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Papa Francisco nomeia Padre Raimundo Vanthuy Neto bispo de São Gabriel da Cachoeira

O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira 8 de novembro, o padre Raimundo Vanthuy Neto como novo bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira. Ele será o sucessor de Dom Edson Damian, que na mesma data foi aceita sua renúncia, apresentada ao Santo Padre em 4 de março do presente ano ao completar 75 anos. O bispo eleito da diocese com maior porcentagem de população indígena do Brasil nasceu em Pau dos Ferros (RN), sertão nordestino, em 10 de maio de 1973. Na década de 1980 chegou em Roraima junto com seus pais e seus cinco irmãos. Em 1991 iniciou sua formação no Seminário São José de Manaus, onde são formados os futuros presbíteros das nove igrejas locais que fazem parte do Regional Norte1 da CNBB, realizando seus estudos em Filosofia e Teologia no então CENESCH – Centro de Estudos do Comportamento Humano. É Mestre em Teologia, com especialização em Missiologia pela então Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção – SP.  O padre Vanthuy Neto foi ordenado diácono em 11 de julho de 1999 e presbítero da diocese de Roraima, em 3 de junho de 2001. Foi diretor e professor do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia – ITEPES, hoje Faculdade Católica do Amazonas, e colabora com os estudos sobre o Cristianismo e Povos Indígenas na Amazônia. Acompanha a vida Eclesial desta região com seus encontros inter-regionais de Bispos desde 1997, quando se celebrou os 25 anos do Documento de Santarém, e participou como auditor da Assembleia Sinodal do Sínodo para a Amazônia em outubro de 2019.  Foi pároco de diversas paróquias e áreas missionárias da diocese de Roraima, coordenador de Evangelização e Pastoral da Diocese e atualmente é reitor do Seminário Menor e da Reitoria Nossa Senhora Aparecida. O bispo eleito ajuda na Formação das Lideranças Leigas na Escola de Teologia Pastoral da Diocese de Roraima e na Escola para o Diaconato Permanente. Também é membro do Colégio de Consultores, do Conselho Presbiteral e colabora como chanceler da Diocese de Roraima. Padre Vanthuy é membro do Instituto Secular – Associação dos Padres do Prado, tendo colaborado no Conselho Nacional do Prado no Brasil. Ele viveu o Ano Internacional Pradosiano em Lyon – França. A nomeação do novo bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira é a quarta mudança no episcopado do Regional Norte1 em pouco mais de um mês. Na mesma data foi nomeado o padre Hudson Ribeiro como bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Em 27 de setembro o padre Zenildo Lima, que será ordenado no dia 15 de novembro, na clausura do Congresso Missionário Nacional, foi nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, e no dia 3 de novembro, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da prelazia de Itacoatiara, foi transferido para a prelazia do Marajó (PA). Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Steiner: “O sermos bem-aventurados, santos não o recebemos de antemão, mas no caminhar, no marchar, no servir”

Na Solenidade de Todos os Santos o cardeal Leonardo Steiner iniciou sua homilia lembrando que “celebramos hoje a multidão de irmãs e irmãos que perfizeram o caminho das bem-aventuranças! Bem-aventurados porque perseveraram, caminharam, resistiram, permaneceram fiéis. Na fraqueza, na dor, na dúvida, na incerteza, caminharam”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “o que hoje admiramos e contemplamos é o conjunto da vida, o caminho inteiro de santificação”. Ele destacou que “a Igreja na sua sabedoria e admiração está, hoje, diante da ‘multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas que ninguém pode contar’”. “Celebramos todos os irmãos e as irmãs que viveram o Evangelho no amor numa vida simples, dinâmica, ativa, amorosa, samaritana, consoladora, misericordiosa”, ressaltou o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Segundo ele, “hoje, a festa da santidade! A santidade que não se manifesta em grandes obras nem em sucessos extraordinários, mas em saber viver, fiel e diariamente, as belezas do Reino de Deus”, lembrando as palavras do Papa Francisco que chama a “uma santidade feita de amor a Deus e aos irmãos”, e que a santidade tem a ver com o conjunto da vida. Dom Leonardo Steiner disse que “às vezes salientamos a oração, o sacrifício, a piedade eucarística e muitos outros belos testemunhos de nossos santos e santas, deixando de salientar o que é mais específico do seu dom à Igreja, esquecendo que ‘cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, num momento determinado da história, um aspeto do Evangelho’, segundo diz o Papa Francisco”. Ele afirmou que “o que devemos contemplar é o conjunto da vida, o caminho inteiro de santificação, os reflexos de Jesus que sobressaem, o todo de uma caminhada”. O arcebispo de Manaus ressaltou que “a santidade é um caminho: fazer-se, tornar-se bem-aventurado. A palavra bem-aventurado, em hebraico ashréi, indica o caminho a ser percorrido, um colocar-se em marcha guiado pelo sopro do Espírito, um deixar-se afagar pelo Espírito, na fragilidade de nossa finitude, do existir. Guiados pela força da Palavra de Deus e a força do Espírito, trilhamos as veredas, percorremos caminhos, somos transformados, somos revestidos da felicidade, da bem-aventurança”. “É um caminhar, um pôr-se a caminho. Não somos tomados pela felicidade, pela bem-aventurança com antecedência, mas no caminhar, no seguir os passos de Jesus, vamos recebendo a sua vida, a sua graça e beleza. A santidade, a felicidade, o sermos bem-aventurados, santos não a recebemos de antemão, mas no caminhar, no marchar, no servir”, afirmou o Cardeal Steiner. O Arcebispo de Manaus lembrou que são “Bem-aventurados os pobres em espírito”, destacando “em marcha os humilhados, os humildes”. Segundo o cardeal, “de pé, em marcha os despidos, os despojados, os espoliados, os que tudo perderam”. Eles são “aqueles que na sua consciência pacificada de sua miséria e de seu nada, herdam a mais eminente das graças divinas, o sopro sagrado, o Espírito Santo, o sopro presente na pessoa, na casa ou no templo em que mora Javé”, lembrando as palavras de André Chouraqui. “Aqueles que estão à margem da sociedade reinante, eles são vocacionados para herdar o sopro sagrado, o que faz deles membros da comunhão escatológica anunciadora e obreira, do mundo vindouro. Mulheres e homens, que em vivendo o Evangelho, avançam pelo caminho da felicidade ou da infelicidade, o essencial é estar a caminho, ir adiante. O ser pobre em espírito não é uma felicidade adquirida antecipadamente. Na desilusão de tudo, na perda de tudo, mas coração aberto para a fecundação do Espírito!”, enfatizou o cardeal Steiner. “Em marcha, em movimento os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”, disse Dom Leonardo, afirmando que “diante da violência que estamos a viver, diante dos massacres, das guerras, da morte sem sentido, das crianças padecidas, das famílias sem casa pela guerra, pela imigração forçada pela violência e morte, diante da destruição do meio ambiente, da fumaça que nos sufoca, diante da irresponsabilidade da nossa casa comum”, insistiu o presidente do Regional Norte1 da CNBB, dizendo que repetimos as palavras de Jesus: “Em marcha, em movimento os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. “Os pacificadores que semeiam a paz onde a discórdia, as notícias falsas, as inverdades levam à morte. Sim, bem-aventurados aqueles que todos os dias, com paciência, procuram semear a paz, são construtores de paz e não da destruição. Bem-aventurados, porque verdadeiros filhos do nosso Pai que está no Céu, que semeia sempre e unicamente a paz, o dom da convivência também com a natureza. Aqueles que tornam o ar puro. Tudo porque o Pai desejou um mundo fraterno e, por isso, enviou ao mundo o seu Filho como semeador, de paz para a humanidade”, disse inspirado no Papa Francisco. Lembrando que são “Bem-aventurados os misericordiosos!”, o cardeal Steiner disse que “para merecer a paz, para estar imbuídos pela paz, para sermos a paz: caminhar na misericórdia”. Ele definiu os misericordiosos, seguindo as palavras de André Chouraqui como “aqueles que assumem entre seus irmãos a função principal de Deus, que é a de ser a matriz, o útero do Universo. O útero recebe, mantém e dá vida, oferece ao feto, a cada segundo, tudo de que ele precisa para viver. Assim é Deus! Ele matricia todo o Universo e cada um uma de suas criaturas. Quem é tomado pela misericórdia, se coloca no caminho da misericórdia, ama, matricia o mundo.” Segundo o cardeal, “assim ressoam melhor as palavras de Jesus quando nelas percebemos o movimento da transformação misericordiosa”, citando o texto de Mateus 25. “No acolhimento, na matricialidade, esquecidos de que estamos a servir. Quando foi que te vimos? Nem sequer nos demos conta que eras tu, Senhor. Sim apenas misericórdia: Bem-aventurados!”. Dom Leonardo Steiner disse, inspirado no Papa Francisco que “as Bem-aventuranças são o nosso caminhar, nosso marchar no crescer que nos identifica como seguidores e seguidoras de Jesus. Somos chamados a ser bem-aventurados, a estarmos a caminho, assumindo os sofrimentos e angústias do nosso tempo com o espírito e o amor de…
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Inicia Semana Missionária previa ao Congresso Nacional: “Mostrar uma evangelização que se faz de modo sinodal”

Inserir-se na realidade amazónica e na eclesiologia, no modo de ser da Igreja da Amazônia é um dos propósitos da Semana Missionária que de 04 a 09 de novembro será realizada na periferia da cidade de Manaus e em outros municípios da Arquidiocese, na Diocese de Borba e na Prelazia de Itacoatiara. 90 missionários e missionárias procedentes de todas as regiões do Brasil serão distribuídos nas comunidades de 10 paróquias e áreas missionárias. Os recém-chegados foram acolhidos no Centro de Treinamento de Lideranças Maromba e participaram de um momento de formação que começou com a apresentação da realidade local. O padre Geraldo Bendaham, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese, foi relatando aquilo que faz parte da vida do povo e da Igreja da região, destacando a presença dos povos indígenas e sua importância na história e na vida local. Uma realidade que se vê condicionada pela seca histórica que está sendo vivenciada e pela grave poluição do ar em consequência das queimadas, que está influenciando na vida e na saúde do povo, também no trabalho pastoral. É nessa realidade que os missionários e missionárias estão sendo enviados, seguindo o tema do 5º Congresso Missionário Nacional, que será realizado de 10 a 15 de novembro na Arquidiocese de Manaus, “Ide da Igreja Local aos confins do mundo”, e o lema, “Corações ardentes, pés a caminho”. A Semana Missionária quer ajudar a fazer ressoar as temáticas do Congresso Missionário desde a vida das comunidades eclesiais que estão na Amazônia, segundo o padre Matheus Marques, membro da equipe de coordenação da Semana e do Congresso Missionário. A experiência missionária quer ajudar desde o tema do Congresso a entender que “nossa Igreja que está na Amazônia, nossa Igreja que está em Manaus pode ser iluminadora, pode mostrar caminhos de evangelização e de uma evangelização que se faz de modo sinodal”. Os missionários e missionárias, destaca o padre, participarão de uma realidade que “deve despertar muitos processos novos de evangelização”, insistindo em que “nós queremos ser uma Igreja aberta à missionariedade, uma Igreja que possa partir da sua realidade local aos confins do mundo”. Uma experiência missionária que ajude a conhecer outros modelos de ser Igreja, insistiu o padre Matheus Marques. A Semana Missionária quer “nos ajudar olhando a realidade aqui de Manaus como as igrejas podem ser parceiras, como a Igreja pode despertar para as igrejas irmãs poder olhar a realidade de cada um e cooperar com a missão”, segundo o padre Genilson Sousa, secretário da Pontifícia Obra da Propagação da Fé. O 5º Congresso Missionário Nacional acontece no espírito sinodal que “nos faz unir as forças da nossa Igreja do Brasil com a missão ad gentes, mas também potencializar o apoio, a oração com as igrejas da Amazônia, que necessitam de missionários e missionárias”. Uma Semana Missionária que tem sido preparada com encontros de formação on line, segundo a Ir. Rosana Marchetti, da Coordenação de Pastoral da Arquidiocese de Manaus, insistindo em que é um trabalho que está sendo feito aos poucos. A religiosa destacou a disponibilidade para escutar o que acontece na realidade local dos missionários e missionárias. A seca tem impossibilitado que os missionários e missionárias sejam enviados para as comunidades ribeirinhas, sendo enviados para algumas áreas missionárias da periferia, “onde podem entrar em contato com as realidades mais gritantes de Manaus“. A Semana Missionária será oportunidade para uma experiencia muito positiva de conhecer a vida das comunidades, entrar em contato direto com as dinâmicas sinodais presentes nas comunidades, onde o povo organiza a vida eclesial, segundo Mons. Zenildo Lima, que será ordenado bispo e assumirá a missão de Bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, no dia 15 de novembro na Missa de Encerramento do 5º Congresso Missionário. Ele destacou a importância do Sínodo da Amazônia, como referencialidade na missão evangelizadora da Igreja, e afirmou que o Congresso Missionário é “um convite para a gente pensar um novo horizonte da evangelização desde a perspectiva do cuidado da Casa Comum”, agradecendo o esforço que os missionários e missionárias fizeram para participar da Semana e do Congresso Missionário.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom José Ionilton agradece o tempo vivido na Prelazia de Itacoatiara e pede orações para sua missão no Marajó

Em encontro com a imprensa local, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo eleito da Prelazia do Marajó (PA), leu uma mensagem à parcela do Povo de Deus que está na Prelazia de Itacoatiara (AM), onde comunicou que nesta sexta-feira 03 de novembro foi transferido pelo Papa Francisco. Segundo Dom José Ionilton, emocionado disse que “a Igreja me pede e faz uma transferência de meu serviço como bispo da Prelazia de Itacoatiara para a Prelazia de Marajó”. Ele lembrou que “desde meu tempo de Religioso Vocacionista, sempre acolhi a transferência como expressão da vontade de Deus”, insistindo em que agora como bispo acolhe “esta transferência como vontade de Deus por meio da Igreja”. Ele disse ter argumentado ao bispo diante da transferência, “mas deixei que a Igreja decidisse, e ela decidiu pela minha transferência e acolhi em espírito de obediência e comunhão com o Papa Francisco”. Dom José Ionilton lembrou que ficará em Itacoatiara “nos próximos dos meses, a fim de preparar os relatórios pastoral e econômico da Prelazia”, seguindo as orientações do Núncio Apostólico. Nesse tempo deseja “visitar a Igreja Matriz de cada Paróquia, reunir o Conselho Pastoral da Prelazia, o Conselho Administrativo e Econômico, encontrar-me com os servidores da Cúria, pastorais, organismos, grupos e movimentos, ir à Associação Dom Jorge e visitar os órgãos públicos e civis com quem mantive contato nestes seis anos de serviço aqui na Prelazia na busca do bem comum do nosso povo”. O bispo eleito da Prelazia do Marajó expressou sua “gratidão a Deus e à Igreja pela missão que me foi confiada na Prelazia de Itacoatiara”. Ele agradeceu aos leigos e leigas das paróquias e comunidades por sua acolhida, aos diáconos, presbíteros diocesanos e missionários, destacando sua disposição em se aproximar dele e se colocar em comunhão e colaborar para que a missão evangelizadora e as decisões tomadas fossem se efetivando em cada paróquia. Dom José Ionilton agradeceu especialmente a Deus pelos três padres que ele ordenou para a Prelazia e a presença da Vida Religiosa, “que contribuíram de modo eficaz com a missão evangelizadora na Prelazia”, e a convivência com os seminaristas. Ele destacou que essas ações pastorais foram “fundamentadas na Palavra de Deus, no Magistério da Igreja, especialmente do Papa Francisco, da CNBB Nacional e Regional”. Foram ações, segundo o bispo, “na linha de atenção e cuidado com os empobrecidos, excluídos e marginalizados de nossa sociedade; aquelas na linha de abraçarmos o cuidado com nossa Casa Comum, de preservação de nosso Bioma, a Querida Amazônia, aquelas na linha de uma vivência coerente de fé que professamos, com a vida que vivemos no dia a dia, valorizando uma fé encarnada e uma Igreja missionária, samaritana, vocacional e ministerial”. Finalmente, ele pediu oração pelo seu novo serviço na Igreja, na Prelazia de Marajó, insistindo em que sempre rezará pelo povo e pela Prelazia de Itacoatiara, agradecendo por ter lhe ensinado a ser bispo na Amazônia, pedindo a intercessão de Nossa Senhora do Rosário. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Papa Francisco nomeia Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira bispo da Prelazia do Marajó

O Papa Francisco nomeou nesta sexta-feira 03 de novembro como novo bispo da Prelazia do Marajó (PA) no Regional Norte2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O religioso Vocacionista era até o momento bispo de Prelazia de Itacoatiara (AM) desde 30 de julho de 2017. Nascido em Araci (BA) em 09 de março de 1962 professou seus votos na Sociedade das Divinas Vocações (SDV) em 21 de janeiro de 1990, e foi ordenado padre em 19 de janeiro de 1992. Foi ordenado bispo em 16 de julho de 2017. Trabalhou em diversas paróquias no Rio de Janeiro (RJ), Riachão do Jacuípe (BA); Vitória da Conquista (BA) e Campo do Brito (SE). Foi membro do Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Vitória da Conquista (BA) e membro da diretoria da Conferência dos Religiosos do Brasil – Regional Bahia/Sergipe. Atualmente é presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e secretário da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil). Na Prelazia do Marajó, Dom José Ionilton sucede a Dom Evaristo Spengler, nomeado em janeiro de 2023 bispo da Diocese de Roraima. O Regional Norte1 da CNBB agradeceu pelo trabalho realizado por mais de 06 anos no Regional e lhe deseja frutífera missão na Prelazia do Marajó. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Miguel Cabrejos: “Quando há pessoas que têm medo da horizontalidade, eu não entendo”

A Assembleia Sinodal do Sínodo da Sinodalidade, que acaba de concluir sua primeira etapa, pode ser vista como uma novidade por alguns dos participantes, mas não por Dom Miguel Cabrejos, que durante seus anos como presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe promoveu essa dimensão sinodal na Igreja através do Processo de Renovação e Reestruturação do CELAM, da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, das assembleias continentais e de tantos outros momentos que podem ser considerados referências no caminho dessa Igreja sinodal que o Papa Francisco está promovendo. A referência da Primeira Assembleia Eclesial O presidente da Conferência Episcopal Peruana insiste em que “tudo é um processo, um processo que começou há muito tempo“. Nesse caminho, ele destaca a Primeira Assembleia Eclesial, que, segundo ele, foi “não apenas uma experiência, mas um testemunho autêntico de sinodalidade, onde 20% eram bispos, 20% sacerdotes e diáconos, 20% religiosos e religiosas e 40% leigos e leigas”. Lembrando as palavras do Papa de que se tratava de algo sem precedentes, o Arcebispo de Trujillo enfatizou que, além de ser apreciado na época, “foi muito apreciado aqui, na Sala Sinodal. Vários grupos de trabalho trouxeram à luz o testemunho daquela Primeira Assembleia Eclesial”. Dom Miguel Cabrejos insiste que se trata de um processo, “continuamos com este processo sinodal e é uma experiência já vivida, é como reviver algo que já fizemos, e talvez não seja algo novo para nós, como é para outros continentes, ou para muitos bispos, algo totalmente novo”. Com relação ao tema, que já foi analisado e refletido, “também foi, em grande parte, um tema que já surgiu na Primeira Assembleia Eclesial“. O prelado peruano destacou que a Assembleia Sinodal “é enriquecedora, um mês intenso de grande escuta, não só de um continente, mas dos cinco continentes e das Igrejas Orientais, uma experiência repetitiva, mas ao mesmo tempo valiosa e enriquecedora”. Uma experiência eclesial Sobre o que a América Latina e o Caribe contribuíram para a sinodalidade, Dom Miguel Cabrejos destaca o processo que foi realizado, algo que o Cardeal Grech e o Cardeal Hollerich valorizaram publicamente, afirmando que “esta assembleia eclesial sinodal não teria sido possível se não houvesse uma boa base na preparação e no desenvolvimento da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe“. De acordo com o ex-presidente do CELAM, “a grande contribuição é que foi uma experiência eclesial e este Sínodo é de fato eclesial, é o Sínodo dos Bispos, mas ao mesmo tempo é uma experiência eclesial, porque há religiosos e religiosas, sacerdotes, poucos é verdade, e leigos, mas eles estão lá, e eles têm voz e voto”, destacando isso como a contribuição da América Latina e do Caribe. Também destacou que “a metodologia utilizada é a metodologia utilizada na Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe e nas regiões”, insistindo na experiência das quatro regiões. “O método da conversação espiritual já foi utilizado na América Latina, como experiência, como testemunho“, enfatiza. Seguindo o caminho do Vaticano II Diante dos possíveis temores de uma Igreja sinodal, o Arcebispo de Trujillo diz abertamente que “não devemos ter medo de nada, porque certamente tudo o que foi feito, e o que está sendo feito agora, porque ainda não está terminado, está centrado nos grandes documentos do Vaticano II, na Lumen Gentium, na Gaudium et Spes”. Dom Miguel Cabrejos não hesita em afirmar que “o tema da sinodalidade é o Vaticano II, o tema do Povo de Deus é o Vaticano II, o tema da Igreja no mundo é o Vaticano II”. Por isso, insiste em que “nada está fora do Magistério, nada está fora da Igreja, nada está fora da Bíblia”, destacando que “a palavra sinodalidade não existe na Bíblia, a palavra Sínodo está uma vez nas cartas de São Paulo, mas a Bíblia é muito rica em testemunhos de sinodalidade, no Antigo e no Novo Testamento”. Isso aparece “nessa maneira de estar juntos, de dialogar, é o método de Cristo, Cristo primeiro se encarnou e depois caminhou com o povo, dialogou com o povo e perguntou ao povo”, enfatiza o arcebispo peruano. De acordo com ele, “é um falso medo que eles têm, não há perda de ministerialidade, se você é um bispo, você é um bispo, se você é um pároco, você é um pároco, mas é enriquecido por uma grande escuta. Ouvir seus fiéis, ouvir seus sacerdotes, ouvir os outros, a sociedade, e depois agir. Mas, no final, é um produto da escuta e não apenas de uma decisão pessoal”. Por isso, “quando há pessoas que têm medo da horizontalidade, eu pessoalmente não entendo“. Fazendo o que Jesus fez e faria agora Nesse sentido, assinala que “pelo fato de ser religioso, franciscano, o religioso compreende melhor o tema sinodal. É a vida das comunidades, dos capítulos conventuais, dos capítulos provinciais, dos capítulos continentais e universais”. O medo, “talvez seja uma falsa percepção que eles têm”, ressalta, porque “há uma grande riqueza nesse momento de proximidade, não só de escuta, não só de discernimento, mas de proximidade com o povo“. De acordo com o presidente do episcopado peruano, “estamos fazendo o que Jesus fez e o que Jesus faria neste momento”. Como alguém que conhece a Igreja no continente, ele insiste que “como Igreja na América Latina e no Caribe, o processo tem que continuar, tem que ser mais nutrido, tem que ser mais fortalecido, não pode permanecer como algo que foi feito, uma página de um grande testemunho, essa forma de episcopado com o povo tem que ser continuada”. Em suas palavras, destacou a importância do Magistério da América Latina e do Caribe, que considerou muito rico, citando as cinco assembleias episcopais e a Primeira Assembleia Eclesial. Continuando com a mesma metodologia Nesta nova etapa do Sínodo, ele insiste que “deve continuar com este tipo de metodologia, de consulta, de escuta, de discernimento, de proximidade, de enriquecimento teológico, bíblico, litúrgico e patrístico”, afirmando que “isso enriquecerá muito mais, a Liturgia não pode estar fora desta proximidade, desta…
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650 jovens participam do Congresso da Juventude na Diocese de Borba

A diocese de Borba realizou de 27 a 29 de outubro na paróquia de São Joaquim e Sant´Ana da cidade de Autazes o Congresso da Juventude, com o tema “Juventudes, fontes de vocações”, e com o lema: “Corações ardentes, pés a caminho”. Do encontro, que no último dia celebrou o Dia Nacional da Juventude (DNJ), participaram 650 jovens de todas a diocese. Segundo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, bispo diocesano de Borba, que fez um chamado aos jovens a se perguntar sobre como descobrir sua vocação, que se concretiza de diferentes modos, apresentando os pontos fundamentais do 3º Ano Vocacional: escutar, discernir, decidir, foram três dias de formação, espiritualidade, animação, shows e palestras. O bispo agradeceu a mensagem do cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional do Bispos do Brasil. Em sua mensagem, o cardeal destacou que a juventude da diocese de Borba, “se reúne, se congrega para poder refletir sobre os passos vocacionais”, lembrando o tema do congresso. Dom Leonardo Steiner destacou a importância do congresso como “momento de congraçamento, de congraçamento da vida do Evangelho e que vocês ajudem a crescer à Igreja”. Lembrando sua participação na primeira etapa da Assembleia Sinodal do Sínodo da Sinodalidade, realizado no Vaticano de 4 a 29 de outubro, em representação dos bispos do Brasil, ele destacou que “temos abordado mais uma vez a presença dos jovens na Igreja, e vocês ao se encontrarem e ao estar em Congresso, ajudem à Igreja a realmente ser uma Igreja missionária, e que cada um possa diante de Deus receber o dom da vocação e viver essa vocação”. Finalmente, o cardeal insistiu aos jovens que “vocês são as fontes das vocações para nossa Igreja”.   Segundo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, os jovens, que refletiram sobre as diferentes vocações com a orientação de diversos assessores, lhes convidando a buscar um projeto de vida, ficaram felizes com a mensagem do cardeal Steiner enviada desde Roma, e “agradeceram a comunhão e sinodalidade”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mauricio López: conversão sinodal a partir dos 5 C’s: Composição, Configuração, Colaboração, Comunhão e Concretude

O atual itinerário do Sínodo da Sinodalidade, que acaba de concluir a primeira sessão de sua Assembleia, é considerado por Mauricio López como sem precedentes por várias razões, insistindo em “reconhecer o que tem sido um processo de construção de uma Igreja universal, mas com valiosas contribuições provenientes da Igreja latino-americana e especificamente do Sínodo da Amazônia, bem como de outras experiências continentais”. A partir de sua experiência pessoal, ele diz que pode “identificar a força do modelo de escuta que mudou a maneira de se preparar para esta Assembleia e uma ampla participação que também é válida hoje neste Sínodo”. Composição Em seu discernimento, ele identifica cinco C’s que permitem uma leitura integral do processo, tanto do que foi vivido, quanto do que está em construção e em direção a horizontes futuros. O primeiro é “Composição“, afirmando que “o processo anterior teve uma composição diferente. Por um lado, com uma participação nunca alcançada, pelo menos no caso das conferências episcopais, que chegou a quase cem por cento delas, e dos dicastérios vaticanos, que tiveram uma participação sem paralelo em qualquer processo anterior, embora reconhecendo as limitações em termos de alcançar grandes parcelas do povo de Deus que permanecem como enormes desafios”. Ele também ressalta que “o gênero dos documentos que foram criados é um novo gênero narrativo, que contribuiu com outro tipo de composição, com muito mais identidade e reconhecimento das vozes recolhidas do Povo de Deus e, portanto, um reflexo mais vivo do que é a Igreja como um todo e onde vibra sua vida”, onde ele diz que também vê uma contribuição do Sínodo da Amazônia na forma como o Instrumentum Laboris foi construído com uma alta fidelidade ao que as vozes consultadas nas fases de escuta expressaram. Mauricio López destaca as assembleias continentais como “outra nova composição diante do processo preparatório e que ajudou a ter uma visão ampliada, não só das igrejas particulares, mas em nível regional”, o que, segundo ele, fez uma grande diferença na disposição interior, na abertura e na capacidade de entender o processo daqueles que agora estão na fase de Assembleia. Da mesma forma, “a maneira como a Igreja Católica discerne”, afirmando que “embora não tenha deixado de ser um Sínodo dos Bispos, a composição estendida e ampliada, com 25% de não-bispos, com uma alta presença de mulheres em comparação com outros sínodos, mostra uma grande novidade”. Configuração Em segundo lugar, a “Configuração“, que ele define como “um novo estilo de procedimento, que reflete, mesmo fisicamente com a acomodação na sala sinodal tão valorizada, a intenção da Igreja de estar buscando outra maneira de assumir o chamado para agir e como discernimos juntos as questões mais urgentes e necessárias para toda a Igreja”. Nesse ponto, ele pergunta o que significa a sinodalidade hoje, a diversidade vivida nos grupos, nas mudanças de grupo a cada três ou quatro dias, no perfil dos facilitadores, que ele vê como “uma configuração diferenciada, inédita e que está nos ensinando muito para que, esperamos, não retrocedamos naquilo que gera maior proximidade, confiança e transparência no compartilhamento”. “A configuração dos processos ao longo deste Sínodo esteve associada ao que temos visto fisicamente, as mesas, como um banquete festivo, em pequenos grupos como as primeiras comunidades ao redor de Jesus”, segundo o coordenador dos facilitadores na Assembleia Sinodal. Ele também ressaltou que “o método da conversa no Espírito fala de outra configuração na forma de abordar os temas e na disposição em que as pessoas experimentam a escuta e a construção de um sentimento comum para pensar em formas de agir no futuro com um elemento de consenso”. Colaboração Outro C é “Colaboração“, lembrando que significa trabalhar em conjunto, algo muito importante porque “todo o processo de discernimento foi trabalhado de uma maneira particular, a partir da diversidade, de visões diferentes, de encontros improváveis, até mesmo de espaços entre pessoas que, de outra forma, teriam sido impossíveis, onde posições opostas e até mesmo conflitantes foram colocadas no centro da mesa a partir da questão de saber se podemos ser uma Igreja em comunhão, apesar de diferenças aparentemente irreconciliáveis, e trabalhar juntos em busca de uma perspectiva comum”. Como ele explica, “a maneira pela qual todo esse processo foi tecido gerou uma colaboração que está se tornando irreversível, em minha opinião, pelo menos assim espero”. Comunhão O quarto C é “Comunhão“, que, “sem ingenuidade, é algo que está em construção, e talvez sempre estará na lógica de como Deus consolida sua Igreja”, já que “é verdade que há uma comunhão real e sentida como fruto desse processo, mas é uma comunhão que terá de ser sustentada ao longo do tempo para impulsionar as fases subsequentes e não permanecer uma lembrança agradável e bonita, mas tornar-se o motor que nos leva a cuidar do que vivemos e compartilhá-lo”. Nesse sentido, ele ressalta que, em uma chave espiritual, “temos a sensação e a certeza de que o Espírito Santo esteve presente, a Ruah divina, mas é importante que isso se expresse além da gratidão e da alegria, deve se tornar um convite à frente, coerente com o que o grito da realidade está nos pedindo. Essa fraternidade exige honestidade e profunda coragem para levar os processos adiante. Concretude Finalmente, o último C é “Concreção“, uma ponte aberta que leva à questão da concretude que será alcançada como fruto desse processo. “A gravidez de onze meses de que se fala é um grande desafio. Todo esse processo vai se confirmando ao longo do tempo, mas pode se desfazer dependendo se essa concretude for alcançada ou não. Esse processo é altamente sensível, porque precisa tornar seu caminho concreto e visível”, de acordo com Mauricio López. Aqui ele afirma que “toda a Igreja tem uma grande responsabilidade, as igrejas particulares com aqueles que participaram do processo anteriormente, na recepção da síntese”, que ele considera fundamental. A isso acrescenta “o intenso pedido de fazer todo o possível para chegar àqueles que ficaram de fora do processo, há muitas pessoas que dizem que não foram…
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Cáritas Coari realiza sua Assembleia Diocesana

A Caritas Diocesana de Coari realizou de 27 a 29 de outubro sua assembleia com representantes das diversas paróquias que compõem a diocese. Durante a assembleia, cada paróquia apresentou o relatório das atividades desenvolvidas no ano de 2023, com seus avanços e desafios. Um encontro que também foi momento de formação sobre a pessoa do voluntario, onde foi lembrado as palavras do Papa Francisco: “Vocês são o motor da Igreja, sal e luz, a esperança do povo”.  Na assembleia foi realizada a acolhida aos novos agentes Caritas, e foi realizado o planejamento para 2024. Dom Marcos Piatek, bispo da diocese de Coari participou inteiramente da assembleia,  sempre motivando e valorizando os agentes que realizam o serviço da Caritas. Com informações de Marcia Maria Miranda

Caminhando juntos para uma Nação Magüta

Um povo que sabe de relação, esse é o Povo Magüta, que a exemplo do Deus Trindade, Deus comunidade, Deus de relação, desfruta dos encontros, é mestre em acolhimento e relações interpessoais. Segundo informa Verónica Rubí, missionária na Diocese do Alto Solimões, que mora na aldeia Umariaçú I junto ao Povo Magüta, e é integrante da coordenação do Projeto Igreja Sinodal com rosto Magüta, nos dias 26, 27, 28 de outubro foi realizado o Encontro Internacional do Povo Magüta na comunidade Umariaçú I, Diocese de Alto Solimões, com participação de 120 pessoas de Peru, Colômbia e Brasil. O encontro começou com a apresentação de cada uma das sete comunidades, lembrando jogos e danças tradicionais, com alegria, participação e familiaridade que os caracteriza. Uma familiaridade que se fez presente na proteção dos pajés sobre o grupo, sobre todo o Povo Magüta concebido como Uma só Nação. Este povo indígena está organizado em grupos familiares, como clãs, identificando dois grandes grupos, os clãs com penas e os sem penas, divisão importante para estabelecer os casamentos. No encontro foram constituídos grupos por clãs, para a realização de várias atividades, cada um deles fez as pinturas faciais com jenipapo próprias de seu clã. Sendo este o Encontro Internacional, depois de três nacionais, um em cada país, onde foram trabalhados os temas Origem, Cultura, Território e Espiritualidade, se apresentaram as conclusões do trabalhado em cada encontro nacional e continuaram a aprofundar aspectos importantes para reforçar a identidade de Um só Povo Indígena Magüta. Com relação à origem, tudo começou a partir da existência de uma mulher. Mowichina nasceu das penas de uma ave, ela deu origem a tudo o criado. A cultura do Povo Magüta reconhece a importância da mulher no momento da puberdade na Festa da Vida, ela representa a conexão do ser humano com a natureza e tudo o criado. Para esse povo, o território é fonte de vida, os participantes se perguntaram como fazer para que nos reconheçam em um só território, sem divisões de países. Em um dos relatos de origem diz que I’pi e yo’i percorreram tudo o território buscando uma arvore samaumeira que na derrubada deu lugar a luz e ao rio.    Com relação à espiritualidade, a Povo Magüta acredita que no início a terra estava habitada por espíritos, e os pajés têm a função de ser mediadores entre os espíritos, o Povo Magüta, a medicina tradicional e o território. Os espíritos da floresta fortalecem a vida do povo quando temos bom coração. É por isso que todos têm que conhecer a medicina tradicional para poder curar, não só os pajés têm essa capacidade, todos os que conhecem e tem bom coração são assistidos pelos espíritos da floresta. O encontro contou com a presença de Dom Adolfo Zon, bispo da Diocese de Alto Solimões, que visitou aos participantes e os encorajou a fortalecer-se desde sua identidade de Povo indígena Magüta, sendo feita a proposta de ter uma bandeira que os identifique como Uma só Nação, sendo lançado um concurso da Bandeira Magüta, que será realizado por países, Peru, Colômbia e Brasil, para depois ser escolhida a Bandeira que represente a Nação Magüta como um só Povo. O encontro também teve um momento para o trabalho de medicina tradicional dos pajés, que fizeram atenção pessoalizada e proteção a todo o território Magüta transfronteiriço. Finalmente, foi realizada a avaliação e encerramento do encontro, os participantes destacaram a boa organização do tudo: acolhimento, metodologias, alimentação e logística, sentiram-se libres para expressar-se por ser todo na língua ticuna. Destacaram que nestes encontros conhecem novos parentes, e que a partilha entre todos possibilita o maior conhecimento. A participação de jovens foi numerosa e avaliada em forma satisfatória pelos diálogos com os anciãos e para eles apropriar-se da Cultura. Foi importante o trabalho dos pajés e agradeceram as camisas como expressão visível de sua identidade “Um só Povo Magüta”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1, com informações de Verónica Rubi