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Na COP30, diálogo socioambiental pela Paz: “não mais domínio, mas relação respeitosa com todos os seres”

O diálogo é o instrumento que nos permite avançar na construção social. Daí a importância do Painel “Diálogo socioambiental pela Paz: adaptação e transição justa”, realizado na Zona Azul da COP30 na manhã do dia 13 de novembro de 2025. Diálogo entre diversos atores sociais Um diálogo entre a Igreja católica, representada pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, o diretor do Departamento de Ecologia Integral da Conferência Episcopal Espanhola, padre Eduardo Agosta, e a secretária da Pontifícia Comissão para América Latina, Emilce Cuda, a universidade, com a presença de Juliano Assunção, do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e os empresários Ana Cabral, presidenta de Sigma Lithium, e José Luis Manzano, presidente de Integral Capital. Se faz necessário reconhecer que as mudanças climáticas são um sinal de que temos perdido relação com a verdadeira essência da humanidade, em palavras do presidente da Fundação para a Equidade nos Mercados Ambientais, Patricio Lombardi, organizador do evento. Ele, que fez um chamado escutar, refletir, nos reconectar, destacou a importância do Acordo de Paris e sua relação com Laudato si´, incidindo no Artigo 12 do acordo, que demanda “cooperar para tomar medidas, conforme apropriado, para ampliar a educação, a formação, a sensibilização do público, a participação do público e o acesso do público a informação sobre as mudanças climáticas, reconhecendo a importância dessas etapas para ampliar as ações previstas”. Um painel, como o realizado, possibilita o diálogo social, fundamento da Doutrina Social da Igreja, segundo salientou Emilce Cuda. A secretária da PCAL. Ela recordou as palavras de Papa Leão XIV, que diz que “para desarmar as palavras, para chegar à paz, temos que dialogar”. Daí a necessidade de desarmar as palavras como única forma de resolver o conflito, que a teóloga argentina considera a base do diálogo social, que “não é um diálogo entre amigos, é um diálogo entre representantes de partes organizadas de uma sociedade para poder chegar a um acordo que sempre é aberto, negociado”, uma necessidade diante da situação social e ambiental atual que “está em risco de chegar a um ponto crítico”. Diálogo sem escuta é imposição O cardeal Steiner partiu da ideia de que “diálogo é sempre uma escuta”, fazendo um chamado a “sermos escutadores, escutadoras, para podermos devagar ir percebendo qual é a razão de fundo que nos move e que nos dá horizonte da compreensão da nossa vida, mas também da nossa fé”. Por isso, “diálogo sem escuta não é diálogo, é imposição de ideologias ou de ideias”, algo que demanda se ouvir, porque “é na escuta que a esperança se faz presente, é no ouvir que a esperança vai devagarinho surgindo no horizonte das nossas compreensões”. O cardeal, inspirado em Romano Guardini, refletiu sobre a dimensão relacional, a necessidade de estar a serviço, se superar a atitude de posse. Ele refletiu sobre as relações com o meio ambiente, apostando na “obrigação de levantar a bandeira da esperança para que essas relações possam ser mais condizentes com o que pede a própria natureza”. Frente a isso, “outra modalidade de saber, que não observa, mas analisa, já não se emerge no objeto, mas o agarra e o destrói”. O cardeal Steiner demanda uma ética “não mais do domínio, mas de uma relação condizente, respeitosa com todos os seres”. O arcebispo de Manaus refletiu sobre a necessidade de levar em consideração os pobres, aqueles que mais estão sofrendo com as mudanças climática, que no Brasil são os povos indígenas. Diante disso, o presidente do Conselho Indigenista Missionário disse que “nós queremos ser para eles um sinal de esperança”, dado que eles são sinal de esperança em consequência do seu modo harmônico de convivência com o meio ambiente. Por isso, a necessidade de levar em conta que “Jesus nos possibilita um outro modo de relação, que é samaritano, que é fraterno, que é consolador, que é de uma fraternidade universal”. Necessidade de conversão O problema climático é algo que goza de convicção científica desde 1987, segundo Eduardo Agosta. Ele mostrou a demora para chegar em decisões políticas, vendo como uma das causas do atual fracasso o fato de não levar em conta o moral e o ético que aparece em Laudato si´. Ele reconhece a existência de soluções técnicas, mas denuncia a falta de vontade política para enfrentar aquilo que não gostamos, dada a necessidade de conversão para alcançar a mudança. Junto com isso, a falta de consciência de pertença a uma fraternidade humana, que habita uma casa comum, com uma dívida climática a pagar. Para isso demanda abraçar a ecologia integral imanente, superando o pensamento fragmentado, ver o clima como a base de tudo o que coloca em risco a dignidade humana e a vida de muitas pessoas; ver o território como lar e não como recurso; fomentar a transição justa; assumir a opção preferencial pelos pobres, que sofrem a maior parte das consequências das mudanças climáticas. Por isso, Agosta demanda mais alma para assumir de verdade o Acordo de Paris. A universidade é espaço de avanços científicos, também em tudo o que tem a ver com as mudanças climáticas, um problema a ser tratado de maneira conjunta, segundo Juliano Assunção, dado que ele afeta a todos nós e que demanda uma ajuda para com aqueles que mais sofrem. Daí a necessidade de justiça climática, sobretudo para com os países mais pobres, com quem o Planeta tem uma maior dívida ecológica. Por isso a necessidade de criar meios para que as pessoas consigam viver melhor, defendeu o professor brasileiro. Todos sentados na mesa do diálogo O grande desafio é estabelecer diálogos com aqueles que participam na tomada de decisões, com os empresários. Isso, porque segundo lembrou Emilce Cuda, recordando as palavras de Papa Francisco, “não haverá justiça social até que todos não estejam sentados à mesma mesa da tomada de decisões, não para contar seus dramas, mas para decidir”, como único caminho para a paz, que é consequência do diálogo social. Daí a importância da presença do mundo da empresa no…
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Coordenadores das Pastorais Sociais e Organismos realizam última reunião

Na tarde de hoje (12), as coordenações das Pastorais Sociais e Organismos do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Regional Norte 1), realizaram a última reunião do ano de 2025, na sede do Regional, em Manaus. O encontro avaliou o caminho percorrido durante o ano, destacando a atuação de cada pastoral. Um momento de partilha, agradecimento, avaliação e reconhecimento.   Conduzido pela Articuladora Regional das Pastorais Sociais, Ir. Rosiene Gomes, contou com a participação de Ir. Maria Irene Tondin, da Pastoral IST/Aids; Ir. Andréia Muller, Pastoral do Surdo; Diácono Leonardo Cunha, Pastoral Carcerária; Vera Lúcia Gama, Pastoral da Pessoa Idosa (PPI); Guadalupe Peres, Pastoral da Saúde e Alriani Santos, da Pastoral da Criança; bem como Ir. Gervis Monteiro, da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e Serviço de Animação Vocacional (SAV); Pe. Gutemberg Gonçalves, Conselho Missionário Regional (COMIRE); Francisco Meireles, Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) e Jussara da Fonseca, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Sintonia com a realidade das comunidades O processo de escuta sinodal da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) para elaboração dos horizontes de atuação norteou o encontro. Durante de discernimento comunitário, os coordenadores expressaram suas impressões vivenciadas ao longo do ano em cada encontro com as comunidades que compõe o Regional. O diálogo sobre os desafios encontrados ao longo do ano permitiu uma integração entre as pastorais e apontou caminhos para a conferência. Entre os desafios apontados, a questão da dimensão territorial do regional é uma realidade enfrentada por todos. Isto porque, para que as formações e encontros aconteçam nas dioceses e prelazias, é necessário um grande aporte financeiro para deslocamento. Outro ponto relacionado, é a necessidade de pessoas para atuar nas pastorais e abranger todas as comunidades remotas. Os participantes também destacaram que as assembleias, conselhos e processos formativos são uma outra expressão da atuação sinodal dentro do Regional Norte 1. Esses espaços de interação com as dinâmicas sociais de todo regional permite um grande alcance de pessoas, e consolida a opção de caminhar juntos assumida pela Igreja na Amazônia. Por isso, o apoio mútuo e a busca por soluções conjuntas permanecem na perspectiva do regional. Preparação para atividades Na ocasião, foram antecipados os convites para eventos que acontecerão no ano de 2026 que envolvem o dinamismo de todas as Pastorais, como o Congresso Vocacional. E também a precisão de informar eventos que acontecerão, assim como fornecer dados daqueles que foram realizados para a comunicação do regional. No encerramento do encontro, Ir. Rose Bertoldo, Secretária Executiva do Regional, agradeceu pelos trabalhos realizados por cada uma das pastorais e organismos durante todo ano. Reforçou a comunhão e o diálogo entre coordenações e o Regional como elementos fundamentais para atender as necessidades de cada pastoral. E por isso, a importância do calendário de atividades do ano 2026 para identificar, planejar e responder as demandas cada uma, fortalecendo a atuação nas dioceses e prelazias.

Pastoral da Saúde realiza Formação Continuada na Prelazia de Tefé

Com o tema “Espiritualidade, conhecimento e motivação para seguir evangelizando”, a Pastoral da Saúde do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Regional Norte 1) realizou a Formação Continuada na Prelazia de Tefé. 40 agentes de pastoral participaram do evento, nos dias 8 e 9 de novembro, no Centro Pastoral Irmão Falco. Segundo Guadalupe Peres, Coordenadora da Pastoral da Saúde do Regional Norte 1, as paróquias participantes foram Nossa Senhora de Guadalupe, município de Fonte Boa, São Joaquim, de Alvarães, Nossa Senhora da Conceição, de Maraã, Paróquia Divino Espírito Santo – Missão/Setor São José, a Área Missionária São Sebastião do Distrito de Caiambé e as paróquias Santa Teresa D’Avila, Santo Antônio e Bom Jesus de Tefé. As perpectivas de organização da Pastoral da Saúde No sábado (8), a formação explorou a definição do que é a Pastoral da Saúde, sua organização e suas dimensões. Além disso, Guadalupe Peres, abordou sobre visita Domiciliar e Hospitalar. E Neurismar de Oliveira, agente da Pastoral da Saúde de Tefé e presidente do Conselho Municipal de Saúde de Tefé (CMS), falou a respeito do SUS (Sistema Único de Saúde) e da SUAS (Sistema Único de Assistência Social) que garante apoio e proteção a indivíduos e famílias em dificuldades, por meio de programas, benefícios e serviços socioassistenciais. Outro ponto do dia foram o Termo de voluntariado LF 9608, que dispõe sobre o serviço voluntário caracterizado por não gerar vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. E também Orientação de Proteção a Menores e Pessoas Vulneráveis conduzido por Naraiza e Francisca Iranildes. Ao final do dia, Dom Altevir presidiu a celebração Eucarística. Riqueza da partilha da vivência comunitária No domingo (9), o encontro contou com a partilha dos coordenadores de cada Paróquia e Área Missionária. Segundo a coordenadora regional, Guadalupe Peres, cada coordenador e coordenadora disse seu “sim” a missão recebida. Eles também receberam da coordenação regional o Manual do Agente da Pastoral da Saúde. “A partilha foi muito rica, onde cada um falou da sua realidade, suas necessidades, enfatizando a importância da formação que motivou a continuar com mais vigor e compromisso a missão na pastoral, e já estão cheios de ideias para impulsionar mais a Pastoral da Saúde na sua Paróquia e Área Missionária”, expressou a coordenadora. Ao final, expressou gratidão a todos e todas e em especial a coordenadora Edyana Vieira, Ir. Creuza, Naida, Neurismar, Cida e Francisca. Recordando a missão da Pastoral de priorizar a vida e testemunhar o Evangelho no mundo da saúde nas três dimensões: Solidária, comunitária e sociotransformadora. Colaboração e fotos: Guadalupe Peres – Coordenadora da Pastoral da Saúde do Regional Norte 1

Cardeal Leonardo Steiner celebra seus 75 anos de vida

Na manhã deste domingo (9), às 10h, o Arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Regional Norte 1) , cardeal Leonardo Steiner, presidiu a missa de comemoração aos seus 75 anos de vida. A celebração Eucarística aconteceu na Catedral Metropolitana de Manaus com a presença dos bispos auxiliares e emérito, padres, vida religiosa, seminaristas e grande número de fiéis. O arcebispo agradeceu o carinho dos participantes e, brevemente, recordou sua trajetória de vida. “Eu queria agradecer essas palavras todas, os gestos de afeto, de carinho, de proximidade. Mas especialmente gostaria de agradecer as orações de cada, de cada uma. Assim nos sentimos mais igreja, sentimos mais igreja. Eu sou muito grato a Deus, sou muito grato a Deus” enfatizou o arcebispo. Semente da vida comunitária O cardeal Steiner recordou que seu crescimento familiar é marcado pela profunda religiosidade de seus pais. Sendo o décimo terceiro de dezesseis irmãos, onde todos foram ensinados desde pequenos a rezar uns pelos outros. Essa característica religiosa também é presente em sua comunidade de origem, que mesmo pequena, gerou muitos frutos vocacionais. “Quando nasci, os mais velhos já estavam fora de casa, mas a nossa mãe todo dia à noite rezava por aqueles que já tinham saído de casa, e também pelos dois que já haviam falecido. Esse senso de família, esse senso de comunidade: nesse ambiente que eu cresci. Venho de uma comunidade pequena, de origem alemã, onde todos os cantos e orações naquele tempo ainda eram em alemão. Uma comunidade muito pequena, mas uma comunidade muito ativa, profundamente religiosa. Dessa comunidade vieram muitas religiosas, muitos padres”, explicou. Confrontar-se com a vida de comunidades Ao comentar sobre o processo formativo, o arcebispo disse que o seu tempo de seminário “foi um tempo muito rico”. E sublinhou que teve “grandes formadores, grandes pensadores, grandes teólogos, filósofos”, que o introduziram “numa vida acadêmica muito profunda”, além da oportunidade de fazer especialização fora do país. Ao retornar, foi nomeado bispo de São Félix do Araguaia, uma experiência que possibilitou um novo olhar sobre a organização comunitária. “Me ajudou demais. Eu que vinha de um ambiente apenas formativo, fui confrontado com a vida de comunidades, comunidades eclesiais de base, que abriu os olhos e me fez perceber quão grande é a igreja que está ali presente nessas pequenas comunidades, nessas expressões religiosas que eu nem sequer conhecia, de gerações e piedades que mantiveram vivas essas comunidades”, explicou. Formar-se um templo bem construído Em sua fala, o cardeal Steiner reforçou sua gratidão a Deus por tudo que recebeu, “recebi e recebi muito, talvez tenha correspondido pouco”. Para enfatizar seu pedido de orações por sua conversão, relembrou que ao passar por dois procedimentos cirúrgicos, os médicos garantiram mais 50 anos de vida, mas que, para ele, “tanto tempo eu não preciso, mas eu ainda preciso um tempo para ver se eu me converto”. E terminou associando essas dinâmicas ao texto do Evangelho do dia. “Esses textos do Evangelho de hoje são tão bonitos. Nós somos casa de Deus, somos templo de Deus. E desses templos é que deveriam jorrar a justiça, a bondade, o consolo, a fraternidade, a vida de comunidade, a experiência de Evangelho. E ainda estou tão longe de tudo isso. Mas com a ajuda de vocês, com as orações de vocês, espero poder me apresentar diante de Deus como um templo bem construído e poder participar da vida do reino definitivamente”, finalizou. Transmitir vida é a missão O arcebispo emérito de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira, destacou em sua homilia que “sem o bispo, a igreja perde os caminhos”. E por isso, é preciso compreender-se como “uma igreja que transmite vida. Por onde passa, vai transmitindo a vida. Quem é essa vida? Jesus disse, eu sou o caminho, a verdade e a vida. Jesus é a vida”. É o modo de vida de Jesus que permeia caminho de trabalho da Evangelização. “A igreja de Jesus Cristo é uma igreja que transmite vida, que tem vida e transmite vida. Você vê como é importante no mundo de hoje. Nós estamos num mundo marcado muito por guerras, por mortes, por tantas coisas que estão acontecendo, são mortos, não são de Deus. E nós temos de dizer para o pessoal, olha, minha gente, nós temos uma boa notícia para vocês, uma boa notícia. Nós temos a solução para tudo isso que está acontecendo de desgraça no mundo. É Jesus Cristo”, pontuou Dom Luiz. Em relação a segunda leitura, tirada da primeira carta de Paulo aos Coríntios, Dom Luiz recorda que “cada cristão, cada cristã é um tijolinho nessa construção”. E que “o alicerce é Jesus Cristo, portanto Jesus deve ser realmente a razão do nosso ser, do nosso agir, do nosso pensar. Jesus é, portanto, o fundamento, o alicerce de nós, dessa comunidade, dessa arquidiocese”. Dessa maneira, a igreja permanece em construção até completar sua missão dinâmica quando chegar ao final dos tempos. Quanto ao Evangelho, ele reflete que Jesus é o templo, Jesus é nossa cabeça, nós todos formamos um corpo”. Por isso, é necessário que a comunidade se abra ao Espírito Santo e não perca o estilo de vida ao modo de Jesus de transmitir vida. E quando a natureza humana foge dessa dinâmica, é preciso ter pessoas que chamem atenção e apontem o caminho que conduzam a comunhão, e a figura do bispo luta para que essa comunhão não desapareça. “Então, o bispo é aquele que fica atento, fica atento e mostra caminhos, e mostra, minha gente, é por aqui, Jesus está aqui, olha, vamos atrás dele, vamos atrás de Jesus. Ele que é tudo para nós. Então, Dom Leonardo, a sua missão é muito importante, sabe disso, né?”, recordou Dom Luiz. Caminhar juntos como Igreja O Conselho de Leigos e Leigas da Arquidiocese de Manaus e a Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil, Regional Amazonas e Roraima estiveram presentes e prestaram homenagens ao arcebispo. Seus representantes destacaram a importância de seu testemunho profético e…
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Encerrada a IV Assembleia Diocesana do Povo de Deus de Alto Solimões com novos caminhos para a missão   

Entre os dias 5 e 9 de novembro de 2025, o Centro Diocesano de Formação Frei Ciro, em Tabatinga, acolheu a IV Assembleia Diocesana do Povo de Deus da Diocese de Alto Solimões, um importante momento de oração, escuta, partilha e discernimento sobre os rumos da caminhada pastoral da Igreja nessa Igreja local. Quatro grandes caminhos pastorais A assembleia contou com a participação de representantes de todas as paróquias, movimentos e pastorais da diocese. O objetivo era avaliar o caminho percorrido nos últimos anos e definir as prioridades que orientarão a missão evangelizadora nos próximos anos. Após dias de intensa reflexão e diálogo comunitário, os participantes definiram quatro grandes caminhos pastorais que deverão guiar a ação da Igreja do Alto Solimões: consolidação da Iniciação à Vida Cristã (IVC) em todas as paróquias, buscando fortalecer a formação e o amadurecimento da fé desde o primeiro anúncio até a vida comunitária; Fortalecimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e da ministerialidade, promovendo a corresponsabilidade e o protagonismo dos leigos e leigas na vida da Igreja; Cuidar das fragilidades das pessoas e da Casa Comum, assumindo o compromisso com a vida, a justiça social e a ecologia integral, em sintonia com o magistério do Papa Francisco; Acompanhamento da juventude, favorecendo espaços de escuta, formação e engajamento dos jovens na comunidade e na sociedade. Um caminho que continua nas paróquias A Assembleia encerrou-se em clima de esperança e comunhão, reforçando o compromisso de cada comunidade com a missão evangelizadora. A partir de agora, cada paróquia realizará sua própria assembleia paroquial, para discernir e escolher as ações concretas necessárias para trilhar esses quatro caminhos definidos em nível diocesano. O bispo diocesano, dom Adolfo Zon Pereira, destacou no encerramento que “a Assembleia é sinal de uma Igreja viva, participativa e missionária, que busca caminhar unida, escutando o Espírito Santo e servindo com alegria o povo de Deus no Alto Solimões”. Com esse espírito sinodal e comprometido, a diocese segue firme em sua missão de anunciar o Evangelho e promover a vida plena para todos. Um espírito que se fez presente na Eucaristia de encerramento celebrada na manhã deste domingo, 9 de novembro, momento em que foi realizado o encerramento do Ano Jubilar Diocesano pelos 115 anos da criação da Igreja Local de Alto Solimões.

Cardeal Steiner: “A Igreja nascida de Jesus é hoje o testemunho vivo da presença de Deus na história”

Na comemoração da Dedicação da Igreja do Latrão, a catedral do bispo de Roma, do Papa, o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, cardeal Leonardo Steiner, iniciou sua homilia recordando que “construída pelo imperador Constantino, no tempo do Papa Silvestre I, foi consagrada no ano 324. Ela é chamada ‘a igreja-mãe de todas as igrejas da Urbe e do Orbe’. Mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo, símbolo das igrejas de todo o mundo, unidas ao sucessor de Pedro. No fontal da Basília pode-se ler: ‘Papa Clemente XII, no quinto ano de seu pontificado, dedicou este edifício a Cristo, o Salvador, em homenagem aos Santos João Batista e João Evangelista’. A Igreja do Latrão foi dedicada inicialmente a Cristo Salvador e somente séculos depois é que foi codedicada aos dois outros santos”. A morada de Deus “A Festa da Dedicação da Basílica de Latrão que se celebra no dia 9 de novembro, convida-nos a perceber que a Igreja nascida de Jesus é hoje, no meio do mundo, a ‘morada de Deus’, o testemunho vivo da presença de Deus na história dos homens. Ao celebrarmos a dedicação, a consagração, dessa igreja, renovamos a unidade, a comunhão e a sinodalidade da Igreja Católica. Na celebração de hoje expressamos a nossa comunhão com todas as comunidades em unidade com o Papa Leão XIV”, disse o cardeal Steiner. Segundo ele, “na Festa de hoje, meditemos as leituras que nos remetem para o templo: Igreja templo; nós como templo”. A experiência de Israel Na primeira leitura, ele enfatizou que “o profeta ‘vê’ brotar um rio de águas correntes, vivas. Símbolo de vida, de fecundidade, de abundância, de felicidade, a água tem sua fonte no templo na morda de Deus. Para o Povo marcado pela experiência do deserto, onde a falta água, a ervas são escassas, as frutas não abundantes, água traz vida, o verdor, a frutificação, a vida em abundância; é a experiência da vida, da terra da promessa.  O ‘rio’ de que o profeta fala brota da casa de Deus, a sua água evoca o poder vivificante e fecundante de Deus que, de Jerusalém, se derrama sobre o seu Povo, uma vez que transforma até as águas do mar morto”. “O profeta nos anuncia a sua visão de vida: rio de água viva e abundante que brota do Templo de Deus desce para a região mais desolada e árida do país até o Mar Morto. A água do templo de Deus que desce caudalosa e viva, fecunda a aridez do deserto, a tudo de vida, faz frutificar. As águas fazem nascer o verdor nas margens, fazem crescer árvores de toda a espécie, carregadas de frutos saborosos e levam vida fazendo submergir a morte. Os seus frutos servem de alimento e suas folhas são remédios. As águas fecundam e transformam a vida em todas as partes”, comentou o arcebispo. Continuando com a reflexão, ele ressaltou que “durante os anos sombrios da deportação, nas terras estrangeiras, esta promessa animou os exilados, despertando a esperança. De olhos postos em Jerusalém, no Monte do Templo, os exilados sonhavam de olhos abertos com esse novo templo prometido a partir do qual a vida de Deus voltaria a derramar-se abundantemente sobre toda a terra e em todo o povo. Do templo que renasce a vida, tudo se transforma, tudo é fecundado, e há abundância de bens, de vida e saúde” inspirado em Dehonianos, Festa da Dedicação. Nós somos templo de Deus São Paulo, na segunda leitura, segundo o cardeal, “a nos recordar que nós somos o templo de Deus, somos a casa do Espírito, Deus habita em nós. ‘Vós sois edifício de Deus… Veja cada um como constrói: ninguém pode colocar outro alicerce além do que está posto, que é Jesus Cristo. Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo e vós sois esse templo’ (1Cor 3, 9-17)”. “Somos templos em Cristo! Pela sua morte e ressurreição nos tornamos templos, morada! Fomos atraídos por Cristo, pertencemos à comunidade dos redimidos, dos libertados, dos esperançados. A comunidade que recebe o seu corpo e seu sangue, fonte abundante que conduz sempre à vida.  Fazemos parte de um Corpo do qual Cristo é a cabeça (cf. Rm 12,5; 1 Cor 12,27; Ef 1,22-23), a fonte que tudo transforma e vivifica. Somos templos que podem visibilizar o rosto bondoso e terno de Deus. Na partilha, solidariedade, serviço, reconciliação, consolo, gratuidade, se manifestam as águas que saem do templo e transformam os vales desérticos e secos em fertilidade, verdor, saúde! Fecundam com a justiça, a paz e o amor os desertos existenciais dos homens”, sublinhou o presidente do Regional Norte 1 da CNBB. Lugar de negócio Na passagem do Evangelho, ele destacou que “Jesus encontra os vendedores de bois e ovelhas no templo e os expulsa; convida os vendedores de pomba a retirarem seus animais. Limpa o templo, não deseja que o templo seja um lugar de comércio, de negócios. O templo tornara-se um lugar de compra e venda. O lugar do encontro, da oferta, da oferenda, transformada em negócio, em lucro. A templo de Deus, lugar da doação, do encontro, feito lugar de negociação. O lugar das águas fecundas e abundantes transformado no deserto da compra e venda”. Ele recordou que “Mestre Eckhart comentando a expulsão dos vendilhões do templo ensina”, citando o texto: “Quem eram as pessoas que compravam e vendiam, e quem eram elas? (…) todas elas são pessoas que compram (…) que desejam ser pessoas boas e fazem as suas boas obras como jejuar, dar esmolas e rezar e tudo o mais possível de boas obras (…) para que o Senhor lhes dê algo em troca ou Deus lhes faça alguma coisa que para eles fosse bom: Esses são compradores” (Deutsche Predigten und Traktate). É por isso que “a purificação do templo, a desobstrução do templo, possibilidade ser…
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Sinodalidade marca a Assembleia Diocesana da Diocese de Borba

Nos dias 7 e 8 de novembro, a diocese de Borba está realizando, na sede da diocese, a Assembleia diocesana, com o tema: “Por uma Igreja Sinodal, Comunhão, Participação e Missão.” Um encontro que conta com a participação de todos os organismos, as áreas missionárias, as áreas pastorais, as paróquias e as foranias. Momento de avaliação e planejamento “Uma assembleia avaliativa e, ao mesmo tempo, de organização para o próximo ano. dinâmica de uma igreja toda sinodal”, segundo o bispo diocesano, dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. Ele ressaltou que “eu me sinto muito feliz e apoiado por esse povo, pela missionariedade que aqui existe”. A assembleia teve como ponto de partida o Documento Final do Sínodo da Sinodalidade, destacando alguns elementos, por exemplo, “a unidade que cria entre nós uma harmonia na missão. Depois, a corresponsabilidade diferenciada que envolve todos os batizados, que nos leva à valorização da diversidade dos dons e ministérios” afirmou o bispo. Dom Zenildo enfatizou a grande importância desta assembleia, “porque meditando sobre o documento, nós temos aí o chamado à conversão, conversão das relações, conversão dos vínculos, conversão dos processos e isso vem acontecendo em toda a nossa diocese, porque as paróquias avaliaram, as foranias avaliaram e as pastorais também”. Memória e profecia Segundo o bispo diocesano de Borba, “agora é hora de a gente juntar tudo e elaborar um projeto ou vários projetos comuns que vão nortear o próximo ano de evangelização”, destacando a importância da memória e a profecia. “A memória trazendo presente tudo o que foi realizado durante alguns anos, colocando no altar de Deus, colocando na mesa da comunidade todo o nosso trabalho de evangelização”, disse o bispo. Ele colocou como exemplo que “um projeto grande, bonito e novo que estamos vivendo é a construção, o início da Fazenda da Esperança, que está envolvendo toda a diocese”, assim como “todas as iniciativas que temos na diocese em prol da defesa da vida.” Segundo o bispo, “isso é muito bonito, isso nos dá o rosto de uma Igreja que faz memória e que tem uma profecia.” Ele destacou finalmente, “a questão da sacralidade da vida, sacralidade da vida humana, sacralidade da criação”.

Conselho Pastoral Ampliado em Parintins: momento sinodal de escuta e partilha

A diocese de Parintins esteve reunida nos dias 7 e 8 de novembro de 2025. O encontro do clero e o conselho ampliado de pastoral foram espaço de reflexão e de planejamento da caminhada da diocese. Padres, religiosos e religiosas e os coordenadores e coordenadoras leigos das pastorais e das paróquias, junto com o bispo diocesano, dom José Albuquerque de Araújo, e o bispo emérito, dom Giuliano Friggeni, se fizeram presentes na sede da diocese. 2026: Ano diocesano da Juventude Cabe destacar a participação dos representantes da juventude para organizar o Ano Diocesano da Juventude, que será realizado em 2026, sendo realizada a abertura em nível diocesano no próximo 25 de dezembro. Na diocese de Parintins, esse conselho ampliado é uma espécie de assembleia, que se reúne duas vezes por ano, uma vez em cada semestre. O encontro teve por objetivo avaliar o Ano Jubilar da diocese, que está celebrando 70 anos de diocese e que será encerrado no dia 23 de novembro. Preparando a Assembleia diocesana de 2027 O conselho ampliado de pastoral foi um momento sinodal, de escuta, de partilha, mas também um momento de oração, de convivência, um momento importante para avaliar, propor, organizar todo o planejamento pastoral da diocese de Parintins, se organizando para que no ano de 2027 possa ser realizada a assembleia diocesana. Nessa perspectiva, será realizada em novembro de 2026 a pré-assembleia, que será precedida por um tempo de estudo e escuta em diversos níveis. A diocese também terá em conta as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, que serão aprovadas na Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que será realizada em Aparecida (SP), em abril de 2026. Um encontro que os participantes destacam a ampla participação, sendo um momento bonito, de comunhão e partilha de vida, de unidade dentro da diocese de Parintins.

Comissão de Proteção do Regional Norte 1: Formação para prevenir os abusos

O cuidado e proteção das crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis deve ser assumido como prioridade na Igreja católica. De fato, pode se dizer que esse cuidado é a forma de evangelização mais bela que a Igreja pode realizar. Uma constatação que se fez presente na reunião da Comissão Ampliada de Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis do Regional Norte1, realizada de modo virtual no dia 06 de novembro de 2025, com a participação de representantes das igrejas locais. Importância da formação Se busca, movidos pela misericórdia, propagar o direito e a justiça. Nesse caminho, tem se dado passos ao longo do presente ano, segundo foi constatado pelos participantes da reunião. Nessa perspectiva, a formação em diversos níveis é colocada como algo de grande importância. Dentre os desafios, dada a realidade geográfica do Regional Norte 1, é destacado as dificuldades que muitas igrejas locais experimentam para chegar nas paróquias e comunidades do interior. O trabalho que está sendo realizado ajuda a Igreja católica e a sociedade a acordar diante do sofrimento. É por isso que essa formação, que colocou nas mãos das pessoas uma ferramenta que ajuda a falar com mais propriedade sobre essa realidade, está possibilitando o envolvimento não só da Igreja católica, mas da sociedade civil, dos conselhos tutelares e outras instituições e organismos, aumentando o conhecimento com relação aos abusos. Um aprendizado que está ajudando a multiplicar o conhecimento e assim avançar na proteção. Consciência do cuidado e da responsabilidade como Igreja As igrejas do Regional Norte 1 estão assumindo essa dinâmica de formação, trabalhando na catequese, com os catecúmenos e com os pais, essa realidade. Uma formação que ajuda a criar vínculos em nível regional e identificar situações presentes nas comunidades. De fato, no Regional Norte 1, essa consciência do cuidado e da responsabilidade como Igreja já é um processo. Isso faz com que as pessoas se sintam seguras nos espaços eclesiais. O desafio é que essa temática seja refletida e aprofundada nas assembleias diocesanas, nas paróquias e nos diversos níveis. Para isso, se faz necessário que em cada paróquia possa ter uma equipe que possa ajudar à equipe diocesana. Ao longo do ano, o Manual de Proteção tem sido apresentado nos diversos espaços e realidades eclesiais, ajudando no aprofundamento por parte do clero, da Vida Religiosa, das comunidades de vida, do Seminário, das diversas pastorais. Uma abordagem que foi realizada desde a dimensão da Psicologia. Um trabalho que deve ser constante e contínuo, em vista de incidir e motivar para que o processo de formação se torne permanente em todos os espaços da Igreja do Regional Norte 1. Ainda mais, diante da realidade de algumas igrejas locais, que não conseguiram fazer um trabalho mais sistemático de formação. Ser cada vez mais espaço de proteção A Comissão insiste na importância de registrar tudo aquilo que é realizado. Sempre em vista de fazer com que a Igreja católica seja cada vez mais espaço de proteção. Para isso, se enfatiza que é preciso tornar conhecido o Manual de Proteção nos ambientes de Igreja e na sociedade civil, sobretudo na Rede de Proteção, assim como tornar conhecida a equipe Regional e diocesanas, possibilitando o fácil acesso à comissão, ser acessíveis às pessoas. Para o próximo ano cada igreja local fará um planejamento que ajude a continuar os processos de formação iniciados, bem como criar mecanismos de avaliação. Para ajudar nesse caminho, foram reproduzidos oito mil exemplares do Manual de Proteção para ser trabalhado com os agentes de pastoral e as lideranças, e materiais pedagógicos para serem trabalhados com as crianças e adolescentes. Sempre buscando atingir a todos e avançar no caminho do cuidado e proteção.

IV Assembleia Diocesana em Alto Solimões: Fortalecer a missão enraizada na realidade amazônica

A diocese de Alto Solimões realiza de 5 a 9 de novembro de 2025, no Centro de Formação Diocesano Frei Ciro, de Tabatinga, a IV Assembleia Diocesana do Povo de Deus. Com a participação de delegados das paróquias, comunidades e pastorais de toda a diocese, a assembleia marca um momento importante de escuta, avaliação e planejamento pastoral. O tema é “115 Anos peregrinando na fé, esperança e caridade neste chão”, tendo como lema “A esperança não decepciona” Rom 5,5, seguindo a linha do Ano Jubilar. Objetivo da assembleia Um encontro que quer “reafirmar e fortalecer a missão da Igreja no Alto Solimões como comunidade de discípulos missionários, enraizada na realidade amazônica, comprometida com a evangelização integral e sinodal, a partir da fé, da esperança e da caridade, à serviço da vida e da dignidade dos povos, da Casa Comum e da construção do Reino de Deus neste chão”, de acordo com o objetivo geral. Para ser concretizado, a IV Assembleia Diocesana do Povo de Deus da diocese de Alto Solimões irá refletir e discernir os caminhos da evangelização à luz da Palavra de Deus, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2023-2027), das prioridades do V Encontro da Igreja Católica da Amazonia Legal (agosto 2024) e do processo sinodal, considerando os desafios e as potencialidades da realidade sociocultural, eclesial e ecológica da região do Alto Solimões. Formação dos agentes Junto com isso, fortalecer uma Igreja sinodal, em saída e profética, que caminha junto com os povos da Amazônia, especialmente com os povos originários, ribeirinhos e migrantes, valorizando seus saberes, culturas e espiritualidades, em sintonia com os apelos da Exortação Apostólica Querida Amazônia. Um encontro que ajude a reforçar a formação integral dos agentes de pastoral, promovendo lideranças comprometidas com a missão, com a justiça socioambiental e com o cuidado da Casa Comum, conforme o apelo da ecologia integral. A assembleia pretende fomentar redes de comunhão, participação e corresponsabilidade pastoral, através da escuta mútua, da articulação entre paróquias, áreas missionárias, pastorais e serviços eclesiais, à luz da sinodalidade. Do mesmo modo, inspirar novas práticas pastorais enraizadas na realidade local, alimentadas pela espiritualidade da fé, da esperança e da caridade, que promovam a dignidade humana, a justiça e a fraternidade, como expressão viva de uma Igreja samaritana e encarnada. Um tempo de graça e discernimento No início da assembleia, os participantes foram acolhidos pelo bispo diocesano, dom Adolfo Zon Pereira, que expressou sua gratidão pela presença e pelo testemunho dos representantes das diversas paróquias e áreas missionárias. Em suas palavras, dom Adolfo destacou que a assembleia é um tempo de graça e discernimento, no qual todo o Povo de Deus é chamado a refletir sobre os caminhos da Igreja no Alto Solimões. “Estamos aqui para escutar o que o Espírito Santo quer nos dizer como Igreja missionária e sinodal, comprometida com a vida, com os povos e com a Amazônia”, afirmou o bispo, motivando os delegados a viverem esses dias com abertura, diálogo e oração. Uma acolhida que foi precedida pela celebração de abertura, onde foi recordado com emoção os 115 anos de evangelização no território diocesano. Durante a celebração, foram relembrados os principais marcos pastorais dessa caminhada, desde a chegada dos primeiros missionários até a consolidação das paróquias e comunidades que hoje formam a diocese, que tem como identidade ser “Casa de Comunhão e Missão”. Traçar novas diretrizes para a ação evangelizadora A IV Assembleia segue nos próximos dias com momentos de oração, escuta comunitária, partilhas pastorais e trabalhos em grupo, assessorados pelo bispo auxiliar de Manaus, dom Zenildo Lima, buscando traçar novas diretrizes para a ação evangelizadora nos próximos quatro anos. Segundo o bispo diocesano, “mais do que um evento administrativo, a assembleia se revela como uma verdadeira experiência de sinodalidade, onde cada voz é valorizada e cada comunidade tem seu espaço para contribuir na construção do futuro da diocese”. Tendo como ponto de partida a escuta da realidade diocesana e paroquial, assim como a realidade social, será realizada uma iluminação que ajude no discernimento dos caminhos de evangelização a partir das diretrizes do Regional Norte 1, da Igreja da Amazônia e do Brasil, em vista da elaboração das propostas pastoreis para o quadriênio (2026-2029). Um processo que será encerrado com a celebração final no dia 9 de novembro, momento em que será realizado o Jubileu diocesano pelos 115 anos de Igreja Local.