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Organizações indígenas e eclesiais preparam evento em defesa da Amazônia

O Papa Francisco considera que “a Amazônia é um banco de prova para a humanidade”. Daí a importância do que acontece no coração biológico do Planeta, que ganha escala e vem a ter um impacto gigantesco sobre toda a biosfera. Essa é uma realidade que cobra especial relevância na atual convergência de crises, que tornou a defesa da Amazônia tarefa central. A realidade que vive o Brasil, tem provocado uma reação, que será apresentada no próximo dia 15 de abril. Diferentes organizações eclesiais, sociais, indígenas, políticas tem organizado um evento onde é denunciada a grave crise que está vivendo e país e a Amazônia. Crise econômico-financeira, aumento descontrolado da pandemia, visão da Amazônia como território de saque, grilagem, corrupção, violência e impunidade. Tudo isso ameaça os equilíbrios climáticos, a proteção dos povos e a biodiversidade, com impactos planetários.  A crise tem provocado que os territórios protegidos sejam visados como local do extrativismo predatório e da expansão da fronteira produtiva. Diante disso a comunidade internacional está exercitando pressões e buscando caminhos de proteção da Amazônia. O escrito lembra as promessas do presidente Biden para a luta contra as mudanças climáticas, mas denunciam que sobre as reuniões entre o governo americano e o brasileiro não houve comunicação transparente a respeito do conteúdo destes diálogos institucionais.   A política anti-ambiental, anti-indígena, anti-democrática, negacionista da ciência, do governo brasileiro, está tendo especial impacto na Amazônia, onde está se dando a deliberada ausência do Estado e o desmonte ou o controle político-militar dos órgãos de proteção do meio ambiente e dos povos originários estão amplificando a impunidade, a violência, a criminalização e o assassinato de lideranças, como principal estratégia para afirmar a lei do mais forte. Algo que contrasta com a luta pela Vida promovida pelas organizações indígenas. Será denunciado que o acordo entre EUA e Brasil, negociado com celeridade e com baixa transparência, pode vir a causar um efeito contrário à intenção anunciada. Não estão claros em suas garantias de respeito aos direitos dos povos e da natureza, e o acordo pode se tornar uma legitimação da agenda de destruição da Amazônia, que avança no Congresso Nacional brasileiro, impulsionando a desregulação de legislações ambientais e fundiárias no Brasil.  A proposta das diferentes organizações tem como base a necessidade de debate com as populações amazônicas. Nesse sentido as organizações indígenas afirmam que “nossa voz e conhecimento deve guiar a política pública”, algo que não está sendo realizado, como mostra a celeridade no processo de negociação.   Pede-se incidência, vigilância e cooperação internacional no Brasil para: garantir vacina para a população amazônica; atenção à saúde; orçamento para os órgãos e instituições de fiscalização e controle ambiental; valorização do desenvolvimento sustentável; regularização fundiária de pequenas propriedades e demarcação dos territórios quilombolas; efetivas garantias dos direitos indígenas e demarcação urgente de todas suas terras.   Tudo isso tem provocado iniciativas de resistência, o que vai ser mostrado no dia 15 de abril, para dar visibilidade internacional à emergência amazônica e denunciar os perigos desse possível acordo. O horizonte está na Conferência das Partes em Glasgow (COP 26) a ser celebrada no mês de novembro, onde deverá ser assumida a defesa da Amazônia como fator estratégico e não poderá ignorar o protagonismo de seus povos na preservação desse bioma e dos equilíbrios climáticos globais.  No dia 15 haverá dois eventos públicos, envolvendo os povos amazônicos, a sociedade civil, os políticos e artistas. Um será transmitido a partir do Congresso dos EUA, à tarde, com participação do cardeal Pedro Barreto, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), outro a partir da Câmara Federal de Brasília, com participação de dom Erwin Kräutler, presidente da REPAM-Brasil. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Mário Antônio: “Assembleia virtual é a melhor atitude de responsabilidade”

Uma assembleia diferente, mas que depois de ser suspensa no ano passado, devido à pandemia, vai acontecer na próxima semana, de 12 a 16 de abril, completamente virtual. “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está se preparando para realizar a sua 58ª Assembleia Geral ordinária”, afirma o segundo vice-presidente da entidade. Desde 2011, a Assembleia Geral da CNBB acontece em Aparecida – SP, junto ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Segundo Dom Mário Antônio da Silva, “verificamos que é impossível realizar a assembleia da nossa Conferência Episcopal neste ano de 2021 de maneira presencial, tendo em vista a questão da pandemia, porque de março do ano passado até este mês de abril, ainda não superamos a pandemia no Brasil, e olha que estamos numa situação de agravamento, numa situação muito crítica da pandemia em todo nosso país”, com vários dias com mais de 4.000 falecidos em 24 horas. O segundo vice-presidente afirma que “a nossa Conferência Episcopal achou por bem não adiar por mais um ano a realização da assembleia, mas que ela seja feita de maneira virtual”. Segundo o bispo de Roraima, “hoje temos instrumentos da tecnologia pela internet que nos favorece a tratar de assuntos, de maneira muito séria e mesmo prolongada, de maneira muito segura”. Nas últimas edições, a assembleia se realizava por dez dias, iniciando na segunda semana do Tempo Pascal. Desta vez, será no mesmo período que acostuma ser realizada, começando na segunda-feira, 12 de abril, tendo uma duração de cinco dias, até 16 de abril, sexta-feira. Dom Mário Antônio da Silva destaca que “iremos discutir assuntos muito importantes e necessários na nossa assembleia, inclusive sobre as Diretrizes Gerais sobre a Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil, o aprofundamento sobre as indicações do objetivo geral, que terá como tema central a Palavra de Deus”. Junto com isso, o bispo diz que “outras discussões muito importantes surgirão no decorrer da semana e que vão nos ajudar no processo de evangelização, que traz com esse tempo da pandemia novos desafios, sejam eles pastorais e até mesmo econômicos para que a evangelização continue acontecendo”. Diante da realidade do episcopado brasileiro, formado por mais de 470 bispos, 309 titulares e 160 eméritos, tendo em conta a situação da pandemia no Brasil, “reunir mais de 400 pessoas, bispos e assessores, que vão se somar mais de 500 pessoas, num único lugar neste tempo de pandemia, não é sensato, não é atitude responsável”, insiste o segundo vice-presidente da CNBB.  Esse é o motivo para realizar a 58ª Assembleia Geral da CNBB de modo virtual, insiste Dom Mário Antônio, que ainda ressalta o fato de que “são pessoas que vem de muitos lugares do Brasil, ou seja, de todas as dioceses, de todos os nossos estados, e depois retornando para os seus lugares”. Por isso, “assembleia virtual é a melhor atitude de responsabilidade”. O Bispo de Roraima acrescenta que “ao mesmo tempo, queremos nós como Conferência Episcopal no Brasil, ser um exemplo para as nossas comunidades de que é possível levar adiante o processo de evangelização, de discussões de temas e de coisas que são necessárias hoje a través da tecnologia, via internet”. Ele pede o acompanhamento de todos “com as suas orações para que a nossa assembleia, nesta nova modalidade, seja exitosa e que consigamos como episcopado para o nosso povo brasileiro mensagens de esperança, de confiança, para que nos fortaleçamos na oração e na solidariedade para superar a pandemia e atender os mais pobres”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

A Vida Religiosa na (Pós)Pandemia: “dar testemunho da vida que clama por Ressurreição”

A Vida Religiosa Consagrada no mundo (pós)pandêmico. Presença solidária onde a Vida clama. Esse foi o tema de reflexão da live organizada pelo Instituto Humanitas Unisinos. Três religiosas, Liliana Franco, Maria Inês Vieira Ribeiro e Márian Ambrósio, ajudaram com sua reflexão a descobrir luzes diante de uma realidade que nos supera. Liliana Franco começou por fazer um apelo para “reconhecer aquela presença de solidariedade onde a vida clama”. Uma pandemia que tem muitos rostos, que está tirando as vidas e oportunidades de muitos homens e mulheres. Uma crise que tem muitas facetas, a falta de alimentos, a falta de oportunidades de emprego, a escassez de recursos de saúde e uma oferta educativa deficiente. Crise migratória, que está dando forma a um novo rosto da sociedade. Crise de corrupção, que leva ao esbanjamento para o bem privado do que deveria ser o bem público. Crise de violência, que se manifesta em femicídios, assassinatos de líderes sociais, disputas sobre território, tráfico de droga, mineração, extrativismo. Crise de saúde, sendo “encurralados por um vírus que mudou o ritmo das nossas vidas”. Uma crise que nos transborda e cujas consequências negativas estão crescendo. Como nos situarmos diante desta crise, questionou a presidenta da CLAR, que partiu da ideia de que a realidade é complexa, perante a qual os homens e mulheres de fé são chamados a situar-se a partir de um olhar de fé e esperança, a ler os fatos a partir de uma atitude crítica e profética e de um compromisso construtivo, em discernimento, reconhecendo o que Deus nos indica, alertando que a vida religiosa é chamada a ir até às fronteiras, a denunciar, a sair em missão. A religiosa perguntou-se “onde é que nós, religiosos, temos estado nesta crise“, enumerando 10 cenários. O primeiro na confortável poltrona do espectador, com pouco sentido crítico; no fogão, acendendo a vela para que a panela comunitária fosse suficiente para todos; abrindo a porta da casa para que houvesse espaço para os outros; arriscando a vida na linha da frente dos que cuidam dos doentes; penetrando no profundo da terra, tentando responder com recursos para as comunidades amazónicas; participando em redes e correntes de solidariedade; gerando alternativas de formação, através da virtualidade; desenvolvendo a criatividade para continuar a missão, com novas metodologias e recursos; rezando e convencidos de que este é tempo; no lugar das vítimas, muitos religiosos e religiosas morreram pela Covid-19. “Não podemos ficar indiferentes, nem paralisados perante esta realidade“, insistiu a irmã Liliana, que perguntou “que nova humanidade está emergindo“. A presidenta da CLAR convidou a dar pequenos passos: ter uma atitude aberta para perceber a densidade da vida que nos rodeia, que permita “saber conviver com as incertezas”, transformar as dificuldades em possibilidades, insistindo que “cabe-nos a nós dar testemunho de esperança perante a adversidade”. Para isso é necessário assumir os valores do Evangelho, como horizontes de ser e agir, apostando em caminhar com outros, abraçando a situação dos pobres e excluídos, cada vez mais numerosos, empenhados na formação de uma consciência crítica e de responsabilidade social, deixando ressoar as propostas de Fratelli tutti. É tempo de gerar utopia, de aproveitar as oportunidades para gerar redes que ajudam a cuidar da vida, da terra e das culturas. “Fazer desta crise um laboratório de aprendizagem, que nos permita desvendar novos caminhos, despertar uma sensibilidade que nos permita a todos nós envolvermo-nos e exercitar a compaixão”. Seguindo as palavras do Papa Francisco, apelou à criação de espaços em que haja lugar para a diferença e universalidade, afirmando que “como vida religiosa somos construtores desta mudança que não pode ser adiada”. Reflexão desde a dimensão pessoal, como eu me preparo para a pandemia, se questionava a irmã Maria Inês. Fazia isso a partir do sofrimento das pessoas, de pessoas próximas, conhecidas, denunciando “os desmandos intoleráveis do governo do nosso país, é triste ver que o povo está pagando com a vida as irresponsabilidades dos nossos governos”, criticando a falta de planejamento governamental e o negacionismo, uma atitude presente inclusive entre os religiosos, segundo a presidenta da CRB, “que nos machuca muito, porque vemos que há pessoas que estão surdas, cegas e mudas”. Ela definia o momento atual como “o tempo de cuidar”, de nos focarmos no essencial, lembrando que no carisma de muitos fundadores está o chamado a “ser uma resposta onde a vida mais clama”.   A religiosa citava exemplos concretos, como Frei Mariano, o jovem franciscano que trabalhava no Barco Hospital Papa Francisco, no Estado do Pará, e que faleceu vítima da Covid-19; o testemunho da vida religiosa em Roraima, onde todas as comunidades, de 25 congregações, estão envolvidas de alguma maneira com os migrantes. O confinamento tem sido “oportunidade para compreender melhor o nosso ser”, afirmava a irmã Maria Inês, percebendo a necessidade de “sermos mais coerentes, mais autênticas, mais radicais”, entendendo que estamos todos no mesmo barco, o que tem que nos levar a nos ajudarmos, refletindo sobre o que significa a vida em comunidade para a vida religiosa. A pandemia tem sido um tempo em que “estamos reaprendendo a viver a proximidade”, de valorizar o olhar, o sorriso, a escuta, de não deixarmos abater pela desesperança, pela tristeza, pelo negativismo. Um tempo para entender que o ritmo das coisas nem sempre é aquele que esperamos, com muitas coisas indo devagar, até paradas. Um tempo que a presidenta da CRB vê como “uma experiência pedagógica”, que transforme o chronos em kairós, que ajude a entender a sobriedade. Estamos ante um tempo de refletir e um tempo de agir, de se perguntar o que buscamos, de se colocar diante do Mistério.   Um chamado a profetizar e testemunhar, esse foi o chamado que fez à vida religiosa a irmã Márian Ambrósio, fazendo que “a nossa vida seja um mistério, seja um lugar onde as pessoas toquem e digam Deus existe, a esperança existe”. Ela falava de questões de fundo, que jamais podem ser esquecidas na Vida Religiosa, “a nossa identidade e o nosso significado”, neste tempo de pandemia, o que a Vida…
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CPT realiza sua 33ª Assembleia Geral e reelege Dom Ionilton como vice-presidente

  Em modo virtual, com a participação de 77 delegados e delegadas, a Comissão Pastoral da Terra – CPT, realizava de 6 a 8 de abril sua 33ª Assembleia Geral. Foram discutidas as prioridades de ação da Pastoral para os próximos três anos e, também, foram eleitas a nova diretoria e coordenação executiva nacional da entidade. Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara, continuará sendo o vice-presidente. Num cenário marcado pela pandemia da Covid-19, a análise da conjuntura marcou o início das atividades, determinada pelo cenário político e social, fortemente influenciado pelo avanço ultraliberal, que no Brasil se faz realidade no avanço do agronegócio, celeiro de futuras pandemias e causa de precarização das condições de trabalho no campo. Diante disso o desafio é encontrar sinais de esperança. As prioridades da CPT para o próximo triênio serão: apoiar a luta pela terra e território, águas, alimento, biodiversidade, pela autonomia e pela proteção, comprometidos e comprometidas com o combate aos impactos ao meio ambiente, diante da crise global que vivemos; aprimorar estratégias e práticas de formação, comunicação e articulação, em especial no trabalho com as mulheres e jovens, no combate à violência de gênero e sexualidade, bem como reforçar o autocuidado e segurança nesses casos; e adequar a estrutura organizativa da CPT aos desafios da realidade atual, fortalecendo setores e funções imprescindíveis, garantindo sua sustentabilidade. Para o período de 2021 a 2024 foram reeleitos para a direção nacional da CPT, como presidente Dom André de Witte, bispo emérito de Ruy Barbosa (BA), e como vice-presidente, Dom José Ionilton, bispo de Itacoatiara (AM). Para a coordenação executiva nacional, foi reeleita Isolete Wichinieski, da CPT Goiás, e eleitos José Carlos Lima, da CPT Alagoas; Ronilson Costa, da CPT Maranhão e Andréia Silvério, da CPT Pará. Dom José Ionilton afirma que “é uma alegria poder me colocar ao serviço desse trabalho tão importante na igreja, que é o trabalho em defesa da terra e das águas, em defesa dos pequenos agricultores, dos ribeirinhos, dos quilombolas, para que eles possam ter o direito à terra e à água preservados e não sejam prejudicados pelo olho grande”. O bispo de Itacoatiara destacava a importância da luta pela terra, que é parte da missão da CPT. O bispo se diz disposto a colaborar naquilo que é possível com o presidente, também reeleito, Dom André de Witte. Ele destaca a importância de contar com mais bispos para esse trabalho da CPT. Para isso, tanto Dom Ionilton como Dom André vão falar na próxima Assembleia da CNBB, que acontecerá de 12 a 16 de abril, mostrando “a importância do apoio que cada bispo, na sua diocese, prelazia, arquidiocese, deve dar à Comissão Pastoral da Terra, e em cada regional”. O bispo de Itacoatiara espera “poder contar com o apoio dos meus irmãos no episcopado no Regional Norte 1, para a gente avançar com a presença da CPT em todas nossas dioceses e prelazias, e na nossa Arquidiocese de Manaus onde já vem funcionando”. No final da Assembleia foi lançada uma carta onde foi manifestada “nossa solidariedade às famílias das mais de 340 mil vítimas da pandemia da Covid-19, em consequência, principalmente, da ação criminosa de um governo genocida, que calculadamente não tomou em tempo as medidas eficazes para impedir este morticínio diário e crescente”. A carta denuncia que “a crise sanitária atual está profundamente relacionada à crise ambiental”, o que tem como consequência, que a nossa Casa Comum “dá crescentes sinais de cansaço e esgotamento”, o que ameaça com “outras pandemias, mais avassaladoras, estão decretadas, se não mudarmos esse sistema”. O texto também denuncia os efeitos trágicos da pandemia sobre os pobres, da necropolítica e do desmonte das políticas públicas, ao tempo que repudia a violência estatal e privada, apoiada por setores do judiciário. A CPT denuncia a postura conivente do Congresso Nacional e das igrejas fundamentalistas, vendo tudo isso como um desafio e um chamado ao compromisso e a retomar o trabalho de base, tendo como base “a esperança, nesse tempo de desesperança”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Hermanos, o documentário que mostra que “Deus nos dá a oportunidade de dizer sim ao nosso próximo”

Mostrar a realidade dos migrantes venezuelanos no Brasil, especialmente em Roraima, esse é o objetivo do documentário “HERMANOS – O Brasil na resposta humanitária à crise venezuelana”, que está sendo lançado pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional – FFHI. Com imagens captadas entre janeiro e fevereiro de 2020, o documentário apresenta uma narrativa plural, construída por meio de relatos de migrantes, refugiados e diferentes integrantes da Operação Acolhida, uma grande força-tarefa humanitária de acolhimento a milhares de venezuelanos, no estado de Roraima e em Manaus. Escutando diferentes atores que fazem parte da Operação Acolhida, o relato mostra que “é possível minimizar consequências sociais e humanitárias e ir além”. O documentário conta as histórias nascidas na convivência entre os migrantes e aqueles que tem se empenhado em acolhe-los, uma atitude muito presente na Diocese se Roraima, que tem assumido esse acolhimento aos migrantes como prioridade diocesana. Os relatos apresentados pela irmã Telma Lage, pelo padre Jesús López de Bobadilla, por Áurea Cruz, da ONG Mexendo a Panela, entre outros, são uma mostra do trabalho que muitos homens e mulheres, a partir da sua fé, vem realizando na Diocese de Roraima nos últimos anos, em parceria com outros atores que participam desse processo de acolhimento, dentre eles a Fraternidade – Humanitária, que foi a primeira organização a chegar na região em 2016 para uma missão emergencial e, que diante da contínua demanda, tornou-se uma missão permanente. Seu Gestor geral, Frei Luciano, insiste na necessidade de diálogo, de trabalhar em políticas públicas e estratégias que promovam uma mínima oportunidade de dignidade de vida para o povo. Ao longo de quase uma hora, o documentário, de um modo dinâmico e envolvente, propicia ao espectador um olhar aprofundado sobre esta realidade contemporânea, ainda pouco conhecida por grande parte da sociedade brasileira. Não podemos esquecer que, de acordo com dados de agências da ONU, como aparece relatado no documentário, mais de 5 milhões de homens, mulheres e crianças deixaram a Venezuela desde 2015, gerando uma das maiores crises de deslocamento do mundo. O Brasil é o quinto destino mais procurado por eles. São pessoas concretas, com histórias que mostram as dificuldades vividas ao longo de um percurso cheio de dificuldades. Uma delas é a de Miladys del Carmen, que deixou família, amigos, e tudo mais que fazia parte do seu mundo, percorrendo a pé todo o caminho até o Brasil. Após ser acolhida, ela tem encontrado uma luz que pode ajuda-la para reconstruir a sua vida e a dos seus familiares, algo que é motivo de gratidão para alguém que sonha com um futuro melhor e com a possibilidade de um dia retornar à sua pátria. Essas histórias fazem parte da vida do padre Jesús, que ao longo dos últimos anos tem escutado muitos relatos, de pessoas que tiveram que deixar tudo para não morrer de fome, para chegar em Pacaraima – RR, a porta de entrada da maioria dos venezuelanos no Brasil. Ele que faz um chamado a assumir a atitude do Bom Samaritano, diz que os venezuelanos chegam “sem nada, sem dinheiro, sem roupa, sem moradia, sem saúde, muitos, sem ter nada”. O sacerdote maldisse “as fronteiras e tudo aquilo que nos desune”, insistindo em que “quando o conceito pátria está só para dividir, para enfrentar, para daqui não passe, para que o conceito pátria sirva de muralha, de separação, de arrogância, que pena, a pátria é o Planeta Terra”. O padre afirma que “não somos santos, nem somos heróis, estamos só cumprindo a nossa obrigação” Desde o início da Operação Acolhida em 2018, mais de 50 mil pessoas venezuelanas já foram interiorizadas para 600 cidades dos 26 estados brasileiros. É uma resposta humanitária sem precedentes, como citou Áurea Cruz, para quem “Deus nos dá a oportunidade de dizer sim ao nosso próximo”. “É um exemplo para o mundo” o fato de que diferentes organizações civis, governamentais, religiosas e agências internacionais, possam unir esforços em prol do bem comum, e juntos, buscar soluções para acolher os irmãos, os “Hermanos” venezuelanos. Não podemos nos acostumar, “as pessoas passarem fome não é normal, as pessoas ter que sair do seu país para não morrer de fome, não é normal”, afirma a irmã Telma Lage. É tempo de entender e assumir que juntos somos mais fortes! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação, CNBB Norte 1

Segunda fase da Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar’ será lançada no Domingo da Misericórdia, 11/4, às 15h, com o badalar dos sinos no Brasil

Ao completar um ano, no próximo dia 12 de abril, a Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” entrará numa segunda fase e ganhará um novo impulso segundo informou o secretário-executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista.  “Esta segunda fase se torna mais evidente frente ao cenário pandêmico que se agravou”, disse o padre. Como exemplo, ele citou que o que foi anunciado em 2020 sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome se confirmou. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IBGE), o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome em 2014. No entanto, de acordo com o balanço referente a 2020, o país deve voltar a figurar na geopolítica da miséria. A pandemia deixou 19 milhões com fome em 2020, atingindo 9% da população brasileira, a maior taxa desde 2004, há 17 anos, quando essa parcela tinha alcançado 9,5%. E quase o dobro do que havia em 2018, quando o IBGE identificou 10,3 milhões de brasileiros nessa situação. Além do recrudescimento da pandemia e do impacto com as quase 4 mil mortes diárias pela Covid-19, há uma tempestade perfeita nesse caos que coloca em risco também sua segurança alimentar: inflação alta, desemprego e ausência do auxílio emergencial – ao menos num nível que permita a compra de uma cesta básica. 2ª fase “É Tempo de Cuidar” O início desta segunda fase da Ação Solidária Emergencial, explica o padre Patriky, começa no próximo domingo, 11 de abril, Domingo da Misericórdia, quando todas as comunidades e paróquias católicas do Brasil são convidadas a repicar os sinos, às 15h.  A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Permanente da CNBB que ratificou a importância da manifestação de sinais de esperança, fé e solidariedade diante das mortes pela covid-19. Frente aos números alarmantes de mortos em consequência da pandemia, o padre Patriky Samuel Batista disse que o repicar dos sinos vai reforçar a mensagem de que “Toda vida nos toca”. O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, divulgou uma carta convite direcionada a todos os bispos do Brasil para esta ação que se caracterizará como um ato de comunhão com todas as famílias impedidas de vivenciar o luto, do esforço dispendido pelos profissionais da saúde e do desejo dos brasileiros quanto à superação da pandemia. O secretário-executivo de Campanhas da CNBB informa que está marcada, para o dia 19 de abril, uma reunião com os parceiros (Cáritas Brasileira e Conferência dos Religiosos do Brasil) e todos os organismos vinculados à CNBB para traçar as estratégias de mobilização desta segunda fase da ação emergencial. Uma carta com as novas orientações será divulgada após a reunião com os parceiros. Balanço da primeira fase Durante a programação da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB), na celebração de abertura, dia 12 de abril, será lançada esta segunda fase. Na apresentação do relatório do presidente, a ser apresentado aos bispos no primeiro dia da Assembleia, será feita um balanço com os resultados da primeira fase. A Cáritas Brasileira, organização que sistematiza e monitora os dados da campanha, no último balanço de 23 de março,  aponta 823 ações registradas em 140 arquidioceses e dioceses brasileiras, com a marca de 5,868.961 mil toneladas de alimentos. Em recursos financeiros, a campanha atingiu R$ 4,523.832,00. Em sua primeira fase, a campanha produziu e distribuiu para as populações mais vulnerável cerca de 717 mil alimentos (quentinhas), arrecadou e distribuiu 727.832 mil unidades de roupas e calçados, 411.580 mil kits de higiene e 414.114 mil equipamentos de proteção individual. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram beneficiadas. O mapa com os dados pode ser acessado aqui. Fonte: https://www.cnbb.org.br/segunda-fase-da-acao-solidaria-emergencial-e-tempo-de-cuidar-sera-lancada-no-domingo-da-misericordia-11-4-as-15h-com-o-badalar-dos-sinos-no-brasil/

Oitava da Páscoa: ressuscitar um Brasil a caminho da morte

A Oitava da Páscoa é tempo para celebrar a Vida, aquela que nasce da Ressurreição e permanece para sempre. Mas como celebra-la diante de tanta morte, vendo como a cada dia se supera o trágico número de mortos pela Covid-19, numa escalada que ninguém sabe até onde vai chegar? Quem não se importa com 4.000 também não vai se importar com números ainda maiores. Celebrar a Oitava da Páscoa faz parte de quem sente a necessidade de defender a vida, lutando para que ela nunca seja ceifada. Nunca podemos esquecer que cuidar da vida tem que ser sempre a prioridade e tudo o que a gente faz tem que estar ao cuidado da vida de todos e todas, nem só da vida da gente. No final das contas, a Páscoa é a vitória sobre a morte de alguém que entregou sua própria vida para que todos tenham vida e vida em abundância. Também a religião deve estar em função desse cuidado da vida, superando a tentação de manipula-la e coloca-la ao serviço de interesses particulares. A religião nos oferece a possibilidade de nos relacionarmos com Deus, o Deus da vida, que fica distante de toda religião, falsa religião, que promove ou faz a vista grossa diante da morte, especialmente da morte dos inocentes. Ontem, 07 de abril, era comemorado o Dia Mundial da Saúde, uma boa oportunidade para refletir sobre esse cuidado com a vida, mas também para agradecer por aqueles que se empenham cada dia, especialmente no último ano, no cuidado com a vida, muitos dos quais tem perdido a própria vida em consequência do seu empenho em cuidar da vida dos outros. Num mundo em que tudo está interligado, como nos lembrava o Papa Francisco na encíclica Laudato Si´, o cuidado com a vida é algo que deve se tornar uma proposta multidisciplinar. A harmonia pessoal só se faz realidade quando a gente consegue alcançar uma harmonia com todos os seres humanos e com o ambiente do qual a gente faz parte. Isso tem que nos levar a superar o egoísmo, que parece ter tomado conta da vida de muita gente, e cultivar atitudes solidárias e de empatia, a promover a equidade como caminho de futuro, ainda mais para quem se guia pelos princípios cristãos e quer caminhar como discípulo e discípula de Jesus. Celebrar a Páscoa tem que nos levar a fazer tudo o que estiver na nossa mão para cuidar do SUS, para que remédios eficientes possam chegar a todos, para que a vacina seja aplicada a todo mundo e imediatamente, para garantir os direitos que favorecem a vida em plenitude, para cuidar do Planeta e das relações com as pessoas, promovendo mecanismos que ajudem a superar a exploração desmedida dos recursos e das pessoas, que deixem para trás nossa convivência social, injusta, desigual e intolerante. Nunca esqueçamos que a Páscoa é Ressurreição, celebração da vida, agradecimento a esse Deus que continua se fazendo presente no meio da gente e nos mostrando o caminho da vida em plenitude. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Primeiros passos para a Articulação da Economia de Francisco e Clara no Regional Norte 1

Criar uma economia com alma, um sistema que pensa no ser humano e no cuidado da casa comum, esse é o propósito da Economia de Francisco e Clara. Trazer essa reflexão para o Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tentando envolver os jovens, tem sido a motivação do encontro virtual que aconteceu nesta terça-feira, 06 de abril, dando início a uma semeadura.  Na Amazônia foi criado em agosto de 2020 um grupo de animação com representações dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e Pará, que nos últimos meses tem pensado juntos uma caminhada de semeaduras sobre o anúncio do Papa e como pensar os rostos dessa outra economia que já existe e acontece em nosso território. Partindo da ideia das vilas ou aldeias temáticas em que é dividida a Economia de Francisco e Clara, 12 espaços temáticos para debater a economia em nível global, querem ser dados passos que ajudem trazer essas propostas para o Regional Norte 1. Trata-se de subdivisões em grupos temáticos, realizadas com os jovens selecionados para o encontro em Assis. São laboratórios de diálogo, escuta e partilha de vida, com o propósito de encontrar soluções conjuntas e caminhos alternativos para uma nova economia. Junto com economistas, os jovens são chamados a pensar de forma crítica e sustentável, soluções para os problemas do mundo contemporâneo. O encontro serviu para fazer uma apresentação geral de cada uma das vilas, fazendo referência à articulação de cada uma delas no Brasil. Ao falar sobre “Finanças e Humanidade”, a Ir. Michele Silva, que faz parte da coordenação da Economia de Francisco e Clara no Regional Norte 1 e também em nível nacional e que apresentou as vilas, destacava a necessidades de promover o bem-estar das pessoas com as finanças, de investimentos que trabalhem pelo bem comum. A vila sobre “Agricultura e Justiça”, reflete sobre o papel da agricultura para enfrentar as mudanças climáticas e os conflitos por terra, assim como os direitos trabalhistas, o direito à água, a demarcação dos territórios dos povos indígenas, a segurança alimentar, a produção de biocombustíveis e as novas tecnologias.   A vila sobre “Energia e Pobreza” procura um futuro onde a energia não divida, não polua e inclua as pessoas mais frágeis. Falar de “Lucro e Vocação” deve levar a encontrar caminhos que ajudem as pessoas a florescer e encontrar sua vocação no trabalho. A vila sobre “Negócios em Transição”, nos faz entender a grande transformação que está vivendo a economia em decorrência da crise ambiental, a revolução tecnológica e as mudanças sociais envolvidas. Tudo isso buscando incluir os mais pobres e vulneráveis. “Gestão e Dom”, que é uma outra vila, deve levar a entender que a economia convencional pode levar a uma visão reduzida da natureza e dos seres humanos. Nela são abordadas questões antropológicas, éticas, relacionais, explorando novas abordagens para a gestão sustentável.  “Trabalho e Cuidado”, é uma vila que leva a refletir sobre novas perspectivas culturais da atividade do trabalho, a descobrir a necessidade de cuidar da criação a través do trabalho, desde uma perspectiva de “ecologia humana integral”. Falar sobre “Políticas e Felicidade”, bem-estar individual e social, relações em famílias, comunidades e cidades, é o propósito de uma outra vila, que fomenta as dimensões comunitárias. O “CO2 das Desigualdades” é o nome de outra vila, que leva a refletir sobre as crescentes desigualdades, determinadas pela economia, mas também a saúde e expectativa de vida, conquistas educacionais, bem-estar, funcionamentos, habilidades e competências, apoio social, pegada ecológica, poder democrático, direitos humanos e empoderamento de gênero.  “Vida e Estilo de Vida” é uma reflexão presente em outra das vilas, que deve nos levar a refletir sobre os hábitos de consumo, a combater a cultura do desperdício e propor novos modos de vida. Uma outra vila é “Negócios e Paz”, que quer levar a descobrir que a paz é frequentemente ameaçada pela desigualdade, vulnerabilidade econômica, pobreza e injustiça. Tudo isso gera conflitos, que podem ser resolvidos através das práticas de sustentabilidade socioambiental. Finalmente, a vila “Mulheres pela Economia”, procurando uma economia mais inclusiva, equitativa e centrada nas pessoas, que promova o reconhecimento total das capacidades das mulheres, assim como a necessidade da divisão de tarefas, novos estilos de governança e liderança, novas ferramentas de inclusão e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.   Partindo dessa visão geral, o desafio planteado tem sido construir as “Malocas” que contemplem a Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara na realidade do Regional Norte 1. O primeiro passo é identificar as iniciativas que já existem, escutar as pessoas que dinamizam essa economia e pensar com elas meios de ampliá-la e torná-la sustentável. Também subsidiar essas iniciativas e ampliar o trabalho, para que Economias alternativas, tenham espaço e fomentem um consumo consciente e construir as Malocas com as temáticas (grupos de estudo) ligadas a nossa realidade local. Finalmente, criar uma Casa ou mais Casas de Francisco, como referencial da ECOFRAN Norte 1. A partir da partilha de experiências já presentes no Regional Norte 1, os partcipantes do encontro tem conhecido algumas realidades que fazem parte do trabalho de algumas pastorais, movimentos e grupos ligados com a Igreja católica, se propondo abrir esse espaço a outra igrejas e pessoas que não tem relação com nenhuma igreja. Na partilha tem aparecidos os rostos de pessoas e realidades, presidiarios, indígenas, famílias atendidas pela partoral da criança, vítimas do abuso e exploração sexual, juventudes, pessoas acompanhadas pela Caritas. Tem sido refletido sobre as consequências da pandemia em relação com aquilo que é abordado pela Economia de Francisco e Clara, que deve levar a pensar em diferentes alternativas diante de uma realidade que está provocando muito sofrimento, especialmente nos mais pobres. Frente ao desafio de semear e a necessidade de re-almar a economia, Marcela Vieira, que faz parte da coordenação da Economia de Francisco e Clara no Regional, foi realizado um chamado a somar forças, propondo frentes para actuar, no campo da formação, que ajude a entender o chamado do Papa Francisco, e gerar uma economia…
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“Ser luz na escuridão que nos traz medo”. Mensagem Pascal de Dom Fernando Barbosa

  Cristo ressuscitou fazendo realidade sua promessa, algo que acontece “após dias de dores, sofrimentos e angústias”, afirmava Dom Fernando Barbosa em mensagem à Prelazia de Tefé com motivo da Páscoa. Diante dos sinais de morte, o bispo destaca que “em Jesus de Nazaré os sinais de vida se tornam visíveis como naquele tempo, e é preciso que no nosso coração renasça a esperança de dias melhores”. Isso é algo que nasce da fé e deve nos levar a “transbordar em nós esse amor que transcende nos libertando de tudo aquilo que nos impede de acreditar”. Dom Fernando diz na sua mensagem que “a Ressurreição é vida nova em Cristo”, uma certeza que deve nos levar a superar “a falta de esperança, a tristeza e muitas outras chagas que fazem sofrer toda a humanidade”. Seu convite é a que “a Páscoa de Cristo renove nossa fé”, a ser crédulos para descobrir a promessa de Deus, que “Jesus Ressuscitou e está no meio de nós, sendo luz na escuridão que nos traz medo”.

Cristo Ressuscitou, ressuscitemos com Ele. Aleluia! Felicitação Pascal do Regional Norte 1

  “Quanto mais densa for a escuridão da noite, mais luminosa será a madrugada”. Com essas palavras iniciava Dom Edson Damian, presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sua felicitação pascal através de um vídeo. O bispo de São Gabriel da Cachoeira fazia um chamado para que “a luz resplandecente na manhã da Ressurreição renove em nós a certeza da presença do Crucificado ao nosso lado, Deus conosco”. Um Deus que diante da realidade que estamos vivenciando nos mostra que “Ele luta conosco contra as injustiças, as desigualdades sociais, as discriminações, as exclusões que gera a Covid-19, que não deixa de ceifar milhões de vidas de nossos irmãos e irmãs”, segundo Dom Edson. Ao refletir sobre a pandemia do coronavírus, o presidente do Regional Norte 1 da CNBB, afirmava que “essa tragédia global despertou em nós a consciência de que somos uma comunidade mundial, que navega no mesmo barco, e ninguém se salva sozinho, só é possível salvar-nos juntos”. Inspirado na última encíclica do Papa Francisco, Dom Edson Damian destacava que “Somos Fratelli tutti, todos irmãos, todas irmãs”, e lembrando as palavras do poeta amazonense Tiago de Melo, “faz escuro, mas eu canto, porque a madrugada vai chegar”, insistia na necessidade de nos esperançar. Cristo Ressuscitou, ressuscitemos com Ele. Aleluia! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1