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“Então Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanhara. Mt 8, 23“ Na maior parte da Amazônia a barca é o único meio de transporte, sem ela não se vai a lugar nenhum. Com ceerteza o convite de Jesus aos seus discípulos na Amazônia é para subir na sua barca e ir pelos imensos rios dessa região líquida. Nessa tarde (21/09) as várias pastorais que remam nos rios do regional partilham com todos, seus caminhos de evangelização. Mais do que estão fazendo; o como estão sendo cristão e encontrando Cristo nos povos da Amazônia; cada um com o seu modo de ser. Leigos, padres, religiosos, religiosas e bispos; na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos sentem a força do evangelho em meio ao povo amazônico. Apesar de tantos desafios, as vezes de desânimos; são muitos os sonhos e esperanças de em Cristo, tocar para frente a Barca do Reino. Fica claro o desejo de navegar para águas mais profundas, sem medo dos temporais do mundo atual. Diante deles, parecemos tão pequenos e nos lembra a luta de Davi contra Golias!

A vivência participartiva de construir as pistas de ações para nossa Igreja caminhar, está sendo um desafio encantador. São muitos os olhares, vindos dos mais diversos cantos e recantos do nosso Regional. Cada um (a) vai colocando partindo de suas realidades. Depois de uma manhã inteira de trabalho estamos chegando as conclusões. A construção está sendo muito parecida com o ato de tecer uma peneira, onde primeiramente se vai ao mato e com conhecimento escolher o cipó certo que combine beleza e resistência; depois dessa escolha, se vai trabalhar as tranças, só então começar o “tecer” propriamente dito. O segredo está no fazer com calma e paciência, sabendo colocar cada cipó no lugar certo, para que tenha encanto e utilidades. Desse modo estamos fazendo nós, nas escolhas das pistas para agirmos regionalmente tendo como tiras e cores as nossas realidades e as ações da Diretrizes Nacionais, só assim, pedindo sabedoria ao Senhor, sair com uma peneira de pistas que encante nossa evangelização!

Começando o terceiro dia da Assembléia Regional do Norte 1 da CNBB, a secretaria apresentou os resultados dos trabalhos em grupo sobre o texto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A intenção é de adaptar as dirtrizes ao nosso Regional. Os secretários da Assembléia apresentaram as pistas de ações construídas nos grupos que tentam responder a cada desafio apresentado nas Diretrizes. A idéia primeira foi de perceber os motivos que temos para louvar a Deus. O que estamos construindo levando em conta o tamanho continental da região. Estas pistas irão entrar em votação pelos participantes da Assembléia, porém, antes da votação, estão sendo feitos os complementos por parte de todos.

Nas caravelas dos europeus que chegaram na Amazônia, vieram também religiosos de várias ordens. Vieram em nome do papa para abençoar as novas terras do rei. Foram os registradores do novo mundo nas duas principais expedições que singraram as virgens águas do “Paiz das Amazonas”. Foram de suas penas o que ficou guardado dessas incríveis viagens, que marcaram o início do encontro de dois mundos. De lá para cá, nossa terra foi marcada por missionários que a tudo deixaram e de um modo ou de outro, pelo bem ou pelo mal, se arriscaram em terras distantes para levar o nome de Deus, as vezes mais o do rei a pessoas que viviam em outros espaços sagrados. O tempo foi passando e a Igreja foi armando sua Tenda na Amazônia, se identificando com seu povo de rosto sofrido, queimado pelo sol e marcado por tantos anos de opressão e de engano. Muitas vezes a Igreja foi a única voz, desse povo sem voz. Hoje essa Igreja se encontra em Asssembléia e se pergunta como está evangelizando em tempo de mudança de época; onde são tantas as realidades que mudaram velozmente e os desafia. Estuda e contempla as Diretrizes de Evangelização da Ação Evangelizadora do Brasil, para a Luz da Palavra de Deus, tentar encontrar caminhos na construção do Reino de Deus!

Nesta manhã (21/09), o Pe. João Sucarrats, SDB (Manaus) trabalhou com os participantes da Assembleia as “Diretrizes da CNBB”. Antes de entrarmos no texto do documento, foi feito um pouco de história dos documentos que marcaram nosso Regional Norte 1, principalmente o Documento de Santarén de 1972; marco nas Igrejas da Amazônia. O percurso histórico nos ajudou a percorrermos os desafios que foram assumidos no decorrer dos anos pelo Regional. Foram tantos os que nos animam e outros que continuam nos desafiando. Terminado esse momento de nossa história; se seguiu apresentando as diretrizes!

A arte fala Na primeira noite da Assembléia, a programação seguiu mais leve, porém, com a mesma intensidade e dando continuidade ao objetivo de conhecermos a realidade da Amazônia. Um grupo de dança, com arte dançou e encantou a todos e deu seu recado mostrando a desafiadora situação da criança e do adolescente na nossa região. As crianças e adolescentes são da companhia de dança da Casa Mamãe Margarida. Instituição religiosa que trabalha com meninas, tendo objetivo de ajudá-las na construção da cidadania!

A experiência com Cristo é o sangue que deve correr no seio da Igreja. Uma vida o encontro com o Salvador como força que brota sempre nova. Pe. Geraldo Ferreira (Arquidiocese de Manaus) fez nessa tarde uma análise da nossa realidade da Igreja da Amazônia e seus desafios num mundo que se distancia de Deus. Na sua fala o padre questionou as estruturas que se acomodam diante do grande desafio da globalização. Diante do que nos apresenta a realidade, o profetismo cada vez mais silencia. As colocações despertaram sinais que fomos deixando pelo tempo e o convite para um novo vigor na evangelização.

Esse é o grupo de missiinários e missionárias, juntamente com o bispo e o secretário responsáveis pelo Projeto Sul1/Norte1. Nossa Amazônia ainda é terra de Missão e são muitos/muitas que deixam suas diversas pátrias e aqui se dispõem a se darem em Missão. O Projeto segue assumindo em vários serviços no Regional Norte1 sua missão e se fazendo nesse planeta verde e líquido.

A Assembléia segue. Estamos construindo o panel da nossa realidade. O primeiro momento, Paulo e Pe. Guilhermo nos exporam diversas faces do mundo amazônico e em seguida os trabalhos se deram nos grupos!

Começou ontem, 19/19, a 40 Assembléia Regional, com o tema: Recepção das Diretrizes da Ação Evangelizadora do Brasil. Esse primeiro momento foi de acolhida, apresentação dos participantes e acerto da pauta e horários. Foi um momento de confraternização e de boa convivência. Para grande maioria um momento de encontro e re-encontro, devido as distâncias do regional, muitos aproveitam esse momento para matar a saudades de alguns que não viam há algum tempo. Terminado esse horário mais formal, a informalidade tomou conta dos encontros e das convivências!