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Dom Samuel Ferreira de Lima: “Peço a graça de em tudo poder corresponder ao mandato e a missão de servir ao povo da Arquidiocese de Manaus”

Com as primeiras palavras do Cântico das Criaturas: “Altíssimo, Onipotente, bom Senhor, Teus são o louvor, a glória, a honra e toda a bênção”, iniciou dom Samuel Ferreira de Lima seu agradecimento pela ordenação episcopal que recebeu no dia 1º de fevereiro de 2025 em Rodeio (SC). Ele que foi nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus no dia 25 de novembro de 2024, foi ordenado pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, e teve como bispos coordenantes o bispo de Roraima, dom Evaristo Pascoal Spengler, e o bispo emérito de Barra (BA), dom Luiz Flavio Cappio. O novo bispo disse louvar e bendizer a Deus “agora e sempre por tudo aquilo que tem realizado em minha vida, não por mérito meu, mas na graça de Deus que realiza e tudo faz, pois só Deus é Bom”. Ele agradeceu o arcebispo de Manaus, cardeal Steiner, arcebispo de Manaus, e o bispo local da diocese de Rio do Sul, dom Adalberto, a todos os bispos presentes, aos presbíteros, diáconos, seminaristas e religiosos, pedindo “que o bom Deus vos recompense abundantemente em vosso ministério e missão.” Igualmente, ele louvou e bendize a Deus “que por 38 anos me fez beber da fonte do carisma franciscano no seio da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil”, pedindo perdão na pessoa do Ministro Provincial, frei Paulo Pereira, “por nem sempre ter sido exímio seguidor da nossa regra e agradecer profundamente a todos os confrades que nestes anos fizeram e fazem parte de nossa vida e história, que não mediram esforços e fez todo o empenho para me dar o suporte necessário diante da nova missão ao qual fui designado. O Frade que hoje eu sou devo a todos vocês que são parte do meu ser e do meu viver.” Dom Samuel agradeceu aos seus pais Francisco e Edite e aos seus irmãos e familiares, “que sempre estiveram junto conosco neste processo de caminhada unidos na oração, no apoio material e espiritual, torcendo e vivenciando juntos os momentos de nosso serviço ministerial”. Igualmente louvou e bendize a Deus “por todos os amigos e amigas que ao longo de nossa caminhada foram sendo nos dado como dádivas de Deus e expressão de seu Amor em nossa vida, que vieram de tantos lugares por onde trabalhei e vivi, e hoje se unem a gente nesta celebração orando e comungando comigo deste momento único e especial de entrega a uma nova missão, minha profunda gratidão e abraço fraterno.” Na pessoa do prefeito de Rodeio, Nei Venture, agradeceu ao Legislativo e todo o poder público “por todo o empenho e colaboração em organizar e preparar este espaço para a realização desta celebração litúrgica”. Dom Samuel disse rogar a Deus “que vos abençoe e ilumine em vossa missão de promover o bem comum e trabalhar o desenvolvimento humano e cultural do povo da Bella Citá”. Igualmente, na pessoa do pároco frei João Miguel, o novo bispo louvou a Deus “por todas as lideranças de nossas comunidades, os CPcs, as irmãs Catequistas, a  OFS e todos sem distinção por todo o trabalho desempenhado na preparação, organização, hospedagem e acolhida, na partilha dos dons e na vivência destes anos juntos de caminhada, fui acolhido como um filho e um irmão, por toda a ajuda que recebi no exercício do meu serviço como Mestre de noviços, vou levar cada um de vocês em meu coração com muita gratidão e alegria.” Finalmente, ele louvou a Deus “pelo novo ministério que me foi confiado e peço a graça de em tudo poder corresponder ao mandato e a missão de servir ao povo da Arquidiocese de Manaus como um frade menor no serviço episcopal lavando os pés dos irmãos e irmãs com todas as minhas forças e empenho”, mostrando sua gratidão a todos de coração, pedindo uma abundante benção de Deus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

“Ser profeta, testemunha e servo da esperança”: o chamado do Cardeal Steiner a dom Samuel Ferreira de Lima

A cidade de Rodeio (SC), acolheu no dia 1º de fevereiro de 2025 a ordenação episcopal de dom Samuel Ferreira de Lima, nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus no dia 25 de novembro de 2024. A ordenação, que contou com a participação de familiares e amigos do ordenado, bispos, confrades da Ordem Franciscana, clero local da diocese de Rio do Sul, religiosos e religiosas, e centenas de fiéis, foi presidida pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, e teve como bispos coordenantes o bispo de Roraima, dom Evaristo Pascoal Spengler, e o bispo emérito da Barra (BA), dom Luiz Flavio Cappio. Na homilia, o cardeal Steiner, depois de acolher os presentes, iniciou destacando as palavras do evangelho lido na celebração (Jo. 15,9-17): “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor”. Palavras em que o arcebispo de Manaus disse estar “a razão de estarmos aqui, o sentido das nossas vidas, das vocações, dos ministérios, é o amor com que fomos amados.” Segundo o cardeal Steiner, “o Evangelho nos remetia para o centro da fé: ‘Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi’. Fomos desejados, buscados, escolhidos, para entrarmos na dinâmica, na dinamicidade de uma relação amorosa e livre. Todos nós fomos amados, pois ‘eu vos amei, como meu Pai me amou’. Fomos amados com o amor com que o Pai amou o seu filho Jesus. No mesmo amor, na mesma intensidade, na mesma afabilidade, na mesma cordialidade, fomos e somos amados, amadas. E porque fomos atingidos por um amor inigualável, gratuito, Jesus nos faz um pedido: ‘permanecei no meu amor’”. “Toda vocação é um convite para participar plenamente desse amor. Toda a vocação é um modo de guardar e ser guardado pelo movimento do amor. É desse amor que a vocação e ministério se alimentam, são dinamizados e plenificados. É no Reino do ‘amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei’, que a alegria é plena e realizadora”, enfatizou o cardeal. Ele destacou que o profeta Jeremias “a recordar que no amor somos chamados para uma missão: ‘Antes que te formasse no seio de tua mãe, eu te conheci, antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações.’ Sempre gerados no amor e para o amor, para uma missão. Consagrados e consagradas pelo amor e no amor, enviados como profetas, profetisas. Anunciadores e anunciadoras da fonte da qual bebemos e vivemos, recondutores ao horizonte encantador e atrativo da participação de um amor sem medida, gratuito. A nobreza e delicadeza do amor é que, na admiração, responde: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou apenas um menino”. Na desmedida do Amante, somos sempre apenas crianças.” O arcebispo foi refletindo sobre a passagem lida (Jr. 1, 4-9), o Deus que “vem em socorro e consola”, que ele vê como “essa espécie de paixão que é mais compaixão, envia”, enfatizando que é “um caminho que não escolhemos, mas para o qual somos escolhidos, com a certeza de quem Ele sempre conosco está”, destacando que “tudo na grandeza de uma escolha, de uma missão”, e que “as palavras que são ofertadas e entregues para serem saboreadas, digeridas e se tornarem vida das nossas vidas. Se tornem missão.” “É o amor que chamado ao serviço do episcopado. Chama e envia para servir. Não é escolha pessoal, uma decisão da vontade própria. Responder, corresponder a essa atração amorosa ao ministério faz nascer”, ressaltou o presidente da celebração. Segundo ele, “como é atração e renúncia à vontade própria se recebe a resposta”, fazendo “o ministério episcopal um envio, um serviço, uma pobreza.” À luz da Lumen gentium, o cardeal foi comentando alguns passos da ordenação episcopal, enfatizando que “o ministério episcopal é na Igreja e para a Igreja”. Ele lembrou que “a Igreja, por natureza, é missionária e tem a sua origem no ‘amor fontal de Deus’ (AG 2)”, mostrando que “o dinamismo missionário que brota do amor de Deus se irradia, expande, transborda e se espalha em todo universo, nos ensina Papa Francisco em Querida Amazônia. A missão não é algo opcional, uma atividade da Igreja entre outras, mas sua própria natureza. A Igreja é missão! A atividade missionária ainda hoje representa o máximo desafio para a Igreja. Ser bispo discípulo missionário é mais do coordenar, organizar, ensinar. Jesus indicou que a nossa missão não pode ser estática, mas itinerante, em saída, samaritana (cf. QA, nº 21). O Bispo na Igreja em saída, em sinodalidade. Todos a caminho juntos, juntos a caminho. Somos gratos pelo chamado a seres bispo missionário na Amazônia.” Na segunda leitura (Ef 6, 5-9), que ilumina o lema episcopal de dom Samuel: “Cumprir com toda a alma a vontade de Deus”, o cardeal Steiner vê o chamado a “fazer de coração a vontade de Deus, servindo como bispo! Na busca de servir na vontade de Deus, ter o coração tesourado, pela vontade de Deus, a serviço dos irmãos e irmãs na Amazônia”. Ele acrescentou, “o coração como o centro dos desejos, dos amores, ideais. O lugar onde são forjadas as decisões, onde nascem as iluminações, onde pulsam os segredos mais secretos e vivos, onde o amor acelera os passos e cuidados. A realidade mais íntima do íntimo de nós mesmos, movida pela vontade de Deus.” Segundo o arcebispo de Manaus, “a vontade de Deus é o tesouro atrativo a ser descoberto. Descoberto, transforma o horizonte, o sentido, a razão da vida, faz pulsar alegremente o centro vital do ministério episcopal. O ministério se unifica e se expande. Nada mais alto, profundo, encantador, atraente, enobrecedor que um coração invadido, dinamizado pela vontade de Deus.” “A vontade de Deus é que desescraviza o coração do ministério, o liberta, o suaviza e dinamiza. Ela exige escuta, muita escuta. scEutar as angústias dos corações, as feridas da alma, a injustiças dominadoras, o coração dos pobres, as alegrias, os sonhos, a realidades eclesiais, sociais e ecológicas. Sim, o bispo é um escutador por excelência pois,…
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Oitava Semana Catequética da Prelazia de Itacoatiara: Catequistas, peregrinos de Esperança

A Comissão para Animação Bíblico-Catequética da Prelazia de Itacoatiara promoveu, entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025, a 8ª Semana Catequética, realizada na Paróquia Santo Antônio. O evento reuniu catequistas das paróquias que compõem a Prelazia de Itacoatiara, oferecendo um momento especial de formação espiritual com o tema “Catequistas Peregrinos de Esperança”. A iniciativa está em sintonia com o Ano Jubilar: Peregrinos da Esperança, celebrado pela Santa Igreja Católica, e busca renovar e fortalecer a vocação no anúncio da mensagem de Jesus Cristo. A Semana Catequética não se limitou a ser um encontro informativo, mas foi um verdadeiro processo de educação na fé, voltado para ajudar os participantes a aprofundarem seu conhecimento sobre a evangelização e a missão da Igreja. Como destacado durante o evento, “o catequista e missionário deve estar preparado para ser um peregrino da esperança, levando a Boa Nova de Jesus Cristo a todos os cantos”. A missão catequética é, acima de tudo, um chamado a participar da formação que ajuda os membros da Igreja a se encontrarem com Cristo, reconhecendo, acolhendo, interiorizando e desenvolvendo os valores que constituem a identidade da missão de Cristo no mundo. O documento de Aparecida, nº 275, nos ensina que: “A missão principal da formação é ajudar os membros da Igreja a senhora encontrar sempre com Cristo, e assim reconhecer, acolher, interiorizar e desenvolver a experiência e os valores que constituem a própria identidade e missão cristã no mundo”. Esse chamado foi reforçado durante a missa de encerramento, presidida pelo Padre Acácio Rocha, coordenador de pastoral da Prelazia de Itacoatiara. Em sua homilia, o sacerdote convidou os catequistas a serem “o exalado perfume de Jesus Cristo” em suas comunidades, anunciando com perseverança e amor a mensagem do Evangelho. Ele enfatizou a importância de perseverar na missão, mesmo diante dos desafios, e de ser um testemunho vivo da esperança que Cristo oferece ao mundo. A 8ª Semana Catequética foi um momento de grande importância para a Prelazia de Itacoatiara, fortalecendo a unidade entre os catequistas e renovando o compromisso com a evangelização. Em sintonia com o Ano Jubilar, o evento destacou a importância de ser “peregrinos de esperança”, levando a luz de Cristo a todos os que buscam um sentido para a vida. Que este tempo de formação e espiritualidade inspire cada catequista a continuar sua missão com entusiasmo e dedicação, sendo verdadeiros anunciadores da Boa Nova de Jesus Cristo em suas comunidades. Ângelo Brito – Prelazia de Itacoatiara

Frei Samuel se alegra com a chegada da comitiva da Arquidiocese de Manaus para sua ordenação episcopal

Neste sábado 1º de fevereiro de 2025, às 16 horas, no horário de Brasília, será ordenado bispo na cidade de Rodeio (SC), frei Samuel Ferreira de Lima, nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus pelo Papa Francisco no dia 25 de novembro de 2024. As vésperas da sua ordenação episcopal, o bispo eleito enviou uma saudação ao povo da arquidiocese de Manaus, mostrando sua alegria por ter recebido toda a delegação chegada de Manaus: o arcebispo, cardeal Leonardo Steiner, os bispos auxiliares, dom Zenildo Lima e dom Hudson Ribeiro, padres e religiosas. Frei Samuel enfatizou que “estamos unidos neste momento em que queremos bendizer e dar graças a Deus por tudo o que Ele realiza em nossas vidas”. O bispo auxiliar eleito pediu que “eu possa assumir esse ministério, se colocar totalmente a serviço para somar forças nessa caminhada de fé, como povo de Deus que quer cada dia mais crescer na experiência da esperança, da fraternidade, da vida plena”. Finalmente, frei Samuel deixou seu abraço, lembrando que irá se encontrar logo em breve com povo da arquidiocese de Manaus, que irá acolher seu novo bispo auxiliar no domingo 9 de fevereiro na celebração eucarística que será celebrada 10 horas da manhã na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Trabalho Escravo: um combate que precisa do compromisso de todos

Foto: MPT    Na Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo somos chamados a refletir sobre uma realidade ainda presente no meio de nós. 28 de janeiro é a data em que se faz memória e se reafirma o compromisso no combate de uma prática cruel e desumana no Brasil. Não podemos fechar os olhos, uma atitude muito presente na sociedade brasileira diante dessa e muitas outras situações, somos desafiados a ficar de olho aberto para enfrentar uma realidade que provoca dor e sofrimento em muita gente. A data, que vem se celebrando desde sua instituição em 2009, lembra o fato acontecido em Unaí (MG), em 28 de janeiro de 2004, quando três auditores-fiscais do trabalho e o motorista que dirigia o carro foram assassinados enquanto iam a caminho para fiscalizar situações análogas ao trabalho escravo em fazendas de feijão na região. Ninguém pode ignorar que o Trabalho Análogo à Escravidão é uma das formas mais cruéis de tráfico de pessoas. Mesmo com os avanços na fiscalização, os números ainda são alarmantes. Sirva como exemplo o fato de que em 2023 mais de 3.100 trabalhadores foram resgatados de situações degradantes e desumanas, caracterizadas por jornadas exaustivas, condições de trabalho insalubres, cerceamento de liberdade e, muitas vezes, violência física e psicológica, segundo dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foto: MTE    O Papa Francisco tem insistido em que o trabalho é fundamental para a dignidade de uma pessoa, considerando a escravidão moderna como crime de lesa humanidade. São pensamentos que tem que nos levar a refletir sobre situações presentes em nosso meio, dado que o trabalho escravo se manifesta de muitos modos na sociedade brasileira, indo além do que acontece no campo. O trabalho escravo é uma realidade nas fábricas, em empresas de todo tipo e até no trabalho doméstico. As vítimas sempre são as pessoas mais pobres e necessitadas, que diante da falta de recursos e oportunidades são aliciadas com falsas promessas de emprego e submetidas a condições de exploração que violam seus direitos humanos mais básicos. Uma realidade que, mesmo aqueles que conhecem, nem sempre é denunciada. Não podemos aceitar que o lucro de pessoas sem escrúpulos fale mais alto do que os direitos humanos. É inadmissível que ainda hoje algumas pessoas sejam privadas de direitos básicos em consequência do trabalho escravo. Se faz necessário tomar postura, mas na verdade continuamos comprando produtos de empresas condenadas por esse tipo de práticas, e inclusive tentamos contratar trabalhadores sem garantir todos os direitos que eles têm. A realidade muda quando o conjunto da sociedade se empenha para que assim seja. Diante de qualquer tipo de trabalho escravo, diante de qualquer situação de tráfico de pessoas, a atitude tem que ser firmemente contrária. A vida das pessoas depende de nosso compromisso, e por isso estar de olho aberto é uma atitude decisiva.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Clero das Igrejas Particulares de Alto Solimões, Tefé e Coari realizam seu Retiro Anual

O Retiro anual reúne o clero das três Igrejas, para rezar, partilhar e alimentar a Espiritualidade do presbítero. Momento de revigorar a comunhão e sinodalidade entre as três Igrejas Locais, e neste ano de 2025 tem como tema: “A missão nasce e se alimenta de uma memória agradecida, para sermos peregrinos da esperança”. A abertura do retiro aconteceu com a celebração Eucarística na noite da 27 de janeiro de 2025, presidida por Dom Marcos Piatek, bispo da Diocese de Coari. No dia 28 iniciou-se propriamente dito, o retiro anual do Clero das Igrejas, tendo Coari como local do encontro, e irá até o dia 31 de janeiro. Este é o terceiro ano consecutivo que a Diocese Alto Solimões, Diocese de Coari e a Prelazia de Tefé, realizam o retiro anual do clero juntas; sinal de comunhão e de sinodalidade entre estas Igrejas. Esta dinâmica iniciou no ano de 2022, e este primeiro ano, o orientador foi Dom Altevir, bispo da Prelazia de Tefé, que convidou o grupo a rezar a partir dos Discípulos de Emaús, construindo junto com todos, um Projeto Missionário, elaborado sob a força da oração. Já o segundo ano quem orientou foi o Pe. Antônio Niemiec, então secretário das Pontifícias Obras Missionárias – POM, a partir do tema: “A identidade do Missionário Presbítero”. O mesmo ressaltava que em cada fase da vida, os clérigos são convidados a visitar o âmago da sua existência, onde se encontram as motivações mais profundas de sua vocação presbiteral. “A missão nasce e se alimenta de uma memória agradecida, para sermos peregrinos da esperança”, é o tema deste ano, orientado pelo Pe. Siro Stocchetti, italiano, comboniano, e atua na Área Missionária São Daniel Comboni, na Arquidiocese de Manaus. Nesta primeira manhã, o orientador, depois da oração invocando a presença do Espírito Santo, se dirigiu aos participantes, que este ano reúne cerca de 40 padres, sendo 19 deles da Prelazia de Tefé, e ainda conta com a participação dos bispos diocesanos destas Igrejas: Dom Adolfo Zon Pereira, Dom Marcos Piatek e Dom Altevir José Altevir da Silva. Este primeiro momento do retiro, o orientador Pe. Siro, trouxe a reflexão sobre o papel do orientador, que é propor um caminhar espiritual, apresentando passo a passo; um itinerário, com metas, ou seja, onde cada um se encontra e onde quer chegar. A partir do tema, o mesmo dizia que é preciso alimentar a Memória deste Deus que fez história com cada um, e que os possibilita seguir a missão com serenidade e confiança. Ao falar do objetivo do retiro, dizia ainda que é necessário: “encontrar com Jesus que me revela o Pai”, citando São Tomás de Aquino, com a frase: “ver em todas as coisas a presença de Deus”, e afirmava que todo encontro com o Senhor, causa em cada um, mudança, levando à conversão. Pe. Siro falou da importância do silêncio, especialmente, o silêncio interior. Destacou a importância da oração, ou seja, Deus falando com cada um. E confirmou que o Espírito Santo é o verdadeiro protagonista do retiro.  Ao indicar o texto de Mc 6,30-32, para cada um entrar no retiro, chamou a atenção para o exercício de autoescuta, recorrendo ao ponto de partida: como cada um se encontra? Na primeira meditação, Pe. Siro apresentou como tema, “o encontro do desejo de Deus com o meu desejo”. Por citações bíblicas, indicadas para este caminho: Ap 3,20 e Lc 19, 1-10, com o foco no versículo 5, “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua Casa”. E ao concluir disse que os participantes devem contemplar Jesus que está à sua porta, pedindo licença para entrar. “Se alguém ouvir a minha voz, abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele e ele Comigo”. Enviando todos para à meditação pessoal, convidou-os a pedir a graça de Deus rezando: “Concede-me Senhor, contemplar-te em teu desejo de me encontrar, a graça de fortalecer o meu desejo de me encontrar contigo para ser testemunha do teu amor na missão que me confiastes. Dom José Altevir da Silva, CSSp

Cardeal Steiner: “A escuta disponível da Palavra de Deus, conduz às origens, à proximidade com Deus”

Na homilia do terceiro domingo do Tempo Comum, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, iniciou sua homilia lembrando que “como era do seu costume, Jesus levantou-se para fazer a leitura. Levantar-se, pôr-se de pé, permanecer na prontidão de quem deseja receber a graça da visitação! De pé como alguém que está na receptividade de uma missão e na disponibilidade de pôr-se a caminho. De pé na posição de quem deseja ouvir com reverência o anúncio do passado, do presente e do futuro.” Na primeira leitura ouvimos, disse o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, “como Esdras, de pé, abriu o livro da Lei à vista de todos, e o povo ficou de pé para ouvir a leitura. E estavam à escuta desde o amanhecer até ao meio-dia. Todo o dia, o tempo todo, deixando-se iluminar, aclarar pela palavra. Todos os que tinham capacidade de compreensão mulheres e homens era dirigida a palavra. E a todos era demonstrado o sentido da Palavra, todos eram instruídos pela palavra.” Ele recordou que “vindo do exílio, ainda no tempo de miséria e desolação, o povo deseja reconstruir Jerusalém com suas muralhas e as portas. Mais que o templo e a cidade, era necessário restaurar a vida do Povo de Deus. Necessário reconstruir, reconciliar a vida com suas injustiças, as contradições e traições.” “A leitura da palavra para que todo o Povo pudesse recordar, acordar para o compromisso fundamental que Deus estabelecera na Aliança. Para garantir que seriam fiéis à Aliança, era necessário voltar às origens, às palavras iluminadoras e encantadoras do princípio, do chamado, da razão de ser Povo de Deus. Então, reconstruir o templo, as muralhas, guiados, alicerçados, assegurados, pela Palavra de Deus. O Povo de pé na disponibilidade da Palavra”, sublinhou. “E diante da palavra que desperta e ilumina, o povo responde; ‘Amém, Amém!’, assim seja! Escuta de pé, mas no assentimento se prostra, se inclina em sinal de aceitação e recolhimento da palavra. O povo ao escutar a palavra de pé se coloca na prontidão de quem deseja restaurar não apenas o templo e as muralhas, mas especialmente a sua relação com Deus. Está disposto à graça de uma vida nova que Deus está a oferecer”, disse o cardeal Steiner. Ele destacou que “Na disposição, aceitação e reverência do povo, Neemias convida: ‘Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será vossa força.’ (Ne 8,8-10)” Segundo o arcebispo de Manaus, “a escuta disponível da Palavra de Deus, conduz às origens, à proximidade com Deus e, por isso, se comove. chora; interpelado pela Palavra quanto à sua origem, o povo se converte busca a mudança de vida, desperta para a alegria e a solidariedade, festeja, partilha. A escuta das origens, da fonte, é a força de povo de Deus.” No Evangelho proclamado, o cardeal ressaltou que “Jesus se levanta, recebe a palavra e a proclama de pé. Caiu-lhe nas mãos o profeta. De pé proclama e escuta a palavra do profeta que no passado indicava o futuro. Na palavra proclamada deixar percutir no presente o que o passado esperava, ansiava, desejava. Deixar ressoar as promessas do futuro que agora se tornaram realidade.” “De pé, na prontidão, disposição, disponibilidade, Jesus escuta a missão: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para proclamar um ano da graça do Senhor.’ E o fogo da paixão, que no Batismo se acendera em seu coração, crepitava com todo o ardor. Ele não se sente apenas ungido, mas o ungido por excelência, o Cristo prometido ao longo de todo o Antigo testamento. O Espírito que se apossa de Jesus, torna-se, assim, sua paixão, seu desejo, seu Amor. Por isso, diferentemente dos profetas, não há mais separação entre ele o Espírito. Ele e o Espírito são um como Ele e o Pai são um”, disse o arcebispo de Manaus, inspirado no comentário de Fernandes e Fassini, acrescentando que “sente-se enviado na força do Espírito.” “De pé, Jesus sente-se enviado, para aqueles que já não caminham: cegos, coxos, feridos no corpo e no espírito. Enviado pelo Espírito, leva o Espírito que transforma todas as coisas, mantém em vida todos os seres, que oferece aos desvalidos a graça e a libertação. Todos agora a caminho na força do Espírito”, disse o presidente do Regional Norte 1. “Proclama as bem-aventuranças, ensina a compaixão e o cuidado do Pai, como aos lírios do campo e os pássaros do céu; mostra transformação da vida na morte, recompõe os desvalidos, sacia os famintos, abre olhos aos cegos, concede passos aos descaminhantes, deixa todos se sentirem irmãos e irmãs. O Espírito que repousou sobre ele, o faz anunciador de um novo céu e de uma nova terra”, destacou das palavras do Evangelho. Segundo o cardeal Steiner, “como Jesus que de pé escuta a palavra e percebe a sua missão, caminha ao encontro das necessidades dos irmãos e irmãs, assim nós, que ouvimos a Palavra do Senhor de pé, com disposição e disponibilidade, somos enviados ao encontro dos irmãos e irmãs. Participamos, pelo batismo, da missão de Jesus.” Ele lembrou as palavras de São João Crisóstomo: “O sacramento do altar é sacramento do irmão; deixamos o altar da Eucaristia para ir ao altar do pobre. Os dois altares são inseparáveis, porque a finalidade da liturgia é gerar a Igreja da compaixão, à imagem de Deus. A Igreja transforma-se na sarça ardente, da qual ninguém pode se aproximar sem ver a miséria do povo e ouvir seus gritos (cfr Ex 3,7).”  Citando as palavras de Jesus, “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”, o arcebispo de Manaus enfatizou que “a palavra que também nos revela uma missão, nos envia, nos coloca a caminho; a Palavra…
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Ninguém pode se achar dono do mundo

Na última segunda-feira 20 de janeiro de 2025, Donald Trump assumiu seu cargo como presidente dos Estados Unidos. Suas primeiras palavras têm que nos levar a refletir, a entender que ninguém pode se achar dono do mundo. O desejo de dominar os outros, de impor a própria visão do mundo, está presente em muitas pessoas. Diante disso somos chamados a entender que uma convivência sadia entre as pessoas, entre os países, é fruto da escuta, do diálogo, do respeito pelo outro, seja grande, seja pequeno. Quando isso não acontece, nos deparamos com as guerras, que podem ser de muitos tipos, não só armadas. As consequências das guerras sempre são dramáticas para todos, mas especialmente para os pequenos, que sempre pagam a conta das decisões erradas dos poderosos. Se Donald Trump levar adiante suas ameaças, podemos nos deparar com uma grande ameaça para o futuro da humanidade. Muitos países irão reagir, colocando em risco a vida de muitas pessoas. Suas atitudes preconceituosas, sem respeito para com o outro, especialmente para quem é ou pensa diferente, é algo que não pode ser tolerado. O que ele tem falado em relação às políticas migratórias, as ameaças aos migrantes que já vivem nos Estados Unidos, seu negacionismo sobre questões de saúde ou climáticas, seus ataques a diversos coletivos, a ameaça de invadir territórios mundo afora, deveria levar a uma reação global. Mas infelizmente essas atitudes estão presentes em muitas pessoas, incapazes de dialogar, com atitudes xenófobas, racistas, aporofóbicas, preconceituosas. Gente que se acha mais do que os outros, que se empenha em instaurar um pensamento único, acorde com o seu próprio pensamento, gente que não respeita quem vem de fora, que não aceita que ninguém pense diferente, gente fechada em seu próprio ego, que não consegue enxergar além do seu nariz. O que fazer diante dessas pessoas? Como reagir frente a essas atitudes? Como evitar cair nesses erros? Como educar os mais jovens para evitar que eles possam chegar nesse ponto? A democracia é bem mais do que um sistema teórico, ela tem a ver com o modo de vida, de se relacionar uns com os outros. Ninguém pode esquecer que sem diálogo, escuta, uma boa convivência, a democracia acaba. Os ditadores, mesmo eles tendo sido eleitos democraticamente, são um grande perigo para a humanidade. Ainda mais quando eles se acham escolhidos por Deus para essa missão. Em verdade, o Deus pelo qual eles se dizem escolhidos, nada tem a ver com o Deus de Jesus Cristo, que prega e vive com atitudes completamente diferentes. Não deixemos nos enganar por sujeitos que só pensam em se próprio, que se esforçam em distorcer a realidade para cuidar unicamente de seus interesses. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Pastorais Sociais e Organismos do Regional Norte1 preparam Seminário das Pastorais Sociais

A sede do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil acolheu nesta terça-feira 21 de janeiro de 2025 a reunião das Pastorais Sociais e Organismos em nível regional junto com a Equipe da Ecologia Integral da arquidiocese de Manaus. O objetivo do encontro foi preparar o Seminário das Pastorais Sociais em nível, que será realizado em maio de 2025. Durante a reunião os participantes viram a pauta de reunião, sendo construídos os passos que serão dados ao longo do seminário. Junto com isso foram constituídas as equipes de trabalho que irão realizar os trabalhos durante o seminário. O tema da Ecologia é de grande importância para a Igreja do Brasil em 2025, dado que neste ano completa 10 anos da publicação da encíclica Laudato Si´, a Ecologia é o tema da Campanha da Fraternidade e em novembro de 2025 acontecerá em Belém do Pará a COP 30. Luis Miguel Modino, asseessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Steiner: “Vivemos numa sociedade onde o amor desinteressado, gratuito, vai se diluindo”

“O Evangelho proclamado nos fez ver a festa de casamento em Caná da Galileia, numa pequena aldeia de montanha, a quinze quilômetros de Nazaré”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner na homilia da missa do Segundo Domingo do Tempo Comum. Ele lembrou que “na Galileia, o casamento entre as pessoas do campo durava de vários dias. Familiares e amigos, juntos a celebrar: comiam, bebiam, dançavam com ritmos próprios de casamento e cantando canções de amor. Uma grande festa!” Segundo o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), “o centro do Evangelho das Bodas de Caná é Jesus. Não conseguimos ver o rosto da noiva, nem do noivo, como também não ouvimos a voz, nem as ações de cada um. E na celebração do casamento vemos o primeiro sinal de Jesus: ‘Este foi o início dos sinais de Jesus, em Caná da Galileia’”. “Os esponsais lembram uma relação nova: nova vida, novo início, novo horizonte. Recordam a fecundidade, a prodigalidade, a partilha. Os esponsais, expressam o que há de mais próprio e único em cada pessoa humana: o amor. O casamento como o de Caná da Galileia, canta a presença do amor, e o amor revelado por Deus em Jesus Cristo. As núpcias, os esponsais, como nos lembra a Sagrada Escritura, falam, dizem, expressam, cantam a beleza, a nobreza, a singeleza, a cordialidade, da relação de Deus com cada um de seus filhos e filhas. Deus, o eterno amante em busca de seus amados, de suas amadas”, ressaltou o arcebispo. “No meio das danças, dos cantos, da festa, a mãe de Jesus percebe: ‘Eles não têm mais vinho’”, mostrou o cardeal Steiner. Ele questionou: “Como vão prosseguir cantando e dançando? Como continuar com a festa das núpcias?”, lembrando que “o vinho era indispensável num casamento. O vinho era o símbolo mais expressivo do amor e da alegria”. Ele recordou que diz uma tradição: “O vinho alegra o coração”. Igualmente, disse que “o Cântico dos Cânticos eleva o vinho como sinal de alegria e símbolo do amor: ‘o amor é mais doce do que o vinho. O seu aroma é uma delícia! E o seu nome é como o melhor dos perfumes. Ficamos alegres por você e nos lembraremos que o amor que você tem é mais doce do que o vinho’ (1,1-8).” Daí o arcebispo perguntou: “O que acontece com um casamento sem alegria e sem amor? O que se pode celebrar com o coração triste e vazio de amor?” “No pátio da casa estão seis talhas de pedra. Nelas cabem cerca de 100 litros de água em cada uma. Estão colocadas ali de maneira fixa, firme. Nelas se guarda a água para as purificações. A piedade religiosa daqueles camponeses que procuram viver puros diante de Deus. Antes das núpcias todos haviam, certamente, realizado as abluções, a purificação para serem dignos de participar da festa. Jesus diz aos que estavam servindo: Enchei as talhas de água”, recordou. “Da casa à fonte, da fonte à casa. Indo e vindo com os cântaros, com as vasilhas vazias na ida e cheias de água na volta. A água colhida, retirada na fonte, carregada sobre os ombros, sobre a cabeça, devagar enchendo as talhas. Das idas e vindas, de muitas ida e vindas, ali estão as talhas cheias, repletas, transbordantes, pois os que serviam encheram-nas até a boca”, afirmou. Em palavras do arcebispo, “o voltar-se para a fonte das águas é a possibilidade da plenitude da purificação: transformação. Jesus faz o segundo convite: ‘Agora tirai e levai ao mestre-sala’. E retiraram a água das talhas e levaram ao mestre-sala. O mestre-sala não sabia de onde viera esse vinho saboroso, melhor que o primeiro, de fina espécie, mas o sabiam os servos do caminho que haviam colhido, carregado, suado, sofrido a água, e haviam enchido as talhas. Sim eles sabiam da transformação. Eles os servos das núpcias, os que servem, os que fazem a festa acontecer, os que obedecem… sim, os servos sabiam de onde era o vinho mais saboroso.” O cardeal Steiner enfatizou que “Jesus transforma a água em vinho, manifestando novo amor e nova alegria naquelas pessoas que celebravam. O primeiro sinal: a alegria de viver, de conviver, de celebrar! A graça do amor que deixa festejar e fecundar a vida.” Ele lembrou que “Papa Francisco nos ensina: é bom pensar que o primeiro sinal que Jesus realiza não é uma cura extraordinária nem um milagre no templo de Jerusalém, mas um gesto que responde a uma necessidade simples e concreta das pessoas comuns, um gesto doméstico, um milagre, discreto, silencioso. Ele está pronto para nos ajudar, para nos aliviar. E assim, se estivermos atentos a estes “sinais”, somos conquistados pelo seu amor e tornamo-nos seus discípulos. Há outra caraterística distintiva do sinal de Caná: o vinho melhor. Geralmente, o vinho que se oferecia no final da festa era o menos bom; também hoje se faz desta forma, naquele ponto as pessoas já não distinguem muito bem se é um bom vinho ou um vinho ligeiramente regado. Jesus, ao contrário, certifica-se de que a festa se conclua com o melhor vinho. Deus quer o melhor para nós, Ele quer que sejamos felizes. Ele não estabelece limites nem cobra juros. No sinal de Jesus, não há lugar para segundos fins, para pretensões em relação aos noivos. Não, a alegria que Jesus deixa no coração é alegria plena e abnegada. Nunca é uma alegria diluída!”, citando suas palavras no mesmo domingo do ano 2022. “O casamento em Caná é um convite para vivermos com sabor, de modo compassivo, fraterno, amoroso. É uma inspiração para buscar caminhos mais humanos, mais sóbrios, mais partilhados, numa sociedade que busca o bem-estar afogando o espírito e matando a compaixão. O texto pode despertar o gosto por uma vida mais elevada, mas equânime em pessoas vazias de interioridade, pobres de amor, necessitadas de esperança. Um convite a sair para as periferias do espírito e geográfico, para manifestar o verdadeiro sentido viver com prazer!”, ressaltou.…
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