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Encerramento da Campanha Amazoniza-te: celebrar conquistas e chamar a atenção para violações de direitos dos povos e da Amazônia

Em julho de 2020, diferentes organizações eclesiais, dentre elas te o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), Mídia Ninja e o Movimento Humanos Direitos (MHuD), lançaram a campanha Amazoniza-te.  A campanha que contou com o apoio da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), as Pontifícias Obras Missionárias (POM), o Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), será encerrada nesta quinta-feira, 29 de julho, às 20 horas de Brasília. A campanha “Amazoniza-te” nasceu do diálogo entre organizações eclesiais e da sociedade civil a partir da necessidade de sensibilizar a opinião pública brasileira e internacional sobre o perigo ao qual está sendo exposta a vida na Amazônia. O desmonte dos órgãos públicos de proteção ambiental, o desrespeito contínuo da legislação, bem como ausência da participação da sociedade civil nos espaços de regulação e controle das políticas públicas também fomentaram a criação da campanha.  Ao longo de um ano, a campanha, através de diferentes ações, tem chamado a atenção para as ameaças na região, querendo dar visibilidade as lutas dos povos da Amazônia e aos perigos que estão expostos. O evento desta quinta-feira, que tem por nome Dia A – Amazoniza-te, e que será realizado virtualmente, pretende celebrar as conquistas da campanha Amazoniza-te e mobilizar toda a sociedade para a tomada de consciência em vista da Amazônia e seus povos. O evento deste dia 29 será momento de celebração, com orações e apresentações de artistas da Amazônia, de relembrar as conquistas da campanha e divulgação de uma série de podcasts e materiais informativos sobre os desafios da realidade amazônica vivenciada por suas populações. Junto com isso, serão divulgados uma série de reportagens que detalha, a partir de casos emblemáticos, o cenário de violência contra os povos amazônicos. Estamos diante de mais uma oportunidade para relembrar e mobilizar toda a sociedade para a tomada de consciência em vista da Amazônia e seus povos. A Campanha tem sido um chamado para que todas as pessoas se amazonizassem, segundo a Ir. Maria Irene Lopes. A diretora executiva da REPAM-Brasil destaca que “essa convocação não se encerra com a campanha, na realidade, ela se estende para todas as nossas lutas e ações em defesa da nossa casa comum”. O coordenador de articulação da REPAM-Brasil, Paulo Martins, também insiste nessa mesma ideia, diante de uma campanha iniciada há um ano e realizada em quatro etapas. A campanha conseguiu mobilizar uma série de organizações sociais e eclesiais buscando dar visibilidade à realidade da Amazônia. De acordo com Martins a campanha chega ao final com um saldo muito positivo e com novas perspectivas. Segundo ele, “encerramos nessa semana apenas a campanha, pois o imperativo ‘Amazoniza-te’, agora, é parte das nossas ações e articulações. Nós, enquanto organizações que atuamos na Amazônia, temos a missão de contribuir para que toda a sociedade aprenda a conjugar e a viver o verbo amazonizar”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Padre Alfredinho: “Graças à Igreja o povo ainda está de pé, porque o governo o abandonou completamente”

Multidão e compaixão tem sido os dois conceitos que alicerçaram a partilha que o padre Alfredinho fazia nesta segunda-feira, 26 de julho com membros do Serviço Pastoral do Migrante chegados de diferentes pontos do Brasil, principalmente da Amazônia. O encontro que aconteceu na paróquia São Geraldo de Manaus pode ser considerado como um passo prévio do Seminário que vai acontecer de 27 a 29 de julho na capital amazonense, um seminário formativo para as equipes pastorais do Serviço Pastoral do Migrante, onde será avaliado o trabalho realizado, haverá formação sobre legislação no campo migratório e serão colocadas perspectivas para os próximos meses. Em sua reflexão, o padre Alfredinho afirmava que “compaixão não é dar coisas, é colocar o próprio tempo ao serviço de, estar com na hora da paixão, estar com na hora do momento limite da vida”. Partindo da passagem do Evangelho em que Jesus vê a multidão cansada e abatida, disse que ele viu os migrantes cansados e abatidos, e teve compaixão. Ele lembrava que em hebraico, os sentimentos nascem das entranhas, afirmando que “estremeceram-se as entranhas de Jesus diante das multidões cansadas e abatidas”, perguntando aos presentes se isso tem acontecido com eles diante do sofrimento dos migrantes. Diante da situação atual que vive o Brasil, o padre Alfredinho afirmou que “graças à Igreja o povo ainda está de pé, porque o governo o abandonou completamente”. Por isso destacava que multidão e compaixão sempre vão de mãos dadas, juntando também a isso a solidão, uma realidade que se faz presente em muitas pessoas. Seguindo o tema da Semana do Migrante deste ano, se perguntava: “Quem bate à nossa porta?” Segundo ele, são “as multidões cansadas, abatidas, solitárias, de quem Jesus tem compaixão, de quem a Igreja tem compaixão, de quem o SPM tem compaixão, de quem os agentes têm compaixão, e se desdobram para oferecer pão, serviços, documentos, emprego, casa provisória, alguma coisa”. “Onde existem multidões cansadas e abatidas, manifesta-se a compaixão de Deus, estremecem as entranhas de Deus”, sublinhava o padre Alfredinho, afirmando que “só a compaixão é capaz de gerar palavras”. As multidões que procuravam Jesus, o procuram hoje, e o encontram nos agentes que cuidam dos migrantes, segundo o padre, mesmo diante das limitações e impotência diante da grandiosidade da tragédia provocada pela pandemia, a migração, o desemprego, que mostra uma tragédia muito grande para nossa pequenez. O que faz a diferença neste momento é a compaixão, insistia o padre Alfredinho, num mundo onde “o tecido social está podre”, algo que está tentando ser revitalizado por aqueles que se empenham em “dar nome, dar rosto, dar história e memória aos números”. Diante disso, ele disse que a tarefa da Igreja é “descobrir que por trás desses números existe um rosto, uma história, uma família, uma memória, uma vida fraturada, ferida, que precisa de cuidado especial”. São números que batem à porta de todas as cidades, de todas as fronteiras, de todas as casas, segundo o padre. São “vidas feridas, vidas que não cicatrizaram, vidas que sangram, vidas que tem os olhos grudados no chão pela vergonha”, afirmava o padre Alfredinho, lembrando daqueles que ficam nas filas pedindo o imprescindível para sobreviver. Estamos diante de “pessoas feridas, fragmentadas, desarrumadas, famílias quebradas”, vidas que se tentam costurar, mesmo no meio das impotências, debilidades, hostilidades e inimizades, rixas, invejas, ciúmes, o que demanda caminhar juntos e superar as diferenças instaladas na sociedade e na Igreja, que gastam nossas energias, que poderiam estar ao serviço dos caídos à beira da estrada, das multidões cansadas e abatidas. Ele insistia em que a postura do Serviço Pastoral do Migrante é evangélica, fazendo um chamado a estabelecer relações interpessoais gratuitas, com os olhos voltados para o horizonte, e não para nossos interesses, que segundo ele, “são muito sutis, eles passam pela vaidade, elas passam pelos ciúmes, eles passam pela inveja”. Ele chamava a trabalhar contra o vírus da pandemia, do negacionismo, da violência, da polarização ideológica… inclusive presente na Igreja, onde existem agentes “levando o vírus para as instâncias da pastoral“. Diante disso, o padre Alfredinho disse que “quem bate à nossa porta quer nos ver, no mínimo, convergindo as forças para o projeto social”, algo não presente diante de tanta desafinação existente. Ele se perguntava: “Diante de quem bate à nossa porta, nós oferecemos uma oportunidade de cidadania ou nós oferecemos um campo de conflitos ou de tensões?”, perguntando também o que cada um tem a oferecer diante das multidões abatidas que batem à nossa porta. O grande desafio da Igreja hoje é conseguir traduzir o rosto da misericórdia de Deus diante das multidões cansadas e abatidas, algo que mais ninguém vai fazer. Trata-se de mostrar aquilo que é a herança da Igreja, que nasce do Evangelho, que é a compaixão, que a herança que vai salvar a Igreja, vai salvar o Povo de Deus. Por isso perguntava aos presentes “até que ponto nós traduzimos essa compaixão, até que ponto nós somos essa compaixão de Jesus, até que ponto nós somos personificação conjunta dessa compaixão de Jesus?”. Segundo o padre Alfredinho, “a melhor pátria, a melhor cidadania que os migrantes têm hoje, é essa compaixão”, que eles vão encontrar nos agentes da Igreja. Por isso, questionava mais uma vez como estamos cuidando dessa herança, cultivando o bem-estar do migrante e o cuidado de uns para com os outros nos pequenos detalhes, “gestos que não custam nada e fazem um bem tremendo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Fernando Barbosa agradece aos participantes do Encontro de Formação da Prelazia de Tefé

Dom Fernando Barbosa, administrador da Prelazia de Tefé, agradeceu aos Padres, Conselho de Pastoral, Coordenação de Pastoral, Cáritas da Prelazia de Tefé, assessores do encontro, Regional Norte 1, Diáconos, Religiosos/as, Leigos e Leigas, Pastorais e Movimentos desta Igreja Particular de Tefé, pela participação do Encontro de Formação que aconteceu de 21 a 25 de julho. O bispo diz ter estado “inteiramente em comunhão através das minhas orações para que tudo ocorresse bem, e sempre acompanhando também através do contato constante com algumas pessoas”. Dom Fernando espera “que as forças tenham sido renovadas neste encontro de comunhão e partilha, é sempre bom beber da fonte para que possamos revigorar o ânimo e amor pela missão”. A mensagem conclui rogando “a Deus que vos abençoe para que continuem nesta caminhada sinodal, construindo uma Igreja Missionária e Profética”. Finalmente pede orações pela sua missão. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Papa Francisco pede aos comunicadores brasileiros promover “Uma comunicação que constrói pontes, que busca diálogo e supera as aporias ideológicas”

O Papa Francisco, por meio do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviou uma mensagem aos participantes do Mutirão de Comunicação 2021, que nesta sexta-feira e sábado, 23 e 24 de julho, reuniu 5.600 participantes virtualmente. A mensagem do Papa foi lida pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Após ser informado do Mutirão de Comunicação, o Papa Francisco desejou “transmitir o seu afeto e dirigir uma palavra de encorajamento para todos os participantes deste encontro que pretender encontrar novos caminhos para a promoção da ‘valorização do humano na comunicação’”. O Papa Francisco afirma que “os cristãos estão chamados a ser um sinal de esperança e solidariedade na sociedade brasileira tão atingida pela atual pandemia”. Esse ser sinal de esperança representa ser “instrumento de reconciliação, ser instrumento de unidade”, segundo o Santo Padre, insistindo em que “essa é a missão da igreja no Brasil: hoje mais do que nunca!”. O Papa Francisco fez um chamado a “deixar de lado as divisões, os desentendimentos”. Os comunicadores cristãos, segundo o Santo Padre, “devem estar na linha de frente da promoção de uma comunicação que constrói pontes, que busca diálogo e supera as aporias ideológicas”, recordando suas palavras no Mensagem do LV Dia Mundial das Comunicações Sociais, onde chamava a exercer controle sobre “as notícias falsas, desmascarando-as”. Luis Miguel Modino Martínez, assesor de comunicação CNBB Norte 1

O laicato da Prelazia de Tefé reflete sobre seu ministério enquanto membros da Igreja

A importância do laicato na Igreja da Amazônia é decisiva. São muitos os homens e mulheres que tem se tornado presença eclesial na vida do povo, nas comunidades ribeirinhas, indígenas, nas periferias das cidades, sendo catequistas e assumindo diferentes ministérios e serviços. Na Prelazia de Tefé não é diferente, trata-se de uma Igreja de comunidades, que ao longo dos anos tem se organizado para ser presença evangelizadora na região do Meio Solimões. Nos últimos dias, a Prelazia de Tefé tem realizado o Encontro de Pastoral, dividido em grupos, dada a pandemia da Covid-19 que impede reunir grande número de pessoas. Neste sábado, os leigos e leigas da Prelazia se encontraram para refletir sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Sinodalidade, as CEBs e a Escola de Formação, pontos abordados na quinta-feira pelo clero e a vida religiosa. Junto com isso abordaram questões próprias da organização do laicato em nível de Prelazia. Em referência às Diretrizes Gerais da CNBB, refletindo sobre a imagem da casa, presente no documento dos bispos do Brasil, Jorge Luiz Pinto, diz que “eu considero muito o envolvimento da família”. Segundo ele, “quando se pensa na casa, se pensa na família, pensando na família se pensa no contexto sagrado, e construir as diretrizes da Igreja a partir desse contexto da casa, da família, é construir um caminho levando em conta as vocações familiares”. Ele, que é ministro da Palavra na paróquia de Santo Antônio de e coordenador do Conselho de Leigos, destaca que no seu ponto de vista, “isso para Igreja é o essencial, construir as diretrizes da Igreja de dentro para fora. Essa Igreja em saída que o Papa fala, mas não só em saída para outros lugares, mas buscar de fato outras vocações que estão permeando a vida”. Para viver a sinodalidade, caminhar juntos como Igreja, uma das dificuldades é encontrar lideranças, “pessoas que estejam dispostas ao serviço das pastorais, desde a gratuidade para nossa missão como leigos”, segundo Oneide Lima de Castro. Ela, que faz parte da paróquia de Alvarães fala sobre a realidade das comunidades ribeirinhas, onde “a gente sente muitas vezes as dificuldades financeiras”. Segundo ela, “nossa paróquia não dispõe de recursos financeiros para chegar nessas comunidades, que são longínquas”, dificuldades que aumentam no tempo da seca, em que as despesas são maiores. Ela resume as dificuldades, na zona urbana, na questão das lideranças, “nós temos poucas pessoas para fazer esse trabalho da Igreja em saída, esse caminhar junto, ter mais pessoas dispostas a caminhar junto”. Oneide destaca que mesmo diante das dificuldades a Igreja se empenha em incentivar esse caminho, insistindo na importância do encontro como momento em que “eu posso me aprofundar nos documentos e ir cativando as pessoas para exercer um trabalho que possa ser mais produtivo na comunidade, dentro da paróquia”. Já Antônio Nascimento reflete sobre uma dificuldade presente na Prelazia de Tefé, que segundo ele “é a invisibilidade do papel do leigo. Às vezes a gente não se percebe enquanto leigo dentro da própria Igreja, nos seus serviços ministeriais”. Segundo ele, “é muito mais fácil você se significar como coordenador de pastoral, da catequese, da Pastoral da Saúde ou uma outra pastoral, mas essa identidade do leigo, a gente sente essa dificuldade”. Ele, que faz parte da coordenação do laicato, destaca a necessidade de “um trabalho de formação que o leigo possa perceber seu papel, seu ministério enquanto membro da Igreja laical”. “A Igreja, ela tem um traço muito forte do leigo e da leiga”, segundo Antônio, da comunidade São João Batista, na paróquia de Bom Jesus de Tefé. Ele insiste na necessidade de formação “para melhorar o serviço do laicato, um trabalho de vivência, de caminhada, de convivência em família, a gente não perder nossas raízes como cristãos”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Caritas, comunicação e Economia de Francisco e Clara centram o debate no Encontro de Pastoral da Prelazia de Tefé

O Encontro de Pastoral da Prelazia de Tefé, que acontece de 21 a 25 de julho, celebrou nesta sexta-feira, 23 de julho, a assembleia da Caritas da Prelazia de Tefé com a participação das instituições que fazem parte da Caritas e alguns convidados. Os trabalhos foram conduzidos pela presidenta da Caritas da Prelazia de Tefé, Francisca Andrade e o coordenador de pastoral da prelazia, padre Mellon A. Waïbena. A Caritas Brasileira, fundada em 1956 por Dom Helder Câmara, é uma rede de solidariedade, um compromisso com as causas sociais junto às pessoas em vulnerabilidade. Não podemos esquecer que o Papa Francisco define a Caritas como a caricia de Deus na Igreja. Segundo a presidenta da Caritas da Prelazia de Tefé, todos somos Caritas. Ela lembrava a missão da Caritas: “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social”. Junto com isso apresentava as diretrizes e orientações estratégicas. A Caritas Brasileira se faz presente em diferentes níveis, regional, nas dioceses e prelazias e nas paróquias, sempre desde a perspectiva de ser serviço de solidariedade da comunidade. Daí a importância dos encaminhamentos para responder à realidade: organizar, estruturar e dialogar. Para isso se faz necessário trabalhar em rede desde a realidade, na perspectiva da sustentabilidade. A Caritas da Prelazia de Tefé tem realizado um grande trabalho durante a pandemia, principalmente a través do Projeto Ajuri amazônico, que acompanha duas mil famílias em 6 municípios da Prelazia. Trata-se de levar esperança para a população, fazendo aquilo que o poder público não faz. Desde a Caritas da Prelazia de Tefé estão sendo acompanhados diferentes projetos de economia solidária e geração de renda. Durante a Assembleia da Caritas foi apresentado o trabalho que faz a Rede um Grito pela Vida, que acompanha o trabalho que está sendo feito, principalmente pela Vida Religiosa, no combate do Tráfico de pessoas e o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes, uma realidade presente na Amazônia e que o Regional Norte 1 assumiu como uma das suas prioridades. A eleição da nova diretoria, que deveria ter acontecido na assembleia, foi adiada, segundo a orientação de Dom Fernando Barbosa dos Santos, administrador da prelazia, até a chegada do novo bispo, momento em que deve ser convocada uma nova assembleia eletiva. O encontro foi momento para refletir sobre a comunicação na Prelazia. A Pastoral da Comunicação está dando passos na articulação desse trabalho nas paroquias e na Prelazia. Mesmo diante das dificuldades, incrementadas numa região onde o acesso à internet nem sempre é fácil, a reflexão tem ajudado a entender a importância de investir numa pastoral que a pandemia da Covid-19 tem mostrado sua importância na caminhada da Igreja. Aos poucos, vai se tomando consciência disso e descobrindo a necessidade de investir em formação, algo que a Rádio Rural de Tefé, a rádio da Prelazia, que com 58 anos é a mais antiga da região, está programando para os próximos messes. No final do dia, a irmã Michele Silva, que faz parte da Articulação Brasileira de Francisco e Clara, apresentava o que é esta iniciativa do Papa Francisco na tentativa de re-almar a economia. Após apresentar como está sendo realizado o trabalho em nível mundial e brasileiro, a religiosa mostrava os passos que estão sendo dados na articulação na Amazônia Legal e no Regional Norte 1. Experiências que podem ser consideradas expressões da Economia de Francisco e Clara já estão acontecendo, inclusive na Prelazia de Tefé. A irmã Michele relatava algumas experiências nesse sentido dentro da Prelazia, algo que também foi partilhado pelos participantes do encontro, que relatavam algumas experiências que estão sendo desenvolvidas nesse sentido, destacando a importância de valorizar aquilo que a gente tem. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Muticom 2021 reúne 5.600 comunicadores da Igreja do Brasil

A Igreja do Brasil realiza nos dias 23 e 24 de julho o 12º Mutirão de Comunicação. O tema deste ano, que tem mais de 5.600 inscritos, o maior número de participantes até o momento, será “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”. O encontro virtual, terá 6 conferências, apresentações culturais, reflexões e diálogos. Trata-se do maior encontro de comunicação eclesial do país. Devido às restrições impostas pela pandemia e as orientações das autoridades sanitárias, visando a segurança dos comunicadores, ele será 100% on-line.  O evento contará com a presença de agentes que desenvolvem diferentes trabalhos na área da comunicação eclesial. Será momento de encontro, mas também de lembrar tantos comunicadores vítimas da Covid-19, segundo Everton Barbosa, assessor de comunicação da Arquidiocese de Maringá (PR). Segundo ele, é um momento de “esperança por uma comunicação renovada, a partir da verdadeira solidariedade. Será um momento marcante, de profunda reflexão por uma comunicação humanizada. O Muticom nos dá esperança“. Não podemos esquecer que comunicar é algo que a Igreja não pode deixar de lado, pois na medida em que comunicamos anunciamos a notícia, e nós como discípulos de Jesus Cristo, somos chamados a anunciar a boa notícia do Evangelho. Fazer uma boa comunicação é fazer uma boa evangelização. Também tomar consciência de que comunicamos em nome da Igreja, da necessidade de viver a comunhão e estabelecer redes que fazem com que aquilo que acontece nos diferentes lugares do Brasil seja espalhado e possa ajudar a construir uma Igreja onde todos sejamos protagonistas, e possa ser vivida a sinodalidade e a comunhão que devem estar presentes em nossa caminhada. O evento, que será transmitido pelas redes sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), terá a assessoria do Prof. Massimo Felice, que vai refletir sobre o tema do Muticom 2021, “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”. Na sexta-feira também vai acontecer a palestra da Prof. Magali Cunha, sobre a “Comunicação para a paz em tempos de fake news e ultraconservadorismo”. Junto com as conferências irão acontecer apresentações culturais. Ao longo do sábado os participantes do encontro irão refletir com a assessoria do Prof. Moisés Sbardelotto, quem vai falar sobre “Era do onlife: real e virtual se (com)fundem. Também na Igreja?”. Junto com esse tema serão apresentadas outras 3 palestras: “Retomar as rédeas do mundo: o humano-cristão nos novos ecossistemas à luz da Fratelli Tutti” com o Prof. Dr. Norval Baitello Júnior; “Comunicação para o bem viver em tempo de máxima desigualdade” com a Prof. Viviane Mosé; “”Utopias do mundo integral, com o Prof. Carlos Ferraro; e “Comunicação integral: influenciadores ou influenciados?”, com o aporte da Prof. Elizabeth Saad. O encontro será encerrado com uma missa transmitida pelas TVs e rádios católicas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1, com informações da CNBB

Catedral de Manaus palco de encontro de prevenção do Tráfico Humano

A Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Manaus, com a parceria da Rede um Grito pela Vida, organizou um encontro com 137 mulheres, onde foi abordado a questão da prevenção ao tráfico de mulheres e meninas em relação á questão do abuso e exploração sexual, da servidão doméstica, da retirada de órgãos, tendo em vista todas as explorações dos migrantes. A atividade, que aconteceu na frente da Catedral de Manaus, contou com a participação da Prefeitura de Manaus e a parceria do pároco da catedral, padre Hudson Ribeiro, e a equipe da catedral. Segundo a irmã Rose Bertoldo, coordenadora da Rede um Grito pela Vida, “foi uma atividade em que as mulheres relataram algumas situações e procuraram perguntar sobre essa realidade”. A religiosa destaca a presença de muitas mulheres jovens, a grande maioria com crianças no colo, considerando a atividade como um momento muito importante para o trabalho de prevenção. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Encontro de pastoral da Prelazia de Tefé busca caminhos de sinodalidade

A prelazia de Tefé está reunida para participar do encontro de formação e a assembleia da Caritas. Desde o dia 21 até o dia 25 de julho, em pequenos grupos, a prelazia está refletindo sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a sinodalidade, as CEBs e a Escola de Formação. Dom Fernando Barbosa dos Santos, administrador da prelazia mostrou sua alegria pela retomada das atividades na prelazia, que ele considera “um grande sinal de esperança”. Segundo o bispo, “o momento é preciso para a reflexão sobre a caminhada desta Igreja Particular”. Ele destacou o chamado do Papa Francisco a “caminhar juntos”, pedindo “ser um exemplo deste caminhar sinodal”. O administrador diocesano pedia deixar do lado o comodismo, “diante de um cenário social tomado pelo sofrimento dos mais pobres, pelo massacre dos povos originários, pela ganância dos poderosos e tantos outros males que assolam este Povo de Deus”. Dom Fernando fez um chamado a “ser sinal permanente de esperança na vida do povo”. Os participantes do encontro, que no dia 22 reuniu os padres, diáconos e a vida religiosa, refletiram sobre a necessidade de olhar para a cultura urbana, que se faz presente em todas as realidades, também na Amazônia. Diante disso foi destacado a importância das pequenas comunidades e do cuidado da casa comum, como elementos presentes nas Diretrizes. O tempo atual exige uma renovação missionária e um testemunho de fraternidade, solidariedade e cuidado. Se faz necessário compreender a realidade para discernir caminhos. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB usam a imagem da casa, sustentada em 4 pilares: Palavra, Pão, Caridade e Missão, uma casa que acolhe e envia. A prelazia de Tefé está dando os primeiros para o grande encontro das CEBs que acontece a cada quatro anos e reúne um grande número de participantes, previsto para 2024. Diante da pandemia, que interrompeu a maioria das atividades pastorais, a prelazia está querendo retomar sua Escola de Formação das lideranças. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Tráfico Humano e Migração: o sofrimento de quem está longe de casa e sem direitos

O Tráfico Humano é um crime cada vez mais presente no mundo, também na Amazônia. São 40 milhões de pessoas que todos os anos se tornam vítimas do Tráfico de Pessoas. Diante dessa realidade, se faz cada vez mais urgente descobrir os caminhos que possam nos levar a enfrentar e erradicar esse fenômeno, que pode ser considerado como mais uma pandemia. Muitas das vítimas do tráfico de pessoas são migrantes, um fenômeno que tem se incrementado durante a pandemia da Covid-19. A vulnerabilidade que sofrem os migrantes tem se acrescentado neste tempo de pandemia que a gente vive desde há mais de um ano. A falta de direitos, a exploração de todo tipo, são situações cada vez mais presentes na vida dos migrantes. O mês de julho é um tempo em que somos desafiados como sociedade a refletir sobre o fenômeno do trafico humano. No dia 30 de julho, desde 2013, em que foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, acontece o Dia do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Trata-se de uma oportunidade para entender que a grande maioria dos migrantes saem da sua terra para não passar mais fome, viver em um país sem guerra, ter liberdade, ver seus direitos respeitados, entre muitos outros motivos, que tem como denominador comum a procura por uma vida melhor. Muitas vezes, a ilusão e os sonhos iniciais acabam se tornando um pesadelo, caindo nas redes de organizações criminosas que tornam as pessoas escravas de gente sem escrúpulo, um crime que movimenta anualmente mais de 30 bilhões de dólares em todo o mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A pandemia da Covid-19 e o fechamento das fronteiras entre os países, aumentou o risco dos migrantes, obrigados a se colocar nas mãos de contrabandistas para atravessar as fronteiras, se tornando alvos do tráfico de pessoas e vítimas de abusos e exploração apenas para ter acesso aos serviços oferecidos por eles. Estamos diante de mais uma oportunidade para refletir sobre situações que deveriam ser enfrentadas abertamente na sociedade. Mas será que a gente se preocupa com o sofrimento dos migrantes? A existência do Tráfico de Pessoas, uma realidade que atinge aos migrantes, realmente nos incomoda? O que a gente está disposto fazer para superar um crime que mostra nossa falta de humanidade? Não deixemos passar mais uma oportunidade, sejamos conscientes de que das nossas atitudes e compromisso depende que as condições de vida dos migrantes sejam melhores e que sua própria vida não seja colocada em risco. É tempo de parar, enxergar, denunciar e superar esse crime, e isso também depende da gente. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar