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Faleceu Dom David Dias Pimentel, quinto bispo brasileiro vítima da Covid-19

O bispo emérito de São João da Boa Vista – SP, Dom David Dias Pimentel, faleceu aos 79 anos na tarde desta terça-feira, 16 de março. Afetado pela Covid-19, o bispo emérito esteve na UCI da Maternidade Unimed, em São João da Boa Vista, desde 8 de março. Com o agravamento do caso, no domingo, 14 de março, foi intubado. É o quinto bispo brasileiro a morrer em consequência da pandemia da Covid-19, que nos últimos dias tem vindo a aumentar o número de infecções e mortes. N esta terça-feira foi estabelecido um novo recorde para o número de mortes no país, com 2.841 óbitos em 24 horas, elevando o número total para 282.400, o segundo país do mundo com mais mortes. Esta situação foi denunciada, mais uma vez nos últimos dias, num novo manifesto do “Pacto pela Vida e pelo Brasil“, do qual a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é membro, no qual se denuncia que “o povo não pode pagar com a própria vida“, exigindo medidas face ao elevado número de mortes e à falta de medidas governamentais. Até agora, os bispos falecidos vítimas da Covid-19 no Brasil tinham sido, Dom Aldo Pagotto, Arcebispo Emérito da Paraíba, falecido a 14 de abril de 2020, Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares – PE, falecido a 18 de julho, o Cardeal Eusebio Oscar Scheid, Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, falecido a 13 de janeiro, e Dom Mauro Aparecido dos Santos, Arcebispo de Cascavel – PR, falecido a 11 de março. Nascido no arquipélago dos Açores, em Portugal, em 18 de março de 1941 e ordenado sacerdote em 21 de dezembro de 1969 no Brasil, aonde migrou com sua família em 1960, o falecido bispo, que foi o quarto bispo da diocese de São João da Boa Vista, de 25 de Março de 2001 a 28 de Setembro de 2016, tinha sido ordenado bispo em 31 de Janeiro de 1997, assumindo a função de Bispo Auxiliar de Belo Horizonte – MG, e o lema episcopal: “Ministrare, Non Ministrari” (Servir, não ser servido). Numa nota de pesar pela sua morte, a CNBB destaca o seu ministério ao povo de Deus no Brasil através do serviço, “especialmente no Estado de São Paulo, a terra que ele adoptou como sua morada”. Nas suas palavras, a presidência da CNBB mostra os seus “sentimentos à família de Dom David, ao bispo diocesano, Dom Antônio Emídio Vilar, ao clero e ao povo da diocese e aos seus amigos, ao mesmo tempo que reafirmamos nossa fé na ressurreição e na vitória da vida sobre a morte”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

A conversão que nos leva a ua nova relação com as criaturas e povos amazônicos

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  17 DE MARÇO: Quarta-feira da 3ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura. O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou. É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente. (Sl 144)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Para o Papa Francisco, “a conversão ecológica, fazendo crescer as peculiares capacidades que Deus deu a cada crente, leva-o a desenvolver a sua criatividade e entusiasmo para resolver os dramas do mundo, oferecendo-se a Deus ‘como sacrifício vivo, santo e agradável’ (Rm 12, 1)” (LS 220). Desse modo, daremos testemunho com a nossa própria vida que “o Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura”, como acabamos de rezar.   Peçamos, portanto, a graça dessa conversão que “implica deixar escapar todas as consequências do encontro com Jesus Cristo nas relações com o mundo ao seu redor” (LS 217); uma conversão pessoal e comunitária que nos compromete a relacionar-se harmoniosamente com a obra criativa de Deus, que é a ‘casa comum’; uma conversão que promove a criação de estruturas em harmonia com o cuidado da Criação; uma conversão pastoral baseada na sinodalidade, que reconhece a interação de tudo criado. Conversão que nos leva a ser uma Igreja cessante que entra no coração de todos os povos da Amazônia” (DF, 18). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Cada criatura é objeto da ternura do Pai que lhe atribui um lugar no mundo. (Laudato Si’, 77) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

O cuidado da criação como fruto da conversão ecológica

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  16 DE MARÇO: Terça-feira da 3ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Conosco está o Senhor do Universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó. O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares. Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó! Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo. (Sl 45)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ A conversão ecológica deve nos levar a uma atitude de maior “gratidão e gratuidade, ou seja, um reconhecimento do mundo como dom recebido do amor do Pai” (LS 220), o Senhor do universo, como diz o salmo 45. Essa conversão “ao evangelho vivo, que é Jesus Cristo, pode ser empregada em dimensões interconectadas para motivar a saída para as periferias existenciais, sociais e geográficas da Amazônia” (DF, 19). Além disso, somos chamados a mudar o nosso modo de nos relacionarmos com as coisas criadas, formando uma “consciência amorosa de não estar separado das outras criaturas, mas de formar com os outros seres do universo uma estupenda comunhão universal. O crente contempla o mundo, não como alguém que está fora dele, mas dentro, reconhecendo os laços com que o Pai nos uniu a todos os seres”. Em relação a isso, muito nos ensina a sabedoria dos povos indígenas da Amazônia quando “inspira o cuidado e o respeito pela criação, com clara consciência dos seus limites, proibindo o seu abuso” (QA, 42). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Ouvir a Amazônia, no espírito do discípulo e à luz da Palavra de Deus e da Tradição, leva-nos a uma profunda conversão. (Documento Final do Sínodo para a Amazônia, 5) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Diocese de Roraima encerra o Inquérito da Canonização de José Allamano

  A Diocese de Roraima tem encerrado no dia 15 de março o Inquérito de canonização do Bem-aventurado José Allamano, fundador dos missionários e das missionárias da Consolata. Após nove dias de trabalhos, desde o dia 7 de março, tem acontecido a última sessão do Tribunal Diocesano para a Causa dos Santos, que tem estudado a veracidade da cura milagrosa do indígena Sorino, do povo Yanomami, atribuída à intercessão do agora beato. Segundo o padre Lúcio Nicoletto, Vigário Geral da Diocese de Roraima e Delegado do Bispo para o Inquérito, é momento de “agradecer a equipe que ao longo de uma semana trabalharam para a recuperação dos documentos”. O religioso da Consolata, destacava a importância da recuperação do indígena yanomami Sorino, inexplicável aos olhos da ciência, algo que espera “possa produzir frutos de amor e de um testemunho de vida plena no amor”. Também o bispo diocesano, Dom Mário Antônio da Silva, agradecia aos missionários e missionárias da Consolata, de quem destacava sua missionariedade, às testemunhas e a todos que tem participado no processo. O segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, lembrava um pensamento do beato José Allamano, “a vida humana torna-se tanto mais intensa e significativa quanto mais for vivida com amor”, enfatizando que ao longo do processo realizado nos últimos dias “nos acompanhou o amor de Deus”. Dom Mário Antônio dizia que “este tribunal é algo que se conclui, mas que não finaliza, mas que se amplia, abrindo nossos olhos e o nosso coração para a missão”. Após os juramentos daqueles que tem participado do inquérito e dos diferentes procedimentos estipulados pelo Direito Canónico, as caixas com os documentos relativos ao processo de canonização têm sido fechadas e lacradas e entregues a irmã Renata Conti para serem enviadas para a Congregação da Causa dos Santos da Santa Sé. O bispo diocesano tem lido uma mensagem enviada à Diocese de Roraima pelo padre Stefano Camerlengo e a irmã Simona Bambrilla, superiores gerais dos missionários e missionárias da Consolata, que começavam agradecendo “pelo empenho na realização do processo diocesano em vista da canonização do nosso querido pai fundador, o Bem-aventurado José Allamano”. A carta afirmava que “a fama de santidade atribuída ao fundador, sempre foi motivo de alegria e esperança, o Allamano fez da santidade o seu refrão”, destacando seu exemplo de vida, algo que querem fazer presente “para que muitas pessoas possam encontrar consolação e esperança”. Os superiores destacaram que “o milagre que celebramos é um milagre missionário, que está muito em sintonia com o espírito do Allamano, para quem santidade e missão caminham juntos, são faces da mesma moeda”. O texto enfatizava que “na missão, a santidade encontra uma casa, na missão, a santidade encontra o seu significado e propósito mais profundo”, destacando a importância que o reconhecimento do milagre pode ter na missão ad gentes, que a gente não pode esquecer é algo muito presente nos missionários e missionárias da Consolata. Finalmente pediam a intercessão do fundador por aqueles que sofrem a Covid-19 e consolação para quem perdeu entes queridos e familiares nesta pandemia. Com a relíquia chegada de Roma na mão, que foi entregue pela irmã Renata Conti para a Diocese de Roraima, Dom Mário Antônio agradecia pelos mais de 70 anos de presença dos missionários e missionárias da Consolata na diocese. Segundo o bispo, “Jóse Allamano sempre caminhou nestas terras e continuará caminhando no testemunho das missionárias e os missionários da Consolata”, insistindo em que “mais do que nunca, este tribunal reforça essa presença do carisma de abertura para a missão”. No encontro com a imprensa local, após o padre Raimundo Vanthuy Neto fazer uma breve memória da história da evangelização no Estado de Roraima, o bispo destacava que “o fruto deste inquérito diocesano não são apenas folhas e páginas escritas, tem muita vida, tem muita esperança, tem muita fé, tem doação, é opção pelo Reino de Deus”. Dom Mário Antônio da Silva insistia em que nas caixas que serão enviadas para o Vaticano, “tem o coração da missão, e o que está aqui, também está no coração de Deus”. O segundo vice-presidente da CNBB, fazia uma leitura desde a Amazônia do que está acontecendo com o processo de canonização do beato José Allamano, “que é a predileção de Deus pelos povos indígenas”, algo que cobra maior valor dentro de “um contexto de muitos desafios e dificuldades para os povos indígenas, mas também para brasileiros e brasileiras mais pobres e necessitados”. Para o bispo, “o milagre é uma ação de Deus pela dignidade e vida em abundância de seus filhos e filhas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Chamados a anunciar uma boa nova aos povos da Amazônia

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  15 DE MARÇO: Segunda-feira da 3ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Assim fala o Senhor: Eis que eu criarei novos céus e nova terra,  coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais à memória. Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim em razão das coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo cheio de alegria.  Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor. Ali não haverá crianças condenadas a poucos dias de vida nem anciãos que não completem seus dias. Será considerado jovem quem morrer aos cem anos; e quem não alcançar cem anos, passará por maldito. Construirão casas para nelas morar, plantarão vinhas para comer seus frutos.(Is 65,17-21)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ “A crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior. Entretanto temos de reconhecer também que alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, com o pretexto do realismo pragmático frequentemente se burlam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornam-se incoerentes. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus” (LS 217). O profeta Isaías anunciava novos céus e novas terras com a chegada do Messias. “Perante tantas necessidades e angústias que clamam do coração da Amazônia” (QA, 62), somos chamados a ser continuadores deste anúncio profético de uma boa notícia para os seus povos e para toda a sua biodiversidade.   AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA O querigma e o amor fraterno constituem a grande síntese de todo o conteúdo do Evangelho, que não se pode deixar de propor na Amazônia. (Querida Amazônia, 65) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Prelazia de Itacoatiara retoma as Eucaristias com o povo e pede Vacina já, para todos

Em comunicado assinado pelo bispo, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, após consultar o clero e “considerando os decretos das maiorias do Municípios que compõem a nossa Prelazia”, decidiu-se “retornar, por tempo indeterminado, as Celebrações presenciais da Eucaristia nas 13 Paróquias de nossa Prelazia, a partir de sábado, dia 13 de março”. A nota determina “observar todas as decisões da Secretaria de Saúde de cada Município”, e onde for possível retornar, observar as pautas a seguir: 30% da lotação, começar pela Igreja Matriz e depois ampliar para as comunidades, uso obrigatório de máscara, medir a temperatura, álcool em gel, suspender as procissões na celebração, manter distanciamento nos bancos, fazer higienização do espaço e evitar aglomerações. O bispo da Prelazia tem insistido no comunicado na adesão à Campanha Vacina já, para todos, algo que se sustenta no Artigo 196 da Constituição Federal. “Vacinar-se e cuidar da nossa saúde, da saúde de nossa família, da saúde das pessoas com quem temos contato diariamente”, enfatiza o texto, que conclui pedindo fazer o possível para continuar transmitindo as celebrações. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Em Cristo fomos criados para viver uma nova Ecologia Integral

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  14 DE MARÇO: 4º Domingo da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Irmãos: Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo. Assim, pela bondade, que nos demonstrou em Jesus Cristo Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Ef 2,4-10)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Falar de Ecologia Integral em nada contradiz a nossa fé, nos tornando mais “pagãos” que cristãos. Ao contrário, o nosso compromisso pelo cuidado da casa comum parte da certeza de que Jesus é “o Ressuscitado que penetra todas as coisas” (QA 74), por quem fomos criados para a prática de boas obras, como diz o apóstolo Paulo. Na Exortação Apostólica Querida Amazônia, o Papa Francisco, de fato, retoma o seu ensinamento cristológico da Laudato Si’, recordando que “segundo a experiência cristã, ‘todas as criaturas do universo material encontram o seu verdadeiro sentido no Verbo encarnado, porque o Filho de Deus incorporou na sua pessoa parte do universo material, onde introduziu um gérmen de transformação definitiva’. Ele está, gloriosa e misteriosamente, presente no rio, nas árvores, nos peixes, no vento, enquanto é o Senhor que reina sobre a Criação” (QA 74).   AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA O destino da Criação inteira passa pelo mistério de Cristo, que nela está presente desde a origem. (Laudato Si’, 99) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

A conversão me leva a viver com humildade uma nova Ecologia Integral

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  13 DE MARÇO: Sábado da 3ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo: Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.’ (Lc 18,9-14)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ A Quaresma nos possibilita rever nossas atitudes e corrigir o que pode estar prejudicando a nossa relação com Deus, com os outros, com o mundo e conosco mesmo. Contudo, isso requer da nossa parte suficiente humildade para não nos tornarmos cegos diante dos nossos erros. Infelizmente, em relação à nossa casa comum, “o desaparecimento da humildade, num ser humano excessivamente entusiasmado com a possibilidade de dominar tudo sem limite algum, só pode acabar por prejudicar a sociedade e o meio ambiente” (LS 224).  Talvez por isso custamos a reconhecer a nossa necessidade de conversão e de compromisso em favor de uma Ecologia Integral, pois, “não é fácil desenvolver esta humildade sadia e uma sobriedade feliz, se nos tornamos autônomos, se excluímos Deus da nossa vida fazendo o nosso eu ocupar o seu lugar” (LS, 224).  AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Espera-se que suscite o interesse e a participação dos fiéis e tenha presente a cosmovisão integral indígena, motivando uma conversão pastoral em vista de uma Ecologia Integral. (Instrumentum laboris do Sínodo para a Amazônia, 123) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

“Com uma atenção redobrada aos cuidados sanitários”, Arquidiocese de Manaus retoma as celebrações com o povo

  A Arquidiocese de Manaus publicou nesta sexta-feira, 12 de março, orientações para a participação do povo nas celebrações comunitárias no contexto de pandemia da Covid-19. A partir do dia 13 de março, véspera do IV Domingo da Quaresma, Domingo da Alegria, “um convite para superarmos as tristezas da separação e permanecermos sob o olhar de Deus”, será permitida as celebrações com o povo, “com uma atenção redobrada aos cuidados sanitários de higienização e distanciamento”. Desde o dia 5 de janeiro, as celebrações estavam acontecendo sem a participação do povo. Tem sido um tempo de dor, com “um elevado número de mortes, a crise de oxigênio, o colapso no sistema de saúde, o alto índice de ocupação das UTI’s e as filas de espera para internação”. Está se dando “uma lenta queda no número de óbitos, mas ainda alta taxa de contaminação”, afirma a nota assinada por Dom Leonardo Steiner, que denuncia a demora no processo de vacinação, pois “a perversidade da omissão dos governos não agiliza a compra das doses necessárias para imunização da população e as aplicações vem acontecendo num ritmo vergonhoso”. Diante dessa situação, tendo refletido com o Conselho Presbiteral, o Arcebispo orienta sobre os passos a serem dados, algo que deve ser refletido pelo Conselho Pastoral de cada Paróquia e Área Missionária a partir da especificidade de sua realidade. Tem sido elaborados 15 pontos, onde se diz que as celebrações tenham “um número limitado de participantes, respeitados os horários do decreto do Governo do Estado”, que “mais do que incentivar a presença”, sejam acolhidos aqueles que puderem participar na celebração, que “não deve ultrapassar 1 hora e 30 minutos”, com um intervalo de 5 horas entre uma e outra. Se exige a utilizando de máscara e álcool em gel. As celebrações presenciais durante a semana valem como preceito dominical enquanto durar este período de pandemia. Se incentiva distribuir a comunhão após participar das missas pela rádio, televisão e internet. A lotação máxima será de 30%, pedindo que nas capelas pequenas as celebrações sejam feitas em espaços mais amplos. “A comunhão será distribuída exclusivamente nas mãos”, e os fiéis devem “deixar o espaço celebrativo, segundo uma ordem”. As exéquias “podem ser celebradas nas casas ou funerárias com a presença dos familiares, tendo em conta as normas de segurança e um tempo mais abreviado no rito”. Em quanto aos sacramentos, “podem ser celebrados os Sacramentos da Unção dos Enfermos e da Reconciliação e, em casos excepcionais, do Batismo e do Matrimônio”. As orientações dizem que “continuam suspensas as reuniões de pastorais, catequese”, afirmando que “novas orientações, particularmente sobre a Semana Santa, serão publicadas para animação da vida das nossas comunidades, sempre de acordo com o contexto da situação de saúde pública”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Comissão contra o Tráfico Humano da CNBB pede compromisso político e eclesial para enfrentar esse crime na pandemia

Lembrando as palavras do Papa Francisco, que faz um chamado a não afastar “o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade”, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB e demais entidades que compõe o Fórum Ampliado, tem publicado uma carta pastoral onde denuncia o agravamento do Tráfico Humano neste tempo de pandemia. O texto analisa a realidade do Tráfico de Pessoas, “que atinge prioritariamente as pessoas mais vulneráveis”, uma realidade que tem aumentado com a pandemia da Covid-19, que “exacerbou e trouxe à tona as escandalosas desigualdades econômicas e sociais sistêmicas que estão entre as principais causas do tráfico humano”. A carta, assinada pelos bispos da Comissão, dentre eles Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo de Itacoatiara – AM, denuncia os novos modelos que os aliciadores/as criaram “neste contexto de isolamento social… especialmente por meio das modernas tecnologias de comunicação”. Também tem se dado conflitos nas fronteiras entre polícia e imigrantes, e também tem aumentado os casos de trabalho escravo, segundo o escrito. A Comissão solicita “que as autoridades brasileiras do campo político e eclesial se comprometam”, colocando uma série de pedidos. Tem sido pedido “fortalecer e/ou aprimorar os instrumentos legais… para impedir que traficantes de pessoas e aliciadores ajam impunemente durante a pandemia”; que a Igreja assuma “com prioridade o enfrentamento a estes crimes contra a vida humana”; vacina e Auxilio Emergencial “para reduzir as desigualdades sociais que lançam as pessoas na roda viva do tráfico de pessoas”.