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Mons. Zenildo Lima: “Só o fato de ter representantes de diferentes segmentos eclesiais não garante a sinodalidade”

Mons. Zenildo Lima: “Só o fato de ter representantes de diferentes segmentos eclesiais não garante a sinodalidade”

Foto: Victória Holzbach

O Documento
Final do Sínodo para a Amazônia, surgido da Assembleia Sinodal realizada em
Roma em outubro de 2019, tem entre as 157 proposta a criação de um organismo
episcopal que ajudasse a concretizar e articular na realidade amazônica as decisões
do Sínodo, recolhidas nesse documento e na Exortação Pós-sinodal Querida
Amazônia. Por indicação do Papa Francisco, esse organismo episcopal se concretizou
em uma Conferência Eclesial, uma novidade na vida da Igreja.

Novos
caminhos de missão evangelizadora

A
Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) foi apresentada no 5º Congresso
Missionário Nacional, que está sendo realizado em Manaus de 10 a 15 de
novembro, por Mons. Zenildo Lima, que será ordenado bispo e assumirá a missão
de bispo auxiliar de Manaus, na missa de encerramento do Congresso. Esse é um exemplo
de novos caminhos de missão evangelizadora, que nos levar a sermos conscientes
de que não é para fazer a mesma coisa
.

O
vice-presidente da CEAMA disse que ela “está destinada a promover a
sinodalidade e a pastoral de conjunto entre as Igrejas do território
, fomentar a
interculturalidade da fé, ajudar a delinear o rosto amazônico da Igreja e
propiciar a tarefa de encontrar novos caminhos para a missão evangelizadora
incorporando a proposta da ecologia integral e afiançando assim a fisionomia da
Igreja na região”. A Conferência Eclesial da Amazônia teve seus Estatutos
aprovados pelo Papa Francisco.

Assembleia
presencial em Manaus

O bispo
auxiliar eleito da Arquidiocese de Manaus lembrou da Assembleia da CEAMA, a
primeira presencial, realizada em Manaus no último mês de agosto, uma
oportunidade para “dar mais valor e legitimidade ao Estatuto e andamento desta
conferência que está engatinhando”, afirmou. Ele lembrou que cada conferência
episcopal escolheu cinco representantes para compor a CEAMA, dois no caso do
Brasil. São representantes do episcopado, do clero, da vida religiosa, do
laicato e dos povos originários. Mons. Zenildo Lima ressaltou que “só o fato de
ter representantes de diferentes segmentos eclesiais não garante a sinodalidade
”.

Uma Conferência
Eclesial dividida em núcleos temáticos, que querem ser novos caminhos da pastoral
eclesial amazônica para uma ecologia integral. Mons. Zenildo Lima explicitou
esses núcleos, divididos em três eixos: cultura, que abrange saúde
intercultural, ritos amazônicos, inculturação da Amazônia e diálogo
intercultural; ministerialidade e sacramentalidade, que tem a ver com ministerialidade
e ministérios, também para as mulheres, comunidade celebrante, sacramentos e
centralidade da Eucaristia, formação de ministérios eclesiais: seminaristas,
diaconato permanente; e educação, que se concretiza no Programa Universitário
da Amazônia e a Rede de Educação Intercultural Bilíngue (REIBA).

Um caminho
em comum e complementário
, segundo recolhe o vídeo realizado de maneira
conjunta e apresentado aos participantes do Congresso, com a Rede Eclesial
Pan-amazônica (REPAM), oficializada em 2014 e que teve um papel fundamental no
processo do Sínodo para a Amazônia, e que tem no acompanhamento dos povos
amazônicos e na defesa da casa comum os elementos marcantes em seu caminho.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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