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Informe Covid-19 na Pan-Amazônia

A Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM divulgava no dia 1° de fevereiro a atualização dos números da Covid-19 na Pan-Amazônia, recolhendo os números oficiais relatados pelos diferentes países. O número oficial de casos na Pan-Amazônia é de 1.913.661, com um aumento de 72.157 casos na última semana. Já os óbitos são 46.509, 1.970 a mais nos últimos 7 dias. Na Amazônia brasileira, o número total de casos é de 1.450.628, com 32.259 falecidos. No caso do Regional Norte 1 da CNBB, o mais atingido na última semana, especialmente no Estado do Amazonas, o número de casos até 1° de fevereiro é de 312.949, com 8.667 falecidos. Na última semana, o aumento dos casos e mortes no Regional Norte 1 da CNBB foi de 18.327 e 988. É significativo que tendo uma população que representa mais ou menos 14% da população total da região panamazônica, o Regional Norte1, na última semana, aporte mais da metade do número de óbitos, o que mostra a gravidade do momento que está sendo vivido, especialmente na Arquidiocese de Manaus, que soma 784 falecidos a mais nos últimos 7 dias. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

103 entidades religiosas e sociais externam “indignação e preocupação diante do sistema de saúde pública em Roraima”

Foto:G1-Globo 103 entidades eclesiais e sociais do Estado de Roraima, dentre elas a Diocese de Roraima, com o apoio de outras organizações de diferentes regiões do Brasil, têm denunciado ao Ministério Público sua “indignação e preocupação diante do sistema de saúde pública do Estado de Roraima nos últimos anos“, uma situação que tem se agravado com a pandemia do coronavírus. A nota denuncia a grave situação que enfrenta atualmente o estado, pouco esclarecida pelo poder público, o que leva a pedir a reabertura imediata do Hospital de Campanha. Ao mesmo tempo são realizadas no texto 12 solicitações onde pedem esclarecimento da situação, avanço no plano de vacinação, retorno do auxílio emergencial, atendimento adequado aos pacientes, equipes de proteção individual para o pessoal sanitário, investigar os atos de corrupção dentre outros. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte1  

Dom Tadeu envia mensagem aos religiosos e religiosas pelo Dia da Vida Consagrada

Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, vice-presidente do Regional Norte 1 – AM/RR, que também é religioso da congregação Salesianos de Dom Bosco (SDB) e bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, emite mensagem pelo Dia da Vida Consagrada parabenizando os religiosos e religiosas que se dedicam em terras amazônicas a sua missão profética de evangelizar Mensagem para o Dia da Vida Consagrada Manaus, 2 de fevereiro de 2021 Os tempos mais globalizados parecem exigir atitudes dramáticas dos(as) consagrados(as): resistência e discernimento a partir da distância, desde o horizonte escatológico e sua reserva de sentido. Os modelos rígidos, porém, não ajudam, sobretudo em tempos de maior complexidade. Quando, no entanto, a complexidade é tal que não se está em condições de saber o que fazer, vale o axioma de Aristóteles – comentado por Santo Tomás, por um lado, e por Marx, por outro –: “Em questões complexas, a melhor prática é uma boa teoria”, isto é, os tempos são para aprofundar os tesouros de sabedoria da tradição, para análises críticas e para dar tempo ao discernimento. Frequentemente, isso ocorre em tempos de silêncio, na noite, quando se perscruta os sinais do amanhecer. O momento atual pede a presença da Vida Consagrada, mais profético e mais corajoso. Ela, mais do que nunca, não pode abdicar da sua missão profética. Por isso mesmo, precisa situar-se nas periferias existenciais, pois é aqui que se encontra o lugar da criatividade profética e da vida religiosa, o lugar da resistência contracultural. Ao parabenizar a Vida Consagra em nossa Arquidiocese no seu dia celebrativo, evoco à memória todos (as) os (as) que souberam dedicar-se a essa Igreja nessa região da Amazônia com a disponível generosidade, própria de quem descobre que é graça ser mediador da esperança em uma vida religiosa atualizada, sólida, comprometida e alicerçada numa profunda fé no Ressuscitado-que-caminha-conosco. Daqui por diante, tudo está para ser constantemente refeito. As conquistas do passado valem enquanto ponte para o mergulho no futuro. Será o Espírito do Cristo crucificado pelo pecado do mundo e ressuscitado para a vida do mundo, que estará a nossa frente para guiar-nos nesse processo de encarnação. A todos (as) os (as) consagrados (as), que se sentem felizes por pertencer a esta grande família que é a nossa Arquidiocese de Manaus, nossa estima e dedicação. Que esta mensagem possa servir de estímulo para uma vida religiosa sempre mais inculturada e comprometida na construção do Reino de Deus em nosso meio. Dom Tadeu Canavarros, SDB

A crise da Saúde no Brasil e no Amazonas: Solidariedade e Indignação

A crise da saúde no Brasil, no Estado do Amazonas e em nossos Municípios causa-nos muita preocupação, dor, tristeza, gestos de solidariedade, mas, também, indignação. Solidariedade “De nossa fé em Cristo nasce, também, a solidariedade, como atitude permanente de encontro, irmandade e serviço. Ela há de se manifestar em opções e gestos visíveis, principalmente na defesa da vida e dos direitos dos mais vulneráveis e excluídos, e no permanente acompanhamento em seus esforços por serem sujeitos de mudança e de transformação de sua situação” (Documento de Aparecida, nº 394 – negrito nosso). O Texto Base da CF/2020, nº 177, nos traz uma afirmação do Papa Francisco em Bañado Norte, Paraguai, em julho de 2015: “A fé nos faz próximos, aproxima-nos da vida dos outros. A fé desperta o nosso compromisso com os outros, desperta a nossa solidariedade… A fé que não se faz solidariedade é uma fé morta. É uma fé sem Cristo, uma fé sem Deus, uma fé sem irmãos. O primeiro a ser solidário foi o Senhor, que escolheu viver entre nós, escolheu viver em nosso meio” (negrito nosso). Nós somos um povo solidário, com as exceções que toda regra tem. São muitas as pessoas aqui na Prelazia de Itacoatiara, no Amazonas, no Brasil e no Mundo que se sensibilizaram fizeram e estão fazendo, na gratuidade, gestos de amor/solidariedade com os pobres e excluídos atingidos pelas desigualdades sociais, pela pandemia do coronavírus e pela crise da saúde no Estado do Amazonas. Queremos fazer nossas as palavras do jornalista Carlos Madeiro da Uol? “De todas as lições, uma que trago encoraja: o exército de populares que foram às ruas ajudar. Pessoas de todos os credos —ou sem— doaram comida, bebida, álcool, máscara… Cantaram para aliviar a dor, oraram juntos, deram assistência psicológica. Mais do que doar, fizeram todos ali se sentir importantes ao menos uma vez, já que o poder público parece tê-los abandonado. Como sempre, os heróis nas histórias mais difíceis são aqueles que menos aparecem“(https://noticias.uol.com.br/saude/2021/01/21). Podemos aplicar a estas pessoas “que foram às ruas para ajudar” o que diz a Palavra de Deus: existe “mais felicidade em dar do que em receber” (At 20, 35). Estas pessoas estão em sintonia com o ensinamento de João em sua primeira carta, quando nos exorta a não amarmos somente “com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!” (3, 18). Aqui na Prelazia, desde que a crise da saúde em nosso Estado, o Amazonas, se agravou, temos um grupo de Voluntários e Voluntárias, que de forma heroica, vem desenvolvendo um trabalho de solidariedade, que temos chamado de “Puxirum pela Vida”. É um grupo pequeno, para evitar aglomeração, mas que diariamente buscam e recebem doações e distribuem o que recebem para as famílias mais em dificuldades econômicas, para o Hospital Regional e a UPA – Unidade de Pronto Atendimento da cidade de Itacoatiara, que servem a mais cinco municípios da região. Estas pessoas entenderam o ensinamento de Jesus na Parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37) e o que diz Paulo na Carta aos Gálatas: “Em Jesus Cristo, o que vale é a fé agindo pelo amor” (5, 6). É bonito ver a solidariedade em tantos irmãos e em tantas irmãs distantes do Estado do Amazonas, que ao saberem de nossa realidade, desejaram ajudar. Estas pessoas fizeram como o Papa Francisco nos ensina na Encíclica Fratelli Tutti: “A proposta é fazer-se presente a quem precisa de ajuda, independentemente de fazer parte ou não do próprio círculo de pertença”. O Papa Francisco lembra ainda que o Samaritano “se fez próximo do judeu ferido. Para se tornar próximo e presente, ultrapassou todas as barreiras culturais e históricas” (nº 81). Esta solidariedade local e de fora, faz-nos lembrar do que disse Santa Dulce dos Pobres: “O importante é fazer a caridade, não falar de caridade. Compreender o trabalho em favor dos necessitados como missão escolhida por Deus” (citado no Texto Base da Campanha da Fraternidade de 2020, p. 47). Podemos ainda lembrar aqui o que diz o Documento de Aparecida: “Alegra-nos o profundo sentimento de solidariedade que caracteriza nossos povos e a prática de compartilhar e de ajuda mútua” (nº 99g). Para nos estimular na prática da solidariedade, quero trazer este ensinamento de São João Paulo II: “Ainda que imperfeito e provisório, nada do que se possa realizar mediante o esforço solidário de todos e a graça divina, em dado momento da história, para fazer mais humana a vida dos homens e das mulheres, nada se perderá ou será inútil” (Sollicitudo Rei Socialis, nº 47). Indignação Diante da situação da saúde no Amazonas e no Brasil temos de nos indignar. Jesus disse que se os seus discípulos “se calarem as pedras gritarão” (Lc 19, 40). Não devemos dar trabalho às pedras, por isto precisamos falar! A nossa Constituição Federal no Capítulo II – Dos Direitos Sociais, Artigo 6º, elenca os direitos sociais: educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados. No Título VIII – Da Ordem Social, Capítulo II – Da Seguridade Social, Seção II – Da Saúde, Artigo 196, diz que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (negrito nosso). A Constituição do Estado do Amazonas afirma no Artigo 2º, VIII, que são objetivos prioritários do Estado, entre outros a saúde pública e o saneamento básico. No Capítulo III – Da Política Fundiária, Agrícola e Pesqueira, Seção II – Da Saúde, Artigo 182, afirma que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, assegurado mediante políticas sociais, econômicas e ambientais que visem à eliminação de riscos de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, entendendo-se como saúde o resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, saneamento básico, trabalho, transporte, lazer, acesso e posse de terra e acesso aos serviços e informações de interesse para a saúde” (negrito nosso). Portanto, a saúde é um dos direitos sociais garantido pela Constituição do…
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“Serei sempre grato ao Papa Francisco por ter-me enviado para Manaus”. Dom Leonardo analisa seu primeiro ano como arcebispo

  No dia 31 de janeiro de 2020, Dom Leonardo Steiner iniciava sua missão como arcebispo de Manaus, algo pelo qual será “sempre grato ao Papa Francisco”. Depois de um ano, ele faz um balanço desse tempo em que em que “apesar da pandemia vou conhecendo as comunidades e a realidade da Arquidiocese”. Ele tem descoberto situações de descaso, mas também tem aprendido muito com a igreja da capital do Amazonas, uma das cidades do mundo mais atingidas pela pandemia da Covid-19, que segundo dados oficiais, reportados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, até 31 de janeiro, eleva o número de contágios na cidade de Manaus a 120.160 e 5.575 falecidos, 2.195 no mês de janeiro. Tudo isso, consequência, em grande parte, de um sistema de saúde sucateado no Amazonas. Na Arquidiocese de Manaus faleceram cinco padres, vítimas da Covid-19, até 31 de janeiro, o que deve levar, segundo o arcebispo, “a pensar melhor o nosso modo de ser Igreja, onde os leigos exerçam mais ministérios”, insistindo no desafio de “instituir ministérios leigos que ajudem as comunidades na dinâmica da vida do Evangelho”. Inclusive ele já pensa na convocatória de “uma assembleia diocesana tão logo for possível”, e assim “ver propostas para a pós pandemia”. O impacto econômico da pandemia está atingindo também à Igreja católica, o que deve levar a ser “uma Igreja de comunhão e participação, onde nos sentimos todos Arquidiocese nas necessidades, na pobreza, na riqueza e nos dons”. Para superar a pandemia, a vacina, que é vista por Dom Leonardo como “uma questão da ética do cuidado”, se torna uma questão fundamental, sendo difícil entender que “altas autoridades do país ataquem a vacina como se não fosse necessária”. O senhor está completando um ano do início da sua missão como arcebispo de Manaus. O que marcou sua vida ao longo dos últimos doze meses? É uma graça estar na Amazônia. Serei sempre grato ao Papa Francisco por ter-me enviado para Manaus. Apesar da pandemia vou conhecendo as comunidades e a realidade da Arquidiocese. Não deixa de chamar a atenção o descaso com a saúde, com a periferia da cidade de Manaus, com os indígenas; o nosso descuido com o meio ambiente, especialmente em relação ao lixo e o saneamento básico; a admirável arquitetura das construções, infelizmente abandonada. Esses meses aprendi muito com a religiosidade das comunidades, a solidariedade e generosidade do nosso povo. A pandemia veio despertar ainda mais a solidariedade e o cuidado para com os pobres. É tocante ver como as pessoas tem preocupação com os mais necessitados e sabem repartir. Os leigos são ativos, sentem-se Igreja, e existe no clero um senso de pertença a Igreja que está em Manaus. Manaus tem sido uma das cidades mais atingidas pela pandemia da Covid-19, tanto na primeira como na segunda onda, tendo graves consequências na vida do povo e da Igreja manauara. O que isso tem representado e quais os ensinamentos que a sociedade e a Igreja deveriam tirar de vista do futuro? Um dos motivos de tantas mortes foi o colapso do sistema público de saúde. Os governos têm ignorado, tem sucateado o sistema de saúde no Amazonas. As pessoas morrerem sufocadas por falta de oxigênio demonstra uma realidade que pede ação da Justiça e um movimento da sociedade de fiscalização do dinheiro público; exigir uma gestão digna, justa. O que espanta é a indiferença e a incapacidade de demonstrar solidariedade com os entes federativos e com as famílias enlutadas. Ficou evidente o descaso com os indígenas que vivem na cidade. Aprendemos como Igreja a estar ainda mais ao lado dos pobres, com os pobres. Aprendemos a organizar ainda mais a nossa caridade. A impossibilidade de participação presencial nas igrejas nos responsabilizou no viver o evangelho. Estarmos distantes significou proximidade na oração, na leitura da Palavra de Deus. Cresceu o desejo de nos encontrarmos nas celebrações. Foi necessário encontrar modos de continuar a iniciação à vida cristã das nossas crianças, jovens e adultos. Foi e está sendo um exercício no seguimento de Jesus. A Arquidiocese de Manaus tem perdido cinco padres desde o início da pandemia. A falta de clero na Amazônia e na arquidiocese sempre tem sido um desafio. Qual tem sido seu sentimento como arcebispo, diante da perda desses seus colaboradores mais próximos? Sim, vieram a óbito cinco padres, mas também irmãos e irmãs que eram lideranças nas comunidades, que exerciam diversos ministérios. A sensação de perda, na realidade, apenas nos remete para a realidade definitiva, o Reino na sua plenitude. Os presbíteros são os colaboradores mais próximos das comunidades na Igreja. Eles são os animadores, formadores das comunidades e os que presidem sacramentos. Somos levados a pensar melhor o nosso modo de ser Igreja, onde os leigos exerçam mais ministérios. Manaus é uma igreja que dá muita importância às lideranças das comunidades. Seremos provocados a instituir ministérios leigos que ajudem as comunidades na dinâmica da vida do Evangelho. Mas, não nos esqueçamos que os irmãos e irmãs que vieram a óbito, continuam conosco, pois vivemos na Comunhão dos Santos. Eles e elas nos acompanham nas nossas tentativas de ser presença do Reino da verdade e graça, da justiça, do amor e da paz. A pandemia tem acrescentado o enfrentamento social e político no Brasil. Quais são as causas de tudo isso e quais deveriam ser as consequências? A pandemia veio desnudar a nossa realidade social, política, econômica, mas também religiosa. Temos mais pobres do que calculávamos e teremos bem mais passada a pandemia. Trouxe às claras o modo da indiferença em relação aos que padecem com o vírus, do negacionismo em relação à ciência, da violência em relação à dor e às mortes, das políticas públicas não discutidas, aprovadas e executados nesse tempo da pandemia. Lideranças políticas transgrediram as recomendações da ciência e desejaram impor tratamentos sem comprovação científica. Falta quem lidere, organize a vacinação da população. Não podemos esquecer que lideranças religiosas acharam que seriam capazes de expulsar o vírus, prestando um desserviço no enfrentamento…
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20 concentradores de oxigênio e 50 BIPAPs chegam em Manaus. Dom Edson e Dom Leonardo agradecem de coração

Neste domingo, 31 de janeiro, chegavam em Manaus 20 concentradores de oxigênio e 50 BIPAPs. Diante disso, Dom Leonardo Steiner, agradecia “a generosidade de tantas pessoas, especialmente a generosidade do Papa Francisco”. Segundo o arcebispo de Manaus, os equipamentos recebidos serão enviados para o interior do Estado do Amazonas, “estamos vendo junto aos irmãos das nossas dioceses onde houver mais necessidade”. Dom Leonardo afirmava que “assim, estamos devagarinho, tentando ajudar graças à solidariedade e o amor de tantos irmãos”. Nos primeiros 30 dias do ano 2021, faleceram no estado do Amazonas, vítimas da Covid-19, oficialmente, 2.733 pessoas. Essa realidade leva Dom Edson Damian a dizer que “a situação da pandemia, aqui no Estado do Amazonas, continua dramática e incontrolável”. No dia 15 de janeiro, o Regional Norte 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), lançava a campanha, “Amazonas e Roraima contam com sua solidariedade”, que tem despertado a solidariedade de muita gente, no Brasil e no exterior. O presidente do Regional Norte 1 da CNBB tem agradecido de coração, “as contribuições generosas que vieram do Papa Francisco, das dioceses, das congregações, e de muitas pessoas do Brasil e do exterior”. As doações, segundo Dom Edson, “estão sendo enviadas aos municípios do interior onde existem pequenos hospitais que podem atender as pessoas que não estão em estado muito grave”. O bispo de São Gabriel da Cachoeira tem denunciado que “essa pandemia revelou as tremendas desigualdades e injustiças sociais do nosso país, mais de 14 milhões de desempregados, mais de um terço das famílias precisam do auxilio emergencial do governo para conseguir sobreviver”. Segundo ele, “além disso, esta pandemia revelou quanto é providencial o SUS, esse Sistema Único de Saúde que consegue atender toda a população, e merece mais verbas do Ministério da Saúde”. Dom Edson Damian tem agradecido a Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, que juntamente com o diácono Francisco, secretário do Regional Norte 1, estão recebendo e enviando essas doações “de uma forma equitativa e transparente”. O presidente do Regional tem lembrado que “cada vida é preciosa, é um dom de Deus”, agradecendo a colaboração recebida e fazendo um chamado a “unir nossas forças”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte1 

CNBB organiza Dia Nacional de Oração para “atravessar essa noite escura” da Covid-19

Os efeitos da pandemia da Covid-19, que nas últimas semanas “se agrava sobre nós e dificulta perceber a tão buscada luz no fim do túnel”, tem levado a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a querer “ajudar o povo brasileiro a atravessar essa noite escura”. Sabendo que “muitas ações já vêm sendo feitas em nível local, diocesano e nacional”, a CNBB propõe, “após ouvir algumas ponderações e solicitações”, que no dia 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor, seja realizado “um dia nacional de oração”. Tem sido elaborada “uma programação em nível nacional, parte transmitida pelas TVs de inspiração católica e redes sociais e parte levada a efeito nas dioceses”. Em nível nacional foram organizados diferentes momentos de oração e reflexão, todos transmitidos pelas Redes Sociais da CNBB. O presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidirá uma Missa do Santuário Nossa Senhora da Piedade, às 9 horas da manhã, transmitida pelas TVs Pai Eterno e Evangelizar. De tarde, às 17 horas, será o momento da live sobre as fontes de ânimo em tempo de pandemia. Na parte da noite, às 19 horas, será rezado o terço do Santuário Nossa Senhora Aparecida, transmitido pela TV Aparecida, momento em que a CNBB solicita que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas, de modo que a pequena luz, seja vista por outras pessoas. O dia será encerrado com uma oração na capela da sede da CNBB, às 21 horas. Os horários são seguindo a hora oficial de Brasília. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Organizações eclesiais denunciam a “Discriminação racial no Brasil no contexto da emergência Covid-19”

  Diferentes organizações católicas e evangélicas têm publicado uma nota onde denunciam a “Discriminação racial no Brasil no contexto da emergência Covid-19”. O texto, que tem sido encaminhado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, denuncia a grave situação que a pandemia tem provocado no Brasil, que está “se sufocando pela pandemia e pelo descaso do poder público”.   O texto lembra que “a cada dez pessoas mortas por COVID-19 no mundo, uma é do Brasil”, uma realidade que ainda é mais cruel na Amazônia, que está vivendo “cenários de indizível degradação e total desrespeito da dignidade humana”. Estamos diante de uma pandemia, agravada por decisões políticas, que “está amplificando as profundas desigualdades em nosso País”. As organizações denunciam o escasso investimento público e o crescimento da privatização de serviços essenciais, algo que afeta especialmente às “pessoas negras e indígenas, fortalecendo assim o racismo estrutural de nossa sociedade”.   As organizações fundamentam sua postura com diferentes investigações, que ajudam a entender “um discurso político que mobiliza argumentos econômicos, ideológicos e morais”. Esse discurso se sustenta em notícias falsas que provocam o enfraquecimento da adesão popular às recomendações de saúde baseadas em evidências científicas”. As investigações também mostram que a porcentagem de óbitos cresce entre os analfabetos, negros e indígenas e nas regiões Norte e Nordeste. Ao falar sobre a situação de Manaus, que tudo indica deve superar os 2.000 mortos por Covid no mês de janeiro, muitos deles por falta de oxigênio a frágil estrutura hospitalar, a nota denuncia as “responsabilidades compartilhadas entre as diferentes esferas de poder” no estado do Amazonas. É por isso, que as “organizações denunciam o descaso dos poderes públicos, na esfera federal, estadual e municipal, pelos fatos apresentados e exigem investigações em vista de toda possível responsabilização”. Diante disso, essas organizações dizem apoiar os pedidos de impeachment e solicitam a intervenção de “atores internacionais na região amazônica”.   A nota está assinada pela Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da CNBB, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Franciscans International , Fundação Luterana de Diaconia, Rede Eclesial Panamazônica – REPAM-Brasil, Rede Igrejas e Mineração, Sinfrajupe – Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia, Articulação Comboniana de Direitos Humanos, e VIVAT International, que engloba várias congregações religiosas: Missionários da Sociedade Verbo Divino,Missionárias Servas do Espírito Santo, Congregação do Espírito Santo, Irmãs Missionárias do Espírito Santo – Espiritanas. Congregação das Irmãs da Santa Cruz, Missionários Combonianos do Coração de Jesus, Irmãs Missionárias Combonianas, Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas, Missionários Oblatos de Maria Imaculada, Congregação das Irmãzinhas da Assunção, Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, e a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração  de Jesus.                        Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Diocese de Roraima suspende até 20 de fevereiro as celebrações com a presença do povo

A Diocese de Roraima, frente ao avanço da pandemia no mês de janeiro, tem promulgado uma série de orientações, em consonância com as novas determinações do governo do Estado de Roraima e dos Municípios, que começam a ter vigência nesta sexta-feira, 29 de janeiro e estarão vigentes até o dia 20 de fevereiro, sábado. No dia 28 de janeiro, os números oficiais indicam que no Estado de Roraima já teve 73.654 casos confirmados e 849 óbitos, como consequência da Covid-19. Segundo o decreto, com data de 28 de janeiro, ficam suspensas todas as Celebrações e eventos religiosos com a participação presencial do povo, sendo convidados os padres a celebrar com uma pequena equipe e transmitir as celebrações pelas redes sociais. Os Casamentos, Batizados e Crismas serão “adiados para o tempo favorável”, e as reuniões pastorais, catequese e conselhos comunitários, suspensos. A imposição das cinzas será realizada no Domingo de retorno das celebrações. Junto com isso, Dom Mário Antônio da Silva, bispo diocesano, pede para rezar nas celebrações a Oração pelos Doentes. O bispo também pede para redobrar o cuidado nas relações de convivência social e manifestar comunhão e afeto com as famílias enlutadas, assim como encoraja a todos a participar do plano de vacinação. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte1

Arquidiocese de Manaus cria Rede de escuta espiritual para atingidos pela Covid-19

A pandemia da Covid-19 está provocando graves consequências, não só no plano físico, também no plano psicológico e espiritual. Uma das cidades onde a pandemia tem provocado mais mortes tem sido Manaus. Segundo os dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, até o dia 28 de janeiro, o número oficial de contagiados era de 115.158, com uma incidência de 5.275,33 casos por 100 mil habitantes, e 5.231 óbitos, com 239,65 falecidos por 100 mil habitantes. Mesmo sendo números muito elevados, especialmente o número de óbitos, existe a suspeita de subnotificação nesses números. A Arquidiocese de Manaus, desde o início da pandemia tem acompanhado o sofrimento do povo. Agora, segundo foi dado a conhecer no dia 28 de janeiro, “a Arquidiocese de Manaus, preocupada com o atendimento espiritual das pessoas atingidas pela Covid-19, aprovou no Conselho Presbiteral a criação da Rede de escuta”.  O objetivo deste novo instrumento de acompanhamento “é acolher com amor, escutar e orientar com misericórdia e paciência os sofrimentos e alegrias das pessoas atingidas pelas consequências da Covid-19”. Esse atendimento será realizado de forma voluntária pelos padres, religiosas/os, leigos/as, que estão sendo convidados pela Coordenação de Pastoral “para que doem seu tempo para ajudar o próximo que está sofrendo e precisando de atenção”. Essa escuta, destinada a “pessoas que necessitam dialogar”, será realizada por “pessoas espirituais, solidários e plenos de compaixão para escutar as angustias, sofrimentos, esperanças e sonhos das pessoas atingidas pela Covid-19”. Num primeiro momento, dada a gravidade do momento que está sendo vivenciado em Manaus nas últimas semanas, onde desde o dia 1° até o dia 28 de janeiro já faleceram vítimas da pandemia, 1.851 pessoas, segundo números oficiais, esse atendimento será realizado através de WhatsApp, buscando “escutar as pessoas que desejarem falar e receber uma palavra de conforto neste momento de isolamento social provocado pela pandemia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte1