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Seminário São José e COMISE lançam 12ª Experiência Missionária na Prelazia de Itacoatiara

A manhã desta segunda-feira foi marcada pelo lançamento oficial da 12ª Experiência Missionária promovida pelo Seminário São José, em parceria com o COMISE (Conselho Missionário de Seminaristas). O anúncio aconteceu no final da formação conduzida pela Irmã Regina da Costa Pedro, diretora das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil. Na Prelazia de Itacoatiara de 19 a 26 de outubro A Ação Missionária, que neste ano será realizada na Prelazia de Itacoatiara, no interior do Amazonas, tem o intuito de despertar nos participantes o ardente desejo de se colocarem sempre disponíveis para a missão da Igreja, visto que a missionariedade é considerada o fio condutor de todo o processo formativo. Durante o lançamento, os seminaristas foram saudados com entusiasmo por Dom Edmilson Tadeu Canavarros, bispo da Prelazia de Itacoatiara, por meio de uma mensagem em vídeo: “Com grande alegria queremos recebê-los em nossa Prelazia de Itacoatiara para a 12ª Experiência Missionária. Nossa expectativa é que vocês nos ajudem para que, cada vez mais, sejamos comunidades missionárias, sejamos discípulos missionários, para cuidar da família humana. Tudo isso sob as bênçãos de Nossa Senhora do Rosário. Estamos de portas abertas!” A 12ª Experiência Missionária será realizada de 19 a 26 de outubro e reunirá seminaristas, padres, leigos e religiosos. Seminarista Lucas Santos Maia (Diocese de Roraima)Assessor de Comunicação do Comise Labontè

Formise Regional reúne seminaristas para refletir sobre missão presbiteral na Amazônia

O Seminário Arquidiocesano São José, em Manaus (AM), acolheu, na segunda-feira, 4 de agosto, o Formise Regional, um encontro promovido pelo Comise Labontè (Conselho Missionário de Seminaristas) com o objetivo de aprofundar a consciência missionária dos futuros presbíteros da Igreja na Amazônia. O evento teve início com um momento oracional, reunindo seminaristas em espírito de oração e comunhão. A programação contou com a presença marcante da Irmã Regina da Costa Pedro, religiosa das Missionárias da Imaculada (PIME) e atual diretora das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil. Igreja em Saída encarnada na realidade Durante sua fala, Irmã Regina provocou os participantes a refletirem sobre o tema: “As provocações do CAM 6 para a vida missionária dos presbíteros da Igreja da Amazônia: como responder aos desafios atuais da missão a partir da vocação presbiteral?” A partir dos apontamentos do 6º Congresso Americano Missionário (CAM 6), ela destacou a urgência de uma Igreja em saída, encarnada nas realidades do povo amazônico e comprometida com a evangelização integral, que una fé e compromisso social. Escuta sensível, proximidade e disposição A religiosa ressaltou que a vocação presbiteral, especialmente no contexto amazônico, exige uma escuta sensível, proximidade com as comunidades e disposição para enfrentar os desafios impostos pelas distâncias geográficas, pelas vulnerabilidades sociais e pela pluralidade cultural da região. O encontro se configurou como um espaço de formação, partilha e fortalecimento do compromisso missionário, reafirmando o papel dos seminaristas como protagonistas de uma Igreja viva e atuante na Amazônia. Ao final da atividade, os participantes expressaram gratidão pela oportunidade de refletir sobre a missão à luz dos apelos contemporâneos da Igreja, renovando o desejo de seguir o chamado presbiteral com ardor missionário e fidelidade ao Evangelho. Seminarista Lucas Santos Maia (Diocese de Roraima) – Assessor de Comunicação do Comise Labontè

Cardeal Steiner: “Toda ganância destrói, separa, divide”

No 18º Domingo do Tempo Comum, o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), cardeal Leonardo Ulrich Steiner, iniciou sua homilia lembrando que “não encontrando conciliação com o irmão, um homem busca a Jesus.” Segundo o arcebispo, “diante do litígio dos bens, Jesus recorda: ‘Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.’” Desabundância de plenitude O cardeal Steiner sublinhou que “pode haver abundância de bens, mas falta de vida, desabundância de plenitude! A equidade, a justiça, o bem, a irmandade não vem de bens, mas do encontro com a abundância da vida. Toda ganância destrói, separa, divide, às vezes leva à morte. A abundância da vida, o bem-querer, a bem, a bondade, a justiça, a equidade, a irmandade, a generosidade, a misericórdia obrativa, concedem a medida que possibilita discernir o que os dois podem receber e depois usufruir. Dividir e ter pouco, mas abundância de vida”. Ao contar a parábola, o cardeal mostrou que “Ele nos propõe um modo de viver que evita a ganância e deixar guiar-se pela abundância da vida. A vida do Homem, a vida de cada um de nós, tem seu valor, tem seu sentido, tem sua grandeza, sua beleza, que provém de outro espaço. Não da abundância dos bens, mas da abundância da vida, da grandeza das relações, dos cuidados, da doação da generosidade, do amor. É da abundância da vida que nasce a realização de nós mesmos e na experiência de seguidoras, seguidores de Jesus. Jesus a vida plena, a abundância da vida, experimentou uma vida de poucos bens e distribuiu a todos os bens do corpo e do espírito aos mais necessitados. Ele era a abundância da vida, do amor!” Apreciar o capital de amor O presidente do Regional Norte 1 recordou as palavras de Santo Agostinho no Sermão 34: “Irmãos, examinai com atenção a vossa morada interior, abri os olhos e apreciai o vosso capital de amor, e depois aumentai a soma que tiverdes encontrado em vós. E guardai esse tesouro, a fim de serdes ricos interiormente. Chamam-se caros os bens que têm um preço elevado, e com razão. […] Mas que coisa há mais cara do que o amor, meus irmãos? Em vossa opinião, que preço tem ele? E como pagá-lo? O preço de uma terra, o preço do trigo, é a prata; o preço de uma pérola é o ouro; mas o preço do amor és tu mesmo. Se queres comprar um campo, uma joia, um animal, procuras em teu redor os fundos necessários para isso. Mas, se desejas possuir o amor, procura apenas em ti mesmo, pois é a ti mesmo que tens de encontrar. Que receias ao dar-te? Receias perder-te? Pelo contrário, é recusando-te a dar-te que te perdes. O próprio Amor exprime-se pela boca da Sabedoria e apazigua com uma palavra a desordem que em ti lançava a expressão: «Dá-te a ti mesmo!»(…) Escuta o que diz o Amor, pela boca da Sabedoria: «Meu filho, dá-me o teu coração» (Pv 23,26). (…) ‘Meu filho, dá-me o teu coração», diz a Sabedoria. Se ele for meu, já não te perderás. […]. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento’ (Mt 22,37). […] Quem te criou quer-te todo para Si”. “Sim, amados irmãos e irmãs, ganância, pode nos deshumanizar e desdivinizar. Corremos o risco de perdermos a nós mesmos, quando perdemos a força de amar, servir, repartir”, enfatizou o cardeal. Ele lembrou como nos dizia Agostinho: “dá-te a ti mesmo!” Isso, porque “oferecer a nós mesmos, está no movimento da doação, isto é, do amor como possibilidade da abundância de vida. No bem que oferecemos, no acolhimento que possibilitamos, no dinheiro que damos, pode ir sempre ‘eu mesmo’. É nesse dar-me a mim mesmo que está a possibilidade de um amor que jamais frustrará, pois é livre e doativo. Eleva, transforma, transfigura!!, pois é nosso coração que oferecemos e não os objetos e as sobras”. Vaidade das vaidades “É da abundância dos bens da vida, do coração que recebemos o ensinamento da primeira leitura do Eclesiastes: Vaidade das vaidades tudo é vaidade!”, afirmou o arcebispo de Manaus. Segundo ele, “o homem religioso, descobriu que fora de Deus nada existe, nada é. Tudo um grande vazio: um nada, pura vaidade, ilusão, fantasia! Todos os empreendimentos, esforços, conquistas, realizações, sonhos aparentemente realizados, tudo o que fizermos a partir de nós mesmos e para nós mesmos, contradizem ao desejo mais profundo de plenitude e de eternidade que habita em cada um de nós. Na intimidade de nós na busca de um lugar, onde repousar nosso coração. E o coração não repousa nas coisas, nos bens”. O cardeal enfatizou que “a última frase do Evangelho que ouvimos é uma verdadeira provocação que Jesus nos faz: ‘Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste? Assim acontece com quem ajunta tesoureiros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ Ou seja, para quem acumulei?” Citando o texto evangélico, “Tomai cuidado contra todo tipo de ganância”, ele disse que “a ganância que acumula, acumula e destrói a vida pessoal e, também a vida dos pobres”. O cardeal citou as palavras de Papa Francisco em Evangelii Gaudium 202: “Enquanto não forem radicalmente solucionados os problemas dos pobres, renunciando à autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira e atacando as causas estruturais da desigualdade social, não se resolverão os problemas do mundo e, em definitivo, problema algum.” Segundo ele, “sim amados irmãos e irmãs, hoje o que domina é a especulação financeira. Perdeu-se o horizonte da abundância da vida, caminhamos com rapidez para a acumulação de tudo o que passa”. Nesse sentido, ele lembrou que São Paulo insistia: “aspirai às coisas celestes e não às…
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Dom Zenildo Lima: Encontro dos Bispos da Amazônia, dar continuidade à sinodalidade a partir do território

Seis anos após o Sínodo para a Amazônia, a Igreja amazônica continua sua caminhada com convicção e esperança. Nesse espírito, a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) convoca todos os bispos das jurisdições amazônicas ao Encontro dos Bispos da Amazônia, que acontecerá em Bogotá, Colômbia, de 17 a 20 de agosto de 2025. Este evento tem como objetivo fortalecer a comunhão, avaliar o caminho percorrido e discernir juntos como continuar consolidando uma Igreja com rosto amazônico, sinodal, encarnado nos territórios e comprometido com a Casa Comum. Um momento para verificar o caminho e projetar o futuro Dom Zenildo Lima, Vice-Presidente da CEAMA e Presidente da Comissão Organizadora do Encontro, destaca que este Encontro é fruto de um discernimento coletivo e responde à necessidade de continuar aprofundando o processo sinodal iniciado em 2019: “Mais de cinco anos após o Sínodo da Amazônia, e confirmados pelo Sínodo sobre a Sinodalidade, continuamos nossa vocação de ser uma Igreja com face amazônico, marcada pela sinodalidade, pelo compromisso com a nossa Casa Comum, pela aceitação das experiências dos nossos povos indígenas e pelos muitos desafios que os nossos territórios enfrentam.” Dom Lima lembra que, como fruto direto do Sínodo, a CEAMA foi criada como um organismo eclesial a serviço das Igrejas locais. Agora, o Encontro dos Bispos da Amazônia será uma oportunidade para avaliar este caminho, e, acima de tudo, perguntar-nos: “Qual é a melhor maneira para esta Conferência Eclesial apoiar nossas Igrejas locais?” Participação essencial dos pastores amazônicos O Encontro busca reunir bispos que atuam nas regiões amazônicas dos nove países do bioma. Sua presença é essencial para continuar avançando em um sinodalidade corporificada e territorializada. “Nossa participação como pastores das Igrejas locais na Amazônia é muito importante para consolidar esse caminho”, afirma Dom Zenildo Lima. Por isso, a CEAMA convida com entusiasmo cada bispo a ser parte ativa desta experiência de escuta mútua, reflexão compartilhada e compromisso pastoral. Continuar a sinodalidade a partir do território O Encontro dos Bispos da Amazônia se apresenta como um espaço de diálogo fraterno e discernimento coletivo, que nos permitirá estreitar laços, compartilhar desafios pastorais e projetar juntos novas formas de presença evangelizadora e solidária na Amazônia. “Este encontro é fundamental para garantir que o caminho sinodal inaugurado no Sínodo da Amazônia continue na sinodalidade concreta de nossas Igrejas locais”, conclui Dom Zenildo. Com este passo, a CEAMA continua a reafirmar a sua missão de caminhar ao lado dos povos amazônicos, encorajando uma Igreja que não impõe, mas escuta; que não domina, mas serve; que não teme os desafios, porque é sustentada pela força do Espírito e pela sabedoria do povo. Fonte: CEAMA

Chamados a Ser Sinais de Esperança: A reflexão de Dom Altevir no Mês Vocacional

O chamado a ser sinais de esperança é ponto de partida da reflexão do bispo da prelazia de Tefé e secretário do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1). Um tempo sagrado em que “cada comunidade é convocada para um grande mutirão de animação vocacional, respondendo ao chamado que Deus continua a fazer em meio aos desafios do mundo atual”. Dentro do contexto vivencial do Ano Jubilar, “Peregrinos da Esperança”, celebramos o 44º Mês Vocacional com o coração agradecido e os olhos voltados à esperança. Neste tempo sagrado, cada comunidade é convocada para um grande mutirão de animação vocacional, respondendo ao chamado que Deus continua a fazer em meio aos desafios do mundo atual. O querido Papa Francisco recordara que “a esperança não decepciona”, pois, brota do amor derramado em nossos corações. O lema deste ano — “Somos peregrinos porque chamados”, escolhido pelo próprio Papa — une dois elementos essenciais da fé cristã: peregrinação e vocação. Ser peregrino é caminhar com escuta, com “ouvidos de discípulos” e entrega; ser vocacionado é responder livremente ao convite divino com gestos concretos de acolhimento, beleza e paz. Durante o mês de agosto, somos convidados a refletir e celebrar as quatro vocações que sustentam a vida da Igreja. No primeiro domingo, dedicado à vocação presbiteral, contemplamos os padres como pastores segundo o coração de Deus. Homens que, guiados pelo Espírito, entregam-se inteiramente ao povo de Deus, sendo presença sacramental, anunciadores da Palavra e promotores de esperança, especialmente nas comunidades mais distantes da nossa querida Amazônia. O segundo domingo é marcado pela vocação matrimonial, ocasião em que celebramos o dom da família e o amor vivido como missão. Neste dia, em comunhão com o Dia dos Pais, exaltamos a paternidade como expressão concreta do cuidado, da proteção e da transmissão da fé no lar. O terceiro domingo é dedicado à vida religiosa, reconhecendo o testemunho profético dos religiosos e religiosas que consagram sua vida por amor ao Reino. Atuando com ternura e coragem junto aos povos originários, eles promovem educação, saúde e evangelização em regiões muitas vezes esquecidas. Por fim, não menos importante, o quarto domingo celebra a vocação laical, destacando a missão dos catequistas como fermento no mundo e na Igreja. Os leigos vivem sua vocação no cotidiano — no trabalho, nas famílias, na cultura, na política — sendo presença atuante e corajosa da Igreja em saída, especialmente onde o clero não pode estar. O Mês Vocacional de 2025 convida cada fiel a escutar com profundidade e responder com coragem ao chamado divino. Que sejamos, como Igreja, sinais vivos da esperança que sustenta nossa fé e transforma o mundo. Que cada vocação seja reconhecida, valorizada e celebrada com gratidão, e que nossas vidas sejam dom e missão no caminho vocacional. + José Altevir da Silva, CSSp – Bispo da Prelazia de Tefé-AM

Dom Adolfo Zon: “A vocação de vocês é sinal do amor de Deus em nossa Igreja!”

No Mês Vocacional, o bispo da diocese de Alto Solimões e vice-presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), reflete sobre a vocação, que ele define como “sinal do amor de Deus em nossa Igreja!” Queridos irmãos e irmãs, paz e bem! Com alegria e espírito de comunhão, dirijo-me a cada um de vocês — missionários e missionárias, lideranças, agentes de pastoral, religiosos, padres, seminaristas, jovens, famílias e comunidades de nossa querida Diocese do Alto Solimões — para partilhar uma palavra de fé e esperança neste Mês Vocacional 2025, cujo lema nos convida a mergulhar no mistério da vocação: “Chamados porque peregrinos”. A Palavra de Deus nos recorda que “todos estes morreram na fé, sem ter recebido a realização das promessas. Mas as viram de longe e as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hb 11,13). Assim também somos nós: povo em caminhada, guiados pela fé, rumo ao Reino definitivo, sustentados pela promessa de Deus. Ser peregrino na fé é aceitar viver em movimento, com os pés no chão da realidade — tantas vezes marcada por desafios, como os que enfrentamos aqui na Amazônia — mas com o coração voltado para o alto, em busca de um sentido maior. E somos chamados justamente porque Deus caminha conosco, e nos chama pelo nome para colaborar com Ele na construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Em nossa Diocese do Alto Solimões, onde convivem povos indígenas, ribeirinhos, migrantes e tantos rostos amazônicos, a vocação tem rosto missionário. O chamado de Deus ecoa nas trilhas da floresta, nas margens dos rios, nas aldeias, comunidades e cidades. Deus continua chamando homens e mulheres dispostos a gastar sua vida em favor do Evangelho, no serviço ao povo, na defesa da vida e da Casa Comum. Neste mês vocacional, quero agradecer com carinho aos nossos padres, religiosas, religiosos, seminariatas, catequistas, animadores e leigos comprometidos. A vocação de vocês é sinal do amor de Deus em nossa Igreja! E quero convidar especialmente os jovens: escutem o chamado de Deus! Não tenham medo de seguir Jesus, seja no sacerdócio, na vida consagrada, no matrimônio ou no serviço pastoral. Ele caminha com vocês! Aos pais, comunidades e lideranças, peço: sejam terra boa onde brotam vocações. Ajudem nossos jovens a sonhar com os sonhos de Deus. E a todos nós, peço que neste mês intensifiquemos a oração pelas vocações, como nos pede Jesus: “Pedi ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe” (Lc 10,2). Que Maria, Nossa Senhora da Assunção e estrela da evangelização na Amazônia, interceda por nossa Igreja em missão, e que o Espírito Santo nos dê coragem para sermos peregrinos da esperança e servidores do Evangelho. Com minha bênção e carinho pastoral, Dom Adolfo Zon Pereira, SX – Bispo da Diocese do Alto Solimões

Tráfico de pessoas: mais uma prova de desumanidade

Estamos nos tornando desumanos. Mais uma prova disso é o tráfico de pessoas, um crime cada vez mais presente em nossa sociedade. Ontem, 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, foi mais uma oportunidade para refletir sobre uma das violações mais graves dos direitos humanos, uma ferida que machuca tanta gente mundo afora. Um crime lucrativo Um crime dos mais lucrativos, que só perde para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Esse tipo de crime tem aumentado nos últimos anos. Entre 2020 e 2024, o tráfico de pessoas aumentou 60% no Brasil. As redes sociais têm se tornado instrumento para aliciar milhares de pessoas, sobretudo mulheres. As quadrilhas atuam, muitas vezes na impunidade, mas também é verdade que aos poucos as autoridades têm articulado estratégias mais eficazes para combater esse crime. Como nos posicionamos diante dessa realidade, diante desse crime? Fazemos o que está em nossa mão para combatê-lo? Trabalhamos como sociedade para ajudar as pessoas a ter o conhecimento suficiente que lhes permita não cair nas armadilhas do tráfico de pessoas? Acolhemos as vítimas e as ajudamos a se reerguer? Não podemos ser cúmplices As palavras de Papa Francisco: “Se fecharmos nossos olhos e ouvidos, se permanecermos indiferentes, seremos cúmplices”, são um chamado de atenção para a sociedade, mas especialmente para nós católicos. A indiferença diante dos problemas, do sofrimento dos outros, parece ter se instalado no coração da humanidade. Nossos corações vão se endurecendo, se tornando um coração de pedra, sem capacidade de se compadecer, de viver a compaixão diante do sofrimento alheio. Uma atitude que tem que nos levar a refletir, a cada um, cada uma de nós, mas também a todos e todas como humanidade. Denunciar as violações, formar consciências, acolher os feridos tem que se tornar uma exigência se não queremos deixar de lado nossa humanidade. Ficar calados é uma atitude que não pode ser aceita, uma atitude que nos desumaniza. Não podemos esquecer que o ser humano começou ser considerado como tal quando mostrou capacidade de se compadecer diante do sofrimento do outro. Uma postura profética Um sentimento de compaixão que tem que estar presente naqueles que têm fé. Essa fé tem que nos levar a assumir uma postura profética, a perder o medo de nos comprometermos e lutar para acabar com esse crime que tanto atinge a vida de pessoas inocentes. O compromisso de cada um, de cada uma, o compromisso de todos e todas é decisivo para superar aquilo que condiciona a vida de tantas pessoas inocentes: o tráfico de pessoas. Não deixemos passar mais uma oportunidade para refletir, para nos conscientizarmos da necessidade de agir firmemente em defesa das vítimas. Elas têm que ser a prioridade sempre, não podemos renunciar a isso. Cada pessoa que é salva é mais uma vida que é recuperada. Depende de cada um, cada uma de nós, avançar nesse caminho. Editorial Rádio Rio Mar

Cimi lança Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil: “estar ao lado daqueles que mais precisam”

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou nesta segunda-feira, 28 de julho, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2024, que retrata os diversos tipos de violência e seus responsáveis. O relatório analisa as violências e violações praticadas contra os povos originários no Brasil, divididas em três seções: violência contra o patrimônio indígena, violência contra a pessoa e violência por omissão. O evento iniciou com rituais dos povos Guarani Kaiowá, Patoxó e Tubinambá.   A Igreja ao lado dos que mais precisam O Arcebispo de Manaus e presidente do Cimi, Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, iniciou saudando e agradecendo a todos e a todas os presentes no “momento importante do Cimi, mas, especialmente, dos Povos Indígenas que é o lançamento do relatório 2024 e que há muitos anos vem apresentando”. Saudou também os “irmãos e irmãs indígenas, representantes de tantos povos, os missionários e missionárias do Cimi” e agradeceu a Dom Ricardo Hoepers, pela oportunidade de fazer o lançamento na sede da CNBB e explicou que a ligação com a CNBB expõe que “nós somos uma expressão da Igreja do Brasil que deseja viver o Evangelho, estar do lado daqueles que mais precisam”. Antes da apresentação dos dados do relatório, o presidente ressaltou que ele “é a oportunidade visibilizarmos o lento extermínio dos povos indígenas” não tanto em “número de pessoas, mas de culturas, de línguas, da presença dos primeiros habitantes, é uma continuação de 1500, uma continuação até os dias de hoje”. O arcebispo fez um recorte onde analisa que ao “olhar a história do Brasil, nós não vamos encontrar nos nossos manuais, os ataques, as mortes que os povos indígenas sofreram durante a história desde mil e quinhentos. Nós não vamos ouvir dizer que os Goianos não existem mais. Nós não vamos ouvir dizer que os Manaós não existem mais”. Processo contínuo de luta E continuou afirmando que esse processo continua, mesmo com a luta povos indígenas “que lutaram e foram mortos, desapareceram” e a luta hoje permanece “seja nas praças de Brasília, seja nas aldeias. Seja onde for, sempre de novo recordando quem são e recordando os direitos constitucionais que têm.” O Cardeal Steiner esclareceu que “esse relatório nos ajuda a conscientizar a sociedade brasileira, especialmente em relação ao Marco Temporal” e  também que “nos ajude e que nós, como Cimi, possamos continuar a servir para que os nossos irmãos indígenas, os povos originários tenham seus direitos respeitados, direitos constitucionais respeitados e tenham casa, o seu espaço, o seu lugar. Se nós continuarmos como estamos, nós não daremos chance a tantos pequenos povos que existem, eles desaparecerão, o que nós chamamos de povos isolados”. Aproveitou para expressar gratidão pelos relatórios e dados enviados “quantas pessoas nos ajudaram, quanto esforço para a elaboração desse relatório” porque, nas palavras do presidente, “é um registro da história, se torna um documento” e disse que assim como os anteriores, será enviado para o Papa “que tem uma sensibilidade tão grande para a questão indígena, ele fala corretamente a língua do povo Quechua com quem trabalhou, esteve junto” e que ele perceba “as nossas necessidades e vá nos ajudando com as suas orações mais também com o seu testemunho e a sua palavra”. O Marco Temporal e crescimento dos conflitos Um dos destaques do relatório de 2024 são os reflexos do primeiro ano sob vigência da lei 14.701/2023, conhecida como Lei do Marco Temporal, que fragilizou os direitos territoriais indígenas. As restrições impostas pela Lei 14.701 resultaram numa demora ainda maior na demarcação de terras indígenas e, consequentemente, num aumento de conflitos territoriais. Por este motivo, 2024 foi, também, um ano marcado pela violência contra comunidades indígenas em luta pela terra. Outra abordagem contemplada é sobre as ameaças aos povos indígenas em isolamento voluntário no país e artigos com reflexões sobre temas ligados aos dados sistematizados na publicação, como racismo contra povos indígenas, a política indigenista brasileira sob a ótica orçamentária e a luta por justiça, os direitos indígenas no sistema de justiça criminal e a luta por justiça, memória e verdade acerca das violações de direitos dos povos indígenas. A união de vozes pela causa indígena Participaram do lançamento lideranças indígenas, representantes da CNBB, do Cimi e organizações parceiras da causa. Dos quais, o cacique Felipe Mura, do Amazonas, que denunciou com firmeza a atuação da empresa de potássio do Brasil na região de Autazes. O cacique Alvair Pataxó, da Terra Indígena (TI) Barra Velha, na Bahia; Ifigênia Hirto, liderança Guarani Kaiowá da TI Panambi Lagoa Rica, em Mato Grosso do Sul, destacando a resistência das mulheres mesmo diante de constantes embates, ameaças e intimidações ocorridos na retomada; e Roberto Antonio Liebgott, um dos organizadores do relatório. O relatório completo pode ser baixado no site do Cimi: https://cimi.org.br/2025/07/relatorioviolencia2024/

Diocese de Borba celebra o Jubileu da Juventude

Com a temática, “Juventude, peregrinos entre rios, anunciadores da esperança” sob a luz do lema; “Nas margens do Rio Madeira floresce a esperança em Cristo” a diocese de Borba, cumprindo o calendário, realizou o ll Congresso da Juventude Nos dias 25, 26 e 27 de julho de 2025, no município de Nova Olinda do Norte, na Forania São Mateus.  Estiveram presentes cerca de oitocentos jovens das quatro foranias para celebrar o Jubileu da Juventude com o Congresso Diocesano.  O local escolhido para sede foi a Escola Estadual de Tempo Integral Professora Rosária Marinho Paes. A prefeita do município de Nova Olinda do Norte, Professora Aracy, esteve presente e em seu pronunciamento incentivou a juventude para o seguimento do caminho de bondade, sonhos e realizações. “A juventude mora no coração da Igreja e é fonte de renovação da sociedade. Os jovens de todos os tempos e lugares buscam a felicidade” (DOCUMENTO – CNBB, 85), nesta afirmativa, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva pontuou o propósito da Juventude peregrina. O peregrino está em movimento e segue com o coração cheio de esperança para nunca estagnar. A juventude deve seguir como âncora, fixa em Cristo. O bispo diocesano também acolheu a juventude chamando-a de felizes e amados, pois este é também o ano do jubileu, tem na centralidade o perdão, a alegria e a misericórdia. A origem da prática do jubileu está em Levítico 25, anunciado pelo Papa Francisco. Assim, concomitante ao jubileu da Juventude no Vaticano, também acontece o Congresso da Juventude da Diocese de Borba. Apoiados na temática do jubileu, “Peregrinos da esperança”, o objeto da esperança é a Santíssima Trindade. Assim a juventude deve vencer o pessimismo, que é um dos pecados contra a esperança – nenhum jovem pode ser pessimista, nos exortou Dom Zenildo. Outro pecado contra a esperança é o egoísmo, sendo este a raiz de todo pecado. Apontamentos como, “A Esperança é virtude obrigatória para o Cristão”. “A esperança não decepciona”, “a esperança é a luz que vence as trevas” foram proclamadas para os jovens, bem como a afirmativa do Papa Bento XVI, “Deus é o fundamento da esperança”. Sendo esta a vertente formadora na qual seguiu o ll Congresso da juventude da diocese de Borba. O Documento Christus Vivit diz que “a verdadeira juventude é ter um coração capaz de amar. E a fonte da vida e da fé está na palavra de Deus.” Outro apontamento reflexivo  do evento seguiu para a encíclica Documento Laudato Sí, por conta da crise climática global,  uma vez que “não podemos ignorar que, nos últimos anos, temos assistido a fenómenos extremos, a períodos frequentes de calor anormal, seca e outros gemidos da terra que são apenas algumas expressões palpáveis duma doença silenciosa que nos afeta a todos (LAUDATE DEUM, CAP. 1), bem como o Documento de Aparecida e o “Querida Amazônia” que foram estudados nas oficinas ofertadas pela assessoria do Congresso. Dinâmica esta que dividiu a juventude em grupos nas salas para abordagem das temáticas; Liderança e espiritualidade ecológica; Igreja missionária em saída; Formação do discípulo missionário; Grupos de Jovens; Vocação; Juventude; Espiritualidade e ecologia integral; Sinodalidade e A missão da família no acompanhamento dos jovens na igreja. Outro ponto importante do momento foi a “Caminhada Ecológica” que a juventude realizou, com brados de alegria e louvor, fechando a tarde do dia vinte e seis até a frente da Igreja Matriz Nossa Senhora de Nazaré. O momento cultural ficou com a participação da Banda Ministério Santa Cruz, da arquidiocese de Manaus, que animou e rezou com todos os congressistas. No dia 27 de julho, neste domingo o encerramento do evento se deu com a Santa Missa, presidida por Dom Zenildo, que em sua homilia frisou que na primeira Leitura “Abraão conversa com Deus e sente a sua presença por meio da oração. A oração é o diálogo com Deus, é preciso ter a vivência da oração para discernir, para evangelizar e evangelizar não é ativismo, evangelizar é estar a serviço do reino de Deus, como fez Abraão. Em seguimento na explicação, o bispo diocesano frisou que a segunda leitura coloca você diante do poder da cruz, do amor e da presença de Deus, todo ser humano tem o valor da dignidade. O Evangelho mostrou o amor de Jesus por nós. E um dos ensinamentos de Dom Zenildo para os jovens foi que a juventude não divide, a juventude uni e evangeliza. O jovem cristão não desmata, ele planta! Para isso a Juventude precisa estudar sobre a ecologia que fala da presença de Deus na Laudato Sí. A Juventude é convocada por Cristo ao ministério, os jovens devem fazer, devem executar, devem protagonizar, devem anunciar o caminho da salvação, deixar crescer e brilhar o rosto de Cristo, com característica amazônica, pois temos coisas bonitas para enaltecer, como a nossa identidade. A igreja acredita e tem esperança na força da juventude. A igreja jovem necessita da missão, do SIM, e do entusiasmo. Ainda na celebração de encerramento, o bispo proferiu a oração das Indulgências plenárias para toda juventude congressista.  E o coordenador de pastoral diocesano, Ademir Jackson anunciou a entrada da simbologia que identificaria a forania que sediará o próximo Congresso. No ensejo, o grupo musical tocou o hino do município de Borba e uma jovem adentrou o local com o banner da imagem de Santo Antônio, revelando que a Forania São Marcos – Borba AM, será sede do próximo congresso da juventude, no ano de 2027. E assim encerrou-se o ll Congresso da Juventude da diocese de Borba. Rezemos para que todos sigam com o coração cheio de esperança e entusiasmo, prontos para levar os ensinamentos e a energia adquiridos para nossas comunidades. Que cada jovem saia inspirado a fazer a diferença, vivendo a fé com alegria e compromisso. Juntos, poderemos construir um futuro mais solidário, com espiritualidade ecológica. Agradecemos a todos os envolvidos neste evento e um agradecimento muito especial à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), por seu apoio, inspiração e pela confiança depositada em nossa juventude…
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Catequese indígena: “descobrir Deus e nossa relação com Ele, com os outros, com a natureza”

Mais de 300 catequistas da Amazônia se reuniram de 24 a 27 de julho em Castanhal (PA), para participar do Nortão da Catequese, que teve como tema: “Iniciação à Vida Cristã na Amazônia: Anúncio, Mistagogia e Ecologia Integral.” Tem sido dias de partilha de experiências para oferecer elementos para as igrejas locais em seus processos catequéticos, fortalecendo a pluralidade da identidade amazônica. Catequese indígena no Alto Rio Negro Uma dessas experiências foi partilha pela catequista indígena da paróquia Nossa Senhora Aparecida, diocese de São Gabriel da Cachoeira, Deusimar Uahó, do povo desano. Na Igreja do Alto Rio Negro, com 294 mil quilómetros quadrados, moram 24 povos originários, com uma forte influência das cosmovisões indígenas, entendendo a catequese como “nosso descobrir a Deus e nossa relação com Ele, com os outros, com a natureza”, segundo a catequista indígena. Depois da chegada dos primeiros missionários, e do processo de colonização que se deu naquele momento, a catequese indígena está fazendo um caminho de ressignificação, seguindo um princípio norteador: “a boa nova da cultura dos povos indígenas, acolhe a boa nova de Jesus.” Segundo Deusimar, “nossa relação com Deus, Tupãna, Oãkʉ, O’amʉ, com nossos antepassados, nossos pais e mães primeiros, vem do sagrado de nossas culturas e religiosidades. Nossa catequese nasce, se desenvolve aí, é em casa/nossa aldeia que somos educados ao sagrado e à espiritualidade”. Ressignificar   “Essa ressignificação do sagrado está sendo realizada a partir do conhecimento tradicional dos povos, valorizando e rezando como batizados, fazendo essa relação, para caminhar junto em diálogo intercultural entre a Igreja e o sagrado dos povos indígenas”, ressalta a catequista. Nas comunidades, como parte da espiritualidade indígena, ela destaca “a nossa partilha, a hospitalidade, as nossas orações, os nossos catequistas antigos que ainda têm vivido essa vocação em nossas comunidades, é essa nova geração que vem trazendo também um resgate cultural, inserindo dentro da Igreja os nossos valores, os nossos rituais, as nossas línguas, músicas, trabalhando também os nossos nomes tradicionais”. Um processo devagar, mas que vem tendo cada vez mais visibilidade, ajudando a entender a importância da sua identidade como povo indígena. Durante décadas a Igreja do Rio Negro foi confiada aos Salesianos e Salesianas, sendo a educação, os internatos e as comunidades elementos importantes na missão. Após o Concílio Vaticano II e o encontro e Documento de Santarém, em 1972, os internatos são fechas e a catequese se realiza nas comunidades, sendo criado o ministério do catequista em cada comunidade, com um grande avanço na formação desses catequistas e de outros agentes. Nessa época começam a aparecer as vocações indígenas à Vida Religiosa e o presbiterato, os indígenas do Rio Negro para o mundo. Se realizam assembleias pastorais, se avança no processo de inculturação, recolhendo a proposta do Documento de Aparecida para ser discípulos missionários. Diálogo intercultural Em 2015 acontece uma missão da Catequese: “A boa nova das Culturas acolhe a Boa Nova de Jesus”, incentivando o diálogo intercultural. Também foi de grande importância o Sínodo para a Amazônia, a figura do Papa Francisco e sua valorização dos povos e culturas indígenas e sua exortação pós sinodal Querida Amazônia. Deusimar destaco o impulso que está sendo dado pelo atual bispo, dom Raimundo Vanthuy, que define como bispo pastor e sinodal. Está se avançando numa catequese integral, onde é valorizada a partilha, os encontros comunitários, as convivências, a participação dos catequizandos, o resgate cultural: artes, línguas indígenas, medicina indígena, povo, rios, territórios, nomes tradicionais, grafismos, dentre outros elementos. O novo bispo, com esse olhar sinodal, “ele tem dado essa abertura para que os indígenas tenham esse espaço para manifestar, expressar a sua fé a partir dos seus valores locais. Ele é um bispo que está indo aonde os indígenas estão para conhecer a realidade local e ele tem se mostrado que ele quer aprender, quer partilhar o que ele sabe e aprender também com ele os caminhos que ele pode nos direcionar como bispo”, destacou a catequista indígena. Ela agradeceu o incentivo e apoio do bispo para poder participar do Nortão da Catequese”.