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Diocese de Roraima promove celebração em alusão ao 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais

No próximo domingo, dia 16 de maio – Solenidade da Ascenção do Senhor, será celebrado o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Neste ano, o tema para o dia é “Vinde e verás” (Jo 1,46) – Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são”. Em Roraima, a celebração presencial será realizada na Igreja Catedral Cristo Redentor, às 19h30, seguindo os decretos da Prefeitura de Boa Vista, com apenas 30% da capacidade total da igreja. A solenidade também será transmitida pelas redes sociais da Diocese de Roraima no Instagram, Facebook e Youtube, e pela Rádio Monte Roraima – 107.9 FM. Com o período de pandemia, um tempo que obrigou a todos o distanciamento social, em que os profissionais de comunicação e os veículos de imprensa foram os responsáveis por nos manter informados do que estava acontecendo fora de nossas casas, a comunicação social pode tornar possível a proximidade necessária para reconhecer o que é essencial e compreender realmente o significado das coisas. A intenção é estender o convite a todos os comunicadores, jornalistas e veículos de imprensa de Roraima para que juntos possamos celebrar mais um ano e se colocar em oração pelos próximos tempos por uma comunicação justa, verdadeira e de esperança em nosso estado. “Nós convidamos as comunidades a rezar pelas comunicações. Nesse contexto marcado por tantas dificuldades, tanta incitação do ódio na imprensa e nas redes sociais, queremos elevar aos céus nossos clamores, nossos pedidos e a nossa confiança ao Deus da vida que é, em Jesus, o comunicador por excelência do Pai”, explicou Padre Josimar Lobo, responsável pela Paróquia Catedral Cristo Redentor. O tema da celebração “Vinde e verás” (Jo 1,46) – Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são”, foi instituído pelo Papa Francisco no dia 29 de setembro de 2020, dia de São Gabriel Arcanjo, responsável pelo primeiro anúncio a Nossa Senhora e também padroeiro das comunicações. Dia Mundial das Comunicações O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi instituído pelo Decreto Inter Mirifica, do Concílio Vaticano II, em seu número 18: “Para reforçar o variado apostolado da Igreja por intermédio dos meios de comunicação social celebre-se anualmente, nas dioceses do mundo inteiro, um dia dedicado a ensinar aos fiéis seus deveres no que diz respeito aos meios de comunicação, a se orar pela causa e a recolher fundos para as iniciativas da Igreja nesse setor, segundo as necessidades do mundo católico”. E no dia 7 de maio de 1967, domingo da Ascensão do Senhor, celebrou-se pela primeira vez, no mundo inteiro, o dia Mundial das Comunicações Sociais. Fonte: Assessoria da Diocese de Roraima

Alfredo Ferro: “Há um grande interesse em tecer relações no seio da Igreja”

  A Conferência Eclesial da Amazónia acaba de anunciar a nomeação do seu novo secretário executivo, o jesuíta Alfredo Ferro, que agradece a Mauricio Lopez pelo seu serviço como secretário interino durante os primeiros dez meses da CEAMA, que foi criada “a partir do compromisso assumido pelo Sínodo Amazónico”. O novo secretário executivo da CEAMA sublinha que “o Sínodo não fala propriamente de uma Conferência Eclesial, mas de uma Conferência Episcopal”. Como resultado da reflexão, algo que parece ao padre Ferro ser muito apropriado, “fez-nos pensar numa Conferência Eclesial, o que é uma novidade“. Os estatutos já foram elaborados e entregues à Congregação dos Bispos no Vaticano, e agora estão a ser revistos. Enquanto aguarda a aprovação canónica, o jesuíta assinala que “estamos no processo de elaboração dos regulamentos para esta Conferência Eclesial”. Alfredo Ferro reconhece que “a responsabilidade do secretário executivo é grande”, embora ele próprio afirme que será um trabalho de equipe, ao qual se acrescenta a perspectiva de “uma forte articulação com os organismos eclesiais, com a REPAM, com o Celam, dado que a própria CEAMA nidifica no Celam, embora tenha a sua autonomia, também com a CLAR, com a Caritas, com as conferências episcopais, com as jurisdições eclesiásticas”. Na opinião do secretário executivo da CEAMA, “há um interesse muito grande em tecer estas relações dentro da Igreja“, salientando o clima favorável, de abertura, de busca comum, nesta proposta de sinodalidade, de caminhar juntos como Igreja, “quebrando fronteiras e, ao mesmo tempo, procurando uma ligação e uma articulação muito forte”. Uma das grandes expectativas, que ele assume como trabalho do secretario executivo, é “formular um plano pastoral conjunto para a Igreja na Amazónia“, que ele vê como “o foco da tarefa e da missão”. Para o tornar concreto, “o Sínodo apresenta-nos algumas pistas, especialmente na busca desse rosto amazónico, de uma Igreja inculturada e em diálogo intercultural, uma Igreja muito próxima dos povos amazónicos”. Sobre este ponto, o Padre Ferro vê como um dos desafios da CEAMA, “ver de que forma todos os níveis eclesiásticos estão envolvidos, mas não só isso, as comunidades, os territórios, os povos em geral, e sobretudo a nível local, as jurisdições eclesiásticas, que na Amazónia são mais de 100″. Nestes meses foram dados passos importantes, “definindo a partir dos sonhos da Querida Amazônia e do Documento Final do Sínodo, uma série de pontos, a que chamamos núcleos temáticos, que é onde queremos nos concentrar”, diz Alfredo Ferro. Segundo ele, “alguns são mais específicos da CEAMA, em geral são aqueles que surgem do sonho eclesial, mas outros são mais específicos da REPAM”. Há também pontos a serem retomados em comissões conjuntas, insistindo no trabalho comum que está sendo realizado entre a CEAMA e a REPAM, especialmente com o seu secretário executivo, o irmão João Gutemberg Sampaio. “O Sínodo deu-nos a base para construir coisas novas, para trabalhar nelas, para assumir estes compromissos“, diz o jesuíta colombiano. Na sua opinião, é necessário compreender a CEAMA como parte de um processo de vários anos, “que é consolidado e reforçado por todo o processo preparatório do Sínodo, onde a REPAM desempenhou um papel muito importante e significativo”. Há um grande desafio, “em torno da prática concreta da sinodalidade, que significa participação, escuta, participação ativa dos leigos, das mulheres, dando voz ao local, aos territórios, aos povos, aos espaços de diálogo, de abertura aos grandes desafios que a Igreja na Amazónia tem”. Ferro dá alguns exemplos em que podemos ver novidade, onde novas questões podem ser levantadas, que já foram formuladas neste processo. Em primeiro lugar, fala da “rejeição das práticas colonialistas, do esforço de uma Igreja que não só deve inculturar-se a si própria, como deve entrar num forte diálogo intercultural com os povos amazónicos”. Isto é visto como “uma questão de novas formas de evangelização, de novas propostas, que devem partir de um diálogo respeitoso com as culturas e de um encontro produtivo e que, de alguma forma, confirma esta missão, este anúncio, mas construído coletivamente”. Um segundo elemento-chave, “é o tema da ministerialidade, uma Igreja ministerial, uma Igreja onde os serviços já prestados pelos líderes da Igreja a nível local são reconhecidos”. Sobre este ponto cita o ministério do cuidado da Casa Comum, do acolhimento dos deslocados, o ministério das mulheres, “outros tipos de ministérios que surgem das necessidades que as comunidades vivem, e em particular os serviços que muitos homens e mulheres já prestam no território amazónico”. É uma Igreja servidora, que formaliza o que as comunidades já estão vivendo. Outro elemento que é destacado pelo secretário executivo da CEAMA tem a ver com o rito amazónico, ou melhor dito, com os ritos amazónicos, dada a diversidade de culturas, afirmando que “a partir da liturgia, dos sacramentos, da celebração, a Igreja também se faz algumas perguntas e também poderia haver uma novidade”. Juntamente com isto, tudo o que tem a ver com a Universidade Amazónica, “como proposta de ensino superior para a Amazónia”, para a qual foi criada uma comissão que já está começando a trabalhar e a provocar reflexões sobre o significado e a contribuição da Igreja neste campo da educação. Também neste mesmo campo, menciona as propostas de educação bilingue, algo levantado no Sínodo, e do qual já estão sendo realizadas experiências, algo muito importante no processo de inculturação e diálogo intercultural. O tema do diaconato e do sacerdócio é outro elemento em que, segundo o padre Ferro, “pouco progresso foi feito”. Isto é algo que tem a ver com a formação, perguntando “qual deve ser a formação dos nossos seminários de presbíteros para trabalhar na Amazônia”. Isto deverá levar à revisão dos currículos, procurando propostas alternativas, que deverão estar ligadas à questão das vocações sacerdotais. Juntamente com isto a questão do diaconato permanente, afirmando que “de forma alguma podemos escapar às questões sobre os viri probati, sobre as possibilidades de tornar realidade a ordenação dos homens casados”, algo sobre o qual, apesar do fato de não haver avanços concretos por parte do Papa Francisco, “o Sínodo apontou para pensar…
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Padre Alfredo Ferro novo Secretário Executivo da CEAMA

Neste 14 de maio, a Conferência Eclesial da Amazónia – CEAMA, num comunicado assinado pelo seu presidente, Cardeal Claudio Hummes, e pelo seu vice-presidente, Dom David Martínez de Aguirre Guinea, anunciou a nomeação do seu novo Secretário Executivo, que até agora assumiu interinamente Mauricio López. O novo Secretário Executivo será Alfredo Ferro Medina SJ, cuja “nomeação foi ratificada pela Assembleia Ordinária realizada virtualmente em 7 de maio deste ano”. O jesuíta colombiano, 68 anos, tem sido o coordenador do Serviço Jesuíta Pan-Amazônico – SJPAM nos últimos sete anos, vivendo em Leticia, Colômbia, na tríplice fronteira com o Brasil e Peru. Ligado à Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, padre Ferro vem “apoiando o caminho de alguns de seus eixos e em todo o processo de preparação do Sínodo Amazônico, no qual participou como padre sinodal“, diz o comunicado, afirmando que a secretaria executiva terá sede em Bogotá, na sede do Celam, “que generosamente aninhou no seu seio a CEAMA”. O comunicado reconhece que “os desafios para a CEAMA são diversos”, sublinhando que “o foco de sua ação institucional está centrado no processo de aplicação do Sínodo Especial para a Amazônia no território“. Esta missão será concretizada na formulação de “um Plano Pastoral de Conjunto para a Igreja Pan-Amazônica“, algo sonhado desde Aparecida e que tem o apoio do Papa Francisco, “ que tem acompanhado o nascimento desta nova instituição eclesial“. De fato, foi o Santo Padre que insistiu que a conferência fosse eclesial e não apenas episcopal. Este é um novo passo, que traz alegria aos signatários do comunicado, que esperam “que todos os esforços que serão feitos pela Igreja Amazônica em sua articulação, repercutam em um maior serviço aos territórios e seus povos“. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Abuso e exploração de crianças e adolescentes, tomar postura é decisivo

O abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade muito presente na sociedade brasileira, inclusive naturalizada. 18 de maio é a data em que acontece o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, que há mais de 20 anos pretende ser um incentivo na mobilização, sensibilização, informação e convocação de toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Não podemos esquecer que o desenvolvimento de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual, é um direito de toda criança e adolescente. Como sociedade somos chamados a tomar consciência disso, pois na medida em que essas atitudes são assumidas pela maioria, se faz realidade um mundo melhor para todos, especialmente para os mais vulneráveis. O abuso de crianças e adolescentes é uma realidade que acontece de múltiplas formas, inclusive dentro do âmbito familiar. Estamos diante de uma realidade que tem aumentado durante a pandemia da Covid-19, o que deve nos levar a reforçar os esforços para desterrar esse crime das instituições que deveriam ser espaço de proteção. Não podemos esquecer que um dos fatores que motivam o abuso sexual de crianças e adolescentes são as relações de poder, um elemento que é utilizado como instrumento de submissão, que impede a defesa das vítimas, que aos poucos vão se sentindo silenciadas, se tornando alguém despossuído de humanidade e de proteção. Diante disso, se faz necessário exigir do poder público a implementação de instrumentos que garantam essa proteção, algo que no Brasil se concretiza na implementação do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Nesse sentido, a Igreja católica está realizando esforços para desterrar o abuso de crianças e adolescentes, uma realidade que infelizmente está presente e que, como insiste o Papa Francisco, deve ser punida. Após publicar dois anos atrás o Documento “Vos estis Lux Mundi” (Vós sois a Luz do Mundo), o Santo Padre tem insistido em que seja assumido a proteção de crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis nas estruturas pastorais da Igreja Católica. Nesse sentido, o Núcleo Lux Mundi da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quer ser um instrumento para colaborar na implementação que as dioceses devem fazer, para prevenir e combater as violências sexuais cometidas por membros da Igreja. Mais uma vez estamos diante duma oportunidade para tomar consciência de situações que muitas vezes permanecem ocultas. Diante do crime do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes não podemos ficar calados, nos fazermos de desentendidos, como se a coisa não fosse com a gente. Nosso silêncio provoca dor e na medida em que isso acontece, a gente vai perdendo em humanidade, em fraternidade e deixando que os criminosos imponham aquilo do qual nos tornamos cúmplices. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Papa Francisco institui o Ministério do Catequista, “uma acentuação maior ao empenho missionário”

“Antiquum ministerium“, esse é o novo Motu proprio publicado pelo Papa Francisco nesta terça-feira, 11 de maio. Nele, o Santo Padre institui o ministério de catequista, que tem seu fundamento na primeira comunidade cristã, onde já era reconhecido, e que é colocado como uma necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo, que deve evitar cair na clericalização. A ministerialidade é algo conhecido na vida da Igreja desde seus primórdios, algo recolhido sobretudo nas cartas paulinas, mas também em outros escritos do Novo Testamento, mostrando “a presença concreta de batizados que exerceram o ministério de transmitir, de forma mais orgânica, permanente e associada com as várias circunstâncias da vida, o ensinamento dos apóstolos e dos evangelistas”, segundo afirma o Papa Francisco no seu novo Motu proprio. A instrução catequética é definida como “um válido sustentáculo para a existência pessoal de cada ser humano”, destacando que muitos homens e mulheres vem “realizando uma missão insubstituível na transmissão e aprofundamento da fé”. O Papa Francisco recolhe a importância da catequese nas reflexões do Concílio Vaticano II, assim como no Magistério Pontifício do pós Concílio. Ele destaca o papel dos leigos e leigas, afirmando que sua “presença torna-se ainda mais urgente nos nossos dias, devido à renovada consciência da evangelização no mundo contemporâneo”, afirmando a necessidade de “metodologias e instrumentos criativos”, e ao mesmo tempo, insistindo em que “fidelidade ao passado e responsabilidade pelo presente são as condições indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo”. Quem chama a assumir o ministério é o Espírito, algo que faz parte da vida de todo batizado, destacando a importância dos leigos nesse “serviço pastoral da transmissão da fé”, que se faz presente ao longo de toda a vida dos batizados. O Papa Francisco afirma que “o Catequista é simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja”. Nesse ponto insiste em que “receber um ministério laical como o de Catequista imprime uma acentuação maior ao empenho missionário típico de cada um dos batizados que, no entanto, deve ser desempenhado de forma plenamente secular, sem cair em qualquer tentativa de clericalização”. Partindo dessa reflexão, o Papa Francisco, segundo recolhe o Motu prorio, institui o Ministério do Catequista, ao qual são chamados “homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna, recebam a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica, para ser solícitos comunicadores da verdade da fé, e tenham já maturado uma prévia experiência de catequese”. Para isso a Congregação do Culto Divino providenciará o Rito de Instituição do ministério laical de Catequista, convidando “as Conferências Episcopais a tornarem realidade o ministério de Catequista, estabelecendo o iter formativo necessário e os critérios normativos para o acesso ao mesmo”. Leia aqui o Motu proprio: “Antiquum ministerium” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Fernando Barbosa: Ser mãe é a expressão do amor de Deus

Como entender o sentido do amor de mãe, algo que aos nossos olhos parece ser tão simples, mas que é um mistério imensurável e inexplicável ao nosso entendimento limitado! Quem nos ensina os primeiros passos, nos dá o primeiro colo, que tem as palavras certas, que nos acolhe nas falhas, nos acertos, e que tem o carinho, o cuidado e a proteção que nenhum outro pode nos dedicar! Tens o dom de amar de forma divina, sabedoria de transformar nosso ser.  Esse dia é comemorado, justamente, no mês dedicado a Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, aquela que testemunhou o amor Divino através da dádiva de conceber o Filho de Deus. Dizer sim, ao se tornar mãe é também experimentar o amor de Deus, assim como Maria, é servir a Deus através desse amor que dedica aos filhos.  Ser fonte de vida é fazer algo extraordinário quando se entende o verdadeiro significado desse amor maternal, que não exige recompensa, onde o único objetivo é doar-se para o bem daquele(a) que gerou. Ser mãe é a expressão do amor de Deus.  Rezo a Mãe Maria de forma especial pelas mães do mundo inteiro, para que guarde e cultive em cada uma esse amor primeiro, assim como Ela tem por seus filhos amados, e que Jesus nos ensine como filhos também a amar nossas mães através do cuidado, do respeito e do amor, sabendo recompensar a vida que nos é dada e cuidada através de nossas mães. Dom Fernando Barbosa dos Santos, CM.

Ser mãe no mundo indígena: cuidadoras da vida e da cultura de geração em geração

O primeiro sateré mawé nasceu de Nuamuçabe, que além de gerar a vida é a cuidadora do paraíso. Trata-se de dois elementos interligados, que tem muita importância na vida de Marcivana Sateré Mawé, mulher, mãe e liderança indígena. Os povos indígenas na Amazônia brasileira são numerosos, assim como as cosmovisões que fazem parte da sua história. Essa cultura tem sido transmitida de geração em geração, e quem faz isso são as mulheres, as mães e as avós. Marcivana diz lembrar da trajetória da sua avó, de quem aprendeu o papel da mulher na vida do povo Sateré mawé, descer no rio, fazer canoa, ir pro roçado, cuidar do filho, repassar a cultura, a língua, os conhecimentos orais recebidos de outras mulheres.  Hoje, a realidade da mulher indígena é diferente, são muitas as que estão “na linha de frente, do movimento indígena, assumindo um papel importante nesse contexto político que nós temos hoje”, afirma a auditora no Sínodo para a Amazônia. Nesse ponto, ao pensar nas mães de hoje, lembra “da minha mãe, que tinha esse pulso de guerreira”. Ela fala de “Sônia Guajajara, liderança da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), que é mãe, Nara Baré, que está na coordenação da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), eu que estou à frente atualmente da COPIME (Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno), tantas outras lideranças mães que estão à frente das nossas organizações locais, mães que se juntam para fortalecer uma luta”. Existe um elemento importante nas cosmovisões indígenas, ainda mais no universo feminino, que é o cuidado com a mãe Terra. Marcivana diz que “quando eu penso nas mães indígenas, também penso na mãe Terra, é um processo que se dá assim, a mãe indígena cuida da terra e a mãe Terra cuida das gerações que nascem das mães indígenas”. Nessa cosmovisão do povo Sateré mawé, Nuamuçabe era a que cuidava da mãe Terra, que quando tem o filho, o filho volta ao seio da mãe Terra e a mãe Terra lhe dá vida novamente, gerando o povo Sateré mawé. É por isso que, no pensamento da liderança indígena, “não tem como falar de nós, mães indígenas, sem falar dessa relação que a gente tem com a outra mãe, com a mãe Terra”. Daí ela pensa “como nós hoje estamos nessa luta, de manter essa cultura para os nossos filhos, para as gerações futuras, e também de continuarmos cuidadoras da mãe Terra”.  As mães indígenas, segundo Marcivana, “a gente tem essa missão, do repasse cultural, repasse da luta, o repasse do entendimento político, desse entendimento de entender esse contexto que nós vivemos”. É por isso, que as mulheres indígenas vivem o Dia das Mães como um momento “muito significativo, no sentido de reconhecer essas mulheres como mães, mães de luta, mães guerreiras, mães que assumem um papel importante frente às organizações indígenas, mães que estão conquistando espaços, não apenas dentro do movimento indígena, mas em outros espaços, como a Joênia Wapicchana, que está ali como deputada federal”. Mas como mãe indígena, Marcivana Sateré Mawé vê o futuro com preocupação. O fato de morar numa grande metrópole como Manaus, a faz ter “muita preocupação em relação à minha filha, como manter viva essa cultura numa cidade como é Manaus, como repassar para ela aquilo que minha avó, minha mãe me repassaram, diante de um contexto tão diferente”. Ela afirma que “além de estar à frente desses grandes movimentos, a gente também tem esses desafios nossos dentro de casa, porque a final somos nós que repassamos, somos nós mães, que mantemos essa cultura viva até os dias de hoje, são as mulheres as grandes responsáveis por isso”.  O Dia das Mães acontece num momento, afirma Marcivana Sateré Mawé, “num momento de muito ataque às mulheres indígenas, ataque constante”. Ela relata o acontecido com a Associação das Mulheres Mundurucu, no Pará, o ataque a Sônia Guajajara, consequência, segundo a liderança indígena, “que nós ocupamos um lugar importante dentro do movimento indígena”. O Dia das Mães chama muito a atenção, insiste Marcivana, “porque a mulher indígena tem muito essa função do cuidado, da proteção do território a da continuidade da nossa cultura para as gerações futuras”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

CNBB apresenta a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, que conta “com todas as forças evangelizadoras”

A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, que acontecerá de 21 a 28 de novembro no entorno do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, vai se tornando aos poucos mais conhecida. Nesse intuito, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, realizava nesta sexta-feira, 7 de maio, uma apresentação virtual onde diferentes pessoas foram explicando o que ela representa e os passos a serem dados, especialmente neste primeiro momento, em que está acontecendo o processo de escuta, que vai se prolongar até o mês de julho. Mediados pela irmã Valéria Leal, Assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, diferentes convidados foram explicando aquilo que o padre Joãozinho, que foi animando o encontro com suas músicas, definia como “um chamado do Papa Francisco a fazer um caminho sinodal, a colocar a sinodalidade ao serviço do Reino”. Estamos diante de uma oportunidade para “escutar as alegrias e dores, e olhar para o futuro, planejar o futuro e depois viver esse futuro”, segundo Dom Joel Portella Amado. Tendo como princípio que “a Igreja é comunhão, comunhão de dons, comunhão de carismas”, o secretário geral da CNBB, afirmava que “essa comunhão se traduz em diversas formas, ela se traduz em escuta e diálogo para o discernimento”. O bispo auxiliar do Rio de Janeiro, insistia em que “é preciso discernir, é preciso ouvir o espírito, juntemo-nos, conversemos, rezemos”. Ele lembrava que as conferências na América Latina, elas têm sido realizadas pelos bispos, mas agora estamos ante “uma assembleia com todas as forças evangelizadoras, a partir, por tanto, da beleza que é o Batismo”. Não podemos esquecer que temos “um Papa que é sinodal, o Papa Francisco é sinónimo de povo”, segundo o padre Joãozinho, colocando como exemplo a Evangelii Gaudium. Nesse sentido, a Assembleia Eclesial pode ser definida como lugar de convocação do Povo de Deus, lembrando a Assembleia de Siquem, no Antigo Testamento, o a eklesia do Novo Testamento. Também lembrava as palavras do Papa na convocação da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, onde dizia que nada de elite, nada de ideologia. Ainda mais, o religioso do Sagrado Coração de Jesus, destacava a importância da Assembleia como “espaço de diálogo num mundo em conflito”. Lembrando o lema da Assembleia, “Somos todos Discípulos Missionários em saída”, Padre Patricky Samuel Batista, destacava que os convocados é todo o Povo de Deus, lembrando a ligação dessa proposta com a eclesiologia do Concilio Vaticano II. O secretário-executivo de campanhas da CNBB enfatizava a importância da oração e da preparação espiritual no processo da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe “O que faz a diferença é o participante”, afirmava Dom Joel Portella Amado, que insistia que “na Assembleia Eclesial tem todas as forças vivas”. O secretário geral da CNBB, destacava “essa capacidade de escuta mutua em torno de questões comuns”, tudo isso num mundo muito plural, muito diversificado, que coloca “o risco de que cada um olhe apenas a sua parcela, olhe a partir do seu jeito de compreender o mundo, e não estabeleça pontes, diálogo”, para que se possa construir comunhão. O bispo considera que “o primeiro grande fruto da Assembleia da América Latina e do Caribe, é o testemunho de que não precisamos cair em polarizações, em rejeições, a quem tem um estado de vida ou pensa diferente de nós”. Junto com isso, outro fruto é que também os não batizados serão escutados, “é um processo de coração aberto”. A Assembleia tem uma profunda relação com a Conferência de Aparecida, celebrada em 2007, onde Dom José Luiz Majella Delgado, Arcebispo de Pouso Alegre – MG, foi secretário executivo local. Ele relatava os bastidores da última Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, um trabalho de muitas forças e uma experiência de comunhão com o povo, insistindo em que os bispos delegados se sentiram no meio do povo e isso apareceu na reflexão e no documento final. Segundo o arcebispo, “o Documento de Aparecida está sendo atualizado pelo Papa Francisco”. Ele pensa que o documento “ficou um tempo adormecido”, muito restrito a um grupo pensador da Igreja. “O Papa Francisco, ele fez com o que o documento de Aparecida saísse da América Latina e entrasse na Igreja do mundo inteiro”, insiste o arcebispo de Pouso Alegre. Ele vê a Assembleia Eclesial como “mais uma chave que estava no cofre do Papa Francisco”, como “uma nova primavera para nossa Igreja na América Latina e aí o Documento de Aparecida vai se firmar ainda mais”. Após a reflexão, Sônia Gomes de Oliveira, fazia um chamado a uma ampla participação de todo o Povo de Deus do Brasil no processo de escuta da Assembleia, a “animarmos, empolgarmos”. A presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil espera que “seja uma verdadeira celebração de nossa identidade eclesial a serviço da vida”. Dom Geremias Steinmetz destacava a chave sinodal, o trabalho feito em colegialidade, a conversão integral, a voz profética com visão integradora, uma verdadeira rede em redes, e outros elementos presentes no Documento de Aparecida. O membro da equipe animadora do CELAM no Brasil, destacava que se faz necessário responder a quais são os novos desafios da Igreja na América Latina e no Caribe à luz de Aparecida, dos sinais dos tempos e do Magistério do Papa Francisco. O Arcebispo de Londrina – PR lembrava que a Assembleia Eclesial do CELAM já está acontecendo desde junho do ano passado, com diferentes trabalhos, “e agora vem esse tempo de escuta”, que tem por objetivo “conseguir ouvir o maior número de grupos, de pessoas”, para que a resposta dada seja uma resposta grudada à realidade. Dom Geremias citava os diferentes documentos que podem ser acessados no site da Assembleia, explicando como participar, em grupo e individualmente. Trata-se de que “o clamor do nosso povo possa ser ouvido, possa ser escutado”, segundo Vinicius de Matos Raposo. Para isso, ele apresentava o site em português que tem sido criado para facilitar o trabalho no Brasil, mostrando os passos a serem dados e…
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Encerrou-se o I Congresso Brasileiro de Teologia Pastoral, marcado pela Sinodalidade, diálogo, Palavra, discernimento, comunicação e memória

Encerrou-se na noite desta quinta-feira, 6 de maio, o I Congresso Brasileiro de Teologia Pastoral, que ao longo de quatro dias tem refletido a través de conferencias, seminários, painéis, comunicações, sobre o tema “Discernir a pastoral em tempos de crise: realidades, desafios e tarefas”, convocando milhares de pessoas de todos os cantos do Brasil, especialmente alunos de muitas faculdades de teologia. Na Conferência de Encerramento, três representantes da comissão organizadora faziam um primeiro balance, analisando os Horizontes Pastorais do Congresso. O primeiro foi o professor Edward Guimarães, reconhecendo a complexidade da tarefa, ainda mais diante do que ele definia como “o turbilhão das provocações de cada conferência, seminário, painel, comunicação, narrativa de experiência pastoral, perguntas e comentários nos chats”.  Nessa perspectiva, ele destacava três elementos: o primeiro “concretizar a passagem de uma ‘fé ideia’ para uma ‘fé que se faz relação’”, afirmando, e para isso lembrava as palavras de Dom Leonardo Steiner, que “a fé cristã que se apresenta ou que se configura como ideia se torna, frequentemente, uma fé ideologizada, fundamentalista, subjetivista”. Frente a isso, insistia em que “nosso Deus é relação de amor cujo projeto salvífico universal se revela na experiência da gratuidade”. Isso demanda “diálogo, testemunho da justiça, opção pelos pobres e pelas periferias sociais e existenciais, cuidado e a defesa da vida humana e da casa comum”, afirmava o professor. Um segundo elemento em destaque, “se situa no nível do discernimento dos sinais dos tempos”, e junto com isso “com a criação de novos mecanismos e com a ressignificação dos mecanismos já existentes”, salientando a importância da sinodalidade, que pode se concretizar na “criação de uma Assembleia, mais ainda, de uma Conferência Eclesial da Igreja do Brasil”. Uma sinodalidade que ajude a superar as práticas clericalistas e faça realidade uma Igreja toda ministerial. Um terceiro elemento era situado no desafio de “pensar novos caminhos para a Igreja na cidade”, apostando em “recuperarmos o sentido da Igreja como sacramento do Reino e da vida cristã como comunidade de partilha da fé e da vida fraterna”.    Entre os desafios, o teólogo destacava “promover a necessária solidariedade emergencial diante da grave crise” provocada pela Covid-19. Nessa perspectiva, “urge a concretização de uma Igreja profeticamente samaritana, capaz de coloca-se toda a serviço da vida”, afirmando que “a crise da pandemia deixou claro que não há evangelização que seja impulsionada pelo dinamismo do Reino sem que se faça a opção de colocar-se ao lado do mais fraco, dos mais pobres”. Junto com isso ressaltava o desafio de “colocar-se ao lado e em defesa dos povos originários, que hoje estão entre as maiores vítimas”, consequência da violência contra eles e da perda de direitos duramente conquistados. Daí “urge a concretização de uma Igreja profeticamente em saída e em defesa dos direitos dos povos originários”. Um terceiro desafio, segundo o professor, é “uma Igreja que entende que fechar a porta dos templos, não significa fechar a Igreja, uma Igreja que teimosamente alimenta e sustenta a chama da esperança”. Nesse ponto, Edward Guimarães destacava a importância da Igreja, inspirada pelo Papa Francisco, que clama com toda a humanidade “um pacto emergencial pela educação global, uma nova economia, uma economia que não mata, uma economia que não é gerenciada pela lógica do lucro”. Ele falava de “uma Igreja que é capaz de sair de si, de não ser autorreferencial e dar as mãos”. Lucimara Trevizan destacava em primeiro lugar a animação bíblica da vida e da pastoral, afirmando a Palavra como “alma da ação pastoral e evangelizadora”. Segundo ela, a “Palavra é o que anima toda a ação pastoral”, definindo-a como uma seiva, a força vivente, o hálito da vida que provém de Deus. Nesse ponto Lucimara insistia em que “é necessário que a Palavra seja a seiva que nutre, por dentro, a globalidade da vida pessoal e eclesial”, algo que se faz visível nos “serviços, organismos, estruturas”. Por isso, se faz necessário “fazer da Palavra de Deus a alma de tudo o que somos e fazemos”, de escutar e se deixar se gerar pela Palavra, destacando um elemento que perpassou vários momentos do Congresso, a Pastoral como escuta. Um segundo elemento, destacado especialmente por Lucimara Trevizan foi a Iniciação à Vida Cristã, definida como “itinerário para ser e viver como cristão”, como algo que não diz respeito somente à catequese, sendo considerada como uma realidade muito mais ampla do que preparação aos sacramentos. Lucimara lembrava as palavras do padre Taborda SJ diz que afirma que “iniciar é encarinhar o iniciando pela pessoa de Jesus, pois seguir a Jesus é abrir-se a seu mistério numa relação de amor. E o amor acontece num duplo movimento: receber e dar”. A iniciação expressa a gratuidade da fé, é algo que “não é mero saber, soma de conhecimentos intelectuais, mas aceitação de uma mensagem inseparável de determinada experiência e prática, a que precisamos ser introduzidos”.   A comunicação e seus desafios foi um terceiro elemento em destaque na perspectiva de Lucimara Trevizan, fazendo referência ao seminário “A Igreja e os desafios da comunicação”, onde foi enfatizado que comunicação não se confunde com informação. A comunicação exige a cultura do encontro e implica uma Igreja em saída. Também a comunicação supõe um planejamento, e perceber a necessidade da diversidade de linguagens e conteúdo, insistindo em que é preciso comunicar com uma linguagem compreensível, ser profundo e simples, uma linguagem que comunique a vida, que é a linguagem do Amor. Junto com isso, Lucimara Trevizan destacava que a comunicação precisa libertar, desde as periferias, ser uma comunicação profética, em rede e que gera esperança, uma comunicação alinhada ao que a Igreja comunica, para resolver o desalinhamento que há entre os diferentes meios de comunicação católicos. Uma terceira análise foi realizada por Geraldo de Mori, SJ, que fazia sua análise partindo das ideias de um livro de Bruno Forte, “A teologia como companhia, memória e profecia”. O membro da comissão organizadora diz ver a teologia como “companhia de vida com os homens e as mulheres de nosso tempo, com suas…
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Un coração de mãe, cuidado que preserva a vida

Se tem alguém que sabe cuidar, essas são as mães. Num tempo em que o cuidado se tornou uma urgência, em que o descuido para com a vida tem provocado gravíssimas consequências, comemorar o Dia das Mães tem que nos levar a descobrir com elas como é que a gente pode cuidar melhor dos outros. O sentimento de preocupação com o bem estar dos filhos, mas também dos outros, é algo muito presente na vida de quem é mãe, mas também de quem tem sentimentos maternais, uma atitude que vai além do fato de ter gerado um filho. Uma mãe sofre quando vê que o filho passa por momentos de dificuldade e tenta encontrar o melhor caminho para que essa situação possa ser superada. As vezes carrega no colo, outras puxa a orelha, dá um conselho, ou simplesmente escuta e dá a entender que está com ele, do seu lado. A explicação de tudo isso está no amor, um sentimento que inclusive faz parte do linguajar da gente, que diante de uma expressão sublime de amor, diz que isso é amor de mãe. As mães são a melhor concreção do amor de Deus, aquele a quem a gente chama de Pai, mas que seria mais acertado chamar de Mãe, pois do mesmo modo em que ninguém ama igual uma mãe, também ninguém ama igual Deus. O que fazer para aprender a amar com um coração de mãe? Como aprofundar nas atitudes que nos levam a cuidar dos outros de um jeito único? Como fazer realidade no meio de nós a necessidade de promover o cuidado como atitude fundamental na vida da humanidade? Como sentir a necessidade de cuidar de verdade, mesmo que isso nos leve a perder o sono? O significado das comemorações não está na aparência e sim naquilo que esses momentos representam na vida da gente. Comemorar o Dia das Mães só com presentes grandiosos, nos afasta do significado fundamental de um dia importante na vida das famílias, mas sobretudo na vida da grande família humana, essa que nos leva a ter um sentimento de fraternidade que vai além dos laços de sangue, e que nos faz descobrir que há pessoas que tem sentimentos maternais, sentimentos de amor e de cuidado para com a gente. Descobrir quem é mãe para com a gente e aprender a ter esses sentimentos e atitudes de mãe, tem que ser um desafio cada vez maior, a ser enfrentando por todos, se de verdade queremos superar as crises que hoje estão colocando nossa vida em xeque. Esse cuidado que preserva a vida é uma atitude inadiável, que deveria ser assumida por todos e todas. Não entrar nessa dinâmica faz com que o mundo seja cada vez pior, com que o enfrentamento que divide se torne cada vez mais presente, com que a morte se instale como realidade cada vez mais difícil de superar. Apostemos na vida, no cuidado, aprendamos a ter um coração de mãe, também a gente, que não é mãe, mas que pode ir assumindo, mesmo em pequenas doses, o que significa fazer visível na vida dos outros um amor de mãe. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1-Editorial Rádio Rio Mar