroeiro da comunidade, foi quebrada, assim como a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, da qual foram arrancadas a cabeça e as mãos. Além disso, as hóstias consagradas foram retiradas do sacrário e diversos objetos sagrados, que estavam na sacristia foram jogados do lado de fora da capela. Na nota emitida, Dom Marcos Piatek anunciou que seria realizada a missa de desagravo, na qual a comunidade católica da cidade de Beruri compareceu em grande quantidade de pessoas, ocupando a igreja e a praça. Segundo o bispo, a grande participação e uma mostra “da firmeza na fé e a comunhão transformadora na vida da igreja”. Na Missa, concelebraram com o bispo de Coari os padres Luís Carlos, Edinaldo Nascimento e o Pároco Delaci Araújo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Comunidade São Pedro, na Diocese de Coari, sofre ato de vandalismo e profanação

A comunidade São Pedro, da paróquia Nossa Senhora de Nazaré, na Diocese de Coari, sofreu na última terça-feira, 21 de dezembro de 2021, o vandalismo e a profanação da Eucaristia, dos objetos sagrados e das imagens presentes na capela. A pequena comunidade, situada no município de Beruri, tem sido alvo de um episódio de intolerância religiosa, dado que nada foi furtado. A cabeça da imagem de São Pedro, padroeiro da comunidade, foi quebrada, assim como a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, da qual foram arrancadas a cabeça e as mãos. Além disso, as hóstias consagradas foram retiradas do sacrário e diversos objetos sagrados, que estavam na sacristia foram jogados do lado de fora da capela. Em nota, o bispo diocesano, Dom Marcos Piatek, mostrou sua dor e consternação, “pelos gravíssimos atos de destruição e de intolerância religiosa”. Segundo o bispo, “os atos de vandalismo e o ódio contra os valores religiosos são sinais de cristianofóbia!”, insistindo em que “o mais grave é a profanação da Eucaristia”. Seguindo o recolhido na Constituição Brasileira, o bispo pede que os atos acontecidos sejam “veementemente condenados”, pedindo das autoridades “cuidar e proteger as nossas igrejas para evitar acontecimentos como este”. Junto com isso, Dom Marcos Piatek conclama as autoridades competentes “para apurar com extremo rigor os fatos acontecidos e punir exemplarmente os responsáveis”. Na nota, o bispo diocesano diz que realizará uma “Missa de Desagravo”, que deve acontecer no próximo dia 27 de dezembro na comunidade São Pedro da cidade de Beruri. Também pede que “nos próximos dias seja feita nas nossas paróquias da diocese, uma adoração ao Santíssimo Sacramento em desagravo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Onde Ele vai nascer? Com certeza do seu lado, é só o enxergar

Quase na data que o calendário marca como Dia do Natal, temos que nos perguntamos se estamos preparados para celebrar esse momento marcante na vida da humanidade. Quem tem fé, quem acredita que Deus se fez gente e escolheu caminhar conosco, é desafiado a reconhecer sua presença no meio de nós. Mas onde é que a gente busca esse Deus que se faz gente? Não podemos esquecer que Ele está no meio de nós e que é por isso que nós devemos procura-lo lá onde a gente vive seu dia a dia. Deus sempre vem ao nosso encontro, continua batendo na porta da gente, esperando ser acolhido e fazer parte da nossa vida, de modo cotidiano, e não só quando a gente precisa dele. A Encarnação de Deus, o Mistério do Natal, nos leva a estar sempre atentos para reconhece-lo no momento em que ele vem ao nosso encontro. O modo concreto, o rosto e as circunstâncias é Ele que escolhe, cabendo a nós reconhecer esse jeito de Deus que muitas vezes nos surpreende. Sempre é mais fácil acreditar num Deus à medida da gente do que fazer que nossa vida seja à medida de Deus. Deus continua se encarnando nas periferias, como sempre Ele fez, nesses lugares onde poucos querem chegar, nesses ambientes onde todo mundo tem cabida, onde todos e todas, também aqueles que não contam, têm seu espaço. Quando Ele não encontra lugar entre aqueles que se autodenominam “gente de bem”, Ele vai ao encontro dos descartados, sempre com maior facilidade para entender quem é que está no meio deles. O desafio é fazer uma leitura do Mistério de Deus desde nossa realidade, desde nossas circunstâncias. Só quando a gente sente a necessidade dos outros e do Outro, vai ficar atento para descobrir sua chegada e acolher sua presença que traz vida, alegria e esperança. Na história de Deus mudam os rostos, mas as circunstâncias se repetem. Isso faz dele alguém sempre atual, sempre presente na vida do povo. Onde vou procurar Deus neste Natal, neste ano de 2021, tão carregado de situações que tem provocado tantos sentimentos encontrados? Em quem vou querer enxergar a presença do Messias, do Salvador, que com certeza vai se fazer presente na vida de cada um de nós neste tempo? Será que Ele está no barraco de uma família migrante? Será que Ele está embaixo do cobertor de quem dorme no relento da rua? Será que está na casa de uma família que passa necessidade, algo cada vez mais presente no meio de nós? O importante é estar atento, porque na vida de cada um de nós Ele vai se fazer presente de um modo diferente para cada um e cada uma de nós, mas com certeza Ele vai estar aí. De nós depende reconhecer aquele que traz a justiça e a paz, a alegria que vem de Deus, a vida que plenifica. É tempo de Natal, mas será de verdade, além de uma data marcada no calendário, se a gente reconhece e acolhe aquele que vem para estar no meio de nós, para caminhar para sempre com a gente. Feliz Natal! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1, editorial Radio Rio Mar

Cáritas Brasileira inicia entrega de Kits higiene e prevenção à Covid-19 para povos amazônidas

O Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia atende comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas no estado do Amazonas O projeto Ajuri pela Vida na Amazônia iniciou a primeira entrega dos kits de higiene e prevenção à Covid-19 para as 4.500 famílias cadastradas que são diretamente beneficiadas pelas ações do projeto, totalizando 22.500 pessoas atendidas. Essas primeiras entregas iniciaram dia 06/12 e acontecerão até o fim de dezembro. Nesta segunda fase, o projeto chegará a mais de 100 comunidades no contexto de vulnerabilidade social de nove municípios amazônicos: Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Itacoatiara e Parintins.  Na comunidade da Agrovila do Caburi, em Parintins, Francisca Rocha Sanches, beneficiária do projeto, afirma que o Ajuri tem ajudado a transformar a realidade do local. “Eu achei a iniciativa muito importante para gente que está participando do projeto e para a comunidade, principalmente dos educadores virem até nós para dar as devidas orientações e palestras que são bem interativas para conscientizar sobre a importância de lavar as mãos e o uso da máscara em todos os lugares que a gente vai”, declara.  Os kits, que estão sendo distribuídos nas regiões de abrangência do projeto, contêm álcool em gel, máscara facial de pano reutilizável, água sanitária e sabonetes, para incentivar a lavagem das mãos. As ações de entregas dos kits permanecerão pelos próximos quatro meses. De acordo com a consultora técnica da CRS para resposta de emergência, Anna Hrybyk, a promoção de higiene e prevenção à Covid-19 é uma prioridade de todo o projeto. “A prática de desenvolver atividades educativas tem como objetivo incentivar a lavagem correta de mãos, uso de máscaras, álcool em gel, entre outras orientações que são aliadas à vacinação, e por isso devem ser mantidas, mesmo depois que o ciclo de imunização estiver completo”. Água, saneamento e higiene Os/as educadores/as sociais também estão realizando nas comunidades a demonstração do uso correto da máscara, orientações de higiene e lavagem correta das mãos, baseadas nos cinco momentos críticos para lavar as mãos, assim como sobre o distanciamento social e a sensibilização para tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19.  Além disso, o/as educadore/as sociais estão fazendo grupos focais com as populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e periurbanas para implementar as ferramentas de WASH (água, saneamento e higiene), a fim de identificar quais são os desafios e entendimento sobre percepção de enfermidades; pontos de contato; e motivos para lavagem de mãos.  Na primeira etapa desta edição do projeto, os/as educadores/as sociais foram até as comunidades para conhecer a realidade de cada família. A distribuição de cadastros para cada município seguiu o seguinte quantitativo: 1.068 novas famílias em Tefé; em Coari; 100 em Parintins; e 150 em Itacoatiara.  Ajuri Pela Vida na Amazônia O Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia é desenvolvido pela Cáritas Brasileira, com financiamento da USAID – US Agency for International Development, e apoio da Catholic Relief Services. A execução do projeto acontece em parceria com a Articulação Norte 1, da Cáritas Brasileira, e com as Cáritas das Prelazias de Tefé e Itacoatiara e Diocesanas de Coari e Parintins. Atualmente, o projeto segue em sua segunda fase de realização, continuando com as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus nos territórios do interior do estado do Amazonas. Essas práticas serão desenvolvidas em comunidades de nove municípios amazônidas (Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Itacoatiara e Parintins), através da orientação popular para promoção de higiene, distribuição de kits de higiene e prevenção, conscientização sobre a importância de adesão à vacina, bem como a sensibilização para a adoção à lavagem adequada das mãos como principal fator de prevenção eficaz contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da Covid-19, assim como pode evitar outras doenças infecciosas, transmitidas por vírus ou bactérias. Isto é, uma ação que pode parecer simples, mas que pode salvar vidas.  Ao total, além das 4 mil famílias cadastradas na primeira edição do projeto, nesta segunda edição 1400 novos núcleos familiares serão beneficiados, correspondendo a um quantitativo de 22.500 pessoas atendidas diretamente pelas ações aplicadas por uma equipe multidisciplinar, como educadores, assistentes sociais, psicólogos e comunicadores. Equipe de comunicação Projeto Ajuri Pela Vida na Amazônia

Encontro Rede Clamor Brasil: Pensar juntos os próximos passos de uma Rede que ganha força

“Um passo importante para a consolidação da nossa Rede Clamor no Brasil”. Assim define o padre Agnaldo Junior, SJ, o encontro da Rede Clamor Brasil acontecido em São Paulo de 7 e 9 de dezembro de 2021. O encontro começou com uma troca de experiências com a Comissão de Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), momento para partilhar o planejamento estratégico da Comissão para os próximos dois anos e apresentar o que é a Rede Clamor e os passos que está dando no Brasil, buscando como caminhar juntos, dados os objetivos comuns que fazem referência à migração, refugio e enfrentamento ao tráfico humano. O padre Agnaldo Junior considerou este primeiro momento como algo importante, de conhecimento mutuo e busca para 2022 iniciativas comuns. Após um momento de mística, a análise de conjuntura, desenvolvida pelo padre Alfredinho Gonçalves, no dia 8, foi oportunidade para apresentar quatro cenários que tem a ver com os desafios enfrentados no dia a dia na missão que a Rede Clamor Brasil desenvolve. A dimensão econômica e tudo o que gira em torno do capital financeiro; a dimensão social, com a situação crítica que hoje vive o Brasil, com grande crescimento da desigualdade social e da fome; a dimensão política, a Covid, o negacionismo, que tem impactado na perda de vida e gerado um abismo relacional entre famílias, amigos, impossibilitando falar de política; e a dimensão religiosa, marcada pelo profetismo do Papa Francisco, a única voz líder no mundo, mas que nem sempre é seguido na prática. Os passos dados pela Rede Clamor no Brasil foram apresentados pela irmã Rosita Milesi, um caminho que surgiu em 2019 e que foi abordado em vista das estratégias e planejamento para 2022. No encontro também foi apresentado o vivido em referência com a migração forçada na Assembleia Eclesial da América Latina e o Caribe. A professora Márcia Oliveira refletiu sobre os desafios que fazem referência à temática da migração apresentados na Assembleia. Junto com isso foi abordado o Estatuto da Rede Clamor Latino-américa e Caribe, que está sendo elaborado. O encontro teve um momento de partilha com a Rede Clamor local de São Paulo, que deu a conhecer o trabalho que as diferentes realidades que fazem parte da Rede realizam em diferentes âmbitos e locais da capital paulista, mostrando, segundo o padre Agnaldo Junior, “como na cidade onde estamos várias organizações atuando, é possível sentarmos à mesma mesa, nos conhecermos e também avançar juntos em temas de incidência, em temas de vazios de proteção, em temas de não invisibilizar os outros”. O planejamento estratégico foi o trabalho do último dia do encontro, “levantando ideias, iniciativas, atividades e ações que podemos realizar no próximo ano como Rede Clamor”, segundo o padre Agnaldo. Após recolher as reflexões surgidas no encontro foi momento para elaborar um calendário e propostas de atuação para 2022. O jesuíta ressalta que “concluímos o encontro com a sensação bastante positiva de termos superado as adversidades para fazer esse encontro de forma presencial, o que nos possibilitou um diálogo, um nos conhecermos pessoalmente, e também pensar juntos os próximos passos da Rede Clamor no Brasil”. Com o encontro, “a Rede ganha mais força”, insiste, em vista da dar seguimento à caminhada da Rede. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Comissões e organismos da CNBB clamam “Em defesa da Amazônia”

“Em defesa da Amazônia” é o título da Mensagem (ver aqui) que no Dia Internacional dos Direitos Humanos tem lançado a Comissão Ecologia Integral e Mineração, a Comissão Episcopal para a Amazônia, a REPAM-Brasil, o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, a Comissão Pastoral da Terra – CPT e a Comissão Brasileira Justiça e Paz. O texto começa afirmando que “a Amazônia está sendo atacada de modo frontal, organizado, apoiado também por diversas autoridades políticas”, relatando o que está acontecendo com a descontrolada expansão do garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira em Rondônia e Amazonas, e o apoio a diferentes projetos de garimpo em terras indígenas no município de São Gabriel da Cachoeira, apoiados pelo General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional e secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional da Presidência da República. Junto com isso, a mensagem denuncia “a ameaça inconstitucional de entregar metade de uma Terra Indígena já demarcada e homologada para agricultores não indígenas. O Território Apyterewa (PA), da etnia Parakanã, foi invadido há tempo por devastadores da floresta, apoiados pelos políticos locais”. Segundo o texto, “a aliança de poder e desmatamento, formada por grileiros, garimpeiros, grandes mineradoras e, sobretudo, o agronegócio, vem se reforçando cada vez mais dentro do Congresso Nacional”. Prova disso são os três Projetos de Lei, considerados “muito perigosos para o futuro do País: o PL 191 propõe a liberação da mineração e do garimpo, bem como a construção de usinas hidrelétricas, em terras indígenas; o PL 2159 propõe a “flexibilização” do licenciamento ambiental, permitindo uma simples “licença por adesão de compromisso”, auto declaratória; e o PL 510, da chamada regularização fundiária, anistia os desmatamentos e invasões ilegais de terras feitas até 2014. Citando o Papa Francisco: “Os interesses colonizadores que, legal e ilegalmente, fizeram – e fazem – aumentar o corte de madeira e a indústria minerária e que foram expulsando e encurralando os povos indígenas, ribeirinhos e afrodescendentes, provocam um clamor que brada ao céu”, pedem unir-se a este clamor: “se cuidarmos da Amazônia com sabedoria e visão de futuro, ela cuidará de todos nós”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

OAB homenageia a Igreja de Manaus com placa Dom Sérgio Castriani

O Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Steiner, Padre Geraldo Bendaham; Frei Paulo Xavier, Irmã Santina Perin, a representante do Conselho de Leigos e Leigas Patrícia Cabral, a coordenadora de Jornalismo da Rádio Rio Mar Gecilene Sales e o jornalista Bruno Elander receberam a placa Dom Sérgio Castriani nesta quinta-feira (09), Dia Internacional de Combate à Corrupção. A honraria foi concedida pelo Comitê Amazonas de Combate à Corrupção (CACC), em reconhecimento aos serviços prestados nas eleições 2020. A cerimônia ocorreu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Amazonas. A placa foi instituída em junho de 2021, após o falecimento de Dom Sérgio Castriani, um dos fundadores do Comitê. Para Dom Leonardo Steiner, a homenagem é, principalmente, uma forma de reforçar o legado de Dom Sérgio e a importância do Comitê. “É um Comitê muito importante no momento em que nós vivemos, está em jogo a questão da democracia, está em jogo a questão da ética, da justiça, da fraternidade. E temos tantas entidades que colaboram, que ajudam, isso é uma possibilidade de transformação. Essa comenda entregue de Dom Sérgio é significativa porque ele se empenhou tanto em criar este Comitê e nós somos muito agradecidos”, afirmou o Arcebispo Metropolitano de Manaus. O Comitê Amazonas de Combate à Corrupção Eleitoral possui três objetivos principais: a conscientização do eleitor sobre a importância de votar com responsabilidade e não trocar o voto por promessas ou vantagens; combater o uso do caixa dois nas eleições e qualquer forma ilegal de propaganda eleitoral; e propor políticas públicas aos governantes para resolver os problemas da sociedade e fiscalizar os atos da Administração Pública. O Comitê reconheceu a excelência da Rádio Rio Mar durante a cobertura jornalística das eleições municipais no ano passado, tanto na capital quanto no interior do Amazonas. A Coordenadora de Jornalismo, Gecilene Sales, parabenizou a inciativa. ”É um reconhecimento aos profissionais, não só às instituições, mas aos profissionais de comunicação que se utilizam da ferramenta que têm, no caso da Rádio Rio Mar dos microfones, para levar informação fidedigna aos nossos ouvintes. A população necessita de informação séria, uma isenção editorial e acho que esse papel é fundamental para que a gente possa informar a população com qualidade, principalmente com ética e tratando a informação como ela merece, de forma séria”, afirmou a Coordenadora de Jornalismo da Rádio Rio Mar. O coordenador de pastoral Padre Geraldo Bendaham, um dos homenageados, dedicou a placa que leva o nome de Dom Sérgio Castriani à uma população muito especial que resiste às tentativas de corrupção. “Àquelas pessoas pobres, simples da periferia, que não vendem o voto, são resistentes, elas têm esperança e acreditam ainda num mundo melhor, num mundo sem corrupção, onde a gente tenha pessoas de caráter, com responsabilidade, que pensam no bem comum. À essas pessoas que moram na periferia, que talvez a gente nem conheça de nome, pessoas sérias que não se deixam se vender, que não se alienam ou não deixam serem induzidas por qualquer conversa eleitoreira. Que essas pessoas continuem resistindo. Também foram homenageados advogados, contadores, administradores, economistas, promotores de justiça e representantes da Polícia Civil e Poder Judiciário. Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar