Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Blog

Canoa de Entrada dá início à Trezena de Santo Antônio em Borba

O primeiro dia da Festa em honra a Santo Antônio, padroeiro da diocese de Borba, aconteceu um momento que já se tornou tradição: a Canoa de Entrada. A balsa e outras embarcações, enfeitadas pelos Jovens em Espírito e Verdade (JEV) e os vicentinos, saíram de Borba até a comunidade do Acará, próxima da cidade, para buscar Santo Antônio que tinha sido levado até lá uma semana antes, num momento que é conhecido como Canoa de Saída. Os fiéis e devotos de Santo Antônio, acompanhados pelo pároco da catedral de Santo Antônio de Borba, padre Joseph Raj e o diácono José Carlos foram animados, cantando juntamente com o grupo de música Filhos do Altíssimo, e vivenciaram mais um ano essa tradição que acontece há mais de 70 anos. Chegando na comunidade, subiram até a capela e trouxeram Santo Antônio no andor enfeitado. Uma emoção tomou conta tanto dos que carregaram o andor, quanto dos que aguardavam nas embarcações. Ao chegar na cidade, Santo Antônio desembarcou no porto, e uma multidão de fiéis e devotos já o aguardavam juntamente com o grupo musical para a subida do Santo, tocando o hino oficial, o dobrado de Santo Antônio. Em frente à Basílica, iniciou-se o 1° dia da Trezena em honra a Santo Antônio como já é feito há mais de 268 anos. Durante a Celebração Eucarística, em frente da cidade também passaram, flutuando no Rio Madeira, mais de 8 mil luminárias, confeccionadas com casca de laranjas e que foram colocadas no rio desde a comunidade do Acará, após a saída da procissão fluvial. Diocese de Borba

42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil: “O laicato, na sua forma organizativa, adquiriu a maturidade eclesial”

A 42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil, que reuniu em Manaus (AM), de 30 de maio a 02 de junho, 200 representantes dos 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, foi encerrada com uma celebração eucarística, presidida pelo bispo de Araguaína (TO) e presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, dom Giovane Pereira de Melo. No contexto do Jubileu dos 50 anos do Conselho Nacional do Laicato (CNLB), o presidente da Comissão Episcopal para o Laicato destaca que “são 50 anos de presença, de organização, de mobilização. Segundo o bispo, “o laicato, na sua forma organizativa, adquiriu a maturidade eclesial”, afirmando que são 50 anos de compromisso com a missão evangelizadora da Igreja, de compromisso social com as lutas em momentos importantes da vida nacional, e uma tomada de consciência cada vez mais ampla da vocação batismal”. “Quando o laicato realiza uma assembleia como esta que nós fizemos agora, de revisão estatutária, mostra esta maturidade, esta tomada de consciência da identidade, da missão, da vocação, da importância da organização do laicato na Igreja do Brasil”, ressaltou dom Giovane Pereira de Melo. O bispo disse que “é preciso crescer, não só o laicato, também os ministros ordenados. Ainda está muito presente nos ambientes eclesiais o clericalismo, ainda há resistência e pouca compreensão em alguns ministros ordenados da importância da organização do laicato através dos conselhos de leigos”. Na 42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil foi aberta uma pauta para o Ano da Missão, que será realizado em 2025, depois de viver em 2023 o Ano da Profecia e em 2024 o Ano do Testemunho, “de pensar não mais um Conselho, mas pensar uma Conferência Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas”, disse o bispo. Segundo ele, “uma das missões que o laicato sai desta assembleia é trabalhar não só com os leigos, mas também no diálogo com os bispos, com os presbíteros, com as outras conferências dos religiosos, dos consagrados, a importância de o Conselho de Leigos ser reconhecido como uma Conferência Nacional, a exemplo das outras vocações na vida da Igreja”. O fato de ter realizado na 42ª Assembleia Geral do Laicato é Manaus, leva a presidenta do CNLB, Sônia Gomes de Oliveira, a dizer que “de forma assertiva, quando nós pensamos o tema, testemunhas da Igreja do Reino, e trazer a 42ª Assembleia para a Amazônia, para Manaus, marcou muito como é ser testemunho do Reino numa Igreja como esta”. Ela disse que “nós saímos daqui com nosso lema, anunciar aquilo que vimos e ouvimos, e nós vimos testemunho de uma Igreja encarnada com a vida, uma Igreja que é comprometida”, insistindo em que é marcante “a experiência que esta Igreja tem e que nos mostrou”. Na celebração final, Sônia Gomes de Oliveira, que é membro do Sínodo sobre a Sinodalidade, foi enviada para a segunda sessão da assembleia, algo que ele vê como “mais uma vez abrir para esse jeito de Igreja sinodal, dar essa abertura para mulheres, leiga, também ser vista, representada, nessa corresponsabilidade na missão da Igreja”. Uma assembleia que no Regional Norte1 pode ajudar, segundo o coordenador regional do laicato, Francisco Meireles, “a motivar mais os nossos cristãos leigos e leigas e assim fazer com que o trabalho do laicato do nosso Regional possa crescer nas nossas dioceses e prelazias e ser multiplicadores dentro das nossas paróquias, áreas missionárias e comunidades”. Para isso, serão preparados multiplicadores a partir daqueles que participaram da Assembleia, buscando implementar o conselho do laicato nas igrejas locais onde não tem e que possa continuar caminhando onde tem, e assim aumentar cada vez mais o trabalho do laicato.  Francisco Meireles insistiu na importância e necessidade da formação, “formar nossos cristãos leigos e leigas na dimensão espiritual, na vocação do cristão leigo e leiga, na missão do cristão leigo e leiga, e também na espiritualidade do cristão leigo e leiga, formando-o tanto para a comunidade como também para a sociedade, no campo da dimensão sociopolítica transformadora”. Participar da Assembleia tem sido uma experiência muito rica para Vanda Carvalho, vice-presidenta do CNLB. Ela disse ter percebido “nos gestos de cada pessoa, que eles vão vivendo essa Igreja sinodal”, algo que ela vê como consequência do Sínodo para a Amazônia, que “ajudou muito nesse processo de caminhada deles”. Ela destacou a celebração de Corpus Christi no centro de Manaus com todo o povo de Deus da arquidiocese, que “estão imbuídos dessa caminhada, dessa alegria, dessa contemplação do corpo e sangue de Cristo no irmão que está precisando”. A vice-presidenta do CNLB destacou a fala de dom Zenildo Lima, “que nos ajudou muito a entender essa realidade aqui dentro desta Igreja sinodal”. Ela, que disse ter sido a primeira vez em Manaus, tem vivido esse momento como uma experiência única e gratificante. Nessa perspectiva, Vanda Carvalho espera que “esses dias tenham trazido muita esperança para nós, e que nós possamos, a partir dessa experiência crescer com nossa espiritualidade, com nosso testemunho, onde estamos, sempre à luz dessa Amazônia, que é o próprio Evangelho de Cristo que está vivo aqui no nosso meio”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Lúcio Nicoletto é ordenado bispo na catedral de Padova, para continuar sua missão em São Félix do Araguaia

A catedral de Padova (Itália) acolheu no dia 1º de junho de 2024 a ordenação episcopal de dom Lúcio Nicoletto, bispo eleito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Missionário no Brasil desde 2005, o novo bispo foi missionário na diocese de Roraima desde 2016 até sua nomeação episcopal, no dia 13 de março de 2024, data em que Papa Francisco completou 11 anos de sua eleição para ocupar a cadeira de Pedro. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Cuiabá (MT), dom Mário Antônio da Silva, que foi bispo de Roraima enquanto dom Lúcio Nicoletto era missionário nessa diocese. Dentre os bispos do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, concelebraram o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, o bispo de Roraima, dom Evaristo Spengler, o bispo de São Gabriel da Cachoeira, dom Raimundo Vanthuy Neto e o bispo emérito de Parintins, dom Giuliano Frigenni. Também concelebrou o arcebispo de Porto Velho, dom Roque Paloschi, que já foi bispo da diocese de Roraima, e outros bispos brasileiros. Igualmente se fizeram presentes presbíteros da diocese de Roraima e da Prelazia de São Felix do Araguaia, assim como da Vida Religiosa e do laicato. Na homilia, o arcebispo de Cuiabá destacou que “Jesus é modelo de um pastor, que não busca o próprio interesse, ao contrário, dona a própria vida a todos aqueles que aceitam a sua proposta”, destacando que ele é o verdadeiro pastor, que cura, ama e dá a vida pelas suas ovelhas, destacando a mútua dependência entre o pastor e as ovelhas. Dom Mário Antônio disse ao novo bispo que a missão principal de seu ofício apostólico é conduzir os fiéis à unidade da Igreja para a salvação, buscando criar no povo a consciência de criar uma sociedade justa e fraterna, “a justiça deve permear todas as relações sociais e interpessoais”, enfatizou o arcebispo de Cuiabá. Os bispos do Brasil presentes na celebração entregaram ao novo bispo, à sua mãe e ao bispo da diocese de Padova, alguns presentes, feitos pelos indígenas, como expressão de sinodalidade, de comunhão, agradecendo, nas palavras do cardeal Steiner, por tanto que a Igreja do Brasil tem recebido da Igreja da Itália, e agradecendo ao novo bispo por ter aceitado a nova missão que a Igreja lhe confia como bispo da prelazia de São Félix do Araguaia, “para servir e amar aquela Igreja”, segundo disse dom Vanthuy, a um povo que “lhe espera como sinal de esperança de Jesus Cristo, do Reino”. Em nome da Igreja de Roraima, seu bispo, dom Evaristo Spengler, disse que no coração daquela Igreja, “hoje só há gratidão, gratidão por você ser esse missionário que deixou sua terra, pronto para entregar-se de corpo e alma ao povo que encontrou”. O bispo destacou em dom Lúcio o fato de ter sido um homem de comunhão com a Igreja do Regional Norte1 e a Igreja da Amazônia, “que quer buscar cada vez mais ser uma Igreja presente junto ao povo sofredor, os povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, uma Igreja que mostra o rosto misericordioso de Deus”. Dom Lúcio Nicoletto, no final da celebração, iniciou sua intervenção agradecendo a todas as pessoas que prepararam a ordenação, refletindo sobre o sentido da Eucaristia, no dia em que na Itália é celebrado Corpus Christi, e sobre a caridade. Ele lembrou suas palavras ao povo da prelazia de São Felix do Araguaia pouco depois de ser eleito bispo: “A graça da missão chegou à minha vida como um vento forte, um furacão que me mudou profundamente a partir do caminho da lógica da encarnação. E foi no encontro com a Amazônia, no caminho junto ao amado povo da Igreja de Roraima que aprendi que ‘A Igreja se faz carne e arma sua tenda na Amazônia’. Este armar a tenda manifestou-se como um irrenunciável anúncio central da boa nova: anunciar aos povos o Evangelho de Jesus Cristo e de seu Reino como fonte de sentido e de libertação”, destacando a importância da missão em sua vida, e agradecendo a sua família e a todos os que acompanharam sua vida de fé desde seu nascimento, em sua formação e missão, na Itália e no Brasil. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Zenildo Lima: Corpus Christi “é trazer para a rua a admiração que a gente tem pela comensalidade de Deus”

A Solenidade de Corpus Christi, que em 2024 deu continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade, refletindo sobre a Amizade Social, reuniu no Centro de Manaus milhares de pessoas das comunidades, áreas missionárias e paróquias da Arquidiocese de Manaus, contando com a presença daqueles que participam da 42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil, que está sendo realizada em Manaus de 30 de maio a 02 de junho de 2024. Na homilia, o bispo auxiliar de Manaus, dom Zenildo Lima, presidente da celebração, iniciou lembrando a condição de admirável, adjetivo que aparece na oração coleta do dia, uma oração que é usada quando é realizada a exposição do Santíssimo Sacramento, para se referir ao que é celebrado neste dia em tantas celebrações. Ele definiu como admirável a vida de Jesus, “que recupera para cada homem e para cada mulher a possibilidade da amizade com Deus”. Segundo dom Zenildo Lima, “é admirável sermos servidores da Eucaristia, é admirável termos a possibilidade de participar da comunhão da vida de Jesus, do seu corpo e de seu sangue, é admirável o papel de ministros e ministras da Eucaristia”. O bispo auxiliar ressaltou como é admirável “aqueles que estão ao serviço do altar de Deus, porque tornam presente Jesus na Eucaristia, como os nossos presbíteros, porque também presidem celebração da Palavra, como os nossos diáconos”, afirmando que “nos sentimos vocacionados ao serviço da comunhão, nos sentimos vocacionados ao serviço da Eucaristia, não simplesmente porque queremos ser celebradores de um ritualismo, mas porque nos atrai a admirável vida de Jesus que se dá no seu corpo e no seu sangue”. Dom Zenildo vê como sinal de alegria, o fato de que “Deus nos oferece a comensalidade”, recordando as palavras do Salmo do dia: “O Senhor nos alimentou com a flor do trigo”, um Deus que é fiel à Aliança, “quando Deus oferece banquete para nós, quando Deus nos sacia na nossa caminhada, no nosso percurso histórico, ele está revelando o seu compromisso para conosco”. O bispo auxiliar de Manaus disse que “ninguém quer esquecer da amizade de Deus, ninguém quer esquecer da providência de Deus, ninguém quer ficar fora desta ação amorosa de Deus”, o que leva o povo de Deus a sentir a necessidade de ações cultuais, de ações religiosas, como possibilidade de estar de novo na mesa com Deus, de fazer refeição com ele, quando nos distanciamos dele, algo presente na primeira leitura do dia. São situações que levam o povo a querer realizar a vontade de Deus, não por medo dele, não por uma pactuação somente, e sim porque o povo, “ele se sente envolvido, inebriado, tomado por esta relação amorosa, e faz questão de repeti-lo: ‘nós iremos viver, nós iremos fazer, tudo aquilo que o Senhor dizer, e nós vamos lhe obedecer’”, definindo os sacrifícios cultuais como expressão do compromisso do povo com Deus. É por isso que “toda ação litúrgica, toda ação sacrifical, toda experiência de comensalidade que a gente quer fazer com Deus, são experiências comprometedoras”, vendo cada celebração da Eucaristia e da Palavra nas comunidades como renovação desse comprometimento. Segundo o bispo auxiliar, “Deus não está cobrando o nosso comprometimento com ele, Deus está oferecendo o comprometimento dele conosco”, vendo o pão e o vinho, corpo e sangue de Jesus, como algo que “está dizendo do comprometimento amoroso de Deus por cada um de nós”. Falando sobre a celebração e a procissão de Corpus Christi, do fato de apresentar o corpo de Deus deste modo, dom Zenildo Lima disse que “é trazer para a rua a admiração que a gente tem pela comensalidade de Deus”. Ele explicou o sentido histórico da procissão do dia de hoje, vendo-a como algo que nos faz “romper com esquemas que tentam aprisionar-nos”, como expressão de Igreja em saída, como um modo de dizer para quem está na rua: “este é meu corpo, e é para você também”, este é meu sangue e é para você também”. “A vida sacrifical de Jesus supera e derruba toda pretensão de poder, que é seletiva, derruba e supera toda arrogância de poder, que quer premiar pessoas”, destacou dom Zenildo Lima. Segundo ele, “no sacrifício de Jesus, na vida oferecida de Jesus, está esta novidade admirável, que supera e vence toda relação que é seletiva”, insistindo em que “a procissão de Corpus Christi não é uma procissão para um gueto religioso, não é uma procissão para um gueto católico, é uma afirmação que todo homem e toda mulher podem participar desta amizade de Deus”. É por isso, que “o sacrifício de Jesus supera toda pretensão de querer se apresentar com juízes, de quem pode e quem não pode chegar perto de Deus”, enfatizou, pois “a vida oferecida de Jesus nem se encerra, nem se enquadra e nem se aprisiona em esquemas religiosos, promovendo a possibilidade de relações novas”. “Nós não somos devotos da Eucaristia, nós temos uma espiritualidade eucarística de seguidores de Jesus, de multiplicadores dos gestos de Jesus”, enfatizou o bispo auxiliar. Segundo ele, não combina conosco os esquemas seletivos, “não combina sermos promotores de inimizade e depois ficarmos compartilhando o ódio, e depois ficarmos propagando discursos de discriminação e de violência”. Dom Zenildo Lima denuncio que no percurso da procissão, nos deparamos com o barulho durante o dia e com cenas dramáticas de abandono durante a noite, afirmando “cabe na experiência de Deus a vida de todo homem machucado”. O bispo auxiliar insistiu em que “com o corpo e o sangue de Jesus está o corpo e o sangue de muita gente que empenha pela paz, de muita gente que se empenha pela promoção da vida, de muita gente que se faz guardião, guardiã dos direitos humanos, de muita gente que se faz cuidador da casa comum. Com o corpo e o sangue de Jesus estão associados muitos homens e mulheres que tombaram em seus corpos, derramaram o seu sangue, pela defesa da vida dos nossos povos. Mas com o corpo e o sangue de Jesus estão também muitos corpos esquecidos, dilacerados, dilapidados”. No…
Leia mais

Francisco à Vida Religiosa do Brasil: “A vida consagrada, se permanecer firme no amor do Senhor, vê a beleza”

Mais de 800 religiosos e religiosas do Brasil estão reunidos em Fortaleza (CE), de 30 de maio a 02 de junho, com representantes do Regional Norte1, dentre eles o bispo auxiliar de Manaus, dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, para o Congresso dos 70 anos da Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil, que tem como tema: “CRB 70 anos: Memória agradecida, Mística, Profecia e Esperança”, e como lema: “Permanecei no meu amor” (Jo 15, 9). Na abertura do Congresso foi lida uma mensagem do Papa Francisco, onde ele lhes assegura sua proximidade e suas orações “pelo bom andamento do encontro e para que produza abundantes frutos na vida de cada comunidade religiosa e da Igreja no Brasil”. O Papa mostrou sua gratidão “pelo imenso dom da vocação à vida consagrada que, nos seus mais diversos carismas, enriquece a comunhão eclesial e colabora grandemente com a missão da Igreja em todo o mundo”, destacando que “de fato, em muitos lugares do planeta o primeiro anúncio do Evangelho tem a face dos consagrados e consagradas que assumem com grande empenho, e com a dedicação da própria vida, o mandato do Senhor: ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura’ (Mc 16, 15)”. O texto faz um chamado aos religiosos e religiosas para que tenham consciência de que “o dom da vocação deve ser custodiado e cultivado a cada dia, para que produza bons frutos na vida de cada religioso e de cada religiosa”, alegrando-se com o lema, inspirado na última ceia. Para permanecer, Francisco destaca a necessidade “do diálogo constante com Jesus na oração diária e da fidelidade aos votos que expressam de maneira belíssima nossa consagração”. Ele recordou as palavras da homilia proferida em 1º de fevereiro de 2020, onde diz que “A vida consagrada, se permanecer firme no amor do Senhor, vê a beleza. Vê que a pobreza não é um esforço titânico, mas uma liberdade superior, que nos presenteia como verdadeiras riquezas Deus e os outros. Vê que a castidade não é uma esterilidade austera, mas o caminho para amar sem se apoderar. Vê que a obediência não é disciplina, mas a vitória, no estilo de Jesus, sobre a nossa anarquia”. Para o encontro, o Santo Padre espera que “seja momento de recordar com gratidão o passado – 70 anos de história! –, de viver o presente sustentados pela mística dos carismas específicos de cada família religiosa e comprometidos de maneira profética com o anúncio do Evangelho, e de olhar para o futuro com esperança”. A todos, com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, envia sua bênção, e como ée costume, pede “que não deixem de rezar por mim”. Mensagem do Papa Francisco ao Congresso dos 70 anos da CRB FRANCISCO Queridos religiosos e religiosas do Brasil, Com o coração repleto de gratidão ao Senhor, dirijo-me a todos os participantes do Congresso da vida religiosa consagrada, promovido pela Conferência dos religiosos do Brasil, na comemoração dos seus 70 anos de fundação, com o tema “CRB 70 anos: Memória agradecida, Mística, Profecia e Esperança”. Quero assegurar-lhes minha proximidade e minhas orações pelo bom andamento do encontro e para que produza abundantes frutos na vida de cada comunidade religiosa e da Igreja no Brasil. Sou grato pelo imenso dom da vocação à vida consagrada que, nos seus mais diversos carismas, enriquece a comunhão eclesial e colabora grandemente com a missão da Igreja em todo o mundo. De fato, em muitos lugares do planeta o primeiro anúncio do Evangelho tem a face dos consagrados e consagradas que assumem com grande empenho, e com a dedicação da própria vida, o mandato do Senhor: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura” (Mc 16, 15). Sabemos, entretanto, que o dom da vocação deve ser custodiado e cultivado a cada dia, para que produza bons frutos na vida de cada religioso e de cada religiosa. Por isso, muito me alegrou saber que o lema escolhido para esse Congresso foi a recomendação de Jesus aos apóstolos, durante a última ceia: “Permanecei no meu amor” (Jo 15, 9). Com efeito, para viver bem o chamado divino é necessário permanecer em Seu amor, através do diálogo constante com Jesus na oração diária e da fidelidade aos votos que expressam de maneira belíssima nossa consagração, como recordei há alguns anos: “A vida consagrada, se permanecer firme no amor do Senhor, vê a beleza. Vê que a pobreza não é um esforço titânico, mas uma liberdade superior, que nos presenteia como verdadeiras riquezas Deus e os outros. Vê que a castidade não é uma esterilidade austera, mas o caminho para amar sem se apoderar. Vê que a obediência não é disciplina, mas a vitória, no estilo de Jesus, sobre a nossa anarquia” (Homilia, 1º de fevereiro de 2020). Como já expresso no tema do Congresso, faço votos que esse encontro seja momento de recordar com gratidão o passado – 70 anos de história! –, de viver o presente sustentados pela mística dos carismas específicos de cada família religiosa e comprometidos de maneira profética com o anúncio do Evangelho, e de olhar para o futuro com esperança. Confio estes desejos e preces à intercessão de Virgem Santíssima de Aparecida, Mãe dos consagrados e das consagradas do Brasil, a quem concedo de coração a minha bênção, pedindo ainda que não deixem de rezar por mim. Roma, São João de Latrão, 14 de abril de 2024 FRANCISCO Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Eucaristia: até quando teremos comunidades sem possibilidade de celebrá-la assiduamente?

A Solenidade de Corpus Christi é a Festa da Eucaristia. Neste dia somos desafiados a refletir sobre o que significa a Eucaristia na vida do povo católico e as dificuldades para que as pessoas possam celebrar a Eucaristia em alguns lugares. Muitas comunidades da periferia de Manaus, do interior da Amazônia, de muitas regiões do Brasil e do mundo, não têm a possibilidade de celebrar a Eucaristia cada domingo. Um dos mandamentos da Igreja fala da necessidade de participar da celebração da Missa todos os domingos. Diante dessa situação, como fazer realidade nessas comunidades esse mandamento? Como continuar sustentando a afirmação do Concílio Vaticano II que diz que a Eucaristia é a fonte e o ápice da vida cristã? O Sínodo para a Amazônia refletiu sobre essa realidade, propondo caminhos para que as comunidades possam celebrar a Eucaristia no dia do Senhor. Mas as resistências são grandes, não é fácil dar passos que ajudem no caminhar da Igreja, para fazer realidade aquilo que a própria Igreja sustenta em seu Magistério, em seus ensinamentos. Presidir a celebração da Eucaristia é algo que compete aos presbíteros e bispos, mas a falta de padres em muitas regiões é uma realidade que nos desafia. Também deve ser refletido sobre a distribuição do clero. Enquanto algumas comunidades contam com a presença de vários ministros ordenados, muitas outras tem que dividir o padre entre dezenas de comunidades. Também a falta de recursos, de disposição para chegar nos locais mais distantes, são situações que dificultam a possibilidade dessas comunidades poder celebrar a Eucaristia. Mas estamos diante de comunidades que valorizam grandemente a celebração da Eucaristia. Para as comunidades do interior, também na arquidiocese de Manaus, a Missa é momento de grande importância. O encontro em volta do pão partilhado, do sangue entregado em favor de todos, alimenta a vida de fé daqueles que, mesmo na dificuldade, vivenciam sua fé nesses locais. A Missa não é algo monótono, é sinal da presença do ressuscitado, que nos leva a fazer memória do mistério da fé que é celebrado. Daí a pergunta que nos leva a questionar até quando teremos comunidades sem possibilidade de celebrar a Eucaristia assiduamente? Encontrar novos caminhos para a Igreja, um dos propósitos do Sínodo para a Amazônia, é uma realidade que precisa de respostas, não só na região amazônica, mas em muitos lugares do mundo, em muitas comunidades eclesiais, que gostariam que a Eucaristia fosse celebrada com maior frequência. Aproveitemos a Solenidade de Corpus Christi para refletir sobre a Festa da Eucaristia, mas como uma festa para todos e todas, como um alimento cotidiano, que fortalece a vida de fé de todas as comunidades. O local onde as pessoas moram não deveria ser empecilho para que elas possam participar assiduamente da fonte e o ápice da vida cristã. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Encontro da Comissão Ampliada para dar respostas como Igreja para a proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas Vulneráveis no Regional Norte1

O cuidado e proteção de crianças e adolescentes tem que ser uma prioridade na vida da Igreja católica. O Papa Francisco afirma que “como Igreja, somos chamados a percorrer todos juntos este caminho, impelidos pela dor e pela vergonha de não termos sido sempre bons guardiões, protegendo os menores que nos foram confiados em nossas atividades educacionais e sociais”.  Segundo o Papa, “este processo de conversão requer com urgência uma formação renovada de todos aqueles que têm responsabilidades educacionais e trabalham em ambientes com menores, na Igreja, na sociedade e na família. Somente assim, com uma ação sistemática de aliança preventiva, será possível desenraizar a cultura de morte que toda forma de abuso, sexual, de consciência, de poder, traz consigo”. Ele insiste em que “se o abuso é um ato de traição da confiança, que condena à morte quem o sofre e gera fendas profundas no contexto em que ocorre, a prevenção deve ser um caminho permanente de promoção de uma confiança renovada e certa em relação à vida e ao futuro, com a qual os menores devem poder contar.” Nessa perspectiva aconteceu nesta quarta-feira, 29 de maio, na Maromba de Manaus, o Encontro de formação com a Comissão Ampliada de proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas em situação de Vulnerabilidade do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), com representantes das igrejas locais. Os participantes abordaram os compromissos da comissão e aprofundamento dos documentos: Comissão, Protocolo e Manual, sendo refletido sobre os encaminhamentos práticos da comissão. “Um encontro importante para todos nós, porque a gente esclarece sobre o papel das comissões criadas para proteção de crianças e adolescentes e pessoas vulneráveis de todo o Regional Norte1”, destacou o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, que assessorou o encontro. Segundo dom Hudson, “percebesse neste momento uma grande adesão dos participantes, vontade de aprender, como também preocupações inerentes a esse processo de dar respostas como Igreja nos diversos ambientes de pastoral, no ambiente eclesial propriamente dito”. Na construção do manual, o bispo auxiliar ressaltou que “ela é uma construção que envolve muitas mãos, muitos corações, uma construção coletiva com a participação direta dos bispos do Regional Norte1, que deram sua colaboração, e agora com a participação do Núcleo da Comissão Lux Mundi ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e à CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil)”. O encontro foi oportunidade para estudar o regulamento do decreto, com algumas alterações que aconteceram, e ao mesmo tempo, tentar pensar depois um calendário de continuidade do processo de formação continuada para as comissões que foram instaladas, e que depois eles se tornem multiplicadores para os agentes pastorais, para o clero, para a Vida Religiosa, todos aqueles que estão presentes nas diversas instâncias que constituem a Metropolia de Manaus, enfatizou dom Hudson. Trata-se de um encontro com “pessoas que possam nos ajudar a superar a questão do abuso de crianças e adolescentes”, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da CNBB, cardeal Leonardo Steiner. Ele destacou o bonito trabalho já existente na arquidiocese de Manaus, mostrando o desejo de estendê-lo para as outras igrejas do Regional. Dom Leonardo Steiner destacou a elaboração e aprovação do Manual, “que vai nos orientar nesse serviço dentro do nosso Regional, e agora com a reunião fazemos o Manual conhecido e vamos devagar implementando as orientações que esse Manual nos dá, que é o Manual que os bispos propuseram para o nosso Regional Norte1”. O arcebispo de Manaus disse que “vamos caminhando na esperança para que as nossas crianças e adolescentes se sintam bem nas nossas comunidades, se sintam bem na sua dignidade, se sintam bem como filhos e filhas de Deus e se sintam por nós protegidas, amadas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil em Manaus: Testemunho de “leigos que compreendem que eles são Igreja”

Inicia nesta quinta-feira, 30 de junho, a 42ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato, que será realizada em Manaus. Um momento para “ajudar a compreender a importância do leigo na Igreja”, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), cardeal Leonardo Steiner. O arcebispo da igreja local que acolhe a Assembleia destacou a importância do Documento 105 da CNBB: “Sal da Terra, Luz do Mundo: A Missão do Leigo na Igreja”, um documento longamente refletido, discutido, que até hoje ajuda muito na dinâmica da Igreja do Brasil. Falando sobre a Igreja do Amazonas, o presidente do Regional Norte1 disse que ela “se caracteriza por uma participação muito grande dos leigos, historicamente nós ficamos mais de um século sem a presença do presbítero, e os leigos assumiram a vida das comunidades, e isso ainda está muito presente hoje”. Segundo dom Leonardo, “as nossas comunidades, elas são dirigidas por mulheres e homens, no interior, a dinâmica é dirigida pelos leigos e leigas, especialmente pelas mulheres, e é bonito ver o entusiasmo dos nossos leigos, nas assembleias diocesanas, nas assembleias do Regional, o interesse”, relatando a experiência da Assembleia Sinodal da Arquidiocese de Manaus, quando o maior pedido dos leigos foi a formação, “os leigos que estão interessados, os leigos que compreendem que eles são Igreja”, com uma consciência dos leigos de ser Igreja missionária, uma experiência que segundo o arcebispo de Manaus nasceu em Santarém, em 1972. Ele disse que “se a Igreja do Brasil tivesse a dinâmica que se impregnou aqui no Amazonas, nós teremos sempre uma participação muito grande dos leigos e leigas, aqui especialmente as mulheres”. A 42ª Assembleia Geral do Laicato tem como tema “Cristãos Leigos e Leigas, Testemunhas do Reino”, e como lema “Não podemos nos calar sobre aquilo que vimos e ouvimos”, lembrou Francisco Meirelles, presidente do Conselho do Laicato no Regional Norte1. Ele destacou que a Igreja de Manaus está “acolhendo a cada irmã e irmão que está chegando de todo o Brasil para esse grande encontro nacional que vai acontecer em Manaus”. 180 participantes para vivenciar um momento de fraternidade, de partilha e também de discutir um pouco sobre o testemunho do cristão leigo e leiga, e também sobre nossa Querida Amazônia e o Sínodo sobre a Sinodalidade. Aqueles que estão chegando para participar da assembleia “está com o coração ardendo, um pouco numa alegria, já vivendo essa experiência de chegar nessa terra acolhedora, de chegar nesse espaço e já sentir o clima do que é essa Igreja”, destacou a presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Sônia Gomes de Oliveira. A 42ª Assembleia acontece num itinerário de três anos de preparação dos 50 anos do laicato no Brasil, e nessa perspectiva, “nada melhor do que vir parar nestas terras para viver essa experiência de testemunho. É o local onde nós conseguimos perceber esse testemunho, testemunho do Reino, testemunho de justiça, um testemunho de paz, um testemunho de igualdade”, ressaltou Sônia Gomes. Uma fonte de testemunho numa Igreja sinodal, que a presidenta do laicato do Brasil espera possa marcar àqueles que estão chegando para participar da assembleia e levar para outros lugares do Brasil. Por isso, nada melhor do que viver essa experiência da sinodalidade da Igreja de Manaus, segundo Sônia Gomes de Oliveira, que destacou a importância de viver essa experiência. Segundo a presidenta do laicato, “não é inventar muita coisa, é simplesmente recuperar a beleza daquilo que nós já temos nas nossas comunidades, na nossa Igreja”, insistindo no grande aporte do Documento 105 da CNBB na 42ª Assembleia Nacional do Laicato, pois “é recuperar esse sujeito eclesial, maduro na fé, que não só pertence à Igreja, mas ele é Igreja” fazendo um chamado ao laicato a “redescobrir este encantamento de ser Igreja”. Segundo Sônia Gomes de Oliveira, “a nossa missão primeira é na sociedade, e estar na sociedade testemunhando Jesus Cristo é justamente viver essa experiência de romper com as polarizações e ser sinal do Reino. Muitas vezes a polarização, ela só acontece onde o Reino não está, a Palavra não chega, o Evangelho não chega, e nós queremos nos testemunhar a nós mesmos”. Frente a isso, fez um chamado a testemunhar o Reino, a justiça, a igualdade e o projeto de Jesus Cristo para romper com essa polarização, que definiu como o grande desafio do laicato, “entender o seu ser sujeito, de onde nós viemos, para onde nós queremos chegar, que é o Reino”. No ano do testemunho, a presidenta do CNLB destacou a voz que oferece a Igreja de Manaus, que “formou o laicato para serem essas testemunhas e conseguem dar essa voz”, algo a ser disseminado para outras igrejas do Brasil, especialmente o testemunho de tantas mulheres que na Igreja de Manaus, “e conseguir encantar outras mulheres na Igreja do Brasil”. Igualmente destacou a importância da integridade da Criação, da ecologia integral, tema que será abordado na assembleia, que aborda situações presentes na vida de muitos participantes, que poderão conhecer as experiências de articulação e de união de forças presentes na Amazônia nesse sentido. O cardeal Steiner destacou a importância do testemunho nos processos evangelizadores, e do encontro como momento para partilhar e receber experiências dos leigos como sujeitos na Igreja, afirmando que na Igreja do Amazonas, “nós temos uma rica experiência”, com leigos que se sentem responsáveis pelas comunidades e sua participação na vida da Igreja, com boa preparação para o exercício dos serviços que eles realizam. Com relação ao clericalismo, uma das temáticas da assembleia, o cardeal Steiner disse que “a dinâmica da Igreja na Amazônia não tem essa dinâmica”, insistindo na dinâmica profundamente sinodal das igrejas da Amazônia, com participação de todos nas discussões, fazendo um chamado a “estar cada vez atentos, para que todos nós nos sintamos Igreja”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

I Simpósio do Tribunal Eclesiástico de Manaus: Ajuda nos processos de nulidade e acompanhamento da vida matrimonial

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1) organizou nos dias 27 e 28 de maio o I Simpósio do Tribunal Eclesiástico do Regional Norte1, que compreende as igrejas locais da Metropolia de Manaus. Um encontro que, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner, “visa preparar cada vez mais irmãos e irmãs que possam nos ajudar nos processos de nulidade, mas também encaminhamento para um acompanhamento da vida matrimonial”. O presidente do Regional Norte1 destacou a assessoria do bispo de Itumbiara (GO), de dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, grande especialista em Direito Canônico, que, segundo dom Leonardo Steiner, “compreende o Direito Canónico como salva-vidas, como estar a disponibilidade da vida para buscar sempre de novo a salvação. Ele nos ajuda a compreender melhor o significado do próprio processo matrimonial, mas também a existência do próprio Tribunal Eclesiástico”. O cardeal agradeceu a presença do assessor e que isso possibilita ter “cada vez mais pessoas capacitadas para nos ajudar em cada uma das dioceses e prelazias, e também na arquidiocese de Manaus”. No encontro participaram os juízes e os notários das câmaras eclesiásticas das igrejas locais do Regional Norte1. Igualmente estavam presentes os seminaristas do último ano da Teologia e alguns padres da arquidiocese de Manaus. Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida ressaltou que o Papa Francisco insistiu desde a Declaração Dominus Iesus “para que a gente desse formação permanente para as pessoas que trabalham com as causas de nulidade matrimonial”. Segundo o bispo de Itumbiara “trata-se de preparar pessoas para ajudar a redescobrir a alegria do amor e a preservar a alegria do amor de disfunções ou defeitos que podem causar nulidade matrimonial e sofrimentos em muitas pessoas”. O assessor disse que “a importância desse encontro nosso é justamente a de oferecer instrumentos teóricos e práticos para os operadores da justiça eclesiástica no julgamento e no tratamento das questões de nulidade matrimonial”. Nubia Gonzaga, da arquidiocese de Manaus destacou a importância de contribuir com aqueles que vieram das outras câmaras eclesiásticas de outras dioceses e prelazias do Regional Norte1. Um encontro para “nivelar as informações e a forma como nós estamos trabalhando com relação às solicitações de nulidades que nós temos recebido”. Segundo a representante arquidiocesana, “isso faz com que nós tenhamos uma noção melhor, com que nós possamos fazer um atendimento bem mais direcionado, bem mais explicativo, e um acolhimento bom para aquelas pessoas que procuram as câmaras eclesiásticas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Regional Norte1 participa do 14° Simpósio e 14ª Peregrinação Nacional das Famílias

Com o tema “Fraternidade e Amizade” e o lema “Já não vos chamo servos, vos chamo amigos” (Jo 15, 15) aconteceu nos dias 25 e 26 de maio em Aparecida (SP) o 14° Simpósio nacional e a 14ª Peregrinação Nacional das Famílias. O evento contou com diversas palestras, dentre elas a do padre Zezinho e a pediatra Filomena, momentos de louvor, reflexões com vivências e partilhas. A Pastoral Familiar do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se fez representar pelos irmãos da arquidiocese de Manaus, Marcio e Angelica – casal arquidiocesano; diocese de Roraima, Márcia e Gilberto, casal diocesano, padre Enrico Louvato, assessor eclesiástico diocesano e vigário geral da diocese de Roraima, Josimar e Ângela, casal do setor Pré- Matrimonial paróquia São Francisco da Chagas. Casal Francisco e Lúcia, vice-coordenadores regionais, e Frei José Faustino, assessor aclesiástico Regional. Para os que participaram representando nosso regional foram momentos de muita reflexão, conhecimentos e partilhas, se fortalecendo pessoalmente no compromisso da missão de anunciar o Evangelho às famílias, em particular com foco na Fraternidade e Amizade Social. A coordenação regional irmana-se e agradece aos participantes, bem como, com a coordenação nacional por esse importante momento evangelizador, e roga a Nossa Senhora da Amazônia para que continue intercedendo por nossas missões sinodais. Pastoral Familiar Regional Norte1