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Fraternidade e Compromisso Social: Valores centrais na vida das CEBs

Fraternidade e Compromisso Social: Valores centrais na vida das CEBs

A Fraternidade como Caminho de Compromisso para a Justiça Social, inspirada na frase evangélica: “Vós sois todos irmãos”, tem sido tema de reflexão na VI Assembleia das Comunidades Eclesiais de Base da Prelazia de Tefé, que reúne em Alvarães mil representantes das 14 paróquias e três áreas missionárias da prelazia.

Dignidade de todos e solidariedade

“A fraternidade é um caminho essencial para a justiça social, pois ela implica em reconhecer a dignidade de todos e promover a solidariedade, o cuidado com o próximo e o respeito mútuo. Ao cultivar a fraternidade, criamos uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica”, disse o padre Ademar Henriques, professor da Universidade Estadual do Amazonas.

Um valor central, que “atua como um motor para a construção de uma sociedade mais justa”, que convida a “transcender as diferenças e a reconhecer a humanidade comum em todos, promovendo a solidariedade e o respeito mútuo”, segundo o assessor. Uma atitude que se manifesta em diversas esferas, que se concretiza na “ação social em prol de uma sociedade mais justa”, disse o padre Ademar. Mais do que um ideal, estamos diante de “um caminho concreto para a transformação social”, sustentado no cuidado e a igualdade, caminho de soluções para as desigualdades, de inclusão social e superação de preconceitos. O princípio da fraternidade é a liberdade, e se faz presente no amor ao próximo, a justiça social, a tolerância, a paz e a solidariedade. Daí a necessidade de cultivá-la e incentivá-la em todos os níveis.

Acesso de todos a serviços básicos

Ligado ao conceito de fraternidade está o conceito de justiça social, que busca reduzir desigualdades e garantir o acesso equitativo a recursos, direitos e oportunidades, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos têm acesso aos serviços básicos. Para avançar na justiça social se faz necessário avançar em equidade, igualdade, inclusão, respeito à diversidade, acesso à proteção social, reconhecimento e aplicação dos direitos humanos.

Nessa conjuntura, o assessor questionou: “Qual a importância da justiça social em nossas comunidades?” Segundo o padre Ademar Henriques, a justiça social promove a coesão social, favorece a estabilidade social e prosperidade, a cidadania, a redução das desigualdades.

Princípios e virtudes

A partir da análise de Leonardo Boff, o assessor se referiu a quatro princípios e quatro virtudes. Entre os princípios está o cuidado, o respeito, a responsabilidade universal e a cooperação incondicional. Por sua vez, as virtudes são a hospitalidade, a convivência com o diferente, a tolerância e a comensalidade. Esses princípios e virtudes devem levar as comunidades a refletir sobre como eles se fazem presentes na vida das pessoas e da própria comunidade.

Uma temática que deve levar as comunidades a “refletir sobre a fraternidade como compromisso social, levando em conta que todos nós somos irmãos. Todos nós temos as nossas diferenças, mas todos nós temos nossa igualdade. Todos nós temos o nosso cuidado, mas também nós temos as nossas responsabilidades”, segundo o assessor. O professor da Universidade Estadual do Amazonas vê isso como um caminho para que “em nossas comunidades a gente possa concatenar as ideias”, em vista de alcançar “uma linguagem universal, uma linguagem fraterna, uma linguagem onde o respeito a todos possa ser feito a partir do cuidado que eu possa ter com os meus irmãos”.

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