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Cáritas inicia cadastros de famílias amazônidas para receberem kits de prevenção à Covid-19

O projeto Ajuri pela Vida na Amazônia iniciou, nesta primeira semana de novembro, o cadastro de 1.400 novas famílias localizadas em comunidades rurais, urbanas, periurbanas, ribeirinhas, quilombolas e indígenas no interior do estado do Amazonas, para receberem orientações sobre saúde e higiene, bem como kits para prevenção e combate à Covid-19. Nesta segunda fase, o projeto chegará a mais de 100 comunidades que se encontram no contexto de vulnerabilidade social de nove municípios amazônicos: Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Itacoatiara e Parintins. Serão 4.500 famílias diretamente beneficiadas pelas ações do projeto, totalizando 22.500 pessoas atendidas. A consultora técnica da CRS para resposta de emergência, Anna Hrybyk, ressalta que essa etapa irá possibilitar a geração de resultados qualitativos para os comunitários. “Nesse momento de emergência, o projeto pretende alcançar os lugares mais longínquos, onde até mesmo as políticas públicas não estejam conseguindo chegar. Portanto, o cadastramento das famílias é de fundamental importância para todos os demais processos de desenvolvimento do projeto, pois é a partir desse primeiro contato com as comunidades que será possível fazer um diagnóstico rápido para levar esperança de qualidade de vida para essas pessoas”, explicou Anna.  Os cadastros são realizados por educadores sociais do projeto, que se deslocam até as comunidades para conhecer a realidade de cada família. Programação Após a etapa de realização dos cadastros, a previsão é de que, no início de dezembro, aconteça a primeira entrega dos kits de higiene para as famílias cadastradas, bem como elas possam participar de encontros a fim de receber as orientações dos educadores sociais, que irão implementar a ferramenta de WASH (água, saneamento e higiene) em cada comunidade. Além da entrega dos kits, os educadores sociais também irão fazer demonstração do uso correto da máscara, orientações de higiene e lavagem correta das mãos, baseadas nos cinco momentos críticos para lavar as mãos, assim como sobre o distanciamento social e a sensibilização quanto à necessidade de se  tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19.  Os kits que serão distribuídos nas regiões de abrangência do projeto contém álcool em gel, máscara facial de pano reutilizável, água sanitária e sabão antibacteriano, para incentivar a lavagem das mãos. Ajuri Pela Vida na Amazônia A segunda fase do projeto Ajuri Pela Vida na Amazônia tem como objetivo permitir o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade e alto risco de transmissão de Covid-19 a insumos relacionados a WASH (água, saneamento e higiene), para que possam manter comportamentos de prevenção, bem como seja possível melhorar a retenção de conhecimento dessas famílias. Essas práticas serão desenvolvidas em comunidades amazônidas de 9 municípios (Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Itacoatiara e Parintins), por meio  da orientação popular para promoção de higiene, distribuição de kits de higiene e prevenção, conscientização sobre a importância de adesão à vacina. O trabalho também inclui  a sensibilização para a adoção à lavagem adequada das mãos como principal fator de prevenção eficaz contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da Covid-19, assim como pode evitar outras doenças infecciosas, transmitidas por vírus ou bactérias.   Ao total, além das 4 mil famílias cadastradas na primeira edição do projeto, nesta segunda edição 1400 novos núcleos familiares serão beneficiados, correspondendo um quantitativo de 22.500 pessoas atendidas diretamente pelas ações aplicadas por uma equipe multidisciplinar, como educadores, assistentes sociais, psicólogos e comunicadores. O projeto Ajuri pela Vida na Amazônia é desenvolvido pela Cáritas Brasileira e Cáritas Articulação Norte 1, com financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), e apoio da Catholic Relief Services (CRS). Atualmente, o projeto segue em sua segunda fase de realização, continuando com as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus nos territórios do interior do estado do Amazonas. Hanne Assimen Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia – Cáritas Regional Norte 1

Dom Leonardo pede aos políticos ler a Fratelli tutti para “abrir horizontes importantes para a ação política”

O primeiro aniversário da encíclica Fratelli tutti, publicada pelo Papa Francisco em 3 outubro de 2020, fez com que as comissões de Direitos Humanos e Minorias, Educação, Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados realizaram, nesta segunda-feira, 8 de novembro, um seminário sobre fraternidade e amizade social. Os participantes foram o secretário-executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB, Daniel Seidel, que destacou na encíclica seu empenho em buscar recolocar a melhor política acima da economia; a representante do grupo de trabalho da Economia de Clara e Francisco da PUC Minas, Maria Oliveira, que vê a encíclica como “um caminho de conversão política para abrir os olhos”; Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que pediu aos parlamentares que a Fratelli Tutti seja inspiração para projetos de reformulação do poder e das instituições do país. Também participaram do seminário o vigário da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo, padre Júlio Lancelotti; a representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), Romi Benke; a presidente do Conselho Nacional de Leigos do Brasil, Sônia Oliveira; o bispo da prelazia do Alto Xingu-Tucumã no Estado do Pará, dom Jesus Maria López Mauleón; e Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus. Segundo Dom Leonardo, a Fratelli tutti “é um texto eminentemente político, texto que nos ajuda a compreender o que significa a política, mas também o que significa a nossa missão como políticos, como pessoas dadas à política”. O arcebispo identificou a político com o cuidado das relações da nossa convivência humana como um todo, definindo a encíclica como “um texto que ajuda a compreender as relações mais profundas, mais necessárias”. Falando sobre o número 241, que fala das lutas legítimas e do perdão, Dom Leonardo disse que “as relações, elas são feitas de confrontos, elas são feitas de embates, mas elas são feitas também do perdão. Senão, não existe fraternidade, não existe cidade, isto é não existe convivência humana”. Segundo ele, “não se trata de propor um perdão, renunciando aos próprios direitos perante um poderoso, corrupto, um criminoso, ou alguém que degrada a nossa dignidade”. Dom Leonardo afirmou que “somos chamados a amar a todos, sem exceção, mas amar um opressor não significa consentir que continue a ser tal, nem leva-lo a pensar que é aceitável o que faz. Pelo contrário, ama-lo corretamente, procurar de várias maneiras que deixe de oprimir, de tirar o poder, de não saber usar o que desfigura como ser humano”. Para o Arcebispo de Manaus, “perdoar não significa permitir que continuem a espezinhar a própria dignidade e a dignidade do outro, ou deixar que um criminoso continue a fazer o mal”. Dom Leonardo insistiu em que “quem sofre injustiça tem de defender vigorosamente seus direitos, precisamente porque deve guardar a dignidade que lhes foi dada, uma dignidade que Deus dá”. Na política, Dom Leonardo disse que “nós temos necessidade de termos pessoas que compreendam as relações mais profundas da nossa sociedade”. Aos políticos, que estão envolvidos diretamente com decisões políticas a respeito da nossa sociedade, “poderiam ler o texto, compreender a profundidade e perceber como o político, a política deve procurar estabelecer diálogos de profundidade”, insistiu. Em palavras de Dom Leonardo, se faz necessário insistir nas decisões “que fazem emergir aquilo que é próprio da dignidade, da justiça, da fraternidade e da liberdade”. Finalmente, o arcebispo de Manaus insistiu em ler a Fratelli tutti, pois “isso poderá abrir horizontes importantes para a ação política de cada um, de cada uma, ou de todos nós”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Frutos da presença da Igreja no meio do Povo Indígena

O Sínodo para Amazônia veio a impulsar e confirmar a presença missionária junto aos povos indígenas, estar com eles, viver em suas comunidades, abraçar suas lutas, celebrar suas festas, ser presença que acompanha, que encoraja, que fortalece pelo fato de estar no meio deles. “Uma Igreja de rostos amazónicos requer a presença estável de responsáveis leigos, maduros e dotados de autoridade… Os desafios da Amazónia exigem da Igreja um esforço especial para conseguir uma presença capilar que só é possível com um incisivo protagonismo dos leigos” (QA 94). Quando os leigos e leigas conhecem, vivem e testemunham o Evangelho, o Reino se faz presente. Cada um se reconhece amado e chamado por Deus, descobre seu dom dentro da Comunidade e com disponibilidade participa responsavelmente assumindo os serviços que são necessários em função dos irmãos.  Faz um ano, que começou uma nova experiência de missão, com a presença missionária estável na Comunidade Indígena Ticuna de Umariaçú I, na Diocese do Alto Solimões. Nunca antes tinha havido missionários morando com eles, foi necessário construir uma casa, numa terra que o cacique e seu conselho doaram. Passar da pastoral da visita à pastoral da presença foi um desejo gestado lentamente, rezado, conversado e especialmente sustentado na relação de carinho e respeito estabelecida entre a Igreja e o Povo Ticuna. Viver com eles na comunidade tem o presente da cotidianidade, como oportunidade para conhecer e amar sua realidade, seus ritos, suas formas de comportamento frente à vida, a doença, as dificuldades e a morte. É outra cultura, por isso, como missionários estamos chamados a tirar nossas sandálias para acompanhar cuidadosamente a vida do povo, reconhecendo as sementes do Verbo presentes no meio deles.    Em quanto à vida da Igreja, é gratificante perceber que quanto mais conhecem Jesus, seus ensinamentos e as verdades de nossa fé, mais cresce neles o desejo de participação na vida da Comunidade Cristã e seus diversos serviços.  O tempo de pandemia, no qual foi solicitado para eles permanecer na comunidade, foi propicio para formar os Celebrantes da Palavra e assim eles presidirem as celebrações dominicais. Também se formaram quatro coros, dois de jovens, um de mães e outro de pais, que são escalados por cada domingo para animar a celebração litúrgica. Neste último domingo 7 de novembro, com a presença de Dom Adolfo Zon Pereira, bispo diocesano, na Comunidade de Umariaçú I, foram enviados um grupo de seis coroinhas para o serviço do altar e apresentados dez novos catequistas para crianças, os quais trabalharão todos os sábados com mais de cem crianças. “É necessário aceitar corajosamente a novidade do Espírito capaz de criar sempre algo de novo com o tesouro inesgotável de Jesus Cristo, porque a inculturação empenha a Igreja num caminho difícil, mas necessário… Não tenhamos medo, não cortemos as assas ao Espírito Santo” (QA 69). Meu nome é Verônica Rubí, sou missionária leiga ad gentes, argentina de nacionalidade, da Diocese de Mar del Plata, Licenciada em Serviço Social de profissão e Marista de espiritualidade. Há mais de 7 anos que partilho a vida e a fé no coração da Amazônia, na tríplice fronteira Brasil- Peru- Colômbia, aqui conheci o Povo Indígena Ticuna, eles me evangelizam.   Verónica Rubí, Missionária leiga na Diocese do Alto Solimões

Diocese de Coari, uma Igreja Sinodal, marca novos caminhos para a Evangelização

A Diocese de Coari realizou de 5 a 7 de novembro sua 6ª Assembleia Diocesana de Pastoral, que aconteceu na Casa de Retiro Santo Afonso, na sede da diocese. Tanto a abertura como o encerramento foram com uma Eucaristia presidida pelo bispo diocesano, Dom Marcos Piatek. A 6ª Assembleia Diocesana da Diocese de Coari teve como tema: “Numa Igreja Sinodal, construindo juntos novos caminhos para a Evangelização“, segundo explicou o bispo diocesano na abertura dos trabalhos, refletindo sobre o papel missionário da Igreja, que está centrado na evangelização. Nas suas palavras foi explicando o propósito da assembleia, onde no primeiro dia foi momento para as paróquias partilhar sua caminhada pastoral. A assembleia, que contou com a assessoria do padre Zenildo Lima, reitor do Seminário São José de Manaus, onde são formados os seminaristas do Regional Norte 1 da CNBB, dentre eles os seminaristas da Diocese de Coari, foi explanando o tema central, questionando a Caminhada da Igreja a partir da proposta sinodal, uma dimensão importante na Igreja da Amazônia, especialmente depois do Sínodo para a Amazônia, onde o padre Zenildo foi auditor. Se referindo ao Sínodo sobre a Sinodalidade, que o Papa Francisco deu inicio no dia 10 de outubro deste ano no Vaticano e posteriormente foi realizada a abertura em todas as igrejas particulares do mundo no dia 17 de outubro, abordou as palavras chave que devem nortear o processo de escuta, que está dando os primeiros passos: Comunhão, Participação e Missão. A Diocese de Coari, num contexto de pandemia, que tem provocado numerosos desafios, mas também grandes criatividades, procurou durante a 6ª Assembleia Diocesana novos caminhos para a Evangelização a partir de Jesus Cristo e em comunhão com as Diretrizes da Ação Evangelizadora do Regional Norte 1 e da Igreja do Brasil. Partindo desse contexto foi construído o projeto de Evangelização diocesano. Para isso foi questionado sobre os caminhos ou diretrizes que precisam ser incorporados à atuação da Igreja para que a mesma possa promover uma participação real de todo povo de Deus. Tendo como horizonte o Sínodo sobre a Sinodalidade, os participantes da Assembleia foram expressando seus sentimentos e ideias para esse processo de consulta. A partir desse debate foram sendo elaboradas as propostas que têm sido recolhidas no Plano de Pastoral da Diocese, aprovado na 6ª Assembleia Diocesana de Pastoral. Tudo isso, que tem sido fruto de uma construção sinodal, que busca novos caminhos para a evangelização, será o fundamento da caminhada das paroquias, comunidades, pastorais e movimentos que fazem parte da Diocese de Coari. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Assembleia Prelazia de Borba: “Retomar o caminho a partir da esperança”

“Deus chama a gente para um momento novo”. Com a música de Zé Vicente, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva iniciava a Assembleia avaliativa e celebrativa da Prelazia de Borba, que tem acontecido nos dias 5 e 6 de novembro de na sede da Prelazia. O bispo definia o encontro como “um acontecimento eclesial que nos chama para um encontro de irmãos”. Nas palavras de abertura, Dom Zenildo falou de sonhos, sinodalidad e perspectivas, lembrando os estragos provocados pela pandemia e insistindo em “buscar a vacina e não cair no negacionismo”. Segundo o bispo tem sido um momento para “retomar o caminho a partir da esperança”, um momento de celebração, de acolhida, de confraternização, de partilha da vida das paróquias. As novas perspectivas a partir da sinodalidade foi ponto de reflexão dos participantes da assembleia. Segundo o bispo, “esta assembleia tem sido um novo ardor, um novo aquecimento para nossas lideranças, para nossas comunidades”. A Prelazia de Borba foi dividida em quatro foranias, que receberam o nome dos evangelistas, querendo assim descentralizar para melhor servir, acompanhar e formar o povo. A Prelazia de Borba abriu o Ano da Palavra, que tem como tema “A Palavra habitou entre nós” e seguirá o Documento 114 da CNBB. O Ano da Palavra “vem para dar um impulso em nossas prioridades e motivações”, tendo como objetivo “animar, reforçar e formar para a Evangelização”. O Ano da Palavra pretende ajudar a “conhecer a Deus, tomar consciência de sua vontade”. Ao longo do próximo ano serão celebrados congressos bíblicos em cada umas da foranias, multiplicados os grupos de reflexão, formar ministros e catequistas… As lideranças vítimas da Covid-19 foram lembradas na Assembleia, realizando uma carreata da esperança com faixas pelas ruas da cidade. A Assembleia foi encerrada com uma Eucaristia na Catedral de Santo Antônio, que segundo Dom Zenildo foi um momento de gratidão, de renovação da Aliança com Deus, com a sinodalidad, com a nossa missão na Prelazia”. O bispo insistiu em que “a pandemia, os problemas, os desafios não nos devem nos afastar de Deus, do plano, da vontade de Deus, da evangelização”. Ele pediu a intercessão de Nossa Senhora para continuarmos servindo, animando, dinamizando o Reino de Deus”. Dom Zenildo agradeceu o empenho dos padres, das irmãs, do laicato, por esta assembleia tão dinâmica e tão comprometida com a causa do Reino de Deus”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

CEAMA e REPAM à COP26: “Mudanças de rumo de uma vez por todas”

Não permanecer em silêncio diante da COP26. Esse é o propósito da Carta da Conferência Eclesial da Amazônia – CEAMA e da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, aos líderes participantes do evento, que está sendo realizado em Glasgow, de 31 de outubro a 12 de novembro. A carta quer expressar “nosso sentimento de desconcerto e, ao mesmo tempo, de impotência ao contemplar e experimentar o caos que vive nosso Planeta, entre outras coisas, por causa da mudança climática e suas consequências catastróficas para a humanidade e para a casa comum”. Depois de ouvir “o grito dos pobres e também o grito da Terra”, eles advertem sobre “as atuais condições em que vive nosso Planeta ameaçado e atormentado“, o que foi retomado no Documento Final do Sínodo para a Amazônia, onde se diz que a floresta “se encontra numa corrida desenfreada para a morte “. Por esta razão, eles veem a Amazônia como “um lugar estratégico para a humanidade e para nosso Planeta”, que está deteriorado. Em vista disso, advertem que “precisamos urgentemente lutar contra toda essa degradação numa região que ‘se mostra diante do mundo com todo seu esplendor, seu drama e seu mistério’”, como foi dito no início da Querida Amazônia. A carta reconta algumas dessas ameaças, lembrando que “os pobres são os primeiros a pagar a conta de toda essa problemática ecológica e climática“. Diante desta realidade, advertem os líderes reunidos na COP26 que “necessitamos cuidar de nossa casa comum e tomar medidas de extrema urgência diante da violência que os territórios e os povos amazônicos e suas culturas sofrem”. Em um mundo quebrado, onde medidas radicais são necessárias, eles dizem aos líderes que “vocês têm em suas mãos a oportunidade de tomar providências transcendentais que revertam a grande catástrofe que se avizinha“. Insistindo que “não podemos esperar mais”, eles pedem ” resultados palpáveis e que conduzam a mudanças de rumo de uma vez por todas”. Isto deve ser traduzido, declara a carta, em “honestidade, coragem e responsabilidade, sobretudo dos países mais poderosos e contaminantes“. O bem comum deve ter precedência sobre o privilégio, para o qual “não existe o direito de manter certa comodidade diante da dor e da pobreza dos outros”. Fazendo um chamado a não perder a esperança, CEAMA e REPAM dizem recorrer “ao bom Deus para que ilumine vocês, a fim de que estejam à altura das atuais circunstâncias”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Walmor: “A indiferença em relação aos pobres é um veneno que adoece a alma humana”

A V Jornada Mundial dos Pobres, que será celebrada no dia 14 de novembro, tem sido o tema de reflexão do Seminário da Jornada Mundial dos Pobres, organizado pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Igreja do Brasil escolheu como tema da Jornada, “Sentes Compaixão?”, e como lema “Sempre tereis pobres entre vós”, fazendo um chamado a entender a urgência de diminuir a desigualdade. O presidente da CNBB se referiu à Jornada Mundial dos Pobres como “oportunidade para capacitar o nosso coração, reconhecendo a presença dos pobres entre nós, em cenários que nos envergonham e nos apontam um longo caminho para fazer valer a fraternidade universal”. Segundo Dom Walmor Oliveira de Azevedo, “a indiferença em relação aos pobres é um veneno que adoece a alma humana”. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) fez um chamado a reconhecer nos pobres a presença do irmão, a contribuir com políticas públicas que favoreçam a superação com urgência de tantos e vergonhosos cenários de exclusão e desigualdade social, a buscar respostas para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, a partilhar o sofrimento de cada pobre, com muita empatia e solidariedade, a partilhar e não se conformar com dar esmolas. Frei Luiz Carlos Susin refletiu sobre a pobreza desde a constatação da pobreza real e a resposta adequada para isso. Segundo o religioso, diante da naturalização da pobreza, se faz necessário entender a pobreza como produção de uma sociedade, como algo social, que forma parte da história da sociedade. Diante disso a sociedade é desafiada a resolver os desequilíbrios que provocam a pobreza, algo que algumas sociedades faziam, colocando como exemplo o Ano Jubilar em Israel. Segundo o frade capuchinho, “precisamos de sentimentos, precisamos acessar o sofrimento dos pobres, expondo-nos a nós mesmos a este sofrimento”. Esse sentimento, conhecido como compaixão, ele se perguntou se é um sentimento realmente universal, uma questão que surge diante da “indiferença cruel que não se sensibiliza”, presente nas pessoas. A compaixão, segundo o religioso, “a gente aprende não com a racionalidade e sim com a sensibilidade, a gente aprende não com a cabeça, a gente aprende se expondo aos outros, em exercícios que são um processo de iniciação”. De fato, “a compaixão, a hospitalidade, a generosidade, são a alma de toda religião. Uma religião que não tivesse essa alma, seria vã, e seria possivelmente uma ideologia de tipo escapatória”. O religioso refletia sobre a capacidade de fazer renúncias, de entender a compaixão como sentimento que nos une, como ato de liberdade. A Irmã Maria Inês Ribeiro viu o Seminário como oportunidade para “fazer crescer em nós essa sensibilidade e essa compaixão”. A presidenta da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), refletia sobre Evangelii Gaudium, onde aparece o esforço do Papa Francisco para “retomar o Vaticano II e dar um novo rumo à Igreja, mostrar o caminho para nós, cristãos e cristãs, do Evangelho”. A religiosa refletiu sobre a importância da economia solidária, da agroecologia, da união das pessoas, a sensibilidade e a partilha, da acolhida. Ela mostrou sua alegria diante da solidariedade e trabalho concreto em favor dos pobres, experiências que foram apresentadas ao longo do Seminário. Nessas realidades, a palavra mais forte, segundo a presidenta da CRB, é o acolhimento, destacando cinco verbos que o Papa Francisco coloca na Evangelii Gaudium: primerear, envolver-se, acompanhar, frutificar e celebrar. Finalmente, a irmã Maria Inês abençoava o Papa Francisco porque proclamou a Jornada Mundial dos Pobres, “para nos sensibilizar cada vez mais, para que cresçamos na compaixão, e possamos não só celebrarmos, mas partilharmos concretamente com os nossos irmãos, porque não é só dar, mas é solidarizar-se, escutar e envolver-se”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Alternativas a uma economia que mata: uma urgente mudança de paradigma

A economia é uma questão constantemente abordada pelo Papa Francisco em seu Magistério, fazendo uma proposta que aos poucos está sendo assumida, sobretudo pelos mais jovens, como caminho de futuro: “A economia de Francisco”, que no Brasil recebe o nome de “Economia de Francisco e Clara”. Refletir sobre esse tema foi a proposta de um convite que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), faz toda primeira quinta-feira de cada mês na live “Igreja no Brasil Painel”, um espaço conduzido por Dom Joaquim Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. Desta vez o tema foi: “Cristãos, esta economia mata!”, e contou com a presença da presidenta do Instituto Casa Comum, Silvana Bragatto, e seu esposo, o historiador, escritor e consultor em políticas públicas Célio Turino. Segundo Dom Mol, “o Papa Francisco é contundente contra tudo o que fere a dignidade humana e o que fere o meio ambiente, a nossa casa comum”, insistindo em que “ele é forte e implacável contra o sistema econômico que globalizou a miséria de grande parte da população mundial e favoreceu a riqueza de uma pequena parte da população mundial”. Como proposta alternativa o Papa fez a proposta da Economia de Francisco, “pacto intergeracional que visa mudar a economia atual e dar uma alma à economia do amanhã, para que esta seja justa, inclusiva e sustentável”, segundo o bispo auxiliar de Belo Horizonte. Comentando as propostas do Papa Francisco, Dom Mol refletia sobre a necessidade de uma mudança de paradigma, um aspecto presenta na reflexão do Papa Francisco diante de um sistema econômico que é injusto em sua raiz, onde o mercado por si só não resolve tudo. Daí nasce o dever moral de fazer a justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano, devolver aos pobres o que lhes pertence. Em sua reflexão, Silvana Bragatto partia da ideia de que o mundo atualmente está cada vez mais desigual, mostrando a necessidade de uma economia que proporcione qualidade de vida para as pessoas. Nos deparamos com uma economia baseada no egoísmo, na competitividade, no lucro, com crianças educadas para a competitividade. Frente a isso, ela propõe uma economia de confiança, de afeto, de respeito. A professora destaca a necessidade de realmar a economia, de conhecer experiências de novas economias, algo que quer mostrar a Articulação Brasileira de Francisco e Clara.   Segundo Célio Turino, “o sistema mais ilógico que a humanidade já produziu é o sistema chamado capitalista, porque ele é baseado na acumulação e no crescimento continuo”. Ele se questiona “Como apostar nesse sistema num planeta que é finito?”. Frente à globalização atual, Turino diz pensar numa globalização poliédrica, que mantem a especificidade de cada um. Junto com isso uma economia do Cuidado, da dádiva, da festa, do bem viver, do suficiente, que promove a harmonia do individuo com ele mesmo, a harmonia do individuo com a comunidade, a harmonia da comunidade humana com a coletividade da vida, com os outros seres. O historiador vê a Economia de Francisco como “o grande guarda-chuva para essas outras práticas econômicas que existem, que muitas vezes são invisibilizadas, desrespeitadas e desprezadas”. Ele relatava experiências de economia circular, destacando a importância de mostrar realidades e possibilidades diferentes. Para Silvana, a Economia proposta pelo Papa Francisco é uma economia do cuidado, do afetivo, do respeito, da vizinhança. São realidades que querem ser trabalhadas nas Casas de Francisco e Clara, definidas por Célio Turino como “incubadoras dessas novas economias, espaços de discussão de vida comunitária”. Tudo isso para combater uma realidade histórica presente no Brasil e na América Latina, que tem como fundamento, segundo Turino, a desumanização dos povos que viviam no continente, o desrespeito aos conhecimentos desses povos. Isso criou uma mentalidade, sustentada pela elite, que gerou racismo e uma mentalidade de tudo voltado para fora, uma elite que sempre viveu de costas para o povo, que criou um ódio aos pobres, algo presente em toda América Latina. Existem propostas alternativas, segundo Silvana Bragatto, sustentadas numa economia circular, que favorece o acordo entre vizinhança, a partilha, o aproveitar o que já se tem, um novo conceito de produção que abaixa o preço e contribui com o meio ambiente, o reparo dos produtos. Nesse ponto, ela refletia sobre a renda básica universal, proposta pelo Papa Francisco, que definia como “combustível para fazer a criatividade aflorar e criar economias circulares”. Tudo isso, em vista de “estimular o desenvolvimento da economia que protege a vida, que estimula a vida, ao contrário daquela que mata”, segundo refletia Dom Mol no final de um encontro virtual que colocou em foco, mais uma vez, elementos muito presentes na vida do povo, que sofre as consequências dessa economia que mata e favorece exclusivamente às elites.

Comunhão: caminho e necessidade

Nunca podemos esquecer que juntos somos mais, que o individualismo não pode tomar conta da vida da gente. Diante daqueles que querem colocar na cabeça da gente que somos mais do que os outros, que podemos nos virar sozinhos, temos que mostrar que devemos nos preocupar em caminhar junto com os outros. Na Igreja católica a gente fala de comunhão, um elemento indispensável para ser Igreja. Podemos dizer que quando quebramos a comunhão, a gente deixa de ser Igreja. Nossa Arquidiocese de Manaus vivenciava no último domingo, 31 de outubro, um momento de comunhão com a entrega do Pálio ao Arcebispo Metropolitano. Tanto Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico no Brasil, quanto Dom Leonardo Steiner, insistiam na importância da comunhão. O representante do Papa Francisco no Brasil insistiu em que “o Pálio significa também comunhão com Pedro, com o Santo Padre, o Papa Francisco, e significa ser pastores pela unidade e na unidade”. Dom Leonardo também ressaltou que o Pálio é “sinal e símbolo da comunhão com o Santo Padre, o Papa Francisco”. Mas também uma comunhão que se vive na colegialidade, segundo Dom Giambattista: “o Pálio também expressa a colegialidade dos bispos, a sinodalidade da Igreja. Ninguém é pastor sozinho, somos pastores na sucessão dos apóstolos, pastores na comunhão da colegialidade, na comunhão diacrónica e sincrónica, no kairós da comunhão unitária e eclesial”. No mesmo sentido, o Arcebispo de Manaus disse ver o Pálio como “sinal e símbolo de unidade entre as nossas igrejas particulares que formam nossa província eclesiástica de Manaus”. Uma atitude presente na história da Igreja na região, “uma unidade que na história sempre esteve presente como caminho de evangelização, como cuidado mutuo, como pertença à Igreja na Amazônia. Unidade entre os bispos e por isso unidade entre as nossas igrejas nas diferenças necessárias”. Infelizmente, essa não é uma atitude assumida por todos na Igreja, onde a falta de comunhão, especialmente com o Papa Francisco, mas também com uma Igreja sinodal, em saída, que se faz presente nas periferias geográficas e existências, está se tornando uma realidade. Nos deparamos com cardeais, bispos, padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas que fazem questão de quebrar a comunhão, que se posicionam claramente contra aquilo que é fundamental para ser Igreja, se colocando como modelo de católico, quando na verdade são exemplos do contrário. É hora de parar e pensar, de encontrar caminhos de comunhão, também numa sociedade e num país onde muitos se empenham em gerar divisão e enfrentamento. Reflitamos juntos para encontrar caminhos que nos ajudem a assumir atitudes diferentes, mais humanas, mais cristãs, mais de Deus, pois Ele é comunhão de pessoas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Radio Rio Mar

Dom Leonardo: “É urgente uma mudança de cultura ambiental, no mundo, mas especialmente no Brasil”

Um caminho sofrido e alentador, assim define Dom Leonardo Steiner o percurso das Conferências climáticas. Nestes dias em que acontece a COP26, o arcebispo de Manaus, que participou na COP21 de Paris, marcada pela Encíclica Laudato Si´, reflete sobre “as necessidades urgentes de mudança no modo de viver e do conviver com a terra”. Tudo está ligado ao lucro, e “nesse sentido é urgente uma mudança de cultura ambiental, no mundo, mas especialmente no Brasil”, afirma o arcebispo. Segundo ele, mesmo diante de alguns retrocessos, “as COP são oportunidades de manter a discussão, o diálogo, a reflexão, aprofundando sempre mais a questão das mudanças climáticas”. No Brasil, o panorama mostra “o descaso em relação ao meio ambiente, especialmente em relação a Amazônia”, denuncia o arcebispo de Manaus. Diante disso, se faz importante “a insistência da Igreja na Amazônia”, que “deve ser capaz de suscitar novos caminhos, renovar as estruturas, organizações sociais, incentivar ordenamentos jurídicos que preservem o meio ambiente, mostrar a beleza, a poesia, a arte da Amazônia”. O Papa Francisco pede uma mudança de rumo para alcançar os objetivos do Acordo de Paris e para assegurar que decisões concretas sejam tomadas na COP26. O que os países – especialmente o Brasil – precisam fazer na COP26 para minimizar os impactos climáticos que já vivemos? O caminho das Conferências climáticas tem sido sofrido e alentador. Os diálogos têm demonstrado as realidades gritantes e as necessidades urgentes de mudança no modo de viver e do conviver com a terra. A dificuldade maior é sempre econômica; é dinheiro. A poluição do ar, das águas, a devastação das florestas, a destruição pelo garimpo está ligada ao lucro, ao dinheiro. Não interessa o futuro, a vida dos povos, dos pobres, o desaparecer de culturas, a beleza, a poesia, a harmonia. Nesse sentido é urgente uma mudança de cultura ambiental, no mundo, mas especialmente no Brasil. Na COP, há necessidade de metas mais ambiciosas a curto prazo, um fundo ecológico que ajude na preservação das florestas e na recomposição das mesmas, na urgente despoluição do ar e das águas (saneamento básico). Mas talvez, se os países todos buscassem educar para a ecologia, despertar para o cuidado da casa comum, teríamos mais chance de uma terra também habitável no futuro. A ecologia está ligada a uma compreensão de dominação e lucro ou compreensão de cuidado e cultivo. Em 2015, o senhor fez parte da delegação enviada pelo Vaticano para a 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que aprovou o maior acordo climático do mundo. A cada cúpula, as previsões são mais catastróficas e muitas das metas estabelecidas pelos países não são cumpridas. Como o senhor avalia o efeito prático das Conferências do Clima até agora? A COP21 foi marcada pela Encíclica Laudato Sì de Papa Francisco. Presente nos debates, fundamentando a necessidade de metas. Os encontros, os debates entre delegações foram decisivos para chegar a um acordo que fosse aceito pelos países participantes. É sempre difícil negociar quando existem realidades nos diversos países que exige mudança em relação ao cuidado do meio ambiente. A França desempenhou uma liderança frutuosa e a Delegação brasileira foi muito atuante. Apesar dos retrocessos depois da COP21, essas Conferência são importantes por manterem viva a discussão e a busca de soluções em relação às mudanças climáticas. Se formos analisar as conferências, veremos um caminho onde se vai construindo consensos e buscando metas. Temos governos que negam a necessidade de uma responsabilização em relação à casa comum, por negarem a ciência. As COP são oportunidades de manter a discussão, o diálogo, a reflexão, aprofundando sempre mais a questão das mudanças climáticas. As ações não caminham como desejamos, nem mesmo conforme a necessidade, apesar do perigo que estamos a correr. Mas não poderão dizer que não buscamos, não tentamos superar a crise em que nos encontramos. O governo brasileiro vem sendo criticado por sua política ambiental, principalmente pelo aumento do desmatamento nos últimos dois anos, o enfraquecimento das políticas e órgãos ambientais e a defesa da exploração de recursos naturais em terras indígenas. Em uma mudança de discurso, o governo prometeu que o Brasil eliminará o desmatamento ilegal até 2030. O senhor acredita numa atuação mais efetiva do Brasil na defesa da Amazônia? Soa como um bom propósito. O que temos ouvido, visto e sentido é o descaso em relação ao meio ambiente, especialmente em relação a Amazônia. Não que o Cerrado esteja protegido e a Mata Atlântica, o Pantanal e outros estejam a salvo. O descaso é grave. O que nos mantém na atenção, na discussão, na reflexão é a própria sociedade através dos povos indígenas e ribeirinhos, das igrejas, de entidades que cuidam do meio ambiente, dos meios de comunicação que percebem a necessidade de mudança de rumo. O garimpo tem sido uma destruição, não apenas das matas, mas também das águas. As populações indígenas e ribeirinhas acabarão eliminadas pelo alto índice de mercúrio no organismo devido as águas contaminadas dos rios. As políticas, o desmonte dos órgãos ambientais, como também do órgão de relação com os povos indígenas, saltam aos olhos e demonstram que os pobres e o meio ambiente podem ser menosprezados e descartados.   O Papa Francisco defende um mundo “interconectado” e afirma que “não se pode agir sozinho, é fundamental o empenho de cada um para a tutela dos outros e do meio ambiente”. Como a Igreja da Amazônia pode contribuir com o debate e a construção de caminhos diante da crise ecológica? No Compêndio da Doutrina Social da Igreja encontramos uma sabedoria que nos ajuda iluminar a pergunta: “A caridade social leva-nos a amar o bem comum e a buscar efetivamente o bem de todas as pessoas, consideradas não só individualmente, mas também na dimensão social que as une”. Está em jogo toda a obra criada e toda a humanidade. Somos chamados a caminhar juntos. O isolamento, a ideologia fechada leva à morte e pode levar à destruição do planeta terra. A insistência da Igreja na Amazônia,…
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