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Assembleia Regional da Pastoral Carcerária: Solidariedade aos irmãos e irmãs encarcerados

A Pastoral Carcerária Regional Norte1 realizou neste primeiro final de semana do mês de fevereiro de 2025 sua assembleia eletiva, com o tema Tema: “Peregrinos da Esperança: Fortalecendo a fé com solidariedade aos irmãos e irmãs Encarcerados/as“, e o lema: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a libertação aos cativos.” (Lucas 4,18). O encontro, depois da acolhida e boas-vindas, iniciou com uma celebração da Palavra e a partilha do trabalho realizado nas dioceses, prelazias e paróquias. Os participantes, com a assessoria do Dr. Diego Luiz, da Defensoria Pública, refletiram sobre o tema: “Direitos Humanos e Acesso à Justiça: O Papel da Defensoria Pública na Reintegração e Dignidade das Pessoas Privadas de Liberdade”. Posteriormente, o tema abordado foi:  “O trabalho do Coletivo de Familiares e Amigos de Presos e Presas do Amazonas”, com assessoria de Priscila Serra, articuladora do Coletivo de Familiares e Amigos de Presos e Presas do Amazonas (Coletivo FAPAM). Por sua vez, a Ir. Petra Silvia Pfaller, MC, coordenadora nacional da Pastoral Carcerária, abordou o tema: “A Resolução nº 34 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), de 24 de abril de 2024”. Já o padre Joaquim Barbosa da Silva, refletiu sobre “Vida Comunitária”, e Magda de Fátima Oliveira, coordenadora nacional para a Questão da Mulher Encarcerada, apresentou o tema: “Multas aplicadas aos presos/as ao saírem do sistema prisional – explicação e discussão”. Finalmente, foi refletido sobre “SEAP – O Escritório Social da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária”, com a partilha de Keyla Maria Pinheiro Prado, chefe do Departamento de Reintegração Social e Capacitação- DERESC. A oração do terço, o momento cultural, a celebração da Eucaristia, fizeram parte da programação. No último dia, de novo a Ir. Petra Silvia Pfaller, refletiu sobre “O Serviço Voluntário na Pastoral Carcerária: Uma Ação de Solidariedade e Esperança”. A assembleia encerrou com a escolha dos novos coordenadores e a Leitura da Ata. Da assembleia participaram representantes de Manaus, Anori, Benjamin Costant, Itacoatiara, Parintins, Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e Tefé.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Washington Vieira ordenado padre na diocese de Parintins

A diocese de Parintins tem mais um padre. No sábado 1º de fevereiro foi ordenado padre na catedral de Nossa Senhora do Carmo, o diácono Washington Vieira, um momento que tem sido vivido com grande emoção e alegria. A celebração, presidida pelo bispo diocesano, dom José Albuquerque, e concelebrada pelo bispo emérito, dom Giuliano Frigeni, contou com a presença de centenas de fiéis, familiares, amigos e membros do clero das dioceses de Parintins e de Patos de Minas (MG), onde o novo padre realizou sua formação. Na homilia, o bispo diocesano, dom José Albuquerque, destacou a importância desse momento para toda a Igreja e para as comunidades da diocese de Parintins. O bispo diocesano ressaltou a relevância da vocação sacerdotal e pediu orações para que mais jovens se sintam chamados ao ministério. “Padre Washington estará a serviço do Evangelho aqui na nossa diocese, nas suas paróquias, nas suas comunidades. Estamos hoje contentes e temos esse propósito de continuar rezando e promovendo as vocações para que tenhamos mais ministros ordenados, mais sacerdotes que estejam a serviço do povo de Deus”, afirmou dom José Albuquerque. O bispo enfatizou que o novo padre, com sua história, inspira jovens e adultos a refletirem sobre a importância de dizer sim ao chamado de Deus, independentemente da idade ou do momento de vida. “Vale muito a pena. O testemunho está aí. Vejam só, um homem maduro, um homem muito experiente. A gente sabe que alguns são chamados muito jovens, outros em torno dos 20 anos, 30 anos, mas para Deus sempre é bom a gente dizer sim. Quem diz sim ao chamado de Deus vai ser sempre muito feliz”, destacou o bispo diocesano. O novo presbítero, bastante emocionado, disse que o sentimento é de felicidade e confiança em Deus. “Estou feliz e confiante na graça de Deus que me conduziu até aqui. Tenho certeza que fiz uma caminhada até aqui com a Sua ajuda, a intercessão de Nossa Senhora, com a amizade de todo o clero, com os meus amigos que me ajudaram a viver essa entrega que hoje se consuma a Deus. É o coroamento de todo um processo formativo que hoje nos torna verdadeiramente como sacramento”, disse o padre Washington Vieira. O padre Washington, que destacou o apoio de sua família, comunidade e dos formadores, exercerá inicialmente seu ministério como vigário na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Boa Vista do Ramos, onde já realizava serviços pastorais. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da Rádio Alvorada

Dom Samuel Ferreira de Lima: “Peço a graça de em tudo poder corresponder ao mandato e a missão de servir ao povo da Arquidiocese de Manaus”

Com as primeiras palavras do Cântico das Criaturas: “Altíssimo, Onipotente, bom Senhor, Teus são o louvor, a glória, a honra e toda a bênção”, iniciou dom Samuel Ferreira de Lima seu agradecimento pela ordenação episcopal que recebeu no dia 1º de fevereiro de 2025 em Rodeio (SC). Ele que foi nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus no dia 25 de novembro de 2024, foi ordenado pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, e teve como bispos coordenantes o bispo de Roraima, dom Evaristo Pascoal Spengler, e o bispo emérito de Barra (BA), dom Luiz Flavio Cappio. O novo bispo disse louvar e bendizer a Deus “agora e sempre por tudo aquilo que tem realizado em minha vida, não por mérito meu, mas na graça de Deus que realiza e tudo faz, pois só Deus é Bom”. Ele agradeceu o arcebispo de Manaus, cardeal Steiner, arcebispo de Manaus, e o bispo local da diocese de Rio do Sul, dom Adalberto, a todos os bispos presentes, aos presbíteros, diáconos, seminaristas e religiosos, pedindo “que o bom Deus vos recompense abundantemente em vosso ministério e missão.” Igualmente, ele louvou e bendize a Deus “que por 38 anos me fez beber da fonte do carisma franciscano no seio da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil”, pedindo perdão na pessoa do Ministro Provincial, frei Paulo Pereira, “por nem sempre ter sido exímio seguidor da nossa regra e agradecer profundamente a todos os confrades que nestes anos fizeram e fazem parte de nossa vida e história, que não mediram esforços e fez todo o empenho para me dar o suporte necessário diante da nova missão ao qual fui designado. O Frade que hoje eu sou devo a todos vocês que são parte do meu ser e do meu viver.” Dom Samuel agradeceu aos seus pais Francisco e Edite e aos seus irmãos e familiares, “que sempre estiveram junto conosco neste processo de caminhada unidos na oração, no apoio material e espiritual, torcendo e vivenciando juntos os momentos de nosso serviço ministerial”. Igualmente louvou e bendize a Deus “por todos os amigos e amigas que ao longo de nossa caminhada foram sendo nos dado como dádivas de Deus e expressão de seu Amor em nossa vida, que vieram de tantos lugares por onde trabalhei e vivi, e hoje se unem a gente nesta celebração orando e comungando comigo deste momento único e especial de entrega a uma nova missão, minha profunda gratidão e abraço fraterno.” Na pessoa do prefeito de Rodeio, Nei Venture, agradeceu ao Legislativo e todo o poder público “por todo o empenho e colaboração em organizar e preparar este espaço para a realização desta celebração litúrgica”. Dom Samuel disse rogar a Deus “que vos abençoe e ilumine em vossa missão de promover o bem comum e trabalhar o desenvolvimento humano e cultural do povo da Bella Citá”. Igualmente, na pessoa do pároco frei João Miguel, o novo bispo louvou a Deus “por todas as lideranças de nossas comunidades, os CPcs, as irmãs Catequistas, a  OFS e todos sem distinção por todo o trabalho desempenhado na preparação, organização, hospedagem e acolhida, na partilha dos dons e na vivência destes anos juntos de caminhada, fui acolhido como um filho e um irmão, por toda a ajuda que recebi no exercício do meu serviço como Mestre de noviços, vou levar cada um de vocês em meu coração com muita gratidão e alegria.” Finalmente, ele louvou a Deus “pelo novo ministério que me foi confiado e peço a graça de em tudo poder corresponder ao mandato e a missão de servir ao povo da Arquidiocese de Manaus como um frade menor no serviço episcopal lavando os pés dos irmãos e irmãs com todas as minhas forças e empenho”, mostrando sua gratidão a todos de coração, pedindo uma abundante benção de Deus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

“Ser profeta, testemunha e servo da esperança”: o chamado do Cardeal Steiner a dom Samuel Ferreira de Lima

A cidade de Rodeio (SC), acolheu no dia 1º de fevereiro de 2025 a ordenação episcopal de dom Samuel Ferreira de Lima, nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus no dia 25 de novembro de 2024. A ordenação, que contou com a participação de familiares e amigos do ordenado, bispos, confrades da Ordem Franciscana, clero local da diocese de Rio do Sul, religiosos e religiosas, e centenas de fiéis, foi presidida pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, e teve como bispos coordenantes o bispo de Roraima, dom Evaristo Pascoal Spengler, e o bispo emérito da Barra (BA), dom Luiz Flavio Cappio. Na homilia, o cardeal Steiner, depois de acolher os presentes, iniciou destacando as palavras do evangelho lido na celebração (Jo. 15,9-17): “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor”. Palavras em que o arcebispo de Manaus disse estar “a razão de estarmos aqui, o sentido das nossas vidas, das vocações, dos ministérios, é o amor com que fomos amados.” Segundo o cardeal Steiner, “o Evangelho nos remetia para o centro da fé: ‘Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi’. Fomos desejados, buscados, escolhidos, para entrarmos na dinâmica, na dinamicidade de uma relação amorosa e livre. Todos nós fomos amados, pois ‘eu vos amei, como meu Pai me amou’. Fomos amados com o amor com que o Pai amou o seu filho Jesus. No mesmo amor, na mesma intensidade, na mesma afabilidade, na mesma cordialidade, fomos e somos amados, amadas. E porque fomos atingidos por um amor inigualável, gratuito, Jesus nos faz um pedido: ‘permanecei no meu amor’”. “Toda vocação é um convite para participar plenamente desse amor. Toda a vocação é um modo de guardar e ser guardado pelo movimento do amor. É desse amor que a vocação e ministério se alimentam, são dinamizados e plenificados. É no Reino do ‘amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei’, que a alegria é plena e realizadora”, enfatizou o cardeal. Ele destacou que o profeta Jeremias “a recordar que no amor somos chamados para uma missão: ‘Antes que te formasse no seio de tua mãe, eu te conheci, antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações.’ Sempre gerados no amor e para o amor, para uma missão. Consagrados e consagradas pelo amor e no amor, enviados como profetas, profetisas. Anunciadores e anunciadoras da fonte da qual bebemos e vivemos, recondutores ao horizonte encantador e atrativo da participação de um amor sem medida, gratuito. A nobreza e delicadeza do amor é que, na admiração, responde: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou apenas um menino”. Na desmedida do Amante, somos sempre apenas crianças.” O arcebispo foi refletindo sobre a passagem lida (Jr. 1, 4-9), o Deus que “vem em socorro e consola”, que ele vê como “essa espécie de paixão que é mais compaixão, envia”, enfatizando que é “um caminho que não escolhemos, mas para o qual somos escolhidos, com a certeza de quem Ele sempre conosco está”, destacando que “tudo na grandeza de uma escolha, de uma missão”, e que “as palavras que são ofertadas e entregues para serem saboreadas, digeridas e se tornarem vida das nossas vidas. Se tornem missão.” “É o amor que chamado ao serviço do episcopado. Chama e envia para servir. Não é escolha pessoal, uma decisão da vontade própria. Responder, corresponder a essa atração amorosa ao ministério faz nascer”, ressaltou o presidente da celebração. Segundo ele, “como é atração e renúncia à vontade própria se recebe a resposta”, fazendo “o ministério episcopal um envio, um serviço, uma pobreza.” À luz da Lumen gentium, o cardeal foi comentando alguns passos da ordenação episcopal, enfatizando que “o ministério episcopal é na Igreja e para a Igreja”. Ele lembrou que “a Igreja, por natureza, é missionária e tem a sua origem no ‘amor fontal de Deus’ (AG 2)”, mostrando que “o dinamismo missionário que brota do amor de Deus se irradia, expande, transborda e se espalha em todo universo, nos ensina Papa Francisco em Querida Amazônia. A missão não é algo opcional, uma atividade da Igreja entre outras, mas sua própria natureza. A Igreja é missão! A atividade missionária ainda hoje representa o máximo desafio para a Igreja. Ser bispo discípulo missionário é mais do coordenar, organizar, ensinar. Jesus indicou que a nossa missão não pode ser estática, mas itinerante, em saída, samaritana (cf. QA, nº 21). O Bispo na Igreja em saída, em sinodalidade. Todos a caminho juntos, juntos a caminho. Somos gratos pelo chamado a seres bispo missionário na Amazônia.” Na segunda leitura (Ef 6, 5-9), que ilumina o lema episcopal de dom Samuel: “Cumprir com toda a alma a vontade de Deus”, o cardeal Steiner vê o chamado a “fazer de coração a vontade de Deus, servindo como bispo! Na busca de servir na vontade de Deus, ter o coração tesourado, pela vontade de Deus, a serviço dos irmãos e irmãs na Amazônia”. Ele acrescentou, “o coração como o centro dos desejos, dos amores, ideais. O lugar onde são forjadas as decisões, onde nascem as iluminações, onde pulsam os segredos mais secretos e vivos, onde o amor acelera os passos e cuidados. A realidade mais íntima do íntimo de nós mesmos, movida pela vontade de Deus.” Segundo o arcebispo de Manaus, “a vontade de Deus é o tesouro atrativo a ser descoberto. Descoberto, transforma o horizonte, o sentido, a razão da vida, faz pulsar alegremente o centro vital do ministério episcopal. O ministério se unifica e se expande. Nada mais alto, profundo, encantador, atraente, enobrecedor que um coração invadido, dinamizado pela vontade de Deus.” “A vontade de Deus é que desescraviza o coração do ministério, o liberta, o suaviza e dinamiza. Ela exige escuta, muita escuta. scEutar as angústias dos corações, as feridas da alma, a injustiças dominadoras, o coração dos pobres, as alegrias, os sonhos, a realidades eclesiais, sociais e ecológicas. Sim, o bispo é um escutador por excelência pois,…
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Oitava Semana Catequética da Prelazia de Itacoatiara: Catequistas, peregrinos de Esperança

A Comissão para Animação Bíblico-Catequética da Prelazia de Itacoatiara promoveu, entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025, a 8ª Semana Catequética, realizada na Paróquia Santo Antônio. O evento reuniu catequistas das paróquias que compõem a Prelazia de Itacoatiara, oferecendo um momento especial de formação espiritual com o tema “Catequistas Peregrinos de Esperança”. A iniciativa está em sintonia com o Ano Jubilar: Peregrinos da Esperança, celebrado pela Santa Igreja Católica, e busca renovar e fortalecer a vocação no anúncio da mensagem de Jesus Cristo. A Semana Catequética não se limitou a ser um encontro informativo, mas foi um verdadeiro processo de educação na fé, voltado para ajudar os participantes a aprofundarem seu conhecimento sobre a evangelização e a missão da Igreja. Como destacado durante o evento, “o catequista e missionário deve estar preparado para ser um peregrino da esperança, levando a Boa Nova de Jesus Cristo a todos os cantos”. A missão catequética é, acima de tudo, um chamado a participar da formação que ajuda os membros da Igreja a se encontrarem com Cristo, reconhecendo, acolhendo, interiorizando e desenvolvendo os valores que constituem a identidade da missão de Cristo no mundo. O documento de Aparecida, nº 275, nos ensina que: “A missão principal da formação é ajudar os membros da Igreja a senhora encontrar sempre com Cristo, e assim reconhecer, acolher, interiorizar e desenvolver a experiência e os valores que constituem a própria identidade e missão cristã no mundo”. Esse chamado foi reforçado durante a missa de encerramento, presidida pelo Padre Acácio Rocha, coordenador de pastoral da Prelazia de Itacoatiara. Em sua homilia, o sacerdote convidou os catequistas a serem “o exalado perfume de Jesus Cristo” em suas comunidades, anunciando com perseverança e amor a mensagem do Evangelho. Ele enfatizou a importância de perseverar na missão, mesmo diante dos desafios, e de ser um testemunho vivo da esperança que Cristo oferece ao mundo. A 8ª Semana Catequética foi um momento de grande importância para a Prelazia de Itacoatiara, fortalecendo a unidade entre os catequistas e renovando o compromisso com a evangelização. Em sintonia com o Ano Jubilar, o evento destacou a importância de ser “peregrinos de esperança”, levando a luz de Cristo a todos os que buscam um sentido para a vida. Que este tempo de formação e espiritualidade inspire cada catequista a continuar sua missão com entusiasmo e dedicação, sendo verdadeiros anunciadores da Boa Nova de Jesus Cristo em suas comunidades. Ângelo Brito – Prelazia de Itacoatiara

Frei Samuel se alegra com a chegada da comitiva da Arquidiocese de Manaus para sua ordenação episcopal

Neste sábado 1º de fevereiro de 2025, às 16 horas, no horário de Brasília, será ordenado bispo na cidade de Rodeio (SC), frei Samuel Ferreira de Lima, nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus pelo Papa Francisco no dia 25 de novembro de 2024. As vésperas da sua ordenação episcopal, o bispo eleito enviou uma saudação ao povo da arquidiocese de Manaus, mostrando sua alegria por ter recebido toda a delegação chegada de Manaus: o arcebispo, cardeal Leonardo Steiner, os bispos auxiliares, dom Zenildo Lima e dom Hudson Ribeiro, padres e religiosas. Frei Samuel enfatizou que “estamos unidos neste momento em que queremos bendizer e dar graças a Deus por tudo o que Ele realiza em nossas vidas”. O bispo auxiliar eleito pediu que “eu possa assumir esse ministério, se colocar totalmente a serviço para somar forças nessa caminhada de fé, como povo de Deus que quer cada dia mais crescer na experiência da esperança, da fraternidade, da vida plena”. Finalmente, frei Samuel deixou seu abraço, lembrando que irá se encontrar logo em breve com povo da arquidiocese de Manaus, que irá acolher seu novo bispo auxiliar no domingo 9 de fevereiro na celebração eucarística que será celebrada 10 horas da manhã na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Trabalho Escravo: um combate que precisa do compromisso de todos

Foto: MPT    Na Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo somos chamados a refletir sobre uma realidade ainda presente no meio de nós. 28 de janeiro é a data em que se faz memória e se reafirma o compromisso no combate de uma prática cruel e desumana no Brasil. Não podemos fechar os olhos, uma atitude muito presente na sociedade brasileira diante dessa e muitas outras situações, somos desafiados a ficar de olho aberto para enfrentar uma realidade que provoca dor e sofrimento em muita gente. A data, que vem se celebrando desde sua instituição em 2009, lembra o fato acontecido em Unaí (MG), em 28 de janeiro de 2004, quando três auditores-fiscais do trabalho e o motorista que dirigia o carro foram assassinados enquanto iam a caminho para fiscalizar situações análogas ao trabalho escravo em fazendas de feijão na região. Ninguém pode ignorar que o Trabalho Análogo à Escravidão é uma das formas mais cruéis de tráfico de pessoas. Mesmo com os avanços na fiscalização, os números ainda são alarmantes. Sirva como exemplo o fato de que em 2023 mais de 3.100 trabalhadores foram resgatados de situações degradantes e desumanas, caracterizadas por jornadas exaustivas, condições de trabalho insalubres, cerceamento de liberdade e, muitas vezes, violência física e psicológica, segundo dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foto: MTE    O Papa Francisco tem insistido em que o trabalho é fundamental para a dignidade de uma pessoa, considerando a escravidão moderna como crime de lesa humanidade. São pensamentos que tem que nos levar a refletir sobre situações presentes em nosso meio, dado que o trabalho escravo se manifesta de muitos modos na sociedade brasileira, indo além do que acontece no campo. O trabalho escravo é uma realidade nas fábricas, em empresas de todo tipo e até no trabalho doméstico. As vítimas sempre são as pessoas mais pobres e necessitadas, que diante da falta de recursos e oportunidades são aliciadas com falsas promessas de emprego e submetidas a condições de exploração que violam seus direitos humanos mais básicos. Uma realidade que, mesmo aqueles que conhecem, nem sempre é denunciada. Não podemos aceitar que o lucro de pessoas sem escrúpulos fale mais alto do que os direitos humanos. É inadmissível que ainda hoje algumas pessoas sejam privadas de direitos básicos em consequência do trabalho escravo. Se faz necessário tomar postura, mas na verdade continuamos comprando produtos de empresas condenadas por esse tipo de práticas, e inclusive tentamos contratar trabalhadores sem garantir todos os direitos que eles têm. A realidade muda quando o conjunto da sociedade se empenha para que assim seja. Diante de qualquer tipo de trabalho escravo, diante de qualquer situação de tráfico de pessoas, a atitude tem que ser firmemente contrária. A vida das pessoas depende de nosso compromisso, e por isso estar de olho aberto é uma atitude decisiva.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Clero das Igrejas Particulares de Alto Solimões, Tefé e Coari realizam seu Retiro Anual

O Retiro anual reúne o clero das três Igrejas, para rezar, partilhar e alimentar a Espiritualidade do presbítero. Momento de revigorar a comunhão e sinodalidade entre as três Igrejas Locais, e neste ano de 2025 tem como tema: “A missão nasce e se alimenta de uma memória agradecida, para sermos peregrinos da esperança”. A abertura do retiro aconteceu com a celebração Eucarística na noite da 27 de janeiro de 2025, presidida por Dom Marcos Piatek, bispo da Diocese de Coari. No dia 28 iniciou-se propriamente dito, o retiro anual do Clero das Igrejas, tendo Coari como local do encontro, e irá até o dia 31 de janeiro. Este é o terceiro ano consecutivo que a Diocese Alto Solimões, Diocese de Coari e a Prelazia de Tefé, realizam o retiro anual do clero juntas; sinal de comunhão e de sinodalidade entre estas Igrejas. Esta dinâmica iniciou no ano de 2022, e este primeiro ano, o orientador foi Dom Altevir, bispo da Prelazia de Tefé, que convidou o grupo a rezar a partir dos Discípulos de Emaús, construindo junto com todos, um Projeto Missionário, elaborado sob a força da oração. Já o segundo ano quem orientou foi o Pe. Antônio Niemiec, então secretário das Pontifícias Obras Missionárias – POM, a partir do tema: “A identidade do Missionário Presbítero”. O mesmo ressaltava que em cada fase da vida, os clérigos são convidados a visitar o âmago da sua existência, onde se encontram as motivações mais profundas de sua vocação presbiteral. “A missão nasce e se alimenta de uma memória agradecida, para sermos peregrinos da esperança”, é o tema deste ano, orientado pelo Pe. Siro Stocchetti, italiano, comboniano, e atua na Área Missionária São Daniel Comboni, na Arquidiocese de Manaus. Nesta primeira manhã, o orientador, depois da oração invocando a presença do Espírito Santo, se dirigiu aos participantes, que este ano reúne cerca de 40 padres, sendo 19 deles da Prelazia de Tefé, e ainda conta com a participação dos bispos diocesanos destas Igrejas: Dom Adolfo Zon Pereira, Dom Marcos Piatek e Dom Altevir José Altevir da Silva. Este primeiro momento do retiro, o orientador Pe. Siro, trouxe a reflexão sobre o papel do orientador, que é propor um caminhar espiritual, apresentando passo a passo; um itinerário, com metas, ou seja, onde cada um se encontra e onde quer chegar. A partir do tema, o mesmo dizia que é preciso alimentar a Memória deste Deus que fez história com cada um, e que os possibilita seguir a missão com serenidade e confiança. Ao falar do objetivo do retiro, dizia ainda que é necessário: “encontrar com Jesus que me revela o Pai”, citando São Tomás de Aquino, com a frase: “ver em todas as coisas a presença de Deus”, e afirmava que todo encontro com o Senhor, causa em cada um, mudança, levando à conversão. Pe. Siro falou da importância do silêncio, especialmente, o silêncio interior. Destacou a importância da oração, ou seja, Deus falando com cada um. E confirmou que o Espírito Santo é o verdadeiro protagonista do retiro.  Ao indicar o texto de Mc 6,30-32, para cada um entrar no retiro, chamou a atenção para o exercício de autoescuta, recorrendo ao ponto de partida: como cada um se encontra? Na primeira meditação, Pe. Siro apresentou como tema, “o encontro do desejo de Deus com o meu desejo”. Por citações bíblicas, indicadas para este caminho: Ap 3,20 e Lc 19, 1-10, com o foco no versículo 5, “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua Casa”. E ao concluir disse que os participantes devem contemplar Jesus que está à sua porta, pedindo licença para entrar. “Se alguém ouvir a minha voz, abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele e ele Comigo”. Enviando todos para à meditação pessoal, convidou-os a pedir a graça de Deus rezando: “Concede-me Senhor, contemplar-te em teu desejo de me encontrar, a graça de fortalecer o meu desejo de me encontrar contigo para ser testemunha do teu amor na missão que me confiastes. Dom José Altevir da Silva, CSSp

Cardeal Steiner: “A escuta disponível da Palavra de Deus, conduz às origens, à proximidade com Deus”

Na homilia do terceiro domingo do Tempo Comum, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, iniciou sua homilia lembrando que “como era do seu costume, Jesus levantou-se para fazer a leitura. Levantar-se, pôr-se de pé, permanecer na prontidão de quem deseja receber a graça da visitação! De pé como alguém que está na receptividade de uma missão e na disponibilidade de pôr-se a caminho. De pé na posição de quem deseja ouvir com reverência o anúncio do passado, do presente e do futuro.” Na primeira leitura ouvimos, disse o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, “como Esdras, de pé, abriu o livro da Lei à vista de todos, e o povo ficou de pé para ouvir a leitura. E estavam à escuta desde o amanhecer até ao meio-dia. Todo o dia, o tempo todo, deixando-se iluminar, aclarar pela palavra. Todos os que tinham capacidade de compreensão mulheres e homens era dirigida a palavra. E a todos era demonstrado o sentido da Palavra, todos eram instruídos pela palavra.” Ele recordou que “vindo do exílio, ainda no tempo de miséria e desolação, o povo deseja reconstruir Jerusalém com suas muralhas e as portas. Mais que o templo e a cidade, era necessário restaurar a vida do Povo de Deus. Necessário reconstruir, reconciliar a vida com suas injustiças, as contradições e traições.” “A leitura da palavra para que todo o Povo pudesse recordar, acordar para o compromisso fundamental que Deus estabelecera na Aliança. Para garantir que seriam fiéis à Aliança, era necessário voltar às origens, às palavras iluminadoras e encantadoras do princípio, do chamado, da razão de ser Povo de Deus. Então, reconstruir o templo, as muralhas, guiados, alicerçados, assegurados, pela Palavra de Deus. O Povo de pé na disponibilidade da Palavra”, sublinhou. “E diante da palavra que desperta e ilumina, o povo responde; ‘Amém, Amém!’, assim seja! Escuta de pé, mas no assentimento se prostra, se inclina em sinal de aceitação e recolhimento da palavra. O povo ao escutar a palavra de pé se coloca na prontidão de quem deseja restaurar não apenas o templo e as muralhas, mas especialmente a sua relação com Deus. Está disposto à graça de uma vida nova que Deus está a oferecer”, disse o cardeal Steiner. Ele destacou que “Na disposição, aceitação e reverência do povo, Neemias convida: ‘Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será vossa força.’ (Ne 8,8-10)” Segundo o arcebispo de Manaus, “a escuta disponível da Palavra de Deus, conduz às origens, à proximidade com Deus e, por isso, se comove. chora; interpelado pela Palavra quanto à sua origem, o povo se converte busca a mudança de vida, desperta para a alegria e a solidariedade, festeja, partilha. A escuta das origens, da fonte, é a força de povo de Deus.” No Evangelho proclamado, o cardeal ressaltou que “Jesus se levanta, recebe a palavra e a proclama de pé. Caiu-lhe nas mãos o profeta. De pé proclama e escuta a palavra do profeta que no passado indicava o futuro. Na palavra proclamada deixar percutir no presente o que o passado esperava, ansiava, desejava. Deixar ressoar as promessas do futuro que agora se tornaram realidade.” “De pé, na prontidão, disposição, disponibilidade, Jesus escuta a missão: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para proclamar um ano da graça do Senhor.’ E o fogo da paixão, que no Batismo se acendera em seu coração, crepitava com todo o ardor. Ele não se sente apenas ungido, mas o ungido por excelência, o Cristo prometido ao longo de todo o Antigo testamento. O Espírito que se apossa de Jesus, torna-se, assim, sua paixão, seu desejo, seu Amor. Por isso, diferentemente dos profetas, não há mais separação entre ele o Espírito. Ele e o Espírito são um como Ele e o Pai são um”, disse o arcebispo de Manaus, inspirado no comentário de Fernandes e Fassini, acrescentando que “sente-se enviado na força do Espírito.” “De pé, Jesus sente-se enviado, para aqueles que já não caminham: cegos, coxos, feridos no corpo e no espírito. Enviado pelo Espírito, leva o Espírito que transforma todas as coisas, mantém em vida todos os seres, que oferece aos desvalidos a graça e a libertação. Todos agora a caminho na força do Espírito”, disse o presidente do Regional Norte 1. “Proclama as bem-aventuranças, ensina a compaixão e o cuidado do Pai, como aos lírios do campo e os pássaros do céu; mostra transformação da vida na morte, recompõe os desvalidos, sacia os famintos, abre olhos aos cegos, concede passos aos descaminhantes, deixa todos se sentirem irmãos e irmãs. O Espírito que repousou sobre ele, o faz anunciador de um novo céu e de uma nova terra”, destacou das palavras do Evangelho. Segundo o cardeal Steiner, “como Jesus que de pé escuta a palavra e percebe a sua missão, caminha ao encontro das necessidades dos irmãos e irmãs, assim nós, que ouvimos a Palavra do Senhor de pé, com disposição e disponibilidade, somos enviados ao encontro dos irmãos e irmãs. Participamos, pelo batismo, da missão de Jesus.” Ele lembrou as palavras de São João Crisóstomo: “O sacramento do altar é sacramento do irmão; deixamos o altar da Eucaristia para ir ao altar do pobre. Os dois altares são inseparáveis, porque a finalidade da liturgia é gerar a Igreja da compaixão, à imagem de Deus. A Igreja transforma-se na sarça ardente, da qual ninguém pode se aproximar sem ver a miséria do povo e ouvir seus gritos (cfr Ex 3,7).”  Citando as palavras de Jesus, “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”, o arcebispo de Manaus enfatizou que “a palavra que também nos revela uma missão, nos envia, nos coloca a caminho; a Palavra…
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Ninguém pode se achar dono do mundo

Na última segunda-feira 20 de janeiro de 2025, Donald Trump assumiu seu cargo como presidente dos Estados Unidos. Suas primeiras palavras têm que nos levar a refletir, a entender que ninguém pode se achar dono do mundo. O desejo de dominar os outros, de impor a própria visão do mundo, está presente em muitas pessoas. Diante disso somos chamados a entender que uma convivência sadia entre as pessoas, entre os países, é fruto da escuta, do diálogo, do respeito pelo outro, seja grande, seja pequeno. Quando isso não acontece, nos deparamos com as guerras, que podem ser de muitos tipos, não só armadas. As consequências das guerras sempre são dramáticas para todos, mas especialmente para os pequenos, que sempre pagam a conta das decisões erradas dos poderosos. Se Donald Trump levar adiante suas ameaças, podemos nos deparar com uma grande ameaça para o futuro da humanidade. Muitos países irão reagir, colocando em risco a vida de muitas pessoas. Suas atitudes preconceituosas, sem respeito para com o outro, especialmente para quem é ou pensa diferente, é algo que não pode ser tolerado. O que ele tem falado em relação às políticas migratórias, as ameaças aos migrantes que já vivem nos Estados Unidos, seu negacionismo sobre questões de saúde ou climáticas, seus ataques a diversos coletivos, a ameaça de invadir territórios mundo afora, deveria levar a uma reação global. Mas infelizmente essas atitudes estão presentes em muitas pessoas, incapazes de dialogar, com atitudes xenófobas, racistas, aporofóbicas, preconceituosas. Gente que se acha mais do que os outros, que se empenha em instaurar um pensamento único, acorde com o seu próprio pensamento, gente que não respeita quem vem de fora, que não aceita que ninguém pense diferente, gente fechada em seu próprio ego, que não consegue enxergar além do seu nariz. O que fazer diante dessas pessoas? Como reagir frente a essas atitudes? Como evitar cair nesses erros? Como educar os mais jovens para evitar que eles possam chegar nesse ponto? A democracia é bem mais do que um sistema teórico, ela tem a ver com o modo de vida, de se relacionar uns com os outros. Ninguém pode esquecer que sem diálogo, escuta, uma boa convivência, a democracia acaba. Os ditadores, mesmo eles tendo sido eleitos democraticamente, são um grande perigo para a humanidade. Ainda mais quando eles se acham escolhidos por Deus para essa missão. Em verdade, o Deus pelo qual eles se dizem escolhidos, nada tem a ver com o Deus de Jesus Cristo, que prega e vive com atitudes completamente diferentes. Não deixemos nos enganar por sujeitos que só pensam em se próprio, que se esforçam em distorcer a realidade para cuidar unicamente de seus interesses. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar