Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Blog

Encontro Missionário na Tríplice Fronteira Brasil, Colômbia, Peru: partilha e escuta de experiências da missão amazônica

Os encontros entre os missionários e missionárias da diocese do Alto Solimões (Brasil) e os vicariatos de San José del Amazonas (Peru) e Letícia (Colômbia), na Tríplice Fronteira entre esses três países, tornaram-se um costume nos últimos anos. Em 10 de maio, segundo informações do irmão Lassalista Marco Salazar, o primeiro encontro de 2024 foi realizado em Tabatinga, com a participação de 26 missionários, 17 trabalhando no Brasil, dois na Colômbia e sete no Peru. Eram principalmente religiosos e religiosas, leigos e leigas, que queriam compartilhar e escutar as experiências de missão realizadas em diferentes partes dessa região, no coração da Amazônia. O encontro, realizado na comunidade Marista de Tabatinga, começou com um momento de oração e algumas dinâmicas de integração e conhecimento dos participantes, onde os participantes informaram sobre suas origens e carismas. Após esse momento inicial, os participantes refletiram sobre “Sinodalidade em contextos de fronteira“, aprofundando a compreensão dos desafios que envolvem o enfrentamento das grandes necessidades da realidade amazônica. De fato, percebe-se a necessidade de assumir um bom processo de conversão pessoal e eclesial, da Vida Religiosa e dos movimentos missionários, para entrar nessa dinâmica sinodal. No encontro, foi eleita a nova equipe de coordenação dessa rede de missionários na fronteira. Ir. Lizette Cunha, Ir. Marisol, Pe. David e o missionário leigo Orlando Rojas foram finalmente eleitos. Eles têm a tarefa de organizar o próximo encontro, que será realizado em Nazaré (Colômbia), de 27 a 29 de agosto deste ano. Também foi agradecido o trabalho fraterno da equipe anterior: frei Manuel, irmã Dorinha, padre Carlos e as missionárias leigas Lupita e Mayra. Um encontro que, segundo os participantes, foi uma nova oportunidade para compartilhar a vida e a mesa, reconhecer a presença viva de Jesus ressuscitado, fortalecer-se na fraternidade e, assim, animar-se ao serviço missionário, sempre com a esperança de um reencontro, previsto, neste caso, para o próximo mês de agosto. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo: “No ‘Ide’ está a nossa identidade de cristãos”

Na Solenidade da Ascensão, dia em que a Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais e inicia a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, e neste ano é comemorado o Dia das Mães, o cardeal Leonardo Steiner iniciou sua homilia lembrando que Jesus se retira aos olhos dos apóstolos, mas, antes os envia: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda a criatura!”. Segundo o arcebispo de Manaus, “os discípulos que continuam a presença e a missão de Jesus”. Analisando a primeira leitura, o cardeal disse que “os Atos dos apóstolos, nos recordava a presença de Jesus Ressuscitado e as palavras para que não se afastassem de Jerusalém. Pediu para permanecerem no lugar do amor, da morte, da entrega, da vida nova, do nascer, o lugar da transformação, da salvação. Tudo para serem ‘as minhas testemunhas em Jerusalém, em todas a Judeia e Samaria e até os confins da Terra’. Testemunhas de Jesus, mas por obra do Espírito Santo. Os discípulos tornar-se-ão testemunhas de Jesus ao receberem os dons do Espírito Santo”. Citando o texto, o arcebispo falou sobre a cena: “Desapareceu aos seus olhos! Paralisados, estáticos perscrutam o céu. O olhar deve voltar-se para a missão, para que a ausência seja presença. Ele subiu aos céus, mas continuará presente. Tão presente que podem esperar o seu contínuo retorno. A presença que agora permanece como memória, como missão, pois enviados como anunciadores, proclamadores.  Os de branco a dizer-lhes, a assegurar que Ele estará retornando. Retornando no acolhimento que o anúncio suscita, na visibilização da comunidade que vive o mistério do amor do Reino de Deus. Sim, pois retornará sempre que estivermos reunidos em seu nome. Reunidos em seu nome e Ele entre nós”. “Como na solenidade pascal, a ressurreição do Senhor foi para nós motivo de grande júbilo, agora também a sua ascensão aos céus nos enche de imensa alegria. Pois recordamos e celebramos aquele dia em que a humildade da nossa natureza foi exaltada, em Cristo, e associada ao trono de Deus Pai“, lembrou dom Leonardo. Segundo ele, inspirado em São Leão Magno, “na verdade, tudo o que na vida de nosso Redentor era visível, passou para os ritos sacramentais. A fé é aumentada com a Ascensão do Senhor e fortalecida com o dom do Espírito Santo. Esta fé expulsou os demônios, afastou as doenças, ressuscitou os mortos. Agora, sem a presença visível do seu corpo, podemos compreender claramente, com os olhos do espírito, que aquele que ao descer à terra não tinha deixado o Pai, também não abandonou os discípulos ao subir para o céu. A partir de então, Jesus deu-se a conhecer de modo mais sagrado e profundo como Filho de Deus. Por conseguinte, a nossa fé começou a adquirir um maior e progressivo conhecimento e a não mais necessitar da presença palpável da substância corpórea de Cristo”. “A vida, a morte, a ressurreição elevada à plenitude, à consumação. Todos os encontros, todos os ensinamentos, os sofrimentos, a tortura, a morte, a liberdade da entrega, a transformação na morte, a vida nova, a expandir-se sobre a terra na nossa humanidade, agora plenificada, a participação na vida plena. Tudo foi plenificado, tudo transfigurado. Não é o desaparecer, mas a destinação de toda a obra amorosa nossa n´Ele, a nossa vida e morte n´Ele. Subindo ao céu Jesus nos abre a certeza da Casa do Pai, da nossa morada, da nossa participação na glória”, disse o arcebispo. Ele lembrou as palavras da oração coleta do dia: “Deus todo-poderoso, fazei-nos exultar de santa alegria e fervorosa ação de graças, pois na Ascensão de Cristo vosso Filho bossa humanidade foi elevada junto de vós e, tendo ele nos precedido como nossa cabeça, nos chama para a glória como membros do seu corpo”. “Jesus Cristo subiu ao céu; suba também como Ele nosso coração”, pediu o cardeal, afirmando, inspirado no Sermão de Santo Agostinho que fala sobre a Ascensão do Senhor, que “do mesmo modo que ele subiu, sem por isso afastar-se de nós, assim também nós estamos com ele, embora ainda não se tenha realizado em nosso corpo o que nos foi prometido. Ele foi elevado ao mais alto dos céus; entretanto, continua sofrendo na terra através das fadigas que experimentamos. No “tive fome e me destes de comer”, servimos na terra pela fé, a esperança e a caridade que nos unem a Jesus, e participamos da sua Ascensão. Ele com Pai e, por isso, continua conosco; nós, servindo estamos com ele. Ele está conosco por sua divindade, por seu poder, por seu amor; nós, embora não possamos realizar isto como ele pela divindade, podemos pelo amor a ele”. Dom Leonardo resaltou que “na Solenidade da Ascensão, Jesus envia os apóstolos antes de partir. Pede que partam, pois ele também partirá”, citando o texto evangélico: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda a criatura!”. O cardeal enfatizou que “o Ide como um mandato, um envio, solene, rico profundo, pois todas as criaturas devem ouvir a Boa Nova. Todos os discípulos, todas as discípulas, de ontem e de hoje, são enviados, enviadas, pois, todos agora discípulos missionários. No Ide está a missão da Igreja toda, de todas as nossas comunidades, de cada um de nós. Todos que participam da graça do Crucificado-ressuscitado, recebem como missão anunciar a toda a criatura a Boa Notícia da salvação. Todos discípulos missionários, todos chamados-enviados. Palavra breve, concisa, com a força que atravessa séculos. Ele que permanece no mundo pelo anúncio do seu Reino instaurado”. “No ‘Ide’ está a nossa identidade de cristãos. Jesus não chama para permanecermos com Ele, junto de si, para um modo confortável de viver. Como Ele que saí do Pai e veio habitar entre nós e agora vai para o céu, nos envia em missão. Nós somos agora os enviados para proclamar nossa participação na vida de Deus. Anunciar o Evangelho a toda a criatura! A presença do Ressuscitado é tão extraordinária que deverá ser proclamada a toda a criatura. Assim nós seus discípulos…
Leia mais

Em ligação a dom Jaime Spengler, Papa Francisco mostra solidariedade diante das inundações no RS

Mais uma vez, numa atitude repetida diversas vezes ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco mostrou solidariedade diante do sofrimento do povo. Segundo informou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Santo Padre ligou para o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam), dom Jaime Spengler, na manhã deste sábado, 11 de maio. Solidariedade em favor dos atingidos Na ligação, o Papa Francisco disse manifestar “minha solidariedade em favor de todos os que estão sofrendo esta catástrofe. Estou próximo a vocês e rezo por vocês”. Uma atitude do Papa Francisco que deixou emocionado dom Jaime Spengler diante dessa atitude paternal. Ao longo da última semana o Santo Padre tem mostrado sua solidariedade e oração com a sofrimento do povo do Rio Grande do Sul. Ao final do Regina Caeli do último domingo ele disse: “Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”. Na quinta-feira 9 de maio, o Papa enviou uma contribuição de 100 mil euros, mais ou menos 555 mil reais, para ajudar os atingidos pelas enchentes, que já deixou 126 pessoas mortas, 141 desaparecidas e 756 ficaram feridas. Tem 440 mil pessoas que estão fora de suas casas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Papa Francisco no Dia Mundial das Comunicações Sociais: “Risco de ser rico em técnica e pobre em humanidade”

A Solenidade da Ascensão do Senhor é o dia em que a Igreja católica celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que em 2024 completa 58 anos. Cada ano, o Papa envia uma mensagem (pode ler aqui) que leve à reflexão. Neste ano o tema é: “Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”. A Inteligência Artificial, que “está a modificar de forma radical também a informação e a comunicação” no desafia a nos questionarmos como “permanecer plenamente humanos e orientar para o bem a mudança cultural em curso”, diz o Papa Francisco na mensagem. Inspirado em Romano Guardini, ele faz um chamado a não fazer leituras catastróficas, insistindo em que os problemas “só podem ser resolvidos passando pelo homem”, desafiado a ter uma espiritualidade mais profunda. O Santo Padre adverte do “risco de ser rico em técnica e pobre em humanidade”, o que demanda um olhar espiritual, e descobrir o coração como “o lugar interior do encontro com Deus”. Por isso, ele insiste na sabedoria do coração, “que permite ver as coisas com os olhos de Deus”, e faz com que a existência humana não se torne insípida. O Papa reflete sobre as oportunidades e perigos da Inteligência Artificial, nos advertindo contra a tentação de se crer “sujeito totalmente autónomo e autorreferencial, separado de toda a ligação social e esquecido da sua condição de criatura”, de “querer conquistar com as próprias forças aquilo que deveria, pelo contrário, acolher como dom de Deus”. A Inteligência artificial permite “contribuir para o processo de libertação da ignorância e facilitar a troca de informações entre diferentes povos e gerações”, mas também pode ser instrumento de “poluição cognitiva”, gerando fake news, criando e divulgando “imagens que parecem perfeitamente plausíveis, mas são falsas”, fazendo com que se distorçam as relações. Essa realidade demanda, segundo a mensagem, “modelos de regulamentação ética para contornar os efeitos danosos, discriminadores e socialmente injustos dos sistemas de inteligência artificial”, que levam a uma redução do pluralismo, a polarização da opinião pública e a construção do pensamento único. O desafio é “crescer juntos, em humanidade e como humanidade”, não se deixar levar no mundo da comunicação pelos interesses do mercado ou do poder, insistindo em que “a informação não pode ser separada da relação existencial”, o que demanda valorizar o profissionalismo da comunicação, responsabilizando cada comunicador”, e junto com isso ter capacidade crítica. A mensagem coloca alguns questionamentos que levam a refletir sobre o exercício da comunicação, advertindo sobre o perigo da inteligência artificial acabar por “construir novas castas baseadas no domínio informativo”. Frente a isso faz a proposta de favorecer “a escuta das múltiplas carências das pessoas e dos povos, num sistema de informação articulado e pluralista”, evitando que “uns poucos condicionem o pensamento de todos”, e destacando que “somente juntos é que cresce a capacidade de discernir, vigiar, ver as coisas a partir do seu termo”. Tudo isso em vista de “orientar os sistemas da inteligência artificial para uma comunicação plenamente humana”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A solidariedade com o Rio Grande do Sul é uma prioridade, mudar o modelo é uma necessidade

Os fenómenos climáticos extremos se tornaram costume. Cada vez são mais frequentes as secas, as grandes enchentes, os ciclones, as chuvas torrenciais, e tantas situações que acaparam os noticiários cada dia. O que está acontecendo no Rio Grande do Sul é mais um capítulo de uma realidade que se tornou comum no Planeta Terra. A pergunta é até que ponto essas situações nos levam a refletir, a sentir a necessidade de mudar nosso comportamento com relação à natureza. Somos desafiados a nos questionarmos sobre as repercussões práticas daquilo que Papa Francisco chama ecologia integral, uma proposta explicitada na Laudato Si, a primeira encíclica ecológica do Magistério Pontifício, que nos próximos dias completa nove anos de vida. O custo está sendo muito alto, principalmente pelo elevado número de vítimas destas catástrofes naturais. Ao alto número de falecidos e desaparecidos, evidentemente as vítimas principais, podemos somar aqueles que perderam tudo, às vezes os frutos do trabalho de toda a vida. Mas também aqueles que irão sofrer transtornos psicológicos por longo tempo. Não podemos negar que esses fenómenos são consequências da falta de cuidado, das escolhas erradas que a humanidade, sobretudo os detentores do poder político e económico, vem fazendo nas últimas décadas. Escolher o lucro em vez do cuidado tem sido um caminho claramente errado, que deve levar a uma reflexão séria. Na medida em que a humanidade, ou para melhor dizer, aqueles que tem em suas mãos as decisões na política e no modelo económico, não perceberem a necessidade de uma mudança radical, a situação vai piorar até chegar num ponto sem retorno. A solidariedade diante da atual situação é uma prioridade urgente, mudar o modelo social e económico é uma necessidade inadiável. Sem solidariedade o sofrimento iminente aumentará, sem uma mudança de modelo, esse sofrimento será algo crônico, que marcará a vida de milhões de pessoas, provocando situações dramáticas na vida de muita gente. Todos somos desafiados a encarar uma situação que não vai ser resolvida com panos quentes. A busca por soluções tem que ser uma tarefa comum, que exige mudanças radicais, sobretudo no modelo económico, na forma de se relacionar com o meio ambiente, no modo de cuidar da casa comum. Não podemos ficar em sentimentos, somos desafiados a novas práticas. Sem isso, os desastres continuarão, cada vez com piores consequências. É tempo de ajudar, de rezar, de nos conscientizar, mas sobretudo tempo de novos modos de vida, de uma conversão radical, que nos leve a descobrir que sem cuidado, a vida da humanidade e a sobrevivência do Planeta será cada vez mais difícil. A mudança é urgente, tem que ser para hoje, o Planeta não tem como esperar mais. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Caritas Manaus reconhecida com o Prêmio Neide Castanha 2024

Foram dados a conhecer pela Secretaria Executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rede Ecpat Brasil os agraciados na 13ª edição do Prêmio Neide Castanha 2024. O Prêmio lembra a reconhecida defensora dos direitos humanos que dedicou parte de sua vida a lutar contra a violência a que são submetidos crianças e adolescentes no Brasil. Ela se tornou uma singular referência, no Brasil e no mundo, no que diz respeito ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Participou ativamente do processo de construção do Estatuto da Criança e do Adolescente e da criação do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Com esse prêmio são homenageadas personalidades e instituições que, assim como Neide Castanha, se destacaram na defesa intransigente dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, em especial dos Direitos Sexuais. O prêmio está dividido em nove categorias. Na categoria Boas Práticas em Rede, o Projeto Içá Ação e Proteção da Cáritas Arquidiocesana de Manaus/ Cáritas N2 e NE3, vinculado à Cáritas Brasileira, foi agraciado com o reconhecimento. Igualmente, na categoria Cidadania, o reconhecimento foi para a Dra. Alzira Melo Costa, Procuradora Chefe do Ministério Público do Trabalho do Amazonas e Roraima. A entrega oficial dos reconhecimentos será realizada no próximo 14 de maio de 2024, durante a Sessão Solene em alusão ao 18 de Maio, a realizar-se no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

1º Congresso Diocesano da Família da diocese de Parintins dá início com Missa de abertura

Integrantes da Pastoral Familiar da Diocese de Parintins, o casal coordenador do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), Rosé e Ronildo, o casal coordenador Nacional, Solange e Alison, e o assessor eclesiástico da Pastoral Familiar do Regional Norte 1, Frei Faustino, participaram nesta sexta-feira 3 de maio, da missa de abertura do 1° Congresso Diocesano da Família, realizada na Catedral de Nossa Senhora do Carmo. O evento, que tem o tema “Família, fonte de vocações”, vai até o dia 5 de maio e é realizado no Cine Teatro da Paz. A celebração eucarística foi presidida pelo bispo diocesano, dom José Albuquerque. Na homilia, ele destacou “a vida cristã, uma vida onde somos chamados a caminharmos juntos, seguindo Jesus”. Dom José Albuquerque afirmou que “participamos da Igreja, que ela é em sua essência sinodal”. Ele define o congresso que está sendo realizado como uma experiência de sinodalidade, pelo fato de que é a Pastoral Familiar que está organizando, mas “é um momento em que todas as pastorais, movimentos, comunidade de vida, serviços da Igreja, estão participando desde seu planejamento até sua realização”. O bispo diocesano de Parintins mostrou sua felicidade diante da participação do casal responsável pela Pastoral Familiar em nível nacional e do casal responsável no Regional Norte1, que chegaram de Dourados (MS) e de Boa Vista (RR). O objetivo primeiro do Congresso, segundo o bispo, é celebrar o Mês da Família, dado que a diocese de Parintins consagrou o mês de maio como o Mês da Família. Isso porque “além de ser o mês dedicado a Nossa Senhora, também é o mês em que a gente celebra a vocação das mães”, ressaltou dom José. Um congresso que é uma oportunidade para “fortalecer a Pastoral Familiar e todos os outros serviços que evangelizam a família em nossa diocese”, disse o bispo de Parintins. O evento reunirá mais de 250 congressistas da zona urbana e rural de Parintins, e dos municípios de  Maués, Barreirinha, Nhamundá e Boa Visita do Ramos, para vivenciar um momento único de louvor, música, palestras e atividades, sendo compartilhadas diversas experiências. Desde às 16h de sexta-feira, a secretaria faz o credenciamento dos congressistas inscritos. Além do crachá do evento, os participantes recebem bolsa, copo, material para anotações e o livro para acompanhar as conferências. Durante todo o andamento do Congresso, a secretaria fica ativa para auxiliar os congressistas e palestrantes. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Francisco: “Uma Igreja sinodal tem necessidade dos seus párocos: sem eles, nunca poderemos aprender a caminhar juntos”

Reunidos em Sacrofano de 29 de abril a 2 de maio, os participantes do encontro internacional “Párocos em prol do Sínodo” foram recebidos na Sala do Sínodo pelo Papa Francisco, que dirigiu uma carta a todos os párocos do mundo. Compromisso e serviço para levar a Igreja adiante Reconhecendo que “a Igreja não poderia caminhar sem o vosso empenho e serviço”, Francisco começou sua mensagem expressando “gratidão e estima pelo trabalho generoso que diariamente realizais, semeando o Evangelho nos vários tipos de terreno”. O texto fala dos diferentes contextos em que vivem as paróquias, afirmando que os párocos “conhecem de perto a vida do povo de Deus, as suas fadigas e alegrias, as suas carências e riquezas”. Nesta conjuntura, o Papa disse que “uma Igreja sinodal tem necessidade dos seus párocos: sem eles, nunca poderemos aprender a caminhar juntos, nunca poderemos embocar aquele caminho da sinodalidade que ‘é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio’”. “Jamais nos tornaremos uma Igreja sinodal missionária, se as comunidades paroquiais não fizerem, da participação de todos os batizados na única missão de anunciar o Evangelho, o traço caraterístico da sua vida. Se as paróquias não forem sinodais e missionárias, também a Igreja não o será”, enfatizou o Papa. Relembrando o que foi dito no Relatório Síntese da Primeira Sessão da Assembleia Sinodal, ele ressaltou que as paróquias estão a serviço da missão, vendo a necessidade de que “as comunidades paroquiais se tornem cada vez mais lugares donde partem como discípulos missionários os batizados e aonde regressam, cheios de alegria, para partilhar as maravilhas operadas pelo Senhor através do seu testemunho”. Ele pediu aos párocos que acompanhem as comunidades às quais servem e que se comprometam com “a oração, o discernimento e o zelo apostólico, empenhar-nos por que o nosso ministério seja adequado às exigências duma Igreja sinodal missionária”. Para isso, ele vê a necessidade de ouvir o Espírito e redescobrir o fundamento de sua missão: “anunciar a Palavra e reunir a comunidade na fração do pão”. Três recomendações Francisco fez três recomendações aos párocos: viver cada vez mais seu carisma ministerial específico a serviço das muitas formas de dons difundidos pelo Espírito entre o Povo de Deus; aprender e praticar o discernimento comunitário, elemento-chave da ação pastoral de uma Igreja sinodal; intercâmbio e fraternidade entre os sacerdotes e com seus bispos, ser filhos e irmãos para serem bons sacerdotes, viver a comunhão para serem autênticos pais. Enfatizando a necessidade de ouvir as vozes dos párocos em preparação para a segunda sessão da Assembleia Sinodal, convidou os participantes do encontro “Párocos em prol do Sínodo” a “serem missionários de sinodalidade nomeadamente entre os seus irmãos párocos, quando regressarem a casa, animando a reflexão sobre a renovação do ministério de pároco em chave sinodal e missionária”. CARTA DO PAPA FRANCISCO AOS PÁROCOS  Queridos irmãos párocos! O Encontro Internacional «Os Párocos em prol do Sínodo» e o diálogo com quantos nele tomam parte dão-me ocasião para recordar, na minha oração, todos os párocos do mundo a quem dirijo, com grande afeto, estas palavras. De tão óbvio que é, quase parece banal afirmá-lo, mas isso não o torna menos verdadeiro: a Igreja não poderia caminhar sem o vosso empenho e serviço. Por isso quero começar por vos exprimir gratidão e estima pelo trabalho generoso que diariamente realizais, semeando o Evangelho nos vários tipos de terreno (cf. Mc 4, 1-25). Como se pode verificar nestes dias de partilha, as paróquias, onde realizais o vosso ministério, encontram-se em contextos muito diversos: desde paróquias situadas nas periferias das grandes cidades – conheci-as por experiência direta em Buenos Aires – até paróquias vastas como províncias nas regiões menos densamente povoadas; desde as localizadas nos centros urbanos de muitos países europeus, onde antigas basílicas acolhem comunidades cada vez mais pequenas e envelhecidas, até àquelas onde se celebra debaixo duma grande árvore, misturando-se o canto dos pássaros com as vozes de tantas crianças.  Os párocos conhecem tudo isto muito bem… Conhecem de perto a vida do povo de Deus, as suas fadigas e alegrias, as suas carências e riquezas. É por isso que uma Igreja sinodal tem necessidade dos seus párocos: sem eles, nunca poderemos aprender a caminhar juntos, nunca poderemos embocar aquele caminho da sinodalidade que «é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio».[1] Jamais nos tornaremos uma Igreja sinodal missionária, se as comunidades paroquiais não fizerem, da participação de todos os batizados na única missão de anunciar o Evangelho, o traço caraterístico da sua vida. Se as paróquias não forem sinodais e missionárias, também a Igreja não o será. A este respeito, é muito claro o Relatório de Síntese da Primeira Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: as paróquias, a partir das suas estruturas e da organização da sua vida, são chamadas a conceber-se «principalmente ao serviço da missão que os fiéis levam por diante no interior da sociedade, na vida familiar e laboral, sem se concentrar exclusivamente nas atividades que se desenrolam no seu interior e nas suas necessidades organizativas» (8, l). Por isso, é preciso que as comunidades paroquiais se tornem cada vez mais lugares donde partem como discípulos missionários os batizados e aonde regressam, cheios de alegria, para partilhar as maravilhas operadas pelo Senhor através do seu testemunho (cf. Lc 10, 17). Como pastores, somos chamados a acompanhar neste percurso as comunidades que servimos e, com a oração, o discernimento e o zelo apostólico, empenhar-nos por que o nosso ministério seja adequado às exigências duma Igreja sinodal missionária. Este desafio diz respeito ao Papa, aos Bispos, à Cúria Romana e naturalmente também a vós, párocos. O Senhor que nos chamou e consagrou convida-nos, hoje, a pôr-nos à escuta da voz do seu Espírito e a mover-nos na direção que Ele nos indica. Duma coisa, podemos estar certos: não nos deixará faltar a sua graça. Ao longo do caminho, descobriremos também como libertar o nosso serviço de tudo aquilo que o torna mais cansativo e descobrir o…
Leia mais

Os direitos trabalhistas são um direito para todo trabalhador

A Lei e sua aplicação nem sempre caminham de mãos dadas, e isso deve nos preocupar, pois quando isso acontece os mais prejudicados são os pequenos. Os direitos trabalhistas, que hoje fazem parte da vida do mundo laboral, são fruto de lutas históricas, que nem sempre avançaram de modo adequado, algo que demanda a implicação de todos e todas para continuar num caminho que ainda está longe da meta. No Brasil, a informalidade, a falta de garantia dos direitos trabalhistas é uma realidade que todos conhecemos, mas que assumimos como algo que não tem outro jeito. Desse modo fazemos com que as condições laborais piorem e o sofrimento dos trabalhadores aumente a cada dia. Muitos trabalhadores e trabalhadoras sofrem com o desrespeito de seus direitos, mas se calam para evitar sua demissão. 1º de maio é uma data histórica de luta pelos direitos trabalhistas e a Igreja católica quis apoiar essas demandas com a celebração da memória de São José Operário. Ao longo de mais de cem anos, a Doutrina Social da Igreja tem refletido sobre a realidade do trabalho e suas condições, ajudando assim a dar passos que ajudem para concretizar melhores condições de trabalho mundo afora, também no Brasil. A tecnologia está fazendo com que a realidade laboral mude de forma rápida e radical. O modo de trabalhar em muitos espaços é completamente diferente, diminuindo a necessidade de mão de obra, que é substituída por outros elementos e mecanismos. A contribuição humana vai perdendo espaço e isso tem que nos levar a refletir, pois o trabalho é instrumento fundamental de geração de renda para grande parte da população mundial. A falta de trabalho tem como consequência a falta de recursos para a sobrevivência das pessoas. Como garantir o trabalho para a população e como fazer com que esse trabalho se desenvolva em condições que respeitem os direitos trabalhistas? Como ajudar para que quem trabalha possa encontrar a plenitude, a felicidade, a realização pessoal naquilo que faz? O que fazer para acabar com a exploração laboral e a falta de garantia de direitos trabalhistas? Denunciar a exploração trabalhista, uma realidade próxima de nós, é uma obrigação que não podemos deixar de lado. Cobrar do poder público a garantia daquilo que a lei proclama tem que ser um empenho para que a cidadania possa avançar. Sejamos conscientes de que a sociedade avança quando todos e todas nos empenhamos para que assim seja, e para isso, garantir os direitos trabalhistas tem que ser uma demanda comum, que nos aproxima dos pequenos, daqueles que sempre ficaram para trás e nunca foram tratados como gente. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Hugo Barbosa Alves ordenado diácono na Arquidiocese de Manaus: “Não pode ser chamado de mestre e guia quem não possui a eloquência do serviço”

No dia em que a Igreja faz memória de São José Operário, a paróquia Nossa Senhora Aparecida e SSantos Mártires de Presidente Figueiredo acolheu a ordenação diaconal do seminarista Hugo Barbosa Alves. Uma celebração que contou com a presença de seus amigos e familiares, dentre eles seu pai, diácono permanente na Arquidiocese de Manaus, seminaristas, diáconos, presbíteros, Vida Religiosa, do arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, e dos bispos auxiliares, dom Tadeu Canavarros e dom Zenildo Lima, que foi o bispo ordenante. Dom Zenildo iniciou sua homilia citando o texto do Evangelho de Mateus: “O maior dentre vós, deve ser aquele que vos serve!”, escolhido como lema da ordenação por Hugo Barbosa. Ele destacou que “esta afirmação constitui um desfecho, ao menos nesta perícope, do discurso áspero que Jesus profere diante do empobrecimento da dinâmica do serviço, desgastada por um discurso revestido de legalidade, mais que isso, de legalismos, porém, sem a força de envolver qualquer que seja o interlocutor em uma adesão que sinalize o reencontro com a Aliança”. Segundo o bispo auxiliar, “o fracasso dos fariseus, aos quais Jesus se refere neste contexto, consiste na incapacidade de infundir no povo a esperança na fidelidade de Deus. Fora da dinâmica do serviço o agir humano parece um fardo injusto proposto por pessoas descomprometidas que se escondem atrás de discursos, imagens, estereótipos, formalismos legais e religiosos, mas sem a capacidade de se apresentarem como referências, como guias ou mestres. Não pode ser chamado de mestre e guia quem não possui a eloquência do serviço”. Lembrando àquele que ia ser ordenado a frase do evangelho, dom Zenildo Lima disse ver nela um elemento “para construir tua compreensão e comprometimento com este ministério que a Igreja te confia”, destacando o papel da Igreja de Manaus como Igreja servidora, afirmando que “teu ministério será tanto mais perpassado por esta dinâmica do serviço quanto mais for inserido na identidade desta Igreja Local, Igreja servidora. Podemos chamar isto de incardinação, que não é só um processo canônico, ritual, jurídico, mas encarnatório”. Nas palavras de Jesus, o bispo auxiliar destacou a crítica aos “líderes religiosos que foram como que se constituindo em uma casta que arroga para si a autoridade de ensino”, mas também as palavras “aos seus discípulos que saboreiam a alegria do serviço, testemunhada na vida amorosa de Jesus”. Igualmente, ele ressaltou que “são recomendações aos cristãos de todos os tempos”, fazendo um apelo a se deixar “deleitar com a alegria do serviço” a imagem de Jesus, “servo por excelência”. O bispo ordenante ressaltou alguns elementos da primeira leitura, que apresenta “o serviço da morada de Deus”, destacando o papel dos levitas como aqueles que “em tempos de cativeiro ajudaram o povo a não esquecer suas histórias”, como aqueles que fizeram que “o serviço ao templo, o serviço à morada de Deus, se fez sobretudo um serviço à memória”. Ele fez um chamado ao novo diácono a ao “zelo pela memória do agir de Deus que nunca abandona o seu povo”. Por isso lhe pediu ser “um diácono atencioso para com todo sinal que remete ao povo a fidelidade de Deus”, evitando “os estereótipos das faixas largas e longas franjas como tem sido a tentação de visibilidade nestes tempos de força de imagens”, e sendo “muito atento com o espaço sagrado”, e ajudar nosso povo a “não perder de vista a experiência da morada de Deus, ou ainda, que Deus mora no meio de nós”. Uma morada de Deus que se concretiza nos pobres, que faz com que “toda vez que este serviço se dirige a um dos pequeninos é o próprio Deus que é servido”. “O diaconato não é um ministério de gavetas desconexas, mas um agir dimensionado perpassado pelo serviço”, destacou o bispo auxiliar, que lembrou a vida do novo diácono, oferecida por seus pais, seu Francisco e dona Antonieta. Falando do celibato, dom Zenildo o definiu como algo que “sinaliza a totalidade de uma entrega; trata-se da escolha de um modo mais intenso de vivência dos afetos que transcendem a necessidade das correspondências interpessoais e se manifesta numa experiência que quanto mais aponta para a totalidade da entrega, mas se revela realizadora de nossa humanidade. Vida celibatária e serviço estão fecundamente interligados”, insistindo na necessidade de ser realizado no amor. O novo diácono foi advertido sobre o perigo do descompasso entre o discurso e a práxis, que “esvazia a força da Palavra”, um elemento importante, pois “o ministério diaconal se realiza como ministério de Palavra, da Palavra, da Palavra encarnada, da Palavra feita vida, e vida doada até o fim. Da palavra que se fez carne e fazendo-se carne, fez-se também serviço”. Lembrando que “a palavra em Jesus contrasta absurdamente com a palavra dos mestres da Lei”, que “Jesus fala como quem tem autoridade!”, citou as palavras de Papa Francisco com relação à autoridade como ajuda. Daí a importância de servir como quem tem autoridade, algo que tem a ver com o testemunho. “Os discursos parecem estar em constantes batalhas; há uma disputa de narrativas; carecemos de seguranças e corremos o risco de nos atracar no porto do que poderia parecer a segurança da palavra apresentada em forma de ideias, conceitos, doutrinas. Mas estas por sua vez tem sofrido o confronto e a exigência de uma humanidade distanciada da Aliança”, disse dom Zenildo Lima, comentando o texto de Romanos 10,14-16, destacando que “a pregação é acompanhada de um peregrinar! Na raiz de todo serviço da Palavra está um testemunho missionário”. “Seja convincente em seu testemunho”, ressaltou o bispo ordenante àquele que ía ser ordenado diácono. Lembrando a exortação de Paulo a Timóteo, dom Zenildo destacou alguns elementos: cuida do teu exemplo na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. Dedica-te à leitura, ao estudo, ao aprofundamento, ao discernimento, à exortação, ao ensino. Lembra-te que este ministério que te é dado pela imposição das mãos o é também por indicação da profecia. Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante!”. Igualmente lembrou que “o rito da Ordenação…
Leia mais