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A Igreja de Manaus despede Dom Sérgio Castriani, que “veio para ficar, habitar”

  A Arquidiocese de Manaus despedia na tarde-noite do dia 04 de março àquele que foi seu Arcebispo por quase sete anos, Dom Sérgio Eduardo Castriani, falecido no dia 03 de março. A pandemia impossibilitou a presença física do Povo de Deus, que foi restrita ao clero, seminaristas, representantes da Vida Religiosa, o Conselho de Pastoral Arquidiocesano e algumas autoridades. Mas os milhares de pessoas que acompanharam através dos meios de comunicação e das redes sociais, se fizeram presentes ao lado daquele que seguindo seu lema episcopal, habitou entre nós, em nós, como enfatizava Dom Leonardo Steiner no início da sua homilia. Falando do Verbo Encarnado, usava palavras que bem poderiam ser aplicadas a Dom Sérgio Castriani: “experimentou nossas dores e alegrias, os dissabores e realizações, as injustiças e a misericórdia; compartilhou nossos sonhos, devolveu vida, consolou órfãos e viúvas, abriu olhos e concedeu ouvidos, transformou corpos purificando-os; trilhou os nossos caminhos, indicou a fragilidade humana como transformação, salvação, redenção”.  Dom Leonardo Steiner dizia que “hoje nos despedimos deste nosso irmão e pai. Irmão porque conosco em Cristo Jesus. Pai porque pastor, pai porque paternal, pai porque maternal. Pai porque não suportava deixar ninguém sem casa, nem guarida. Irmão porque próximo de todos, especialmente dos pequenos e desprotegidos”. O Arcebispo de Manaus lembrava que na pandemia que estamos e vivendo, e que tem atingido Manaus com tanta gravidade, “a preocupação que manifestava era especialmente com os nossos irmãos e irmãs que vivem nas nossas ruas, com imigrantes, os pobres”. Dom Sérgio Castriani, que aos poucos foi perdendo sua voz, Dom Leonardo lembrava que “com o fio de voz que lhe restava, desejava recordar-nos onde, como e com quem deveríamos estar”.  O Arcebispo de Manaus, definia seu predecessor como alguém que depois de passar pelo Acre na sua juventude, “voltou para a Amazônia”. Mas, ele “não veio passear, não veio olhar, não foi turista, missionário de um dia, de alguns anos. Aqui permaneceu, aqui habitou; fez da Amazônia o ser em casa. Veio habitar entre nós. Veio para ficar, não como alguém que toma posse, mas como aquele que vem para experimentar com seu povo a fé, para partilhar os dias e as horas, para levar esperança, para consolar, para apreender, para partilhar, compartilhar, para clamar pela justiça, para despertar para a ética”, insistia Dom Leonardo, que vê Dom Sérgio como “coração manso com gestos de profeta. Era escuta que discernia e propunha caminhos. Veio habitar entre nós”. Em suas palavras, Dom Leonardo lembrava de uma anedota vivida em Brasília que mostra que Dom Sérgio “veio para ficar, habitar”. Ainda era bispo da Prelazia de Tefé, e lhe perguntou se aceitaria uma arquidiocese no Sul. Ele respondeu “com aquele sorriso suave e cativante: aceito transferência para qualquer diocese, mas no Amazonas”. Nesse ponto, o Arcebispo de Manaus lembrava do carisma espiritano, que fez com que Dom Sérgio, “com a força do Espírito tinha preferência para estar entre os pobres, com os ribeirinhos, com os indígenas, sem deixar de alentar os que mais tem”. Seu carisma lhe fez viver “pobre, despojado, desapegado. Não teve ostentação, mas simplicidade. Às vezes parecia ingenuidade, mas era a sabedoria do Espírito, a singeleza e esperteza da pomba”. Dom Sérgio foi alguém que “nos atraiu com o seu modo, com sua espiritualidade, com sua palavra, com seu silêncio”, segundo Dom Leonardo Steiner. Ele lembrava que “a sua dor, o seu sofrer, sem queixumes, mas sempre no desejo de servir, permanece em nós e animará a vida da nossa Igreja”. O arcebispo destacava o sofrimento que purificou “um homem que no auge de sua vida sente diminuírem as forças, desaparecer a voz, cercear os passos, permanecendo o coração desejoso de sair, sair e sair…, encontrar, acalentar, animar”. Um homem que “a sua pena era ágil, sábia, contundente, perspicaz, animadora”, que “sabia ler a realidade, social, política, religiosa. Sabia discernir os caminhos do Espírito”. À imagem do Bom Pastor, “Dom Sérgio não se resguardou, se doou”, enfatizava Dom Leonardo. Ele viu a celebração como momento de gratidão a todos os que cuidaram da saúde de Dom Sérgio, aos espiritanos, “gratidão por terem dado um tão grande irmão”, aos familiares, à Prelazia de Tefé, onde deixou “um pedaço do coração”, agradecimento a Deus, “por nos ter dado um irmão, pai e pastor que veio habitar em nós”. Daí, Dom Leonardo animava a ser, “como dom Sérgio, testemunhas de que Deus veio habitar entre nós e em nós”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Francisco Lima: “’Habitou entre nós’ e continuará a habitar!” Um testemunho sobre Dom Sérgio

  Dom Sérgio Eduardo Castriani, um missionário que Deus nos enviou, homem da Palavra e de palavra. Já nos idos da década de 70, em sua primeira nomeação para Amazônia, tornou-se um de nós, amazônida, ribeirinho, indígena, foi adentrando nos rios, florestas e em nossos corações. Exerceu várias funções na Congregação do Espírito Santo, ou simplesmente Espiritanos, como conhecemos. Sendo Conselheiro Geral da Congregação, no ano de 1997, tive a oportunidade de conhecer este Missionário, Pe. Sérgio, em uma celebração na Comunidade de Santo Antônio, em Tefé. Não imaginava que depois iria ter uma convivência tão próxima, relação filial, pois logo ele chegaria como Bispo da Prelazia de Tefé, para suceder outro grande Missionário, Dom Mário Clemente Neto, e eu estava na equipe de Coordenação de Pastoral da Prelazia, com Pe. Domingos. Desde que Dom Sérgio chegou à Prelazia de Tefé, quando foi ordenado em 08 de agosto de 1998, ele permaneceu conosco como o Bom Pastor daquela Igreja até sua transferência para Arquidiocese de Manaus. Foram muitas as conversas, as partilhas, as gargalhadas, os almoços, as celebrações, os encontros, os retiros, as assembleias, as viagens pelos rios da Prelazia… uma vida partilhada. Depois, com a transferência para Manaus, pensávamos que a distância nos separaria, os contatos seriam menos frequentes, mais Dom Sérgio nunca esqueceu as missões por onde passou. Até mesmo a primeira missão na década de 70 como padre jovem, Dom Sérgio nunca esqueceu, era referência para ele, seja em suas homilias, entrevistas, cartas, formações, retiros… onde quer que fosse, Dom Sérgio nunca esquecia, era referência para ele os lugares por onde passou. Era um homem que anunciava a Palavra com clareza, seja para a pequena comunidade ou para os centros urbanos, era como nos Atos dos Apóstolos “… e todos ouviam e entendiam em sua própria língua”. Foram muitas as experiências com este homem, que nos ensinou a amar a Igreja com todas as suas limitações, seus pecados, e enxergar com misericórdia o irmão, a irmã. Experiências pastorais, experiências pessoais. Destaco aqui a primeira experiência missionária com Dom Sérgio, quando em 1999 fez sua primeira visita a Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, Município de Japurá, que na época pertencia a Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Município de Maraã. A viagem no Barco Zé Bezerra até Japurá, juntamente com um grupo de Casais e outro jovem chamado Antônio da Pastoral da Juventude, uma longa viagem de 3 dias, foram dias de observação, de aproximação, de aprofundamento das relações, de conhecer melhor este novo Bispo. Uma convivência muito fraterna, de oração, de partilha, de sonhos, ouvir Dom Sérgio naquela viagem iniciava uma relação de profunda confiança, amizade, carinho paterno de pai e filho. No retorno no Barco Recreio Nossa Senhora da Vitória, junto com o povo que viaja para Tefé, outra experiência, outra oportunidade de melhor conhece-lo. Dom Sérgio e Francisco em Japurá, Prelazia de Tefé (1999) Depois destas experiências vieram tantas outras naquela Igreja de Tefé, foram 14 anos convivendo quase que diariamente com Dom Sérgio, mesmo quando estava em suas longas visitas Pastorais nos rios da Prelazia, ele sempre dava um jeito de se comunicar conosco. A saída de Dom Sergio se deu em 12 de dezembro de 2012, quando foi nomeado para Manaus. Todos nós já imaginávamos que ele não ficaria muito tempo na Prelazia. Apesar de na Igreja haver o sigilo na escolha dos bispos, sempre haviam rumores. Apesar de Dom Sérgio dizer “fui nomeado Bispo da Prelazia de Tefé, esta é a minha casa, é aqui que concluirei missão”, sabíamos que não é bem assim, a ação do Espírito Santo não podemos prever, e veio a transferência no dia da festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Dom Sérgio recebeu de forma oficial a nomeação em uma Comunidade chamada Gumo do Facão, no Rio Juruá, Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Município de Carauari. Momento difícil para todos nós, que ficávamos “órfãos”, mais a Igreja nos proporcionou o envio de outro Missionário, Dom Fernando. Mais minha experiência com Dom Sérgio não terminou com sua transferência, quis o Espírito que eu viesse exercer a missão na Secretaria do Regional Norte 1 da CNBB, e pude continuar a convivência próxima com Dom Sérgio, já em uma outra fase da vida dele. Agora que o Homem da Palavra já tinha dificuldade na voz, se revela o homem de palavra, que se revela sobretudo pelo testemunho. Destaco duas experiências com Dom Sérgio nesta fase da vida dele, a celebração dos 60 anos da Paróquia de São Benedito em Itamarati, na Prelazia de Tefé, que Dom Sérgio fez questão de estar presente, juntamente com Dom Fernando Barbosa, Bispo da Prelazia de Tefé. Tive a oportunidade de ficar com Dom Sérgio, ajudando no que era necessário. Já na chegada o povo daquela cidade estava esperando no aeroporto, a sensação era que as pessoas iriam “aparar” o pequeno avião, pois quando aterrizou, avistamos uma pequena multidão na pista do pequeno aeroporto. Depois em carreata, alguns carros, muitas motos, seguiam o carro que Dom Sérgio era transportado.  Isso revela o quanto ele foi querido por onde passou. E a última experiência que compartilho foi a participação dele no Encontro de preparação para Sínodo em agosto de 2019 em Belém. A simples presença dele, o seu testemunho, falava mais que qualquer coisa. Com o olhar e ouvidos atentos, ele participava de todo o encontro.  Em muitos momentos da minha vida pessoal, Dom Sérgio sempre se fez presente, como um pai a cuidar de seu filho. No momento da perda do meu pai, do falecimento de minha mãe, ele possibilitou todo o apoio que precisei, e tantos outros momentos de alegria, como no momento que eu e minha esposa celebramos 20 anos de matrimonio, lá estava ele, se alegrando conosco. Dom Sérgio chorava junto, se alegrava junto, e não foi somente comigo, com minha família, assim foi com todo o povo que pastoreou, que tornaram seus povos, ou como dizemos aqui, Dom Sérgio é nosso parente. Dom Sérgio Eduardo Castriani, homem da…
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Velório de Dom Sérgio, alguém que “habitou entre nós”

  A Catedral Metropolitana de Manaus, que foi sua sede durante quase sete anos, acolhe desde 10 horas da manhã desta quinta-feira, 04 de março de 2021, o velório de seu Arcebispo Emérito, Dom Sérgio Eduardo Castriani, falecido as 19 horas do dia 03 de março, aos 66 anos. O povo de Manaus está se despedindo daquele que sempre quis se fazer presente na vida do povo. Seu lema episcopal era “Habitou entre nós”, algo que Dom Sérgio Castriani em sua vida, em palavras de Dom Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus, e do padre Zenildo Lima, reitor do Seminário Arquidiocesano São José. Ele destaca que “uma palavra que podemos dizer sobre a vida e o ministério de Dom Sérgio Eduardo Castriani é justamente a palavra presença”. Para o padre Zenildo, Dom Sérgio foi “presença amorosa de Deus entre as populações mais distantes”, algo que ele mostrou nas “visitas pastorais, visitas nas comunidades, acolhida”. A memória saudosa de Dom Sérgio será, segundo o reitor do Seminário São José, a “de um homem que foi a presença, a habitação de Deus no meio de nós”, afirmando que “agora Dom Sérgio se faz Palavra e habitou entre nós”. A despedida de Dom Sérgio Castriani, “é despedida e não é despedida, despedida porque não o veremos, nós não o ouviremos, mas não é despedida porque permanece conosco na comunhão dos santos”, segundo Dom Leonardo Steiner. O Arcebispo de Manaus afirma que “permanece conosco no seu exemplo, no seu modo de evangelizar, no seu modo de estar aqui na Amazônia”. Ele destaca em seu predecessor “esse modo da simplicidade, esse modo da pobreza, e esse modo de apontar sempre caminhos novos e buscar sempre estar presente no meio do seu povo”. Ao lembrar as virtudes de Dom Sérgio, que segundo Dom Leonardo é aquilo que permanecerá no meio de nós, o Arcebispo de Manaus destaca “esse modo tranquilo de discernir nos momentos mais difíceis qual o caminho a ser tomado. Esse modo no sorriso livre, solto, recatado”. O arcebispo afirma “que nós possamos fazer como ele, vir para a Amazônia e permanecer na Amazônia, vir para a Amazônia e habitar na Amazônia”. Lembrando o lema episcopal de Dom Sérgio, “Habitabit in nobis”, Dom Leonardo faz o convite a “que nós possamos habitar na Amazônia, fazer da Amazônia a nossa casa, nosso campo de evangelização, mas também que deixemos as pessoas vir e habitar em nós, e nós sejamos tão afáveis que possamos habitar nas pessoas, assim como fez Deus em Jesus Cristo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Faz-nos, Senhor, uma comunidade universal de amor, pois tudo está interligado

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  4 DE MARÇO: Quinta-feira da 2ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos. Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo? Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o fruto de suas obras. (Jr 17,8-10) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ “Em um ecossistema como o amazônico, é incontestável a importância de cada parte para a conservação do todo” (QA, 48), por isso não cansamos de repetir que tudo está interligado, como tão bem nos ilustra o salmo acima, ao falar da relação da árvore com as águas dos rios, para poder ter vida e gerar novos frutos.   Assim deve ser o ser humano na sua relação com o Pai, “fonte última de tudo, fundamento amoroso e comunicativo de tudo o que existe”, com o Filho, “que O reflete e por Quem tudo foi criado” e com o “Espírito, vínculo infinito de amor, está intimamente presente no coração do universo, animando e suscitando novos caminhos” (LS, 238). Essa comunhão trinitária nos ajuda a compreender que nascemos para viver sempre em comunidade. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Um dos grandes desafios da Igreja consiste em pensar de que modo se deve situar neste mundo interligado (Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia, 140) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Arquidiocese de Manaus comunica horários do velório e sepultamento de Dom Sérgio Castriani

A Arquidiocese de Manaus, em nota assinada pelo arcebispo, Dom Leonardo Steiner, acaba de informar que o velório e sepultamento de Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo Emérito de Manaus, acontecerá no dia 04 de março. Falecido as 19 horas de 3 de março de 2021, após ser internado com infecção urinária no dia 26 de fevereiro e posteriormente ser acometido de infarto na noite de sexta-feira para sábado, a infecção não cedeu levando a óbito.  O velório acontecerá a partir das 10 horas do dia 04 em frente a catedral de Manaus, com o cuidado de evitar aglomeração. A celebração de corpo presente será às 17 horas na Catedral com restrição de presença. A celebração será transmitida pela TV Encontro das Águas, a Rádio Rio Mar e a Rádio Castanho. O sepultamento acontecerá na Catedral Metropolitana. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte 1

Regional Norte 1 emite nota de pesar pelo falecimento de Dom Sérgio

Em nota dirigida ao Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a presidência do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB manifestou seu pesar e solidariedade pelo falecimento de Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo Emérito de Manaus, acontecida na noite do dia 03 de março.  A nota “agradece a fecunda missão realizada por nosso querido Dom Sérgio como bispo da Prelazia de Tefé e Arcebispo de Manaus ao longo de mais de 20 anos”, destacando seu “profundo ardor missionário, inserindo-se profundamente na vida do povo, tornando-se testemunha exemplar de uma Igreja em saída, hospital de campanha, oásis de misericórdia, como nos ensina e testemunha o Papa Francisco”.  Mesmo atingido pelo mal de Parkinson, “Dom Sérgio exerceu o ministério de forma martirial, com coragem e lucidez”, destaca a nota, manifestando “a certeza de que nosso Deus é Ressurreição e Vida que vence a morte”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Faleceu Dom Sérgio Castriani, arcebispo emérito de Manaus

Faleceu na noite desta quarta-feira, 3 de março, Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo Emérito de Manaus. Ele estava internado desde o dia 26 de fevereiro e o quadro de saúde foi se agravando até vir a falecer. Nascido aos 31 de maio de 1954, em Regente Feijó – SP, Dom Sérgio foi bispo da Prelazia de Tefé desde 1998, até o ano 2000 como bispo coadjutor, até 12 de dezembro de 2012, em que foi nomeado Arcebispo de Manaus. O Papa Francisco aceitou sua renúncia como Arcebispo de Manaus em 27 de novembro de 2019, sendo nomeado Dom Leonardo Ulrich Steiner como seu sucesor. Como recolhe a nota da Arquidiocese de Manaus, assinada pelo arecebispo, “as irformações a respeito dos funerais serão comunicadas posteriormente”. Descanse en Paz! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Fundo Nacional de Solidariedade destina Recursos para Acre e Amazonas

O Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) destinou a doação de 141 mil reais para os Regionais Noroeste e Norte 1 da CNBB para auxiliar no enfretamento da pandemia e das consequências das enchentes e da crise migratória na região. Em reunião virtual realizada na manhã desta quarta-feira, 3 de março, o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, definiu com bispos dos dois estados sobre a distribuição dos recursos. A doação de recursos, segundo dom Joel, “não é mérito de ninguém, pelo contrário, é obrigação que decorre da fé de estarmos compartilhando um pouco daquilo que nós temos”. O secretário-geral da CNBB definiu a ocasião como um “momento de oração e de celebração pela alegria de, em meio a tantas dores, a tantas dificuldades, nos alegrarmos por fazer o bem”. Participaram do encontro, além de dom Joel, o arcebispo de Manaus (AM), dom Leonardo Steiner; o secretário executivo do Regional Norte 1 da CNBB, diácono Francisco Lima; o bispo de Rio Branco (AC) e presidente do Regional Noroeste, dom Joaquín Pertiñez Fernandez; o bispo da Prelazia de Lábrea (AM), dom Santiago Sánchez Sebástian; a colaboradora do Regional Noroeste Célia; o secretário do bispo de Guajará-Mirim (RO), Héder Carlos; os subsecretários da CNBB, padre Dirceu Oliveira e Marcus Barbosa; o ecônomo, monsenhor Nereudo Freire Henrique; o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Batista; e o coordenador do Departamento Social da CNBB, Franklin Ribeiro. Os recursos Após o Conselho Gestor do FNS destinar recursos para 15 projetos sociais de ajuda humanitária, no mês passado, com recursos doados pela agência alemã Adveniat, uma parte do valor ainda estava disponível para aplicação em outra situação emergencial. Assim, o Secretariado Geral colocou em debate a questão com secretários executivos dos Regionais e depois decidiu pela aplicação no Norte do Brasil. O Acre enfrenta, além das consequências da pandemia do novo coronavírus, um crescimento nos casos de dengue, alagamentos e enchentes por conta da cheia histórica dos rios e uma crise na fronteira com o Peru devido à tentativa de migrantes haitianos retornarem para seu país. Por esse motivo e pelas doações que chegam à capital amazonense, dom Leonardo Steiner sugeriu a dom Joel que a maior parte dos recursos fosse destinada ao Regional Noroeste, que deve também sofrer as consequências após a diminuição do nível das águas. Assim, os participantes aprovaram a seguinte divisão: 90 mil reais serão aplicados no enfrentamento da crise no Acre e os outros 51 mil reais serão entregues para o Regional Norte 1, que compreende o Norte do Amazonas e Roraima. Amazonas Dom Leonardo Steiner começou partilhando sobre a situação atual de Manaus e do Amazonas como um todo. Os hospitais ainda lotados, segundo o arcebispo, o pico já passou na capital, mas ainda é a realidade do interior do Amazonas. “É para lá que nós temos destinado o oxigênio que temos recebido e os instrumentos necessários”, contou. “A solidariedade é muito grande. No momento, a maior dificuldade que nós estamos vendo, especialmente na cidade de Manaus, mas também em outras cidades, é a questão da fome”, partilhou dom Leonardo, lembrando que o número de beneficiados com marmitas saltou de 200 para 400 pessoas. A arquidiocese de Manaus tem praticado a partilha: “O que tem vindo para a arquidiocese, estamos procurando repartir com as outras Igrejas também, para amenizar um pouco a situação”, disse dom Leonardo. O secretário executivo do Regional Norte 1, diácono Francisco Lima, preparou um relato do encaminhamento de recursos e das perspectivas de enfrentamento da situação por meio da campanha “Amazonas e Roraima contam com sua solidariedade”. A iniciativa arrecadou R$ 819.492,23 em dinheiro e também recebeu materiais. Foi possível distribuir para as dioceses do Regional Norte 1 cilindros e concentradores de oxigênio, equipamentos de proteção individual (EPIs), material de uso hospitalar e itens de alimentação. “A crise inicial, motivadora da campanha, era a questão de oxigênio. Até o momento, conseguimos atender cerca de 23 municípios. Conseguimos com esse gesto de solidariedade chegar a todas as nossas dioceses”, destacou diácono Francisco. Dom Leonardo Steiner também pontuou que entidades têm buscado a Igreja para acompanhar a entrega de doações: “É bom ressaltar isso, a confiança que as pessoas têm na nossa Igreja”. Fonte: CNBB

Arquidiocese de Manaus continua pedindo orações por Dom Sérgio

  A Arquidiocese de Manaus, em nota divulgada pela Assessoria de Comunicação no final desta terça-feira, 2 de março, informou que o Arcebispo Emérito, Dom Sergio Eduardo Castriani, continua na Unidade de Terapia Intensiva, sedado e entubado. A nota afirma que há dois dias não é submetido a hemodiálise, e que o quadro do Arcebispo Emérito é estável, apesar de grave, a mesma situação em que se encontrava no dia 1ºde março. Mais uma vez, a Arquidiocese de Manaus pede orações. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Tecendo redes de fraternidade e vida digna para todos

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  3 DE MARÇO: Quarta-feira da 2ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!   Ao redor, todas as coisas me apavoram; ouço muitos cochichando contra mim; todos juntos se reúnem, conspirando e pensando como vão tirar-me a vida.   A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! (Sl 30,5-6.14.15-16) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ No contato com as populações indígenas da Amazônia, aprendemos que “na selva, não apenas a vegetação está entrelaçada, mantendo uma espécie na outra, os povos também se inter-relacionam em uma rede de alianças que contribuem para todos. A selva vive de inter-relações e interdependências e isso ocorre em todas as áreas da vida. Graças a isso, o frágil equilíbrio da Amazônia foi mantido por séculos” (DF, 43). Mas, infelizmente, como recorda o salmista, nem todas as redes promovem a vida e a justiça, mas ao contrário são sinais de morte e do anti-Reino. Contra essas “redes traiçoeiras”, temos que tecer redes de fraternidade e dignidade com todos os seres vivos, pois “[…] tudo está interligado. Se o ser humano se declara autónomo da realidade e se constitui dominador absoluto, desmorona-se a própria base da sua existência” (LS, 117). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Cristo redimiu o ser humano inteiro e deseja recompor em cada um a sua capacidade de se relacionar com os outros. (Querida Amazônia, 22) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ