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Cardeal Steiner encerra o Ano Jubilar da Esperança: “Sinal de Salvação”

Cardeal Steiner encerra o Ano Jubilar da Esperança: “Sinal de Salvação”

 O cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, presidiu a Celebração de Encerramento do Ano Jubilar da Esperança. A missa, realizada na Catedral Metropolitana de Manaus, às 10h, simultaneamente nas paróquias e áreas missionárias que compõem a arquidiocese, marca o fim das peregrinações jubilares. A conclusão neste domingo, 28 de dezembro de 2025, segue a Bula de Proclamação do Jubileu Spes non confudit do Papa Francisco.

O encerramento do ano santo coincidiu com a festa da Sagrada Família de Nazaré, reunido grande número de fiéis. Em sua homilia, o cardeal Leonardo Steiner destacou que o Menino frágil apresentado no presépio de Belém encontrou abrigo em uma família. O cardeal enfatizou que no dia da família que se “tornou sinal de salvação, de redenção” foi concluído o ano santo da redenção, e este é um sinal de que Deus vela e cuida da família.

“No dia em que celebramos a Sagrada Família de Jesus, Maria e José, percebemos uma família pobre, humilde, E por causa da violência e da crueldade dos poderosos, deve deixar a casa, que não era casa, e buscar a casa num país estranho. Aliás, como tantas famílias pobres de ontem e de hoje que buscam um lugar fora da própria terra. O Evangelho é nos dizer que a família não estava sozinha na luta. Deus acompanhava. protegia, animava, guiava, salvava.”, explicou o arcebispo.

Família de Nazaré: modelo para nossas famílias

 O cardeal explicou que a família de Nazaré carrega elementos de união, solidariedade, fraternidade acolhimento que os ajudam a enfrentar juntos “os perigos, as incomodidades, as incertezas, as crises, até mesmo o exílio”. Esse cuidado mútuo, especialmente “do mais frágil, do mais pequenino, Deus em nossa humanidade e fragilidade” demostra a vivência do amor verdadeiro que supera os egoísmos.  Por isso a família de Nazaré, como lugar de salvação, convida ao acolhimento e perdão entre as famílias, mas também a família arquidiocesana.

 “O cuidado mútuo, a entrega, torna-se fundamento de uma relação madura, sólida, suave, carinhosa e esperançosa. Uma vida madura, sólida e cheia de sabedoria, porque iluminada por Deus sabemos por onde andar como família. E por ser salvífico, é lugar de reconciliação que nasce da esperança e da certeza de um amor, que somos amados e recebemos a graça de podermos amar”, destacou o cardeal.

A Sagrada Família revelou a boa notícia de que o Deus Salvador está no meio de nós. E ao concluir-se o ano santo da redenção nesta festa, é confirmado o amor salvífico de Deus pela humanidade. Assim, na simplicidade das relações, “Deus habita entre nós e habita na nossa família”, tornando-a um espaço de encontro que impulsiona e revigora gestos e palavras do cotidiano de cada pessoa em sua família.

Reconduzidos pelo amor

Ao comentar as leituras do dia, Steiner recordou que as palavras da Carta aos Colossenses apontam que “somos amados por Deus, somos seus eleitos, pois fomos salvos”. E por isso, há a necessidade de “revestir-nos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, sendo suporte uns para com os outros”. Nessa dinâmica de “amarmos uns aos outros” se revela o desafio da vida em família, mas é onde se torna possível desenvolver a nossa humanidade.

“Então, como não admirar os conselhos de Paulo para com a sacralidade da nossa família, vemos como amor é possível, a convivência, o cuidado, o perdão, a familiaridade, a gratidão. O amor. Pois é no amor que somos todos reconduzidos para uma fonte integradora e harmoniosa e transformadora das nossas relações. No amor a superação é possível, pois reconduz sempre ao amor do amor”, disse Steiner.

Quanto a leitura de Eclesiástico, o arcebispo frisou a necessidade de oferecer o devido valor aos pais, posto que somos “descendência dessa paternidade e maternidade”. De maneira que sejam cuidados não apenas na materialidade, mas sobretudo na oferta de amor, mesmo quando já perdem lucidez. Ele sublinhou que o amor “ao pai e à mãe não é esquecida por Deus”, pois eles “são instrumentos de Deus, são fonte de vida”.

Rememorar a Salvação

Ao final de sua reflexão, o cardeal Leonardo Steiner ressaltou que a Salvação, oferecida pela morte e ressurreição de Jesus, nos tornou uma “grande família, a igreja, o Reino de Deus”. Dessa forma, dentro do ano jubilar vivenciado em todas as igrejas particulares do mundo inteiro “entramos em comunhão de fé, esperança e amor”. Esse horizonte de esperança, experimentado pelas comunidades, ajuda na compressão do pertencimento de todos ao mistério do amor de Deus, e convida manter-nos na esperança, na fraternidade e possibilite superar a violência.

“Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor. Confiantes a vós nos consagramos. Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugar de comunhão, de afeto, de perdão, escola do Evangelho, pequenas igrejas. Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas nossas famílias violência, fechamento, divisão. E quem tiver sido ferido, escandalizado, seja consolado e curado. Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do sagrado e inviolável amor da família. a beleza do projeto de Deus. Jesus Maria José, ouvi-nos e acolhei-nos. Amém.”, finalizou o cardeal.

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