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Alto Solimões organiza Aula Viva sobre Agricultura Agroflorestal

Nos dias 21 a 23 de outubro foi realizada uma Aula Viva sobre Agricultura Agroflorestal na Comunidade Indígena Ticuna de Umariaçú I, município de Tabatinga- AM, Diocese do Alto Solimões. A aula viva faz parte do Projeto Vida que as Irmãs Cordemarianas desenvolvem desde São Paulo de Olivença com assessoramento da FUCAI -Fundação Caminhos de Identidade- de Colômbia. Também estiveram presentes o Serviço Jesuíta Panamazônico e a Cáritas do Alto Solimões apoiando na coordenação e logística. Participaram 20 famílias agricultoras da Comunidade Indígena de Umariaçú. As Aulas Vivas são instancias formativas teórico-práticas de três dias, no primeiro dia se trabalhou sobre a necessidade de passar de uma realidade de escassez para abundancia, de passar do monocultivo, a roça só de macaxeira, para uma roça diversificada feita sem queima. Houve entrega de sementes e mudas de frutais e madeiráveis para a família que foi beneficiada com o roçado.    No segundo dia, fomos trabalhar todos em mutirão na roça, para realizar o que tinha sido conversado no dia anterior. De tarde quando avaliamos atividade foi gratificante ouvir alegria do povo pelo aprendizado, todos se comprometeram a fazer suas roças diversificadas, sem queima e ensinar aos filhos estas práticas agroflorestais que reproduzem as próprias formas da natureza na Amazonia.  O terceiro dia foi o da cozinha nativa, trabalhamos sobre a importância de uma alimentação variada, rica em proteínas, vitaminas e hidratos de carbono. E distribuídos em quatro grupos, elaboramos mais de 25 pratos com diversas carnes, frutas e verduras, que serviram para celebrar o Grande Banquete da Abundancia. Como Cáritas do Alto Solimões e missionaria na comunidade de Umariaçú agradeço profundamente a todos os que contribuíram para realização da Aula Viva que veio para melhorar a qualidade de vida das famílias de nossa comunidade, veio trazer Vida e Vida em Abundancia.   Verónica Rubi – Cáritas Alto Solimões            

Dom Leonardo Steiner receberá o Pálio no dia 31 de outubro

Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico no Brasil, entregara a Dom Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus, o Pálio abençoado e enviado pelo Papa Francisco no próximo dia 31 de outubro. A imposição acontecerá na celebração Eucarística das 7:30 da manhã na Catedral Metropolitana e será transmitida pelas redes sociais da Catedral, da Arquidiocese de Manaus e a TV Encontro das Águas. Dom Leonardo Steiner foi nomeado arcebispo de Manaus no dia 27 de novembro de 2019 e assumiu sua missão no dia no dia 31 de janeiro de 2021. O Pálio acostumava ser entregue no Vaticano pelo Papa, mas o Papa Francisco determinou que fossem entregues pelos núncios nas arquidioceses. Nas próximas semanas, o Núncio do Papa no Brasil entregará os pálios aos arcebispos nomeados nos dois últimos anos, que em consequência da pandemia ainda não foi possível entregar. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Conselho Permanente da CNBB debate caminhos a seguir nos próximos meses

Ao longo de dois dias, 20 e 21 de outubro, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde participam a presidência, os bispos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais, representantes dos Conselhos Episcopais Regionais e de pastorais e organismos, reuniu-se virtualmente. No encontro se fez presente o núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, que aos poucos quer começar a visitar as arquidioceses para entregar o palio aos novos arcebispos. Ele refletiu sobre o Sínodo que a Igreja está começando e se mostrou disposto a escutar as partilhas e preocupações dos bispos do Brasil. Ao longo dos dois dias de reunião tem sido debatidos 27 temas, dentre eles 59ª Assembleia Geral da CNBB, análises de conjuntura, Congresso Eucarístico Nacional, Eleições de 2022, encontros da Presidência com as macrorregiões, informes, Jornadas da Juventude e dos Pobres, Mês Missionário, ministério de catequistas, Sínodo 2023 e questões de Liturgia. Diante do ataque sofrido pela CNBB, pelo arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, e pelo Papa Francisco no pronunciamento do deputado Frederico D´Àvila, a entidade dos bispos, segundo seu presidente está consultando técnicos na área jurídica para verificar as próximas ações que serão realizadas. O Brasil vive múltiplas crises “mutuamente dependentes”, segundo foi colocado na análise de conjuntura. Ao falar sobre a Animação Bíblica da Pastoral foi destacado que as iniciativas de formação bíblica que já existem podem ser aproveitadas a partir da familiarização das novas mídias e da tecnologia durante a pandemia. Junto com isso, incentivar a troca de experiências e de uma cultura missionária da palavra, dos ministros da palavra e dos círculos bíblicos. Foi abordado o combate à fome, insistindo em que diante da ausência ou insuficiência de políticas de combate à fome, sejam cumpridos os preceitos fundamentais da Constituição, principalmente o direito à alimentação. Em referência à 59ª Assembleia Geral da CNBB foi aprovado que seja realizada em dois formatos e etapas. A primeira etapa, em formato totalmente virtual, de 25 a 29 de abril de 2022, e a segunda etapa, de 29 de agosto a 2 de setembro, de modo presencial. A presidência da CNBB tem se reunido no mês de setembro com os bispos das 5 macrorregiões brasileiras, onde apareceram como temas principais o contexto eclesial da Igreja (desafios e perspectivas), o ano eleitoral de 2022, a 59ª AGCNBB e problemas e desafios de cada região. Em referência ao Sínodo 2023 as dioceses estão aderindo com muito vigor, criatividade e força ao processo de escuta do Sínodo. Em vista das eleições de 2022, o presidente da CNBB insistiu em levantar sugestões tendo em vista um amadurecimento da atuação da entidade no contexto das eleições de 2022, uma vez que estas se apresentam como muito polarizadas. Foram colocadas sugestões, propostas de formação e buscar um contato e maior diálogo e aproximação com o mundo político. Serão 80 os participantes brasileiros na 1ª Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, cujo material será enviado a todos os bispos. Desde a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação foi colocada a proposta de implementar a figura de um porta-voz na entidade, a instituição de uma ouvidoria e indicações para o funcionamento do Comitê de Crise que já existe. Segundo Dom Joaquim Mol, a comunicação é assunto que não é marginal, ele é muito estratégico, muito importante. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude já está preparando a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, oferecendo materiais, buscando o fortalecimento juvenil e a sinodalidade. Também foi apresentada a preparação e programação para a V Jornada Mundial dos Pobres, que contará com celebrações e material de reflexão. Finalmente, a articulação brasileira para a Economia de Francisco e Clara apresentou a agenda de atividades. Nos dias 19 e 20 de novembro, haverá o II Encontro Nacional Economia de Francisco e Clara com o tema “Território, coletividade e práticas econômicas alternativas”. Surgiu a proposta de articulação nos regionais da CNBB e a oferta de formação para padres e seminaristas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Com informações da CNBB

O insulto não pode ser o modo de fazer política

A política, a arte de construir sociedade, se apresenta como um elemento fundamental na vida da humanidade. Porém, as atitudes daqueles que ocupam cargos políticos, tem provocado que essa arte tenha se desprestigiado cada vez mais. São inadmissíveis as atitudes com as que a gente se depara, cargos políticos que, em vez de fazer propostas que ajudam a construir a sociedade, a fazer realidade um mundo melhor para todos e todas, se dedicam a insultar e denegrir àqueles que tem opiniões diferentes ou que denunciam aquilo que não constrói sociedade e que, por tanto, não deveria fazer parte da política. O acontecido com o deputado estadual de São Paulo Frederico D´Ávila, que insultou gravemente e acusou de algo que constitui um crime, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, o Papa Francisco e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, são um exemplo de atitudes que se repetem no dia a dia dentro e fora do congresso, o senado, as assembleias legislativas dos estados ou as câmaras de vereadores do Brasil. Não podem ser toleradas palavras ou atitudes que, por outro lado, estão presentes em muitos dos cargos políticos no Brasil, inclusive em quem ocupa o lugar mais alto do poder executivo. O pior de tudo é que são pessoas que ocupam esses cargos em consequência do voto popular, o que deve levar à sociedade brasileira a refletir sobre a importância do voto e as consequências que o voto tem na vida social. Inclusive tem pessoas que apoiam, incentivam e batem palmas diante desse tipo de atitudes. Quando nos deparamos com esse tipo de gente, vamos descobrindo doenças cada vez mais presente numa sociedade enferma. Uma sociedade onde o insulto e a ofensa se tornam argumentos, validados inclusive por uma parte do coletivo social, deve recapacitar e tentar descobrir suas falhas estruturais. Insultar nos diminui, nos faz perder a razão, nos afasta dos outros e de nós, pois a gente vai deixando para trás aquilo que nos torna humanos. Uma das características próprias do ser humano e a capacidade para debater, para contrastar opiniões diversas, para construir a sociedade a partir de argumentos, que podem ser divergentes, mas que não podem ser motivo para insultar. O que fazer para desterrar da sociedade e da vida pública todo tipo de insulto? Quais os argumentos que cada um de nós tem e que nos permitem estabelecer pontes, também com aqueles que pensam diferente? São questões que devem estar presentes na nossa vida, também nos espaços em que é formada a personalidade das gerações mais novas. A sociedade se constrói com atitudes, que não podem estar marcadas pelo ódio. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

O CELAM mostra apoio ao episcopado brasileiro e exige medidas contra “as agressões e insultos do deputado”

Os ataques de Frederico D’Ávila, deputado estadual de São Paulo, ao Papa Francisco, a Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida e à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estão tendo repercussão internacional. O Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) enviou uma nota de solidariedade ao presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, na qual eles demonstram sua proximidade e fraternidade, expressando “sua solidariedade e apoio irrestrito ao episcopado brasileiro diante dos graves ataques e discursos de ódio”, que eles consideram “um ato abominável e irracional”. O CELAM “rejeita e condena categoricamente os ataques e insultos do deputado“, exigindo que “sejam aplicadas as correspondentes medidas corretivas legislativas e judiciais”. O texto, assinado pela presidência do CELAM, afirma que “desde suas origens a CNBB tem se caracterizado por seu espírito profético, saindo em defesa da liberdade e da vida do povo brasileiro, sem se deixar intimidar pelas múltiplas ameaças e truques que tentavam silenciar sua palavra e sua missão pastoral”. Junto com isso, o CELAM reconhece o “compromisso da CNBB com a população mais vulnerável, com os mais pobres e com o cuidado da casa comum“, o que “lhe deu a credibilidade e a autoridade ética, moral, social e política de que goza em nível nacional e internacional”. Citando Fratelli tutti, o CELAM denuncia a crescente fragilidade da política e a necessidade de que ela pense no bem comum a longo prazo. Além disso, encoraja o episcopado brasileiro, a quem mostra seu apoio, a ir adiante, “com coragem, construindo pontes de amor e esperança entre o povo brasileiro, anunciando o Evangelho da vida e denunciando os ultrajes contra a dignidade e os direitos fundamentais das pessoas, afirmando a defesa de nossa ‘casa comum’”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Abertura do Sínodo em Manaus: “Disponibilidade para novos e ousados passos missionários”

As igrejas particulares do mundo todo têm iniciado hoje, 17 de outubro de 2021, a etapa diocesana do Sínodo sobre a Sinodalidade, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, inaugurado pelo Papa Francisco no domingo 10 de outubro com uma Eucaristia na Basílica de São Pedro. Em Manaus, Dom José Albuquerque presidiu na Catedral Metropolitana, a celebração de abertura dessa etapa local do Sínodo, contando com a participação do padre Geraldo Bendaham, coordenador de pastoral arquidiocesano, e o padre Zenildo Lima, reitor do Seminário São José. Na homilia, Dom José Albuquerque lembrou que “todos somos missionários”, algo que nos lembra o mês de outubro, insistindo em que “somos chamados a testemunhar em comunidade a nossa fé para que todas as pessoas possam dizer ao olharem para nós: vejam como eles se amam”. O bispo auxiliar referiu-se à mensagem do Papa Francisco para o dia de hoje, que definiu como “muito bonita, muito profunda, muito direta”. Nela, o Papa disse que “quando experimentamos a força do amor de Deus, quando reconhecemos a sua presença de Pai na nossa vida pessoal e comunitária, não podemos deixar de anunciar e partilhar o que vimos e ouvimos. A relação de Jesus com os seus discípulos, a sua humanidade que nos é revelada no mistério da Encarnação, no seu Evangelho e na sua Páscoa mostram-nos até que ponto Deus ama a nossa humanidade e assume as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos anseios e angústias”. O bispo fez um chamado a acolher o ensinamento da Palavra e do Papa Francisco, “sempre com o coração grato”. Ele agradeceu por todos os missionários que estão na Arquidiocese de Manaus, sejam leigos e leigas, religiosas, padres. Segundo Dom José, “nós temos uma história tão bonita de pessoas que vieram de outras partes do Brasil e do mundo para nos ajudar aqui a semear o Evangelho, a nos ensinar a sermos Igreja, a caminhar junto conosco”. Seguindo esse exemplo, ele pediu “para que o Senhor nos ajude a sermos uma Igreja missionária” na Amazônia e em outras partes do mundo. Tudo isso, vivendo em comunhão, que nos leve a “participar desse diálogo, desse processo, desse caminho que nós já estamos fazendo aqui em Manaus com a Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que deve acontecer em outubro próximo”. Nesse processo chamou a se sentir participante, corresponsável. No final da celebração, o padre Geraldo Bendaham fez leitura do decreto do arcebispo de Manaus. Dom Leonardo Steiner lembra nele que “convocados pelo Santo Padre o Papa Francisco, nos unimos à Igreja no mundo inteiro no caminho de preparação, realização e execução do Sínodo dos Bispos”. Seguindo as indicações da Secretária Geral do Sínodo, a Igreja de Manaus, segundo o decreto do seu arcebispo, “acolhemos com criativa recepção as indicações do Documento Preparatório” e os outros documentos publicados. O arcebispo lembra que a temática do Sínodo “sempre foi a identidade de nossa Arquidiocese de Manaus”, algo que tem se concretizado nas Assembleias Arquidiocesanas. A Igreja de Manaus já tinha iniciado o caminho da Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que considera como “caminhos que se encontram e se enriquecem mutuamente”, algo que se faz presente na dinâmica de escuta de profunda reflexão sobre o modo de ser presença, e de disponibilidade para novos e ousados passos missionários”. Dom Leonardo insiste no decreto em que “os passos destes caminhos estarão sempre se completando”. Lembrando o Sínodo da Amazônia, o arcebispo pede que “no desejo que ‘o caminhar juntos’ implique novas dinâmicas estruturais e missionárias na Igreja” convoca a uma comprometida participação neste Sínodo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

CNBB pede “imediata e exemplar correção” para o deputado Frederico D’Avila

Diante dos ataques do deputado estadual do Estado de São Paulo, Frederico D’Avila, atacando a Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e ao Papa Francisco, no último dia 14 de outubro, da Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a CNBB tem emitido uma carta aberta em que “rejeita fortemente as abomináveis agressões proferidas pelo deputado estadual”. A carta denuncia o ódio descontrolado do parlamentar, quem “feriu e comprometeu a missão parlamentar”, pedindo a “imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes”. Lembrando seus 69 anos de caminhada, a presidência da CNBB deixa claro que “jamais se acovardou diante das mais difíceis situações, sempre cumpriu sua missão merecedora de respeito pela relevância religiosa, moral e social na sociedade brasileira”. Junto com isso, é lembrado que a CNBB “jamais compactuou com atitudes violentas de quem quer que seja. Nunca se deixou intimidar”. Por isso, a CNBB levanta sua voz, “diante de um discurso medíocre e odioso, carente de lucidez, modelo de postura política abominável que precisa ser extirpada e judicialmente corrigida pelo bem da democracia brasileira”. O fundamento dessa postura, está no princípio que diz que “a Igreja reivindica sempre a liberdade a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem”, palavras recolhidas do Documento do Vaticano II Gaudium et Spes. Em nome da democracia, a CNBB espera da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, “medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade”. Ao mesmo tempo, a CNBB afirma que “tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis”, sempre nos termos da Lei. Finalmente a CNBB reafirma “o nosso incondicional respeito e o nosso afeto ao Santo Padre, o Papa Francisco, bem como a solidariedade a todos os bispos do Brasil”. A CNBB aguarda uma resposta rápida do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Carlão Pignatari, pedindo uma “postura exemplar e inspiradora para todas as casas legislativas, instâncias judiciárias e demais segmentos para que a sociedade brasileira não seja sacrificada e nem prisioneira de mentes medíocres”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Papa Francisco erige canonicamente a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA)

O Papa Francisco erigiu canonicamente a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) como pessoa jurídica pública eclesiástica. Isto foi comunicado em uma carta datada de 11 de outubro pelo Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação dos Bispos, ao Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da CEAMA, em resposta a uma carta enviada por este último em 30 de setembro. A aprovação ocorreu em 9 de outubro, durante a audiência com o Santo Padre. Após a ereção canônica, falta a aprovação dos Estatutos, que o Papa examinará pessoalmente, e o correspondente Decreto de ereção deve ser redigido, o qual, como indica a carta, será enviado o quanto antes ao presidente da CEAMA, criada após sua Assembleia fundadora, realizada de 26 a 29 de junho de 2020, época em que se iniciaram os procedimentos com diferentes Dicastérios da Cúria Romana, um processo que durou até 4 de maio de 2021. Além disso, dentro do processo de renovação e reestruturação do Celam, também foram analisados os novos Estatutos do Conselho Episcopal Latino-americano, ao qual a CEAMA está vinculada. Segundo o Cardeal Ouellet, “os dois Estatutos foram comparados a fim de coordenar suas respectivas atividades institucionais, definindo suas relações recíprocas“. O objetivo é “evitar qualquer perigo de confusão ou sobreposição de competências, a fim de garantir o bom funcionamento das atividades e da missão de cada organismo”. A aprovação final depende “da conclusão do estudo comparativo necessário e da proposta e implementação das emendas ao texto”, diz o presidente da Congregação dos Bispos. Não podemos esquecer, como menciona a carta, a natureza sem precedentes do organismo, pois estamos tratando de uma conferência eclesial e não apenas de uma conferência episcopal. Neste sentido, o Pe. Alfredo Ferro SJ, secretário executivo da CEAMA, afirma que “para a Igreja latino-americana e particularmente para a Igreja da Amazônia, é uma grande alegria” o que se expressa na carta do prefeito da Congregação dos Bispos ao presidente da CEAMA, que comunica a ereção canônica da Conferência Eclesial da Amazônia pelo Santo Padre. Segundo o jesuíta colombiano, como CEAMA “sentimo-nos não só imensamente felizes, mas também reconhecidos por este gesto de afeto do Papa, dando reconhecimento ao que é o desejo e foi o compromisso do Documento Final do Sínodo, onde ele expressou a necessidade de criar esta conferência”. Para o padre Ferro, “este reconhecimento canônico é feito no marco de um chamado que o Papa Francisco nos fez para viver a sinodalidade“. Neste contexto, nas palavras do secretário executivo da CEAMA, “temos claramente um contexto e uma situação favorável, expressa também na carta, na reestruturação e renovação do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), na preparação e celebração da próxima Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe e no início do processo do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade“. Para o padre Ferro, “sentimos que novos ventos do Espírito estão soprando nesta Igreja“, pelo que ele agradece ao Senhor e ao cardeal Pedro Barreto, nomeado na carta, que “expressou explicitamente ao Cardeal Ouellet e ao Santo Padre a necessidade deste reconhecimento canônico para que a CEAMA possa agora desenvolver mais oficialmente, com esta personalidade jurídica, suas atividades e seus propósitos em sua ampla missão de delinear um Plano Pastoral para a Igreja da Amazônia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Regional Norte 1 convoca momento de formação sobre CF e Sínodo 2023

Uma das propostas da 48ª Assembleia Regional Norte 1, que aconteceu de 20 a 23 de setembro, foi a celebração do Seminário para os multiplicadores e as multiplicadoras da Campanha da Fraternidade do ano de 2022. O Regional Norte 1, numa carta aos Senhores Bispos, Coordenadores Diocesanos de Pastoral e Coordenadores das Pastorais, Organismos e Serviços do Regional, convocou o Seminário da Campanha da Fraternidade que acontecerá na Maromba de Manaus, de 22, iniciando à noite, a 24 de novembro, encerrando com o almoço. Logo após, 24, iniciando à tarde, e 25 de novembro, até o final do dia, no mesmo local, vai acontecer um Seminário com os animadores e animadoras do Sínodo dos Bispos de 2023. O encontro de formação para multiplicadores e multiplicadoras da Campanha da Fraternidade é realizado todos os anos, segundo Francisco Lima. Em 2022, a Campanha da Fraternidade 2022, tem como tema “Fraternidade e Educação”, e como lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”, onde devem participar, afirma o secretário executivo do Regional Norte 1 da CNBB, “multiplicadores e das multiplicadoras das nossas dioceses e prelazias”. Francisco Lima lembra que “ligado a esse seminário, a Igreja está vivendo um tempo de esperança, um tempo de refletir sobre a sua própria atuação. O Papa Francisco convocou um novo Sínodo dos Bispos, cuja assembleia ocorrerá em 2023 e haverá um tempo de preparação. Todas as dioceses e prelazias são convidadas a fazer a fazer a abertura local deste sínodo no próximo domingo, 17 de outubro”. O secretário executivo destaca que existe “um desafio muito grande no Regional com relação à questão tecnológica, nós não conseguimos realizar uma preparação de forma virtual e só agora está sendo possível realizarmos algumas atividades”. Ele lembra que este novo sínodo que o Papa convocou tem como tema, “Por uma Igreja sinodal”, e o como lema, “Comunhão, participação e missão”. Desde a secretaria executiva do Regional Norte 1, se insiste em que “nós queremos nos preparar para estes dois momentos tão importantes para nossa Igreja, a Campanha da Fraternidade com um tema tão relevante para o nosso tempo atual, que é a questão da educação, e o Sínodo, que nos faz pensar nesse caminho da nossa Igreja, que precisa cada vez mais ser de comunhão, de participação e missão”. Finalmente, Francisco Lima, anima a “que nós possamos nos preparar bem para esses dois momentos, que as nossas dioceses, as nossas prelazias, as nossas pastorais, organismos e serviços do nosso Regional possam participar bem destes dois momentos de formação que ocorreram no mês de novembro”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Religião: ligação com Deus além das aparências

A religião, a ligação entre o ser humano e a divindade, tem estado presente na vida da humanidade desde seus primórdios. De diferentes modos tem se manifestado uma relação que o ser humano expressa de diversas formas, mas também movido por interesses dispares, que nem sempre respondem a um sentimento unicamente religioso, que inclusive não tem nenhum sentimento religioso. Muitas vezes nos deparamos com aqueles que pretendem se aproveitar da religião, para melhor dizer, de uma falsa religião, visando alcançar benefícios pessoais. Não são poucos aqueles que ao longo da história tentaram, alguns deles conseguiram, sustentar seu poder tendo como base uma aparência religiosa, uma atitude que ainda hoje se faz presente. Nos dias de hoje, em que tudo o que acontece pode ser conhecido no mesmo instante, essa atitude de se aproveitar da religião e do sentimento religioso dos outros para conseguir benefícios pessoais se tornou algo presente. Muitas vezes se trata de lobos em pele de cordeiro, que tentam mostrar aquilo que de fato não faz parte da sua vida, se aproveitando de sentimentos religiosos daqueles que vivendo uma verdadeira religião, pensam que todos têm as mesmas atitudes. De nada adianta participar de uma celebração religiosa, se colocar diante de uma imagem, inclusive falar de Deus, se a pessoa não assume o modo de vida de quem quer caminhar com Deus. Uma verdadeira religião nos liga com Deus, mas também com aqueles em que Ele se faz presente. Virar as costas para os outros, sobretudo para os pequenos, para os vulneráveis, nos afasta de qualquer sentimento religioso. A religião cristã entende que Deus é alguém que se faz próximo da humanidade, e para estarmos próximos dele, não podemos virar as costas, nem ignorar o sofrimento dos pequenos. Ser cristão nos leva a um compromisso pessoal que supera o mundo das ideias, nos tornando assim presença de um Deus que não comunicamos só com as palavras e sim com as atitudes e nosso jeito de nos relacionarmos com aqueles que a sociedade descarta. Como ajudar as pessoas a descobrir aqueles que querem se aproveitar da religião em beneficio próprio? Como aprender a distinguir os sepulcros caiados que encerram morte e podridão dentro de si? Como construir hoje, no tempo atual, a verdadeira religião que vai além das aparências? Como desmascarar aqueles que continuam se aproveitando do sentimento religioso para construir seus planos que em nada condizem com aquilo que Deus quer? São perguntas que precisam de respostas, sobretudo da parte daqueles que dizem ter sentimentos religiosos, daqueles que entendem a ligação com Deus como modo de fazer realidade um mundo melhor para todos e todas, além de interesses pessoais que manifestam egoísmo, um sentimento que nos afasta de qualquer ligação com a divindade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar