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80 mil pessoas celebram Pentecostes em Manaus: aprender a linguagem do Espírito, da suavidade do amor, do sair para encontrar

Uma celebração para agradecer a Deus pelo dom do Espírito Santo reuniu no Sambódromo de Manaus umas 80 mil pessoas. A grande festa da Igreja de Manaus, uma festa da partilha, onde a partilha de alimentos, arrecadados pela Caritas, ajuda aos mais carentes, é oportunidade para descobrir “como é bom estarmos aqui a nossa Igreja de Manaus e podermos invocar os dons do Espírito, dos quais não somos merecedores”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner no início da celebração, que destacou o fato de “nos sentirmos no Espírito, todos irmãos e irmãs”, lembrando o lema da Festa de Pentecostes 2024. Na homilia, o arcebispo iniciou agradecendo os 2000 voluntários na organização da Festa e aos funcionários públicos da Prefeitura de Manaus e do Estado do Amazonas que garantiram a tranquilidade durante a celebração. Comentando a passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos lida na primeira leitura, o cardeal Steiner destacou diante da diversidade de procedências, o fato de ser “todos, no Espírito, irmãos e irmãs”, um Espírito que não escolheu, mas que abundantemente se apresentou, iluminou, “e pelo fato de ser irmãos e irmãs no Espírito, é que ouviram falar na própria língua, na própria cultura, no seu modo próprio de pensar, de ser”. O arcebispo de Manaus ressaltou que “a linguagem do Espírito, não é a nossa linguagem, porque a linguagem do Espírito é a suavidade do amor, mas é a suavidade da gratuidade, do dom da graça, a linguagem do Espírito é sempre a linguagem da proximidade, é sempre a linguagem do caminho, é sempre um sair para encontrar”. Uma Festa de Pentecostes inspirada na Campanha da Fraternidade 2024, “para reafirmar mais uma vez: irmãos e irmãs no Espírito”, disse o cardeal, enfatizando que “nós somos irmãos e irmãs”. Dom Leonardo comparou o sopro do Espírito sobre os discípulos, relatado no Evangelho, com o que acontece diante de uma criança que se machuca, que com o sopro da mãe, a dor se vai. Segundo ele, “é o sopro do Espírito, porque é o sopro da maternidade, é o sopro da paternidade, é esse sopro que cura as feridas, é esse sopro que cura as quedas da vida, é esse Espírito que vai sempre renovando, colocando de pé, esse Espírito que vai afastando a divisão, esse Espírito que sempre de novo recolhe e acolhe, o sopro do Espírito”. “Jesus soprou sobre eles, e nós recebemos esse sopro na Crisma”, disse o arcebispo de Manaus. Ele destacou que “todos nós recebemos o Espírito Santo, e todos nós somos iluminados pelo Espírito Santo, e todos nós temos o vigor do Espírito Santo, só que às vezes não nos damos conta, porque achamos que nós é que sabemos tudo, que nós é que sabemos os passos a serem dados, não temos a paciência de recolher, de esperar, para que o Espírito possa indicar qual é o melhor caminho, qual a melhor escolha, qual a melhor vocação, qual é o melhor ministério que nos é confiado”. Igualmente, dom Leonardo destacou que “o Espírito nos leva ao perdão, o Espírito nos leva à reconciliação, o Espírito harmoniza de novo a nossa vida, o Espírito que é capaz de sempre de novo tecer as relações familiares, as relações amorosas, as relações mais íntimas. É o Espírito que sempre de novo tece as relações da comunidade, as relações sociais”. Isso porque, “não existe família sem perdão, não existe irmãos e irmãs sem perdão”, disse o arcebispo, que destacou o fato de receber e oferecer o perdão, algo que aproxima, “porque aprendemos esse acarinhar de Deus no perdão”, chamando a perdão do modo de Deus, “porque o nome de Deus é misericórdia”. O cardeal Steiner refletiu sobre a riqueza da Igreja católica nas vocações, nos ministérios, nos serviços, nas pastorais, “tudo sendo alimentados, revigorados, fortalecidos pelo Espírito”, que vai suscitando ministérios. Ele fez um chamado a ter na Arquidiocese de Manaus o ministério da missão, “em cada comunidade termos irmãos e irmãs que levam a Palavra de Deus nas casas, para que a nossa Igreja seja cada vez mais missionária, cada vez mais evangelizadora, empurrada pelo Espírito, atraída pelo Espírito”. Isso porque “a comunidade não é para ela, a comunidade é para os outros”, pedindo “colocar os nossos dons ao serviço”. Um se colocar ao dispor porque Espírito é Pai e Mãe dos pobres, e porque o recebemos, “ele quer que sejamos pais dos pobres, ele pede que sejamos mãe dos pobres, que não deixemos ninguém de lado, que vamos sempre ao encontro dos outros, não apenas para oferecer o perdão, que já é muito, mas oferecer também o conforto, a justiça, o lazer, a cultura, a educação, a oportunidade de trabalho”. Lembrando que ao menos da metade da coleta seria destinada a ajudar os irmãos e irmãs que estão sofrendo no Rio Grande do Sul, ele fez um chamado a ver “o que nós estamos fazendo com a natureza, nós estamos empobrecendo a natureza, nós estamos destruindo, nós estamos dominando, nós estamos obrigando a natureza a fazer aquilo que ela não pode fazer”. Uma preocupação que deve estar presente em que mora na Amazônia, afirmando que “nós deveríamos estar profundamente preocupados com o meio ambiente, porque estamos delapidando a Mãe Terra, estamos destruindo a Mãe Terra, e ela necessita de um novo espírito, ela necessita de um novo cuidado”, dizendo que “porque recebemos os sete dons do Espírito, queremos dela cuidar”. Finalmente, o cardeal Steiner fez um chamado a cuidar das crianças e adolescentes abusadas sexualmente, “são os pobres, atingidos na alma, porque atingidos na sexualidade. Destruir a vida não é possível, porque são morada do Espírito, receberam o Espírito, é obrigação nossa termos um cuidado cada vez maior”. Para isso, dom Leonardo pediu que “o Espírito nos eleve, nos encante, nos transforme, nos alegre, nos dê a jovialidade, nos dê a graça da gratuidade para bem servir”, rezando: “Vinde Pai dos pobres, vinde doador dos dons, vinde, transformai as nossas vidas, alegrai as nossas comunidades, elevai a nossa pobreza de alma, enriquecei…
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Diocese de Borba institucionaliza a Caritas diocesana: “A fé sem obras é morta”

“Caridade, amor ao próximo, solidariedade, escuta às dores alheias…”, foram alguns dos conceitos atribuídos ao significado de Caritas. Assim pontuou a Articuladora da Caritas Regional Norte1, Márcia Maria Miranda, no em encontro diocesano, com a participação de representantes das quatro foranias da diocese, que institucionalizou a Caritas na diocese de Borba. A formação trouxe o histórico das Cáritas no Brasil e no mundo. Sua origem está na ação mobilizadora de dom Helder Câmara, na época, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Assim, a Caritas brasileira foi fundada em 12 de novembro de 1956, como parte da ação social da Igreja e organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. As orientações do Concílio Vaticano ll marcaram a ação deste organismo eclesial que desde então, vive sobre os valores da pastoralidade transformadora. A assessora afirmou que a missão da Cáritas é testemunhar e anunciar Jesus Cristo. E neste ensejo, o Papa Francisco pontua que “Caritas é a carícia da Igreja”. Sob a orientação da Sagrada Escritura, dos Documentos da Doutrina Social da Igreja e pelo encontro pessoal de amor aos pobres a Caritas foi institucionalizada por dom Zenildo Luiz Pereira da Silva na celebração de encerramento do encontro, na Basílica de Santo Antônio, que afirmou que “a fé sem obras é morta”. O momento celebrativo foi também marcado pela missa em ação de graças aos cinco anos de ordenação do padre Jair Vieira, coordenador de Pastoral da Diocese de Borba e presidente da Caritas nesta diocese. Que o amor a Deus e ao próximo venha guiar os agentes deste organismo de pastoral, para encontrar no outro a pessoa de Jesus Cristo. Fonte: Diocesede Borba

Faleceu aos 61 anos a Ir. Frida Schröder, missionária na Prelazia de Tefé

Segundo informou a prelazia de Tefé em Nota de Pesar, assinada pelo bispo, dom José Altevir da Silva, CSSp, faleceu neste sábado, 18 de maio de 2024, às 7:45 horas, no Hospital 28 de agosto em Manaus, a Ir. Frida Schröder. A Nota mostra o profundo pesar da Prelazia de Tefé e de seu bispo, apresentando suas sentidas condolências aos parentes, amigos e toda a sua Congregação de Santa Catarina, “a quem a Prelazia de Tefé tem muita gratidão pelo serviço missionário que dedicou a esta Igreja Local”. A religiosa nasceu em Iporã (SC) aos 13 de março de 1963. O texto informa que “o corpo está sendo velado em Manaus, em preparação para que depois de alguns procedimentos, possa ser transladado para o Sul. Tais procedimentos serão feitos nesta segunda feira, 20 de maio”. Novas informações apontam que o velório será aberto neste domingo 19 de maio no Memorial São Francisco, em Iranduba (AM). A missa de corpo presente será celebrada na segunda-feira, 20 de maio, às 14 horas. Logo após a missa seguirá o sepultamento. Finalmente, dom José Altevir da Silva pede que “Deus a acolha em sua morada eterna. Que nossa irmã descanse em paz!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Diocese de Parintins cria Paróquia de São Pedro no município de Maues, com quase 70 comunidades

A diocese de Parintins tem mais uma paróquia, criada neste sábado 18 de maio na cidade de Maués. “A Paróquia São Pedro Apóstolo nasce de um desejo, de um sonho antigo, há mais de 20 anos as comunidades desta área da cidade vêm pedido para torná-la paróquia”, segundo o bispo diocesano, dom José Albuquerque de Araújo. Na cidade de Maues, que é uma das cidades com maior população do Estado do Amazonas, só havia uma paróquia, dedicada à Nossa Senhora da Conceição. A paróquia de São Pedro está formada por cinco comunidades da área urbana e 63 comunidades da área rural. O primeiro pároco, padre Ozéias Pontes Cativo, do clero diocesano, foi empossado com a criação da paróquia. Ele é natural de Parintins e tem 10 anos de ministério. A celebração eucarística de criação da paróquia e posse do novo pároco iniciou lembrando o histórico da comunidade, iniciada em 1967, a leitura do Decreto de fundação da paróquia, pelo vigário geral da diocese de Parintins, padre Dorival Nascimento, e a leitura de provisão do novo pároco, pelo coordenador de pastoral diocesano, padre Jânio Negreiros. Dom José Albuquerque fez um chamado a rezar pelo novo pároco, alguém que o bispo espera “continue sendo esse bom pastor”,  que inicia sua missão às vésperas da grande Solenidade de Pentecostes, pois “é o Espírito Santo que conduz a Igreja, é o Espirito Santo que nos ajuda a discernirmos, a agirmos sempre com prudência, sabedoria”. Após a celebração da criação da paróquia, presidida pelo bispo diocesano, o padre Ozéias disse que “iniciamos essa grande missão, juntamente com o povo de Deus, juntamente com as comunidades urbanas e rurais, esse desafio a frente dessa paróquia São Pedro Apóstolo”. Segundo o pároco, “nós queremos agradecer muito a Deus, agradecer as orações de cada um de vocês, agradecer todos os que estiveram aqui conosco, nesta manhã de sábado, véspera de Pentecostes, que celebraram conosco”. Ele insistiu em agradecer a quem colaborou, às diversas equipes de trabalho, pedindo “as orações de cada um para que possamos fazer um frutuoso trabalho, uma linda missão”. Segundo dom José Albuquerque, “foi um dia de grande comoção, de alegria, de entusiasmo, com esta nova paróquia no município de Maués”. O bispo ressaltou que “sabemos que esta paróquia, ela sempre vai estar em sintonia, em comunhão com nosso plano de evangelização, e fazemos votos para que essa sinodalidade aconteça”. A final de contas, disse o bispo diocesano de Parintins, “nós não estamos nos dividindo, mas pelo contrário, estamos nos multiplicando para atender os desafios da evangelização nesse grande município, principalmente na área rural”. Ele lembrou que a única paróquia existente até agora, Nossa Senhora da Conceição, além das comunidades da área urbana, ela tinha 126 comunidades na área rural, espalhadas numa grande região. Isso sem contar as 28 comunidades na Área Indígena, na região do Marau”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Encontro do povo Ticuna: avançar no projeto Igreja Sinodal com Rosto Magüta

Criar uma Igreja com rosto amazônico e indígena é uma das propostas que surgiram do Sínodo para a Amazônia. Em alguns lugares, como entre o povo Ticuna na Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, há um desejo de avançar nessa direção. Um novo passo foi dado nos dias 15 e 17 de maio, com o encontro realizado na comunidade de Arara, na Colômbia. Durante três dias, seguindo um caminho iniciado anos atrás, essa comunidade indígena se tornou um ponto de encontro para mais de 70 catequistas, animadores e missionários do projeto Igreja Sinodal com rosto Magüta, segundo com Jonhatan S. Olarte. Esse evento reuniu agentes pastorais que trabalham nas comunidades Ticuna do povo Magüta, espalhadas ao longo do rio Amazonas, no Vicariato Apostólico de Letícia, na Colômbia; no Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, no Peru; e na Diocese de Alto Solimões, no Brasil. Algumas das comunidades onde esse projeto está sendo realizado estiveram presentes nesse encontro: as comunidades de San José de Yanayacu, Yahuma e Barranco, do Peru, as comunidades Umariaçu I e Emaús, do Brasil, e Nazareth, Progreso e Arara, que foi a anfitriã, da Colômbia. O tema central de reflexão durante os três dias de reunião foi a comunhão, vista como essencial tanto no trabalho pastoral quanto no bem-estar das comunidades. Nessa perspectiva, foi destacada a importância da comunhão na prática cotidiana e como ela fortalece o tecido social e espiritual das comunidades Magüta. A metodologia do encontro buscou resgatar e valorizar as tradições indígenas, entrelaçando-as com a experiência cristã, criando um diálogo enriquecedor entre a fé e a cultura ancestral. Segundo os participantes, os dias foram marcados pela alegria e por momentos de partilha, onde experiências foram compartilhadas e vínculos foram fortalecidos. Essa alegria era palpável, refletindo a essência do que significa viver em comunidade e harmonia. Esse encontro não foi apenas uma reunião para discutir questões de fé, mas também uma celebração da vida e da cultura que une o povo Ticuna, formado por 35.000 pessoas que vivem nessa região da Amazônia, e no qual, pouco a pouco, vários ministérios estão surgindo para que o Evangelho possa ser anunciado a partir da realidade amazônica e indígena.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Hudson Ribeiro: 18 de Maio, Faça Bonito!, um chamado a “proteger as crianças e adolescentes contra todas as formas de violações”

A cada 15 minutos uma criança é vítima de espancamento ou violência sexual no Brasil, um país onde segundo a Organização Mundial da Saúde, somente 7 em cada 100 casos de exploração sexual são denunciados. Em 2023, foram denunciados 39.357 casos de abuso e exploração sexual, com 42.031 violações existentes. São números alarmantes e daí a importância do 18 de maio, o Dia Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que já conta com 24 anos de mobilização com a Campanha Faça Bonito! Denunciar se faz necessário, dado que essa é uma das formas de enfrentar essa violência silenciosa que deixa sequelas graves. A Igreja católica brasileira vem se empenhando nisso há tempo, levando esse debate para a sociedade e alertando os organismos públicos. Para avançar nesse combate foi criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH). No caso das crianças, o tráfico humano acontece muitas vezes através de adoção ilegal, com finalidades para trabalho análogo a escravidão e exploração sexual comercial. A legislação brasileira continua avançando com novas leis e a Constituição Brasileira garante os direitos das crianças e adolescentes, mas na prática, a realidade é bem diferente e são muitas as crianças e adolescentes que sofrem violência no Brasil e se tornam vítimas do Tráfico de Pessoas. Em Manaus, como em tantas cidades do Brasil, se realizam ao longo do dia 18 de maio diversos atos para lembrar a necessidade de assumir o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Representantes do poder público e da sociedade civil participaram desse momento. Para a Igreja católica, que no ato de Manaus estava representada pela Pastoral do Menor, a Cáritas, a Pastoral dos Migrantes, e a Rede um Grito pela Vida, a participação do Faça Bonito! é, segundo o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, que lembrou as palavras de Jesus no Evangelho: “deixar vir a mim as crianças porque delas é o Reino dos Céus”, um chamado a “proteger as crianças e adolescentes contra todas as formas de violações”. O bispo auxiliar destacou que “o Dia do Faça Bonito! é o compromisso da Igreja católica com a infância e a adolescência. Precisamos proteger, defender os diretos, promover tudo aquilo que é em favor da vida de crianças e adolescentes”. Segundo dom Hudson Ribeiro, estamos diante de “um compromisso de toda a sociedade que a Igreja católica participa nesse compromisso, que é um compromisso de vida”, ressaltando que “Faça Bonito! – 18 de maio é a nossa luta em favor dos direitos de crianças e adolescentes contra todas as formas de violação”. Mesmo diante da forte chuva, “queremos continuar lutando pelos direitos das nossas crianças e adolescentes”, disse a Ir. Michele Silva, coordenadora do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que ressaltou a necessidade do ato em favor da “vida e proteção das nossas crianças e adolescentes”, de ser cuidadores da vida. Um clamor por direitos que também chegou desde as crianças, na voz de Vitória Sofia, criança de nove anos, representante de um dos 327 grêmios estudantis das escolas municipais de Manaus, que disse que “as crianças e adolescentes precisam ter seus direitos respeitados, essa cidade precisa ser segura para mim e tantas outras crianças como eu”, dizendo aos presentes que “é meu direito viver num mundo sem violências, é meu direito crescer e segurança”. Representantes do poder público destacaram a necessidade de assumir essa causa como uma causa diária, sendo a informação e a educação as principais ferramentas para alcançar uma sociedade mais segura para as crianças e adolescentes. Algo que tem a ver com diversos âmbitos e que demanda um trabalho em rede em busca da melhora das políticas públicas. Nessas demandas também devem ser envolvidas as crianças e adolescentes, uma luta que tem que envolver toda a sociedade para que toda criança tenha seus direitos garantidos. O ato foi oportunidade para denunciar situações presentes em Manaus, mas também na Amazônia e no Brasil, como é a gravidez na adolescência, que o diácono Alfonso Brito, secretário executivo da Caritas Arquidiocesana de Manaus, denunciou como violação das crianças e adolescentes, insistindo para que os órgãos do poder público mudem essa realidade. Ele lembrou da criação do Centro Integrado que ainda será concretizado e que vai facilitar as denúncias e o acompanhamento das crianças e adolescentes, algo que pediu ser levado a todos os municípios do Estado do Amazonas, dotando de profissionais para atender as crianças e adolescentes. Uma luta que é de todos e é diária, segundo enfatizou a representante da Rede um Grito pela Vida. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Material do Regional Norte1 para o Mês da Bíblia 2024: Ler o Profeta Ezequiel a partir da Amazônia

Uma leitura do Livro do Profeta Ezequiel a partir da realidade amazônica. Esse poderíamos dizer que é o propósito dos Encontros Bíblicos em Comunidade que o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil preparou para o Mês da Bíblia 2024, a ser realizado no mês de setembro, que tem como lema “Porei em vós meu Espírito, e vivereis” (Ez 37,14). “A Palavra a iluminar a nossa vida, a vida das comunidades”, segundo disse o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, na apresentação do material. Ele vê o Mês da Bíblia como “oportunidade de nos aproximarmos e nos aprofundarmos no conhecimento da Palavra de Deus. Palavra que guia a humanidade ao longo da história da Salvação, pois auxilia o povo de Deus a caminhar no cotidiano e ajuda a identificar os sinais de Deus no caminhar”, destacando no profeta Ezequiel o chamado à conversão. “de um novo coração e um novo espírito, como possibilidade de transformação nas dificuldades e sofrimentos do nosso dia-a-dia”. O material está dividido em quatro círculos bíblicos, que nos interrogam “diante de situações que vivemos individual, comunitária e socialmente; julga os pensamentos e as intenções do coração”. Um caminho de conversão a ser realizado em comunidade, sendo o material, “um instrumento de ajuda para firmar e confirmar nosso ser comunidade”, destacou o presidente do Regional Norte1. O livro de Ezequiel nos coloca diante de uma das etapas mais atribuladas e trágicas da História do Povo de Deus. No exílio na Babilônia, Ezequiel, cujo nome significa “que Deus fortaleça”, descreve a experiência do encontro com Deus, que não abandona o povo sofrido (1,1ss), ajudando a manter viva a esperança dos exilados. Os círculos bíblicos têm por título: As trevas do Cativeiro, as trevas do Exílio; Ezequiel recebe a sua missão como profeta; A visão dos olhos secos; A visão da água saindo do Templo. Cada um deles tem um aprofundamento para quem prepara cada encontro, explicando os elementos principais do texto a ser debatido. O encontro inicia com um momento de acolhida, um canto e uma iluminação do encontro à luz da Palavra de Deus, uma oração, a leitura do texto bíblico e uma partilha da Palavra respondendo algumas perguntas, um fato da vida, rezando posteriormente com esse fato, o Pai Nosso, bênção final, canto e despedida. O material, que já está sendo impresso, será colocado a disposição das dioceses e prelazias do Regional Norte1 para ser refletido em pequenos grupos nas comunidades, áreas missionárias e paróquias. Ele será distribuído pelas coordenações de pastoral de cada Igreja local e pelo Regional Norte1. Aproveitemos este material elaborado pela equipe de subsídios do nosso Regional para descobrir que Deus continua se fazendo presente na vida do nosso povo e continua nos chamando a sermos profetas e profetizas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Um Espírito que nos faça irmãos e irmãs

Na semana que antecede a Festa de Pentecostes, a Festa do Espírito Santo, somos chamados a refletir sobre a necessidade da unidade na diversidade. Poderíamos dizer que essa unidade na diversidade é o que define o próprio Deus e que aqueles que acreditamos n´Ele somos desafiados a concretizar isso, a entrar nessa dinâmica. Na apresentação da Festa de Pentecostes, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, lembrou que “nós temos diversidade entre nós de pensamentos, de ideais, de sonhos, diversidade de raças, de culturas, temos uma diversidade grande de ideologia, mas não podemos deixar de ser irmãos e irmãs”. Uma afirmação que tem que nos levar a refletir como sociedade, como família, como homens e mulheres de fé, independentemente da religião que cada um de nós professa. A diversidade não pode ser motivo de divisão e enfrentamento, e sim riqueza que nos ajuda a crescer, a descobrir no outro aquilo que nos faz ser gente, crescer como pessoas. Numa sociedade onde muitos se empenham em dividir em todos os âmbitos da vida, também na religião, a festa de Pentecostes deveria ser uma oportunidade para refletir. Não podemos esquecer que na semana previa à Festa do Espírito Santo celebramos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, e que muitas vezes as diferentes igrejas nasceram por motivos que pouco tem a ver com Deus. Nos empenhamos em enxergar no outro aquilo que pode nos afastar dele e ignoramos que são muitas mais as coisas que podem nos aproximar. A fraternidade, ser irmãos e irmãs, é algo que somos desafiados a cultivar na vida do dia a dia, assumindo que nem sempre é fácil avançar nesse caminho, mas sem deixar de lado a necessidade de dar passos firmes que nos permitam ir adiante. Quando o Espírito da unidade na diversidade está presente em nós, vamos descobrindo caminhos que nos ajudam a encontrar a riqueza daquele que é diferente, vamos reconhecendo os elementos presentes em cada pessoa que podem nos ajudar a nos enriquecermos como pessoas, vamos assimilando que na alteridade, no reconhecimento do outro, está a base da convivência que garante a vida em sociedade, a vida em comunidade. Pretender ser clones, copias idênticas uns dos outros, não pode ser o caminho certo. Se faz necessário nos abrirmos a realidades e pessoas que nos oferecem caminhos alternativos, muitas vezes para chegar no mesmo objetivo, a felicidade humana, a sadia convivência e a ajuda mútua, como elementos que garantem a unidade na diversidade. Ser irmãos e irmãs tem que ser uma necessidade, um anseio presente em cada pessoa que pretende crescer em humanidade. Quando imperam em nossa vida atitude contrárias a esse dinâmica não conseguiremos aquilo que garante o futuro da humanidade. Ver o outro como um inimigo nos faz pequenos, enxergar em cada pessoa a presença de um irmão, de uma irmã, garante aquilo que pode construir o que a grande maioria das pessoas quer: um mundo melhor para todos e todas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Arquidiocese de Manaus apresenta a Festa de Pentecostes: Na diversidade, “não podemos deixar de ser irmãos e irmãs”

Na Arquidiocese de Manaus, a Festa de Pentecostes é preparada por diversas equipes durante muito tempo. O lema deste ano, dando continuidade, o que já é costume, à temática da Campanha da Fraternidade 2024, é “Todos irmãos e irmãs no Espírito”. Um lema que segundo o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, “é uma verdadeira provocação. Nós temos diversidade entre nós de pensamentos, de ideais, de sonhos, diversidade de raças, de culturas, temos uma diversidade grande de ideologia, mas não podemos deixar de ser irmãos e irmãs”. Segundo o cardeal, “em Jesus nos tornamos todos irmãos e irmãs, mas o Espírito veio confirmar o que Jesus tinha ensinado e por quem ele deu a vida”. Fazendo um chamado a olhar o texto dos Atos dos Apóstolos, dom Leonardo Steiner ressaltou que “todos entendiam na própria língua o que Pedro ensinava, pregava, proclamava”, o que mostra que “todos irmãos e irmãs com a vinda do Espírito”. Nessa perspectiva, podemos dizer que “as linguagens, as línguas são diferentes, mas é mesma compreensão, porque mesmo é o amor que nos une a todos, e por isso irmãos e irmãs”. Uma festa que no dia 19 de maio espera reunir umas 80 mil pessoas no sambódromo e que já se tornou tradição na arquidiocese de Manaus, que mais uma vez quer reunir o maior número de participantes, “para agradecermos a Deus o dom do Espírito que nós recebemos, mas também invocar sobre as nossas comunidades, sobre as nossas famílias os dons do Espírito Santo”, destacou o arcebispo. Na organização da festa de Pentecostes participam mais ou menos 2000 voluntários e conta com a colaboração dos órgãos públicos em vista de garantir a saúde, a segurança, o trânsito dos participantes, segundo lembrou o coordenador de pastoral da arquidiocese de Manaus, padre Geraldo Bendaham. Os portões serão abertos por volta das 15 horas e a celebração eucarística iniciará 17 horas. Um convite a participar que foi feito pela Ir. Rosanna Marchetti, membro da coordenação de pastoral da arquidiocese de Manaus. Ela fez um chamado a todas as comunidades, áreas missionárias, paróquias se fazer presentes nesta solenidade de Pentecostes, um momento importante para nossa Igreja de Manaus”. A religiosa lembrou do “gesto concreto que vai ajudar muitas pessoas em situação de fragilidade, muitas famílias, que é contribuir com um quilo de alimento não perecível. Isso é muito importante, porque a oração deve ser acompanhada de gestos concretos, e este é um gesto simples, concreto, que pedimos para todas as pessoas que participam”. Uma ajuda que posteriormente será distribuída às pessoas necessitadas pela Caritas Arquidiocesana de Manaus. A coleta, que ajuda a pagar as despesas da festa, em 2024, diante da situação do Rio Grande do Sul, será destinada, ao menos a metade, para ajudar as vítimas da tragedia ambiental que está a acontecer, ressaltou o cardeal Steiner. Ele lembrou que “no momento mais difícil que nós tivemos da pandemia, nós recebemos muita solidariedade, e nós queremos agora também mostrar a nossa solidariedade para com os irmãos e irmãs que sofrem”. O cardeal insistiu em que essa ajuda é “quase uma obrigação, nós fomos tão bem solidarizados”, relatando as pequenas ajudas que tantas pessoas enviaram em janeiro de 2021. Ele pediu aos meios divulgar essa possibilidade de ajudar e assim mostrar que “somos uma Igreja solidária, uma Igreja que sempre sabe sair ao encontro”. Uma festa que nos lembra que “o Espírito Santo é o maior dom que nós recebemos”, segundo o cardeal, que disse que “nós somos acolhidos no amor, recebemos os dons do Espírito”, um momento importante, pois é o início da Igreja e que o Evangelho vai se difundindo em toda a face da Terra, fazendo um chamado a se tornar “anunciadores e anunciadoras, porque nós recebemos também o dom do Espírito Santo”. Ao mesmo tempo, com relação ao lema da festa, o cardeal disse ser “uma oportunidade de mostrar como o Espírito une, como o Espírito cria família, como o Espírito é realmente o Espírito do amor, não da separação”. Na celebração da festa de Pentecostes estarão presentes os educadores ambientais, que, segundo a Ir. Rosanna Marchetti, é bem mais do que uma equipe de limpeza. Quer ser uma “equipe que ajuda a uma conscientização ambiental, que começa em Pentecostes, mas que tem que continuar nas nossas casas, nas nossas paróquias, ou seja cuidar do ambiente, cuidar da nossa casa comum, e isso é fundamental, seja para presente, seja para o futuro”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Hudson Ribeiro: Prêmio Neide Castanha 2024, reconhecimento da proteção e promoção de direitos de crianças e adolescentes do Projeto Iça

O Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, em Brasília, acolheu nesta terça-feira 14 de maio, a entrega da 13ª edição do Prêmio Neide Castanha 2024. Na categoria Boas Práticas em Rede, umas das nove em que está dividido o Prêmio, a Secretaria Executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rede Ecpat Brasil, reconheceu o Projeto Içá Ação e Proteção da Cáritas Arquidiocesana de Manaus/ Cáritas Norte2 e Nordeste3, vinculado à Cáritas Brasileira, que foi agraciado com esse prêmio. Segundo o bispo da auxiliar da Arquidiocese de Manaus, dom Hudson Ribeiro, que representou a Igreja da capital do Amazonas no evento, “para nós, Igreja Católica, aqui representada pela rede Cáritas Arquidiocesana de Manaus, Cáritas Norte2 e Nordeste3, sentimo-nos muito felizes por recepcionar o Prêmio Neide Castanha – 2024”. Isso significa, insistiu o bispo auxiliar, “que nossa prática em rede está gerando frutos e hoje é expressão de modelo de atendimento em rede a ser reproduzido para outros estados, implicando inclusive, em políticas públicas”. “Dedicamos esse prêmio a todas as crianças e adolescentes e às inúmeras mãos e corações que fazem do Projeto Içá Ação e Proteção / Rede Cáritas, um sinal de esperança e de provocação de mudanças na linha da defesa, da proteção e da promoção de direitos de crianças e adolescentes”, enfatizou dom Hudson Ribeiro. O Prêmio lembra a reconhecida defensora dos direitos humanos que dedicou parte de sua vida a lutar contra a violência a que são submetidos crianças e adolescentes no Brasil. Ela se tornou uma singular referência, no Brasil e no mundo, no que diz respeito ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Participou ativamente do processo de construção do Estatuto da Criança e do Adolescente e da criação do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Com esse prêmio são homenageadas personalidades e instituições que, assim como Neide Castanha, se destacaram na defesa intransigente dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, em especial dos Direitos Sexuais. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1