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Caritas Norte 1 realiza sua Assembleia, momento de “parar, refletir, fazer as correções e seguir na perspectiva de bons resultados”

  Caritas Regional Norte 1 celebrava na quinta e sexta-feira, 25 e 26 de março, sua assembleia, que em consequência da pandemia teve formato virtual. Com representação de todas as Igrejas particulares que tem Caritas, foram dias de avaliação, estudo e programação do caminho que vai guiar o trabalho socio caritativo da Igreja do Regional ao longo de 2021. Após as apresentações dos participantes e a oração inicial, inspirada nas palavras do cardeal José Tolentino de Mendonça, Marcela Vieira, ajudava os participantes a entender o que é o PMAS (Planejamento, Monitoramento, Avaliação e Sistematização), que pode ser definido como um “conjunto de procedimentos e instrumentos que auxiliam na gestão integrada dos processos, que orientam a prática realizada pela Rede Caritas no país”. A Assessora Nacional da Caritas Brasileira explicava os componentes dos Sistemas PMAS e os desafios do processo PMAS, que dividia em 9 pontos. A assembleia é um momento que “acontece no início do ano para avaliar o ano anterior e planejar o que se inicia, no meio do ano faz-se o monitoramento no intuito de averiguar as atividades previstas”, segundo Márcia Maria de Souza Miranda. A Articuladora Regional da Caritas afirma que “estas ações tem sua significância e importância para toda Rede Caritas, funciona como um ponto de partida para todas as ações, ajuda na execução das atividades, focando no que realmente importa que são os resultados propostos, além de auxiliar na compreensão das mudanças que podem surgir ao longo do caminho e a identificar oportunidades de melhoria para o serviço”. Segundo Márcia Maria, “o exercício do PMAS, permite reunir esforços que acontecem nas bases, ou seja, dioceses e prelazias, são momentos de olhar para o que foi planejado, o que foi feito e o que precisa ser melhorado”. Para a Articuladora do Regional Norte 1, “nesse processo adquire-se o equilíbrio adequado, as entidades membro, acabam enxergando com maior grau de eficiência, eficácia o grande número de atividades realizadas previstas e outras não previstas, mas que foram adequadas a um plano de trabalho”. Não podemos esquecer que os encontros permitem momentos de conhecimento das ações que cada Caritas desenvolve, a partilha do que deu certo e do que precisou ser ajustado, bem como o encontro e reencontro dos atores envolvidos nas ações, elementos nos quais insiste a Articuladora Regional. Ela destacava a importância das análises de conjuntura, algo que esteve muito presente na Assembleia deste ano, marcado profundamente pela pandemia, que tem determinado o jeito de ser Caritas nas dioceses e prelazias do Regional Norte 1. Todos os presentes destacavam que tem sido e está sendo um tempo para cuidar da vida, onde muitas pessoas, muitos deles voluntários, estão realizando um trabalho que permite ajudar e chegar onde o poder público não chega. Além do enfrentamento da pandemia, especialmente o Projeto Ajuri e outros similares, que tem marcado o trabalho da Caritas, também tem sido realizadas outras ações que buscam a geração de renda, feiras solidarias, formação de novos agentes ou o trabalho com migrantes, uma realidade muito presente no Regional Norte 1. Francisco Lima destacava que a realidade atual “é fruto de todo um processo que nós vivemos desde o nível mundial ao nível local”. O Secretário Executivo do Regional Norte 1, destacava a importância da conjuntura política e de se questionar sobre as políticas públicas nos municípios. Segundo ele, “o contexto político interfere na atuação como Caritas”, enfatizando os “desafios surgidos da falta de políticas públicas”. Isso se manifesta, segundo Francisco Lima na realidade do sistema de saúde que não funcionou nos últimos meses, algo que se manifestou na falta de oxigênio, a falta de estrutura nos hospitais, em definitiva a falta de políticas públicas. Diante dessa realidade, “a Caritas age”, destacava o Secretário Executivo do Regional Norte 1 da CNBB, e o faz em diferentes realidades: grandes e pequenas cidades, ribeirinhos, indígenas, que requerem diferentes ações, segundo Francisco Lima. Falando sobre a pandemia, que no Regional tem números assustadores, mesmo sabendo que nem todos foram recolhidos pelas agências de saúde, como mostram os informes da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM). Ele afirmava que “não são só números, são pessoas”, e refletia sobre a questão das vacinas, que muitos municípios do interior do Estado do Amazonas ainda não recolheram em Manaus. Estamos diante de uma pandemia que ainda não acabou, segundo Francisco Lima, que ainda vai precisar ser enfrentada com muitos projetos, “seguir sendo esse braço fraterno da Igreja na Amazônia”. Para isso tem sido planejadas as atividades que serão realizadas no ano 2021, um trabalho que contou com a assessoria de Jaime Conrado, assessor nacional da Caritas brasileira e coordenador do projeto Ajuri. Não podemos esquecer, algo que foi enfatizado, que além desse planejamento em nível nacional, também tem aquele que é feito nas dioceses e prelazias, assim como nas paróquias, áreas missionárias e comunidades. Desta forma, “a Caridade organizada é o diferencial nas ações da igreja”, segundo Márcia Maria de Souza Miranda. Ela desataca que “não se faz um trabalho solidário de qualquer jeito ou de forma aleatória, se lidamos com vidas e se queremos atingir o objetivo da Caritas: Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social“. É por isso, que a Articuladora Regional Norte 1 insiste em que “se faz necessário parar, refletir sobre o que está sendo feito, fazer as correções possíveis e seguir na perspectiva de bons resultados”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

O Senhor guarda o seu rebanho e nos chama a sermos guardiões da Amazônia

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  27 DE MARÇO:  Sábado da 5ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: ‘Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!’.  Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor.  Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra. (Jr 31, 10. 11-12ab. 13)  REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Percorremos juntos durante a Quaresma um caminho de “conversão ecológica”, que nas palavras do Papa Francisco significa “deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa” (LS, 217). O fruto desta conversão deve ser, portanto, o de nos tornarmos defensores e guardiões da vida que pulsa na biodiversidade amazônica e nos seus povos.  Percorrer com Cristo o caminho da Cruz alimenta a nossa fé e o nosso compromisso, pois Ele é para nós “fonte de luz e motivação para as nossas preocupações pelo meio ambiente, e leva-nos a ser guardiões da criação inteira” (LS, 236).  AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Tal conversão interior é que nos permitirá chorar pela Amazónia e gritar com ela diante do Senhor. (Querida Amazônia, 56)  Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

A Presidência do Celam mostra a sua preocupação “pelo terrível impacto” da Covid-19 no Brasil

Numa carta dirigida ao Presidente do Episcopado Brasileiro, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, a Presidência do Conselho Episcopal Latino-americano e do Caribe – Celam, diz partilhar “a profunda preocupação da Igreja pelo povo brasileiro, face à situação muito grave que está sofrendo devido ao terrível impacto da pandemia de Covid-19, especialmente durante as últimas semanas”. Na quarta-feira passada, 24 de março, como a mensagem afirma, “o Brasil ultrapassou os 300.000 falecidos em consequência da doença, entre elas cinco bispos e dezenas de sacerdotes, religiosas, religiosos e leigas e leigos comprometidos com a missão da Igreja”. Ao mesmo tempo, esta semana registaram-se mais de 3.000 mortes em 24 horas, o que faz do Brasil o país com mais mortes por dia neste momento, ocupando o segundo lugar em número absoluto de mortes. A pandemia afeta todos, “mas principalmente os mais pobres, que sofrem gravemente as consequências de um sistema de saúde que não é suficiente – apesar de a população ter o Sistema Único de Saúde (SUS) -, bem como a ausência de políticas e de ajuda pública que favoreçam os cuidados e a defesa da vida”, diz a carta da presidência do Celam. Os bispos do continente apoiam a coragem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, “que denunciaram corajosamente esta delicada situação, ajudando a iluminá-la a partir dos valores do Evangelho e dos princípios da Doutrina Social da Igreja, e encorajando iniciativas de solidariedade como o “Pacto pela Vida e pelo Brasil“, com as quais procuram responder à grave crise sanitária, económica, social e política que o país atravessa”, algumas das quais são recolhidas na mensagem. O Celam apoia a exigência “de avançar rapidamente no processo de vacinação“, e de oferecer auxílio emergencial, pedindo ao Senhor “para consolar os aflitos pela perda dos seus entes queridos e para fortalecer todos, pastores e povo, na fé, esperança e caridade”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Mensagem de Páscoa da CNBB chama a contribuir para vencer a pandemia

No final da reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que aconteceu virtualmente os dias 24 e 25 março, tem sido divulgada uma Mensagem de Páscoa, assinada pela presidência. O texto convida a vivenciar a Semana Santa seguindo os limites que impõe a pandemia da COVID-19, insistindo no cuidado da vida, “como Igreja que celebra, anuncia, ora em família, acolhe e consola”. A CNBB faz um chamado a “contribuir para que o conjunto da sociedade civil, cuidando especialmente dos pobres, enfermos e vulneráveis, vença a pandemia”, pedindo que Cristo Ressuscitado, seja “especial sustento para os profissionais e servidores da saúde, consolação para os enlutados e feridos no coração”.   Confira o texto na íntegra:   “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós “ (Jo 1,14)   Hoje, nosso caminho quaresmal é iluminado pela festa da Anunciação do Senhor, a encarnação do Verbo, início de nossa salvação. Nesta oportunidade, ao concluir a reunião do Conselho Permanente da CNBB, congregando os bispos da Presidência, presidentes e representantes de Conselhos Episcopais Regionais, presidentes de Organismos do Povo de Deus e assessores, compartilhamos nossa mensagem Pascal. Vamos vivenciar a Semana Santa, seguindo os passos de nosso Mestre e Salvador, atentos aos limites das circunstâncias locais, impostos pela pandemia da COVID-19, cuidando da vida de cada irmão e irmã, dom inviolável, como Igreja que celebra, anuncia, ora em família, acolhe e consola. Inspire-nos a palavra do apóstolo Paulo: “Nosso cordeiro pascal, Cristo, foi imolado. Assim, celebremos a festa, não com o velho fermento nem com o fermento da maldade ou da iniquidade, mas com os pães ázimos da sinceridade e da verdade” (1Cor 5, 7b-8). A presença amorosa de Cristo Ressuscitado nos ilumine e, em diálogo e solidariedade, possamos contribuir para que o conjunto da sociedade civil, cuidando especialmente dos pobres, enfermos e vulneráveis, vença a pandemia, na esperança de um tempo novo ao sabor do Evangelho. Cristo Ressuscitado, bálsamo da vitória da vida sobre a morte, seja perseverança em nosso caminhar, especial sustento para os profissionais e servidores da saúde, consolação para os enlutados e feridos no coração. Feliz e Santa Páscoa!   Brasília, 25 de março de 2021 Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte, MG Presidente   Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre, RS 1º Vice-Presidente   Mário Antônio da Silva Bispo de Roraima, RR 2º Vice-Presidente   Joel Portella Amado Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ Secretário-Geral Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

O Senhor livra o pobre e a Amazônia das mãos dos maus

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  26 DE MARÇO:  Sexta-feira da 5ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Jeremias disse: Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: ‘Denunciai-o, denunciemo-lo.’ Todos os amigos observavam minhas falhas: ‘Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele.’ Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! O Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus. (Jr 20,10-13) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ O profeta Jeremias não esconde o contexto de perseguição e de injustiça presente na missão do Messias, como também é presente na vida de tantos irmãos e irmãs que se colocam ao lado dos mais fracos na imensa pan-amazônia. Contudo, o profeta reafirma que não estamos sozinhos nesta luta, pois está conosco o Senhor, que nos salva das mãos dos maus. Da mesma forma, nos recorda o Papa Francisco que “no coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!” (LS, 245). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA O Senhor, que primeiro cuida de nós, nos ensina a cuidar dos nossos irmãos e irmãs e do ambiente que Ele nos dá de presente a cada dia. (Querida Amazônia, 41) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Diocese de Parintins celebra Missa Crismal e Retiro do Clero, sob o olhar de São José

O clero da Diocese de Parintins encerrou nesta quinta-feira, 25 de março, seu Retiro, que desde o dia 22 reúne os sacerdotes que realizam sua missão na região do Baixo Amazonas. O pregador do Retiro, que aconteceu no Centro de Formação Dom Arcangelo Cerqua, foi Dom José Albuquerque, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Ao longo desse tempo de Retiro, neste ano em que a Igreja, por indicação do Papa Francisco, celebra o Ano de São José, os participantes tem rezado sobre a Paternidade Ministerial, inspirada na Carta Apostólica Patris corde, sendo um momento para aprofundar no ministério sacerdotal a partir da figura daquele que foi o pai de Jesus. Durante o Retiro, aproveitando a presença dos padres vindos dos municípios que fazem parte da Diocese, um costume presente em muitas dioceses e prelazias, a Catedral Nossa Senhora do Carmo acolhia a Missa dos Santos Óleos, momento em que além de ser abençoados os Óleos que serão usados nos sacramentos ao longo do próximo ano, os padres renovavam suas promessas sacerdotais. O bispo diocesano, Dom Giuliano Frigenni, que presidiu a celebração, na sua homilia, partindo da figura de São José, destacava a dimensão sagrada das diferentes ações do sacerdote, fazendo um chamado aos padres a que “façamos da nossa vida uma resposta de gratidão ao Amor de Deus que Cristo nos revelou”, ajudando o povo entender que ele “tem sido alcançado não pelo poder de Deus, mas pela ternura de Deus, pela humildade de Deus, pela paciência de Deus”.  O desafio para os sacerdotes, segundo o bispo, é “poder ter a mesma compaixão, a mesma ternura, através do dom do Espírito Santo”. Segundo Dom Giuliano, é importante destacar a unidade, que se faz presente na diversidade de cada um, que “não é um problema, é a grande riqueza da Igreja que deseja ser cada vez mais como uma mãe, que recebe as pessoas e as fortalece”. O bispo insistia ao clero sob a necessidade de ser servidores do povo de Deus, e ao povo sob a necessidade de entender que “a nossa fé cristã católica não divide a vida da religião, mas a religião entra na nossa vida e nos torna homens e mulheres não que falam de Deus, mas que falam com Deus, de um Deus que veio ao nosso encontro e entrou na história”. O bispo lembrava a importância do Papa Francisco, que “nos empurra o tempo todo a ir ao encontro das pessoas que perderam a alegria de ser cristão, a alegria do Evangelho, e nos empurra a reconhecer nos outros, mesmo aqueles que não são da nossa comunidade, irmãos da gente, até que tenham religiões diferentes, antes de condenar, ama-los e oferecer a alegria daquele que veio para reunir os dispersos filhos de Deus”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Na Missa do Crisma, Dom Zenildo afirma que a missão “não é fácil, porém é gratificante realizar”

A paróquia Nossa Senhora de Nazaré e São José, na cidade de Nova Olinda, acolheu nesta quinta-feira, 25 de março, a Missa dos Santos Óleos da Prelazia de Borba, uma celebração que, segundo seu bispo, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, “reúne o presbitério, trata-se da unidade, da comunhão, momento significativo para a Igreja local”. Seguindo as leituras que a Liturgia da Palavra apresenta para a celebração da Missa do Crisma, o bispo local destacava que “a saída à situação do exilio está na comunidade que se reúne, louva, agradece e encontra esperança para lutar”. Dom Zenildo, diante do momento tão difícil na sociedade, no mundo inteiro, que estamos vivendo, fazia um chamado a “não perder a esperança, a confiança, o dinamismo missionário, o profetismo da evangelização”. O bispo da Prelazia de Borba, dizia para os sacerdotes presentes na celebração que “abraçamos a causa e a Cruz do sacerdócio, trazendo ao povo, oferecendo, o que vem do povo a Deus, testemunhando a esperança no meio do povo do Senhor”. Não podemos esquecer, seguindo o Evangelho de Lucas, que “Jesus traz para nós esse Espírito que dinamiza as comunidades”, insistia Dom Zenildo, para quem “os destinatários da evangelização são os pobres, os últimos, os esquecidos, algo que nos faz mais missionários e missionárias”. Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva destacava três elementos que se fazem presentes na celebração da Missa dos Santos Óleos: o cristológico, o eclesiológico e o sinodal. A cristologia, segundo o bispo “cristifica a evangelização, a nossa caminhada”, destacando que “Ele envia para anunciar que o Reino de Deus está próximo”, pois enquanto “o Evangelho fala da proximidade, o diabo da pandemia fala da distância, vai isolando as pessoas, machucando as pessoas”. Na celebração da Missa do Crisma, “a Igreja de Cristo que se faz presente na celebração, Igreja que tem a missão de evangelizar, que tem a missão de testemunhar, que tem a missão de planejar para depois avaliar”, em palavras de Dom Zenildo. Trata-se de uma “eclesiologia que tem que colocar em nosso coração a simplicidade, a humildade, mas a garra missionária, o dinamismo missionário, uma eclesiologia que nos fala de uma Igreja ministerial”. Numa Prelazia onde as dificuldades fazem parte da missão do dia a dia, o bispo dizia que “nosso trabalho é difícil, chegar nas últimas comunidades, visitar o povão tão isolado e abandonado em nossos interiores, lagos e igarapés, isso não é fácil, porém é gratificante realizar”. Ao refletir sobre a sinodalidade, Dom Zenildo afirmava que isso se traduz “numa Igreja que escuta, que conversa, que faz planejamento”. Segundo ele, “uma Igreja que, se é sinodal, ela vai ter um olhar para escutar as comunidades, as pastorais, os movimentos, vai dar prioridade aos conselhos pastorais, administrativos”. O bispo, que foi um dos padres sinodais no Sínodo para a Amazônia, lembrava que uma Igreja sinodal, é “uma Igreja que vai pensar naquilo que o Sínodo apontou, novos rumos, novos caminhos”. Segundo o bispo local, “a sinodalidade nos coloca nessa perspectiva do novo, novos ministérios, novos caminhos, novo jeito de evangelizar, temos que encontrar, sobretudo na Amazônia”. Junto com isso, ele destacava que “essa sinodalidade, ela vem valorizar muitos as comunidades, faz um chamado a fomentar em nossas comunidades o espírito que tinha nas primeiras comunidades, a partilha, a sede por aprender o novo”, trata-se de uma Igreja que tem que “acreditar no protagonismo dos leigos”. Depois do agradecimento do pároco local pela oportunidade de poder celebrar a Missa dos Santos Óleos na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré e São José, Dom Zenildo agradecia aos padres pela dedicação à missão na Prelazia de Borba, às irmãs da Vida Consagrada, às paróquias e comunidades que acompanhavam pelo rádio e pelas redes sociais, pedindo que o povo tenha cuidado com a saúde, e agradecendo à paróquia que acolheu a Missa do Crisma pelo empenho na preparação. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

300.000, será que só é um número?

  Cuidar da vida é cada mais urgente num tempo em que a morte tem se instalado no nosso cotidiano como algo que não nos questiona mais. Chegar nas 300.000 vítimas da pandemia da Covid-19 no Brasil, delas quase 8.400 em Manaus, o que faz da capital amazonense um dos locais mais gravemente atingido no Brasil e no mundo, com 4.000 óbitos por milhão de habitantes, tem que nos levar a nos perguntarmos muitas coisas. Não podemos esquecer que atrás de cada número se esconde um rosto, uma história, uma vida.   Não podemos esquecer aqueles e aquelas com quem a gente se encontrava no dia a dia, gente com quem a gente ria, chorava, disfrutava, se apoiava, partilhava a vida, gente da gente. Ao escrever passam na memória da gente rostos concretos de quem se foi, mas também de quem despedia aos que eram parte decisiva de sua vida. O sentimento é de dor, mas também de indignação, por ter chegado nesse ponto. Aos poucos fomos nos acostumando com uma realidade que tem nos conduzido a uma situação de sofrimento e morte. As decisões erradas foram se somando, provocando consequências cada vez mais graves. O que a gente tem feito para evitar tudo isso? Como temos nos posicionado e atuado diante de tudo o que temos vivenciado no último ano? Quase um ano atrás, no dia 27 de março de 2020, o Papa Francisco, na oração na Praça de São Pedro vazia, fazia um chamado a entender e assumir que todos estamos no mesmo barco, pedindo a união diante de uma pandemia que só estava começando. Mas muitos tem preferido olhar para o outro lado, colocar posicionamentos políticos acima do cuidado com a vida, ignorar a ciência e seguir ideias que poco se preocupavam com o cuidado da vida. O que a mais tem que acontecer para a gente agir firmemente diante de uma pandemia que está massacrando a vida de tantas pessoas, de tantas famílias? Como ajudar o povo entender que atrás dos números está a vida de pessoas? Como tomar consciência de que atrás dessa situação está um sistema social, político e econômico completamente falidos, que não se preocupa com o sofrimento do povo, sobretudo dos mais pobres? Dominados pelas mentiras, pela informação que muitas vezes mostra aquilo que é do interesse dos diferentes poderes, somos chamados a olhar para frente e juntos encontrarmos possíveis caminhos de solução. Diante da falta de atitude daqueles a quem foi confiado a toma de decisões no país, os diferentes atores sociais são desafiados a oferecer alternativas que façam possível uma reviravolta numa realidade de morte. Não podemos deixar que a falta de esperança tome conta da nossa sociedade, não podemos entrar numa dinâmica de morte que nos leve a aceitar essa realidade como algo que não tem mais jeito. A solução depende de todos nós, do nosso compromisso com a vida, do nosso empenho em buscar alternativas que ajudem a cuidar da vida, a providenciar vacina para todos, de maneira urgente. É tempo de nos unirmos, de superar as diferenças, de ter um sentimento de humanidade, de deixar para trás toda falta de empatia, tão presente no meio da gente nos últimos tempos. Nossa indiferença e falta de compromisso pelo cuidado se tornam as melhores aliadas de uma pandemia que já trouxe muita dor, sofrimento e morte. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

“Eis aqui a serva do Senhor”

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  25 DE MARÇO:  Anunciação do Senhor PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’ Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus”. (…) Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!’ E o anjo retirou-se. (Lc 1,26-31.38) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ A Palavra de Deus que acabamos de ler nos recorda “uma Pessoa da Santíssima Trindade inseriu-Se no universo criado, partilhando a própria sorte com ele até à cruz” (LS, 99). Por isso é que podemos dizer que desde o início do mundo, mas de modo peculiar a partir da encarnação de Cristo, Deus está presente em cada criatura, assumindo suas dores e cuidando de cada um, como também somos chamados a fazer. Em sintonia com a festa litúrgica de hoje, na qual recordamos o “sim” de Maria diante do anúncio do anjo Gabriel de que seria a mãe do Salvador, evocamos as mesmas palavras e desejos expressados pelos padres sinodais ao final do Sínodo sobre a Amazônia, enquanto caminhamos para a conclusão deste tempo quaresmal de preparação para a Páscoa: “Concluímos sob a proteção de Maria, Mãe da Amazônia, venerada com várias advogadas em toda a região. (…) Que Maria, Mãe da Amazônia, acompanhe nossa caminhada” (DF, 120). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA A meta do caminho do universo situa-se na plenitude de Deus, que já foi alcançada por Cristo ressuscitado, fulcro da maturação universal. (Laudato Si’, 83) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Em busca da verdade que liberta e pensa nas futuras gerações

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  24 DE MARÇO: Quarta-feira da 5ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo: Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: ‘Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.’ Responderam eles: ‘Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: `Vós vos tornareis livres’?’ Jesus respondeu: ‘Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. (Jo 8,31-36) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Caminhado para o final da quaresma, tempo forte de conversão, não podemos esquecer que esta deve se refletir nas estruturas políticas, econômicas e sociais do nosso mundo, se queremos realmente assegurar uma nova civilização de justiça e dignidade para as futuras gerações. Em Laudato Si’, o Papa Francisco alerta para não nos deixarmos enganar por “uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos” (LS, 190). Na mesma linha evangélica da busca pela verdade que liberta, o Papa se pergunta: “Será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações?” (LS, 190). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres. (Laudato Si’, 49) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ