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Na abertura do Mês da Bíblia, Dom Walmor chama a “oferecer à nação brasileira um cristianismo autêntico, bonito, solidário, fraterno”

Uma missa no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, deu início neste 1º de setembro ao Mês da Bíblia, que está completando 50 anos. Ao longo do dia está programado atos em todo o país para comemorar uma caminhada iniciada em 1971. Nesse tempo, a Igreja no Brasil tem vivenciado o Mês da Bíblia como um momento importante na vida da Igreja, buscando “anunciar a Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que renova e impulsiona à missão”, segundo recolhe o site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Podemos dizer que foi um dos frutos do Concílio Vaticano II, buscando aprofundar e vivenciar a Palavra, sendo proposto o estudo de um dos livros da Bíblia para cada ano. Querendo fomentar a presença bíblica na vida das comunidades, ao longo desses 50 anos, tem sido criados subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação, buscando assim facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades. Ao longo do mês de setembro, até a festa de São Jerónimo, o tradutor da Bíblia hebraico para o latim, facilitando assim o acesso aos textos sagrados, a Igreja do Brasil, como já é tradição, está chamada a aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus. Na sua homilia, o presidente da CNBB definiu o Mês da Bíblia como “uma pérola preciosa”, agradecendo a Deus pelo caminho de 50 anos na Igreja do Brasil em que tem sido colocada a Palavra de Deus em primeiro lugar. O arcebispo de Belo Horizonte lembrou que foi nessa igreja particular que nasceu o Mês da Bíblia, com o impulso inicial das irmãs paulinas, “que se tornou um patrimônio da Igreja no Brasil inteiro, colocando a Palavra de Deus em primeiro lugar”. O presidente da CNBB lembrou a importância do Concilio Vaticano II e da Dei Verbum, que colocou a Palavra de Deus em primeiro lugar, superando uma distância de séculos da Igreja com a Palavra de Deus. O arcebispo fez um chamado a descobrir a importância da Palavra de Deus, lembrando isso no início da Semana da Pátria, momento em que “nós somos chamados a pensar de modo muito profundo, sério e comprometido sobre a nação brasileira que nós formamos, exigidos por uma cidadania qualificada, marcada pelo diálogo, pela solidariedade, pelo respeito, pela cooperação, por um olhar que atinge os mais pobres, sem radicalismos, sem polarizações, sem disputas”. Dom Walmor mostrou seu desejo de que a luz da Palavra de Deus ilumine o caminho da reconstrução da sociedade brasileira, insistindo em que “nós os cristãos, temos que contribuir de modo cada vez mais decisivo”. O arcebispo de Belo Horizonte pediu viver esta semana “no respeito, no diálogo, no respeito às instituições democráticas”. O presidente da CNBB destacou a figura de Maria naquilo que significa a compreensão da Palavra de Deus e como ela nos ajuda a colocar Cristo no centro da nossa vida. Dom Walmor destacou a importância da Palavra de Deus no dia a dia da Igreja, nas circunstâncias da vida, e nas famílias, como “instrumento para produzir em nós o amor que nosso coração precisa nutrir e ter em abundância para nos permitirmos viver um testemunho bonito e amoroso”. O arcebispo destacou que “a escuta da Palavra de Deus é a experiência importante, bonita, de fazer de nós servidores e servidoras da vida, especialmente daqueles que precisam mais, os pobres, os enfermos, os vulneráveis, aqueles que estão numa luta maior pelo dom da vida, que é dom sagrado, inviolável, dado por Deus a cada um de nós”. Segundo o presidente do episcopado brasileiro, “celebrar o cinquentenário do Mês da Bíblia, significa para toda nossa Igreja no Brasil o primado da Palavra de Deus”. Por isso, o arcebispo fez um chamado a que “o anúncio da Palavra de Deus se torne por tanto, nesse caminho do Mês da Bíblia, a reafirmação do compromisso e a efetivação da missão de colocar a Palavra de Deus em primeiro lugar na vida da Igreja, na vida da família, na vida da comunidade de fé e na vida pessoal de cada um de nós”. Ele insistiu em “fazer ecoar em toda a Igreja do Brasil a centralidade da Palavra de Deus”, e assim “poder oferecer à nação brasileira um cristianismo autêntico, bonito, solidário, fraterno, que transforma mentes e corações e que nos faz irmanados como membros dessa nação”. Finalmente, se referindo à Carta de São Paulo aos Gálatas, o livro proposto pela Igreja do Brasil para ser estudado neste cinquentenário do Mês da Bíblia, com o lema “Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”, pediu que seja instrumento “para que cresçamos no sentido de pertença, cresçamos no sentido de respeito mútuo e de diálogo, cresçamos no conhecimento da doutrina bonita da nossa fé, não como conceitual, simplesmente, não como rigidez, mas como experiência que brota e faz brotar em nossos corações a sabedoria do amor”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

CRB propõe roteiro de oração pelo Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

No dia 1º de setembro é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. Desde 2015, em que o Papa Francisco instituiu essa data, somos convidados a rezar e assim iniciar o Tempo da Criação, que se prolonga até o dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis. Além disso, essa data quer dar mais um passo no caminho ecumênico, dado que desde 1989 a Igreja Ortodoxa celebra essa data. A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) convida a participar deste momento com um roteiro de oração. Em três momentos, faz um chamado a rezar com o coração e a mente agradecidos, rezar com o coração penitente e rezar com o coração comprometido. O ponto de partida é o agradecimento a “Deus, Mãe/Pai, criador da vida, da natureza e FONTE de vida”, fazendo um chamado a recordar “a nossa querida Amazônia”, a agradecer o que dela recebemos e a escutar o convite do Deus da vida “para conquistá-la, conservá-la, aprimorando-a sempre mais”. É o Deus Criador que inspira através da sua Palavra, narrada no Livro do Gênesis, uma Palavra que nos toca e transforma, que nos leva a pedir perdão por tantas situações pecaminosas (nível pessoal, comunitário, eclesial, social e planetário) que ferem seu plano de vida em abundância para todos. Também é momento de Louvor a Deus, inspirado na encíclica Laudato Si´, onde o Papa Francisco convida-nos a exaltar a generosidade e gratuidade do Deus Criador! É momento para pedir a Luz de Deus “para iluminar nossas mentes, encorajar-nos e fortalecer-nos na vivência de atitudes proféticas, na defesa e cuidado da Criação”. Mas também é momento de realizar um gesto concreto, a plantar uma árvore, individualmente ou em comunidade, e compartilhar esse gesto com os outros. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Jônisson da Silva Rolim, novo diácono na Prelazia de Itacoatiara

No último sábado, 28 de agosto de 2021, era ordenado diácono Jônisson da Silva Rolim, pela imposição das mãos de Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara. A ordenação aconteceu na Paróquia Santo Antônio de Itacoatiara, contando com a participação de vários padres da Prelazia de Itacoatiara, seminaristas e representantes da Vida Religiosa, além do Povo de Deus que vive sua fé nas diferentes paróquias que fazem parte dessa igreja particular. Na homilia, o bispo falou para aquele que ia ser ordenado sobre a necessidade de como diácono fazer com prazer a vontade de Deus, sobre a necessidade de ser servidor, elemento fundamental no ministério diaconal, especialmente dos empobrecidos e excluídos, mas “não para servir de qualquer jeito”. Dom Ionilton entregou para Jônisson, a Querida Amazônia, como compromisso de comunhão com o Papa Francisco e o cuidado pastoral com a Amazônia; o Documento de Aparecida, para expressar a comunhão com a Igreja da América Latina e o Caribe; as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que expressa a comunhão com a Igreja do Brasil; e as Diretrizes da Prelazia de Itacoatiara.     A ordenação do novo diácono é mais um motivo de alegria para a Prelazia de Itacoatiara, que contribuirá para o serviço de evangelização do povo de Deus. O padre Graciomar Gama, em nome do clero, proferiu algumas palavras ao novo diácono, dizendo viver a ordenação como um momento significativo. Ele lembrou ter conhecido o novo diácono sendo ainda um jovem atuante na vida pastoral da paróquia de Santo Antônio. Segundo o padre Graciomar, que foi pároco dessa paróquia durante quase vinte anos, a vocação do Jônisson nasceu “da experiência de amor à comunidade”. O Vigário Geral acolheu o novo diácono no clero, como “um irmão a mais para somar com a gente”.  O novo diácono, que escolheu como lema diaconal, “para servir as mesas”, destacou que o diácono faz se servidor, pregador, aquele que escuta, agradecendo aqueles que tem lhe ajudado no seu caminho vocacional, também a sua família e aqueles que se fizeram presentes em sua vida. Finalmente, Dom José Ionilton falou sobre a necessidade de fortalecer o trabalho vocacional, insistindo em cultivar vocações para a Igreja, todas as vocações. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

3 candidatos ao Diaconato permanente recebem ministérios na Prelazia de Borba

Em tudo rendei graças ao Senhor. Finalizando este mês vocacional, no dia 29/08 na Paróquia Cristo Rei, em missa presidida por nosso bispo prelado de Borba, Dom Zenildo Luiz, receberam os Ministérios de Leitorato, Acolitato e Admissão as Ordens Sacras, João Paulo Gonzaga, Edilson Campos e Luiz Rozinaldo de Lima Goes, para atender ao chamado vocacional do serviço em nossa Igreja. Que Deus nos ajude. Gratidão ao nosso pároco padre Laércio Pereira da Paz por todo apoio e ensinamentos da caminhada, a minha família, amigos e demais fiéis que estavam presente. Fonte: Prelazia de Borba 

Tradicional festa do Seminário São José acontece online neste sábado 28 de agosto

O último sábado de agosto, Mês Vocacional, sempre foi um momento esperado no Seminário São José de Manaus, o lugar donde são formados os seminaristas das nove igrejas particulares que fazem parte do Regional Norte 1. Era o dia da festa do Seminário, congregando grande número de participantes, chegados das paróquias y comunidades da Arquidiocese de Manaus.  Segundo o padre Zenildo Lima, “anualmente nós fazemos a festa do Seminário São José para celebrar sobretudo a interação do Seminário com as comunidades”, até o ponto que, segundo o reitor, “já chegou a ser chamado de festa das comunidades no Seminário”. Ele relata que “desde o ano passado, por causa desse contexto de pandemia, nós não tivemos a oportunidade de reunir as comunidades”. Em 2020 foi feita uma live, formato que vai ser usado de novo neste ano, numa festa que acontece neste sábado, 28 de agosto, com transmissão ao vivo no Facebook do Seminário São José e da Rádio Rio Mar. Mesmo online, o reitor destaca o desejo do Seminário de “sempre estar junto das comunidades”. O padre Zenildo afirma que “nesta festa queremos destacar a figura de San José, por causa do Ano de São José”. De fato, o título da festa é “Coração de Pai”. Para o reitor, é um momento para “viver essa nossa dimensão de comunhão com as comunidades eclesiais, que são sempre muito solícitas ao seminário”. O padre Zenildo Lima lembra que “todos os anos, nessa festa, seja por meio do bingo, seja por meio das guloseimas que vendemos na festa, é um modo de participação das comunidades”. Ele destaca que “neste ano, elas estão nos ajudando através da rifa, que embora seja bastante divulgada por ocasião da festa, na verdade só vai ocorrer no dia 18 de setembro”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Uma Constituição ao serviço das elites?

A lei suprema nos países democráticos é a Constituição, que garante os direitos do povo. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 marca até hoje as normas de convivência no país. No seu Preâmbulo, a Constituição diz buscar “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”. Diante da realidade que o Brasil vive hoje, onde as tentativas de adaptar a Constituição e as leis do país aos interesses das elites estão cada vez mais presentes, a sociedade brasileira é chamada a refletir e também a reagir. Não podemos esquecer que quem cala, consente. O chamado Marco Temporal, que pretende acabar com direitos dos povos indígenas, conquistados após longos processos de luta, e que são reconhecidos pelas leis brasileiras e pela própria Constituição Federal, é só um exemplo de uma dinâmica que deveria preocupar a grande parte da sociedade brasileira. A Igreja brasileira, ao menos a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que poderia ser considerada como um dos órgãos mais importantes na Igreja do país, deixou claro mais uma vez sua postura. Seu presidente, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em visita ao Acampamento Luta pela Vida, que congrega em Brasília, de 22 a 28 de agosto, a mais de 6.000 indígenas de 150 povos diferentes, afirmou a necessidade de “respeitar o que está na Constituição Federal: a demarcação das terras e o respeito a todos os povos indígenas pela riqueza importante e pelos ensinamentos que nos trazem”. Mais uma vez, a Igreja do Brasil, como tem feito ao longo da história, mostra que tem lado, o lado dos vulneráveis, daqueles que a lei nem sempre respeita em seus direitos fundamentais, daqueles que a sociedade tem ignorado ao longo dos anos. Uma sociedade que vira as costas para os sofredores vai se tornando indolente e perdendo assim os valores fundamentais que fazem que ela persevere no tempo. As atuais tentativas de acabar com os direitos fundamentais, algumas delas já consumadas, como aconteceu com a Reforma Trabalhista, mostram que a casta política está muitas vezes ao serviço dos interesses das elites e não do povo. Isso deve levar a sociedade brasileira a se questionar sobre o rumo a ser seguido. Na medida em que a economia e os privilégios de pequenos grupos se tornam lei fundamental, estamos diante de uma sociedade condenada a morrer. Quando os princípios constitucionais vão sendo minados, a estrutura social está cada vez mais próxima de desabar, provocando uma reação em cadeia que provocará consequências muito graves. É tempo de tomar consciência, de se posicionar, de deixar claro qual é o lado da gente, que sempre deve ser o lado daqueles que nunca contaram na hora de decidir o rumo a ser seguido, mas que sempre mostraram que suas escolhas são garantia de um futuro melhor, de Bem Viver. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Padre Mellon eleito Administrador da Prelazia de Tefé

O Colégio de Consultores de Prelazia de Tefé escolheu na tarde desta quarta-feira, 25 de agosto de 2021, seu Administrador. O cargo será ocupado pelo padre Waïbena Atama Mahoba Mellon. Após sua transferência como novo bispo de Palmares, anunciada no dia 9 de junho, Dom Fernando Barbosa dos Santos ficou como Administrador até o passado domingo, 22 de agosto, em que assumiu sua nova missão. A reunião para a escolha do novo administrador foi presidida pelo padre Piotr Pawel Schewior, presbítero mais antigo por tempo de coordenação dentre os membros do Colégio de Consultores. O novo administrador da Prelazia, que após ser eleito aceitou a eleição diante dos demais membros, é padre diocesano incardinado na Prelazia de Tefé, onde está desde 2006. Atualmente, o padre Mellon é pároco da Paróquia São Joaquim no município de Alvarães e também Coordenador de Pastoral da Prelazia. A Prelazia de Tefé roga a Santa Teresa, padroeira da Prelazia, que conduza o novo administrador nesta missão tão árdua, de guiar o povo dessa Igreja Particular com sabedoria e sempre fiel ao compromisso de servidor do Reino. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Organizações, movimentos sociais e pastorais de Roraima mostram apoio aos povos indígenas na defesa dos territórios e luta por direitos

Numa nota elaborada pelos participantes do Seminário virtual da 6ª Semana Social Brasileira, em Roraima, com o tema “Mutirão pela vida: por Terra, Teto e Trabalho”, os membros das organizações, movimentos sociais e entidades pastorais, reunidos entre os dias 20 e 22 de agosto de 2021, manifestam sua solidariedade com os povos indígenas de Roraima e de todo o Brasil em sua luta pela defesa dos territórios e dos direitos coletivos conquistados na Constituição Federal de 1988. O texto mostra preocupação e indignação diante do acontecido “dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, quando um comboio ostensivo da Polícia Militar, com reforços das equipes de BOPE, desativou um Posto de Vigilância da comunidade indígena que tinha por objetivo evitar a entrada de apoios e mantimentos para o garimpo ilegal que está acontecendo na região”. O problema na região, denuncia a nota, “é a presença do garimpo ilegal e a entrada de bebidas alcoólicas”, defendendo o direito dos povos indígenas de “cuidar e impedir qualquer atividade ilícita dentro de seus territórios”. Também é denunciado que o Estado não cumpre com sua “obrigação constitucional de proteger as terras indígenas”, e tem se tornado conivente contra os interesses das comunidades indígenas. O garimpo atinge a vida da população de Roraima, obrigada a consumir água poluída, afirma o texto, que mostra seu apoio e solidariedade à mobilização dos povos indígenas no Acampamento Luta pela Vida, buscando evitar os projetos que alteram a demarcação das terras indígenas, e abrir os territórios indígenas à mineração. Diante disso expressam sua confiança no Supremo Tribunal Federal para que preserve a Constituição Federal de 1988. Finalmente lembraram a memória da Irmã Telma Lage, “defensora incansável dos direitos humanos”, e reafirmaram seu compromisso “por defender um país mais justo e plural, onde os direitos fundamentais sejam garantidos para todos”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

5º Nortão de Presbíteros da Amazônia reflete sobre Comunhão e Missão no contexto da pandemia

Iniciou-se nesta terça-feira, 24 de agosto, o 5º Nortão de Presbíteros da Amazônia, que reúne os padres dos regionais Norte 1, Norte 2, Norte 3, e Noroeste. O encontro, que acontece em modo virtual, tem como tema: “Presbíteros, Comunhão e Missão: a perspectiva do cuidado e as relações no contexto da pandemia”. Segundo o padre Manoel Rubson B. de Vilhena, presidente da Comissão Regional de Presbíteros do Norte 1, “nosso encontro acontecerá a partir do Texto Base do 18º Encontro Nacional de Presbíteros, cujo tema é Presbíteros: Comunhão e Missão”. Segundo o padre Rubson, “no entanto vamos compartilhar também a realidade de tantos desafios impostos pela pandemia e seus desdobramentos no isolamento social”. Para o padre, que faz parte do clero da Arquidiocese de Manaus, “a pandemia trouxe consigo uma série de intercorrências que afetaram a vida, provocando mudanças e transformações no modo de viver o cotidiano”. Ele acrescenta que “a vida dos presbíteros, nos vários locais, regiões, dessa imensa Amazônia, espalhada nos nossos quatro regionais, tem sido afetada com certeza por essa questão”. Por isso, o 5º Nortão é visto pela comissão organizadora do encontro, composta pelos presidentes dos quatro regionais da CNBB, como “momento de grande fraternidade, de estreitar os laços da nossa fraternidade presbiteral e testemunhas as alegrias e esperanças de nosso ministério”. O assessor do encontro, com 182 padres e 4 bispos inscritos, está sendo o professor Carlos Bruno de Araújo Mendonça. No primeiro dia, partindo do diálogo e interação com os participantes, fez um chamado a fazer a diferença, a não se acomodar. Segundo o assessor, tratar com gente, e esse é um dos elementos mais presentes na vida dos presbíteros, “não é algo simples, fácil nem tranquilo”. O professor, que perguntou aos participantes sobre os impactos da pandemia na sua caminhada pessoal e ministerial, vê o momento atual como “começo para encontrar novos caminhos”, para que os presbíteros entendam e assumam sua condição de homens de fé, de “construtores de um mundo novo”, algo que deve estar sustentado numa experiência profunda com Deus. Ele fez um chamado ao compromisso e insistiu na necessidade de diante de um mundo cada vez mais acelerado, “ser ágeis e não desesperados, viver um dia de cada vez, para evitar viver uma vida de atropelamentos”. Segundo Carlos Bruno, se faz necessário entre os presbíteros “não buscar ser famosos e sim importantes na vida das pessoas, entender que Deus é que fez”. Dai fez um chamado a refletir sobre o automatismo no exercício ministerial, afirmando que muitas vezes “se coloca o piloto automático, até na hora de celebrar a Eucaristia”. Diante dessa tentação de viver o ministério ordenado desde o automatismo, fez ver que “as pessoas percebem se o ministro ordenado está comprometido, animado, feliz”. Diante dessa realidade, se faz necessário conhecer os limites, saber quando tem que parar, evitar uma “vida de adolescente”, uma vida sem limite. Ao mesmo tempo fez a proposta de criar uma estrutura que nos ajude a caminhar, a pensar os próximos passos como humanidade, a estar sempre a caminho. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Fernando Barbosa toma posse como bispo de Palmares (PE)

Dom Fernando Barbosa dos Santos, C.M., tomou posse como bispo da Diocese de Palmares (PE), neste domingo (22), em uma solenidade marcada pela alegria e pela unidade. A cerimônia realizada na Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Montes contou com a participação de arcebispos, bispos e padres de todo o Regional Nordeste 2 da CNBB. Também estiveram presentes representantes da Prelazia de Tefé (AM), porção da Igreja que dom Fernando Barbosa pastoreou durante os últimos 7 anos. Além de membros dos regionais Norte 1 e Norte 2 da CNBB, do estado do Tocantins e da Província da Congregação da Missão, em Fortaleza. Centenas de fiéis leigos acompanharam o rito em frente à catedral e pela internet, em respeito aos protocolos sanitários. Após leitura da bula papal, de receber o báculo como símbolo do pastoreio das mãos do bispo da Diocese de Petrolina (PE), dom Francisco Canindé Palhano, e de ouvir as palavras de acolhimento dos representantes do clero, dos religiosos e dos leigos, dom Fernando dirigiu suas primeiras palavras como 4º bispo de Palmares. Na homilia, o religioso destacou a alegria, mas também a grande responsabilidade ao assumir a nova missão em uma terra por onde “passaram grandes bispos”. “Recebo uma grande riqueza dada pelo Senhor que me confiou uma igreja missionária capaz de olhar e ser modelo para as demais como uma igreja servidora, uma igreja em saída e samaritana que contempla o rosto do pobre. Sim, uma igreja capaz de amar e perdoar sendo sinal do Senhor aqui na Terra”, declarou. Dom Fernando sintetizou sua missão como bispo dizendo que sua tarefa é o diálogo e que seu compromisso é com a sinodalidade. O religioso afirmou ainda que irá ao encontro do clero e de todos fiéis como pastor capaz de escutar, perdoar, direcionar, governar e, ao mesmo tempo, abrir novos horizontes para uma caminhada em conjunto. “Ser bispo tem essa missão de agregar, pois a Igreja deve ser esse sinal de unidade entre o bispo, clero, religiosos, religiosas e fiéis leigos. Sinto-me muito feliz em ver meus colegas bispos que vieram de tantas dioceses porque somos comunhão, uma única Igreja conduzida pelo Senhor, e aqui estou como servo da Congregação da Missão”, disse. O bispo de Garanhuns (PE) e presidente da CNBB NE2, dom Paulo Jackson, expressou sua alegria em acolher dom Fernando no regional que “tem uma bonita tradição de sinodalidade”. “Nós nos alegramos muito porque o senhor traz essa experiência bonita da Amazônia que poderá nos ajudar apontando caminhos para que nossa Igreja seja cada vez mais missionária. Muito obrigado pelo seu sim”, destacou. Por fim, dom Fernando Barbosa agradeceu a todos os bispos, aos seus familiares e antes de encerrar a celebração rezou nos túmulos dos ex-bispos da Diocese de Palmares (PE), dom Acácio Rodrigues Alves e dom Henrique Soares da Costa, este seu antecessor. Fonte: http://cnbbne2.org.br/dom-fernando-barbosa-toma-posse-como-bispo-da-diocese-de-palmares-pe/