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Conferido o ministério de Leitor ao seminarista de Manaus Luiz Fernando Levati: “Em atenção à Tua Palavra”

Um passo a mais no processo formativo no Seminário Arquidiocesano São José de Manaus foi dado no dia 8 de dezembro de 2024 pelo seminarista Luiz Fernando Levati, que foi instituído no ministério de leitor, em celebração presidida por dom Joaquim Hudson Ribeiro, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Área Missionária São Francisco das Chagas. “Essa data marcou não apenas um passo importante na minha caminhada vocacional, mas também reafirmou a centralidade da Palavra de Deus em minha vida”, disse o novo leitor. Durante a homilia, dom Hudson ressaltou a profundidade desse ministério, exortando a Luiz Fernando a permitir que a Palavra rumine dentro dele, para que não apenas a ouça, mas a escute com o coração. O bispo auxiliar comparou a missão de cada fiel à caixa de um violão, que ecoa as vibrações das cordas. Assim também devemos ser aqueles que fazem ressoar a Palavra de Deus de forma autêntica e vibrante, para que ao nos verem, as pessoas possam lembrar-se de um versículo bíblico e pensar na própria Palavra. Com a mesma ternura e firmeza, Dom Hudson pediu a Luiz Fernando que ele fosse grande devoto de Nossa Senhora, acolhendo a Palavra como ela acolheu o Verbo, e transmitisse essa devoção àqueles que encontrar no caminho. Durante a celebração, realizada em sua comunidade de origem, o seminarista escutou daquela que foi sua catequista de Crisma, Kathllen Prestes, que relembrou sua trajetória na comunidade, um pouco de sua história de vida na comunidade: um jovem agitado, mas igualmente prestativo e zeloso, enquanto catequizando, coroinha e catequista. As palavras da catequista “emocionaram a todos e me fizeram refletir sobre como a comunidade moldou a minha vocação”, disse Luiz Fernando. O seminarista reforçou a importância de sempre rezar pelas vocações e pediu que todos continuem confiando suas preces ao Senhor por meio da oração vocacional. Ele agradeceu especialmente a dom Hudson por ter aceitado o convite de conferir-lhe o ministério, e compartilhou com os presentes a frase de força que lhe guia no ministério que lhe foi conferido: “Em atenção à tua Palavra” (Lc. 5,5), explicando que “mesmo nos momentos mais desafiadores, quando minha vontade parece gritar mais forte, é essa Palavra que me sustenta, impulsiona e me faz lançar novamente as redes”. A celebração foi encerrada com um café partilhado, símbolo da comunhão e da alegria que vivida juntos como comunidade. Luiz Fernando agradeceu a Deus por cada pessoa que fez parte desse momento especial e pediu que continuem rezando por ele, para que seja fiel à missão de fazer ressoar a Palavra de Deus em todos os lugares onde ele estiver. Finalmente, ele pediu “que Maria, a Mãe do Verbo, interceda para que eu acolha e transmita a Palavra com o mesmo amor e zelo com que ela o fez. Amém!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A Igreja de Manaus celebra e caminha com a Imaculada, “que cuida de nós e sempre está próxima de nós”

A religiosidade popular na Amazônia é uma clara expressão da fé do povo, que ao longo dos séculos, especialmente nas comunidades do interior, participava da Eucaristia nas festas dos padroeiros. Muitos daqueles que tiveram essas vivências hoje moram na capital do Amazonas, que neste dia 8 de dezembro celebrava sua padroeira. Milhares desses manauaras, amazonenses, acompanharam a Maria nas ruas de Manaus e depois celebraram a Eucaristia campal nas proximidades da Catedral da Imaculada Conceição, a Matriz, como é conhecida pelo povo. Maria caminhou acompanhada pelo povo de Deus para se fazer presença de Deus na vida daqueles que a seguiam ou simplesmente a viam passar. Ela que sempre se colocou ao serviço de Deus e de seu filho, quer ser exemplo para o povo, para “cada uma das nossas comunidades que servem a Jesus, que veio do seio de Maria”, segundo disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, em sua homilia. Em uma celebração onde o povo estava “para podermos louvar, bendizer e agradecer a Nossa Senhora, que tem acompanhado a nossa arquidiocese durante tanto tempo”, disse o arcebispo, que mostrou sua gratidão “por termos uma tão grande mãe, que cuida de nós e sempre está próxima de nós e a todos nos leva a Jesus.” Uma celebração onde estavam presentes bispos, padres, diáconos, seminaristas, vida consagrada, ministros, ministras, seja da Palavra, da Eucaristia, “todos os ministérios que nós estamos distribuindo para o bem da nossa querida Arquidiocese de Manaus, para o bem das nossas comunidades”, enfatizou o cardeal Steiner. Ele destacou a atitude de Deus que se aproxima, que está através dos tempos, a buscar, até que ele mesmo procurou a mulher, a filha da graça do Senhor. Na saudação do anjo “havia uma busca de Deus, havia uma procura de Deus, havia uma proximidade de Deus”, destacou o arcebispo. O cardeal Steiner enfatizou que “Deus nos amou tanto, Deus nos quis tanto, que escolheu Maria para se fazer presente no meio de nós. Ser um de nós, como nós, ou como dizia o grande pensador da igreja, não outro de nós, só nós, Deus nos fez”, ressaltando que “Ele nos procura, nos deseja sempre”. Ele destacou na figura de Maria o fato de ser cheia de graça, preservada do pecado, lembrando as palavras de Santo Agostinho, que fala de Maria dizendo: “Se forma em teu seio, enche o teu espírito, enche o teu ventre”. Segundo o arcebispo de Manaus, “a bem-aventurada Virgem Mãe de Deus, a qual nunca foi inimiga de Deus, nem em ato, em razão do pecado atual, nem em razão do pecado original. Deus a preservou, Deus a preparou, porque quer, quis através dela nos buscar”, o que nos leva “a louvar e bendizer aquela que foi preservada”, aquela que “nos presenteou Jesus”. O cardeal lembrou duas palavras do Papa Francisco com relação a Nossa Senhora: admiração e fidelidade. Isso porque “Nossa Senhora ficou perturbada, diz Papa Francisco, interrogava-se sobre o significado. O significado dessas palavras, ela foi surpreendida, ela ficou impressionada, perturbada, ficou espantada”. Nossa Senhora, lembrando as palavras de Papa Francisco, é cheia do amor de Deus. Nesse sentido, “é uma atitude nobre saber maravilhar-se com a presença de Deus. É uma atitude nobre perceber que Deus nos enche de graças. É uma atitude nobre, é uma admiração poder dizer, Deus está no meio de nós”. Por isso, “ao celebrarmos a Imaculada Conceição, queridos irmãos, queridas irmãs, tenhamos uma atitude na vida de admiração”, sublinhou o arcebispo. Ele fez um chamado para que “admiremos as belezas, os dons que recebemos, as graças que recebemos, mas tenhamos também admiração pela beleza da natureza”. Junto com isso ter fidelidade às coisas mais simples, lembrando que “Nossa Senhora era uma mulher de aldeia, era uma mulher extremamente simples. Era uma daquelas meninas que viviam lá longe, no interior. E ela cuidava das coisas mais simples da casa. É por isso que ela se tornou cheia de graça”, reafirmando a necessidade de que “sejamos fiéis nas coisas pequenas, nas coisas simples, lá em casa, na comunidade”, sê-lo “nas pequenas coisas da nossa vida, as coisas mais simples da nossa vida, é porque é ali que acontece a vida e a graça de Deus”. Finalmente, o cardeal Steiner pediu que nossa proximidade com Nossa Senhora, “nos leve especialmente a termos um grande amor pelos irmãos mais necessitados. Termos um grande amor a Deus para servir melhor os nossos irmãos e irmãs”, encerrando suas palavras com uma oração de São Francisco, que fala de Maria como a virgem feita Igreja. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Steiner: “Deus sai a procura. Ele sempre procura, principalmente quando seus filhos e filhas se afastam”

Na Solenidade da Imaculada Conceição, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, iniciou sua homilia lembrando que “a Palavra de Deus a nos indicar o cuidado de Deus para conosco”. Segundo ele, “com o anúncio do anjo se cumprem as promessas antigas, as rogações das gerações são ouvidas, a esperança se acende entre a humanidade, se anuncia o nascer do Principe da Paz.” O arcebispo ressaltou que “na Solenidade da Imaculada Conceição no tempo do Advento, fazemos memória das maravilhas que Deus operou na humanidade e, por isso, em Nossa Senhora. Entre as admiráveis ações de Deus está a sua Imaculada Conceição que a Igreja ao iniciar os preparativos do Santo Natal, celebra e bendiz.” Analisando a primeira leitura, o cardeal disse que “ouvíamos e víamos como Deus sai a procura. Ele sempre procura, principalmente quando seus filhos e filhas se afastam. Logo que Adão comeu da fruta da árvore e se afastou, se escondeu, Deus o procura e chama: ‘Onde estás?’ (Gn 3,9). O distanciamento, o escondimento de Adão, é motivo da busca: Onde estás? É a busca, o apelo de um Pai, para que seu filho perdido retorne à casa paterna. Ele que o gerou, deseja que permaneça ao alcance de seu amor.” “Deus, fiel a si mesmo corre atrás daquele que Ele gerara para ser seu filho predileto. Ao homem que lhe dá as costas, Deus oferece o seu semblante, para que ele volte e permaneça face a face com Ele, para gozar da afeição de sua intimidade. A história do pecado não acaba com a relação do homem com Deus. Deus não se afasta, mas se aproxima sempre: Onde estás? Sempre que nos afastamos Ele nos busca: Onde estás?”, disse o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Segundo ele, “a procura de Deus, o desejo de permanecer junto a seus filhos e filhas, se manifesta no Evangelho com a saudação do anjo Gabriel: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’ Alegra-te, agraciada, o Senhor está contigo (Lc 1,28). Procura, Deus se faz nova presença! Uma presença na nossa humanidade e fragilidade. Se faz um de nós em Maria”. “Maria é saudada pelo Arcanjo como a ‘cheia de graça’. ‘Cheia de graça’, significa: ‘Deus é contigo!’”, disse o cardeal. Ele lembrou que “Santo Agostinho acrescenta à saudação angélica: ‘Mais que contigo, Ele está em teu coração, se forma em teu seio, enche o teu espírito, enche o teu ventre’. Mais próximo Deus não poderia ser que fazer-se presença no ventre de Maria: no coração, no ventre. Aquele que tudo criara, de tudo cuidava, tudo harmonizava, agora feito humanidade, sendo gerado no ventre da Mulher.” O cardeal enfatizou que “a Solenidade hoje celebrada está profundamente ligada a essa procura de Deus por cada um de nós. E para que pudesse permanecer na proximidade e melhor encontrar-nos, faz-se um de nós, como nós, buscando uma mulher na qual pudesse revestir-se de nossa humanidade. Uma mulher que recebesse Aquele que é sem pecado”. Citando João Duns Scotus, ele disse: “Há no céu santos que nunca foram inimigos de Deus em ato, por um pecado atual, como aconteceu com os santos inocentes; e muitos outros que, às vezes, foram inimigos de Deus, como os que pecaram mortalmente, e depois fizeram penitência. Há também ali a Bem-aventurada Virgem Mãe de Deus, a qual nunca foi inimiga de Deus, nem em ato em razão de um pecado atual, nem em razão do pecado original.” Ele enfatizou: “Sim, a Imaculada. Aquela que foi concebida sem pecado, para que pudesse conceber a Deus que resgata e liberta no seu amor.” “Se Jesus, o Filho de Deus, que se tornou Filho do Homem, o Verbo que se fez carne, foi o primeiro a ser pensado e querido por Deus em sua intenção criadora, Maria, em virtude de ou com sua união com Cristo, foi a primeira a ser pensada por Deus entre os redimidos por Cristo. Em virtude de sua destinação à maternidade divina ela foi concebida sem a mácula do pecado: daí o título ‘i-maculada concepção’. O privilégio da pureza original, é em vista de sua nobre e divina missão: ‘Eis que conceberás no ventre e darás à luz um filho…’”, disse o cardeal. Lembrando as palavras de Fernandes e Fassini, o cardeal disse que “ela já tinha concebido o Messias no seu espírito, pensamento e desejo, principalmente através da meditação das grandes promessas messiânicas. Agora, o conceberia no corpo, no seu ventre. Ela já o gerava na alma; agora o geraria no seu útero. Ela já estava disposta a dá-lo à luz, espiritualmente; agora lhe cabia a incumbência de dá-lo à luz, corporalmente. Ela, que estava sempre de prontidão na espera do Deus que vem, agora o traria em seu corpo e o mostraria ao mundo unido à carne de nossa humanidade. Nela, o Filho de Deus se faz carne, a carne de nosso ser.” Nas palavras de Paulo aos Efésios, o cardeal enxerga “a procura de Deus, o cuidado de Deus, o amor de Deus”, afirmando que “esse hino das ‘Bênçãos espirituais em Cristo’, nos recorda de que em Jesus somos filhos e filhas adotivos. É nesse hino que encontramos a mais claro e precioso sentido do que é ser Igreja, o sentido da maternidade Maria e o sentido de sermos cristãos.” Acrescentando, o cardeal Steiner destacou que “Paulo nos ensina a perceber a eleição e a consagração como fonte comum para todos os homens, toda Igreja. Nesse sentido a Igreja, as nossas comunidades, será sempre santa, imaculada, por causa de seu fundamento, Jesus, mas, pecadora por causa de nós, seus membros. Podemos e devemos dizer que a Igreja é a nova Maria da humanidade. Assim como o seio da Virgem Maria serviu para gerar o novo humano, na Pessoa do Filho de Deus, Jesus, agora, a Igreja – através dos seus fiéis – é eleita, chamada e enviada para ser o grande útero da nova humanidade; aquela que deve gerar os novos filhos de Deus…
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Inaugurado o Barco Hospital São João XXIII, que neste domingo inicia sua missão levando saúde no Amazonas

Os rios da Amazônia e as pessoas que moram nas comunidades indígenas e ribeirinhas poderão disfrutar em breve de mais um gesto de amor através do barco São João XXIII na Providência de Deus, um nome que lembra a figuro do Papa bom, o Papa do sorriso e da caridade, que agora será presente na vida do povo da região. O barco, que inicia seus trabalhos neste domingo 8 de dezembro, servirá as comunidades locais, levando saúde e caridade. Uma missa presidida pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, que contou com a presença do bispo de Óbidos (PA), dom Bernardo Baumann, do bispo auxiliar de Manaus, dom Zenildo Lima, e do bispo emérito de Primavera do Leste-Paranatinga, dom Derek Byrne, iniciou um ato que contou com a presença de diversas autoridades do Estado do Amazonas e de outras regiões do Brasil. O barco hospital é um sinal de saúde, segundo o cardeal Steiner, que agradeceu a Deus por “todas as mãos generosas que nos ajudaram na construção deste barco, para que ele pudesse agora servir as nossas comunidades ribeirinhas”. Igualmente agradeceu os freis Franciscanos que concretizaram a ideia. O arcebispo de Manaus destacou como Deus vai em busca de Adão e Eva, que tinham se distanciado D´Ele, “vai em busca e encontra”. Uma procura que Deus também fez com Maria, “Ele procura Maria, aquela da aldeia lá de Nazaré, aquela jovem, adolescente, Deus a procura porque quer estar junto dos seus filhos e filhas”. O cardeal lembrou que “Deus teve a delicadeza de perguntar, você aceita? E ela disse sim. Sim, porque percebe que Deus a procurou, porque a buscou, e se fez um de nós”. Uma atitude que se faz presente com o barco, “nós não esperaremos, nós buscaremos. Nós desejamos ir ao encontro e desejamos perguntar onde você está para poder cuidar da sua saúde, seja da saúde do corpo, seja da saúde do espírito”. Algo que é feito, “porque ele se fez providente no meio de nós, em Jesus. É em nome de Jesus que nós vamos fazer, em nome de Jesus que lá vamos estar, em nome de Jesus que queremos ser também evangelizadores através da caridade”, fazendo um chamado a “seguir os passos de Deus e fazer essa procura e buscar todos os irmãos e as irmãs que têm necessidade”, destacando o grande número de pessoas envolvidas no projeto que vai ajudar a ser “essa expressão de Deus”, e chegar “até os lugares onde nós achamos que não tem ninguém, mas lá tem alguém que está necessitado”. O cardeal Steiner insistiu em “agradecer a todos que ajudaram, colaboraram, para que este barco possa ser realmente um sinal da nossa fraternidade, possa ser um sinal da justiça, onde todos têm direito à saúde, possa ser sinal de paz, mas possa ser também sinal de salvação”, abençoando os presentes com uma relíquia de São João XXIII que acompanhará os atendimentos do barco. Segundo lembrou dom Bernardo Baumann, os barcos hospitais, Papa Francisco, São João Paulo II e São João XXIII, foi uma ideia que surgiu em 2013, querendo dar resposta à necessidade de muitas pessoas doentes que não conseguiam chegar nas cidades para serem atendidos, por falta de dinheiro para chegar o pelas longas filas que faziam eles ter perdido a esperança, surgindo a ideia de fazer realidade um hospital que vai até o paciente. Foi assim que foi plantada “uma semente de mostarda que de repente cresceu e se tornou uma grande árvore”. O bispo de Óbidos destacou que muitas pessoas têm ajudado nesse sonho, “porque nós compreendemos também que a caridade nunca pode parar”, afirmando que quando “a gente coloca a caridade a funcionar, vai crescendo”. Em cinco anos, o barco hospital Papa Francisco já fez 500 mil atendimentos, resgatando muitas vidas, sobretudo na pandemia, sendo instrumento para levar esperança para as pessoas e levar paz para as pessoas”. Um barco que é exemplo concreto de uma Igreja em saída, segundo frei Francisco Belotti, “não apenas uma igreja que só sai, mas uma Igreja que anuncia e que também proporciona assistência à cura das pessoas, como Jesus fazia”. Ele insistiu em que, com a ajuda das pessoas, nada é impossível, agradecendo às pessoas que ajudam para a construção e funcionamento dos barcos hospital, para que os milagres possam acontecer. O frei disse que “o estado do Amazonas hoje ganha uma pérola, uma preciosidade, uma preciosidade que é para toda a população, para que as pessoas possam encontrar saúde, e possam encontrar também o seu tratamento”. O frei lembrou as palavras de São Francisco, que diz que “devemos começar fazendo o necessário, depois o possível e depois alcançar o impossível”, de São João XXIII: “o milagre acontece quando a vontade dos homens se une à vontade de Deus”, e de Gandhi: “carrego nos ombros toda a transformação que eu quero ver nesse mundo”. Palavras que inspiram o barco hospital, “um hospital que anda”, que “navega pelos rios”, ajudando as pessoas a superar as dificuldades que existem na Amazônia para chegar nos hospitais. Um barco que “vai ao encontro das pessoas”, o que é muito importante, segundo frei Belotti, que disse que o barco “é o maior e o melhor plano de saúde que pode existir em nosso Brasil”, dado que “a gente chega, consulta, faz os exames, se necessário, interna, se necessário faz cirurgias, recebe alimentação, recebe os medicamentos e ainda com a possibilidade das ambulanchas levarem até a sua residência”. Ele agradeceu ao Ministério Público de Trabalho, ao Tribunal Regional de Trabalho, ao Governo do Estado do Amazonas, à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, à Prefeitura de Manaus, ao Sistema Único de Saúde, e outras entidades e empresas, assim como à Arquidiocese de Manaus, que desde o primeiro momento abriu seus braços, abriu o coração. Ele não esqueceu dos colaboradores, que fazem seu trabalho de forma voluntária, fazendo que os milagres aconteçam todos os dias. O Procurador Regional do Ministério Público do Trabalho do Amazonas, Dr. Jorsinei Dourado do Nascimento, destacou…
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Missa presidida pelo cardeal Steiner encerra o ano formativo 2024 no Seminário São José

O Seminário São José de Manaus encerrou nesta quinta-feira 5 de dezembro as atividades do ano 2024 com uma missa presidida pelo arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, cardeal Leonardo Ulrich Steiner. Em sua reflexão, ele destacou a importância de receber o Senhor que vem, sublinhando que “o Senhor que vem é quem nos faz caminhar, o Senhor que vem está vindo sempre, como diz Santo Agostinho, Ele está vindo sempre, e é por isso que nos colocamos a caminho, mas é encaminhando que nos apercebemos que Ele está, e é encaminhando antecipadamente que já vamos vendo”. Uma realidade que segundo o arcebispo se concretiza através das leituras, através das preces, através das comunidades, das celebrações, onde “vamos vendo o nascer de Deus”. No texto do Evangelho, o cardeal destacou o ouvir a Palavra, questionando “como ouvir a Palavra se não abrirmos o livro, como ouvir a Palavra se não nos é proclamada, como ouvir a Palavra se não existe uma abertura”. O presidente do Regional Norte1 sublinhou que “a Palavra de Deus não são informações, são palavras de vida”, fazendo um chamado a nos abrirmos à palavra. Ele disse que “tudo o fazemos na nossa vida é uma tentativa de ouvir”, dado que “tudo é uma escuta que fazemos”. Nesse sentido, o cardeal falou sobre os dissabores, “não compreendemos, não entendemos, mas vamos ouvindo, as alegrias, a convivência, o esporte, o lazer, o estúdio, as celebrações, tudo é um ouvir, porque tudo é um ressoar daquilo que Deus nos deu como graça”. Uma tentativa de ouvir que nos faz perceber que “em tudo vamos devagarinho crescendo, vamos maturando e vamos abrindo horizontes e vamos crescendo na compreensão, vamos maturando nas nossas relações e vamos percebendo cada vez melhor esse chamado que Deus nos faz, vamos nos fazendo”. O arcebispo de Manaus insistiu em que “tempo do seminário é um tempo muito precioso, é muito precioso porque é um tempo da escuta, um tempo da escuta onde nós devagarinho vamos percebendo que estamos construindo uma casa sobre a rocha”. Ele se referiu à primeira leitura, que falava da “cidadela que tem muro e antemuro, quer dizer, ela é sólida, ela é cuidadosa, ela é cuidada. É tão cuidada que ninguém ousará transpor. Não é a força, mas é onde está sentada a nossa vida, a nossa existência”. O cardeal disse que “Deus vai nos dando a oportunidade de ser uma cidade fortificada”, ressaltando que “não forte, mas ela é fortificada porque bem acertada, porque bem harmoniosa, porque bem compreendida, porque bem cuidada, porque bem cultivada”. De cara ao tempo em que os seminaristas ficam fora do seminário, ele fez um chamado a entender que em casa, na comunidade de cada um, é a continuidade da vida no seminário, “não é uma pausa, é para de novo irmos lá e ouvir como vive a comunidade, como é a experiência de fé, como vive minha família, como posso conviver com a minha família, como posso compreender e ali ouvindo de novo e dando continuidade ao cultivo vocacional que cada um de nós está fazendo, até o fim”. E ainda sublinhou que “não é interromper a vida do seminário”, dado que será um tempo em que nos lugares onde cada seminarista se encontrar, “também ouviremos a Palavra, ali também veremos como a Palavra de Deus age, ali também apalparemos como a Palavra de Deus é, é graciosa, é forte, é cuidadosa”. O cardeal convidou a agradecer a Deus este semestre, “o que cada um de nós pode fazer, o que cada um de nós cultivou, vamos agradecer a Deus. Especialmente vamos agradecer a Deus por termos recebido o dom da vocação. Um coração grato cuida melhor, um coração ouve melhor, um coração grato vê melhor”. Finalmente, o arcebispo de Manaus agradeceu à equipe formadora, “por se disponibilizarem a nos ajudar na arquidiocese, mas nas dioceses e prelazias”, mostrando sua gratidão pela disponibilidade, pelo tempo, pela presença dos formadores, pedindo que “esse também seja um modo de cultivar o próprio ministério, a própria vocação”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Desafios na Preparação Matrimonial foi tema da VI Assembleia da Pastoral Familiar Regional Norte1

A Pastoral Familiar do Regional Norte1 realizou de 29 de novembro a 1º de dezembro, na paróquia São Jorge de Manaus sua VI Assembleia Regional, com o tema: “Família Peregrina da Esperança“, e o lema: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1Cor. 15, 58). Depois da acolhida e a missa de abertura, o bispo da diocese de Coari e referencial da Pastoral Familiar no Regional Norte1, refletiu sobre “O Matrimonio à luz da Sagrada Escritura”. Ao longo do encontro foi partilhado um vídeo sobre a participação do Regional no XVII Congresso Nacional da Pastoral Familiar, sendo apresentado posteriormente o balanço financeiro e sustentabilidade para evangelização da Pastoral Familiar no Regional. Os participantes refletiram sobre “o Sacramento do Matrimônio e as Normativas Canônicas sobre o Processo de Nulidades”, com a assessoria de Pietro Bianco Epis, do Tribunal Eclesiástico de Manaus, tendo a oportunidade de perguntar e resolver dúvidas. Foi feita uma partilha sobre como as igrejas locais estão realizando a preparação para o Sacramento do Matrimônio, sendo abordado posteriormente o tema da “Preparação Matrimonial como Caminho de Esperança – Aplicação do Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para o Sacramento do Matrimônio e Documento 68”, com a assessoria de Frei José Faustino, assessor da Pastoral Familiar no Regional Norte1. Posteriormente foram pensadas estratégias de como aplicar o itinerário em cada igreja local, em vista de avançar na Implantação do Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado para o Sacramento do Matrimônio nas igrejas locais e a formação de casais catequistas. Foram realizados diversos informes visando a dinamização da Pastoral Familiar e o trabalho de integração (sinodalidade). Finalmente, a secretária executiva do Regional Norte1 repassou o que foi vivenciado na 51ª Assembleia Regional CNBB Norte1, e dom Marcos Piatek apresentou o “Documento Final do Sínodo dos Bispos Sobre a Sinodalidade”. O casal coordenador da Pastoral Familiar Norte1, Antônio Ronildo Viana dos Santos e Rosenilda Azevedo Ferreira, destacaram que ao longo do encontro foi refletido a partir dos documentos da Igreja, do Papa Francisco, da CNBB, para ver como avançar nos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na preparação matrimonial a partir do itinerário apresentado pela Pastoral Familiar Nacional. “Momentos importantes, reflexivos, participativos que nos desafiam a continuar firmes e animados na missão da Pastoral Familiar no nosso Regional Norte1”, destacou Ronildo. Ele destacou a vivencia sinodal no Regional Norte1 e o apoio que a Pastoral Familiar recebe da presidência, fazendo um chamado a voltar com alegria para as igrejas locais para continuar a missão. Rosenilda destacou os passos dados como Pastoral Familiar no Regional e nas igrejas locais, “tem chegado às famílias a mensagem da Pastoral Familiar, aquilo que a Igreja nos encaminha, aquilo que o Papa Francisco nos interpela para ir até as famílias que estão fora da Igreja, em parceria com as demais pastorais, movimentos, serviços e organismos”, sublinhou. No final da assembleia, dom Marcos Piatek destacou a importância da assembleia para a caminhada da Pastoral Familiar, assim como a temática e o material apresentado, um itinerário que está sendo implantado nas paróquias, “muito mais amplo, mais profundos e ele já começa a trazer frutos mais profundos e positivos na preparação do Matrimonio, uma decisão que deve abranger a vida toda, e que não pode se limitar a um ou outro encontro, exige mais tempo, mais seriedade, mas aprofundamento, e quem tem que ganhar é a própria família com tudo isso”. Na Carta Final, que recolhe os passos dados ao longo a assembleia, se diz que “urge o apoio ainda maior dos senhores bispos, padres, diáconos, religiosos(as) e agentes de pastoral, à missão da Pastoral Familiar, quanto a preparação matrimonial, a partir do “Itinerário Vivencial Personalizado” em sintonia com Igreja do Brasil e do Regional Norte 1, e demais atividades, em organicidade e comunhão com nossos irmãos e irmãs dos Movimentos, Organismos, Serviços e Pastorais afins, que atuam na vivência familiar”, mostrando a disponibilidade “para apoiar, acompanhar, estreitar e partilhar nossas práticas pastorais, a partir da Pastoral Familiar”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1  

Cardeal Steiner: “O Advento é tempo para verificar o nosso desejo de Deus”

“Com a celebração de hoje iniciamos um novo Ano Litúrgico. Nos colocamos a caminho de Belém, com o primeiro domingo do advento”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner no início de sua homilia. Segundo o presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), “o Evangelho anuncia do tempo novo que estamos por iniciar: ‘Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.’ Ao iniciarmos o caminho até Belém somos iluminados pela palavra da libertação. A libertação se aproxima, pois está por nascer o Filho que nos será dado, o Emanuel.” O cardeal lembrou as palavras de Papa Francisco: “O Advento é o tempo que nos é concedido para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro, também para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar em frente e nos preparar ao regresso de Cristo. Ele voltará a nós na festa do Natal, quando fizermos memória da sua vinda histórica na humildade da condição humana; mas vem dentro de nós todas as vezes que estamos dispostos a recebê-lo, e virá de novo no fim dos tempos para ‘julgar os vivos e os mortos’. Por isso, devemos estar vigilantes e esperar o Senhor com a expetativa de o encontrar.” O arcebispo de Manaus vê o Advento como: “espera, expectativa, vinda! Ele virá, está por vir! Somos convidados a nos prepararmos para a Vinda do Senhor! Com o Advento, abrimos o ano litúrgico para celebrarmos a presença do Filho de Deus entre nós! Por isso, ‘haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só de pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.’ A Palavra de Jesus a nos despertar para o tempo novo que está por chegar!” “O Evangelho a nos indicar a vinda do Filho do Homem ‘com grande poder e glória’ (Lc 21,27) convidando-nos a retomar o ânimo e a levantar a cabeça porque ‘a libertação está próxima’ (Lc 21,28). A palavra ‘libertação’ (“apolytrôsis”) é o ‘resgate de um cativo’. O resgate, a libertação que a Criança de Belém nos aponta. A salvação-libertação da humanidade, concretizado nas palavras e nos gestos de Jesus, é apresentado como libertação do egoísmo, do pecado, da morte. É a libertação de tudo o que nos escraviza, domina, e nos impede de viver na dignidade de filhos e filhas de Deus”, sublinhou o cardeal Steiner. O presidente do Regional Norte1 disse que “Ele chega sem aviso, sem alarde! Sua chegada silenciosa e cândida pede acolhimento, vigilância e atenção. Assim, nos encontrará de pé, vigilantes, prontos, disponíveis para acolhê-lo! E contemplaremos o Filho de Deus reclinado na manjedoura de Belém revestido de nossa fragilidade e humanidade. Tocados pela pobreza e singeleza de Deus, nos inclinamos, como os pastores, para admirá-lo, adorá-lo e servi-lo (Lc 12,35-48). A Criança-Deus, que transforma nossa humanidade, nos envia ao encontro dos mais necessitados (Lc 14,15-24).” Citando o texto bíblico: “Levanta-vos, erguei a cabeça, vigiai e orai”, ele lembrou que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias que os discípulos da Criança de Belém experimentam; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história”, segundo diz Gaudium et Spes. Com a mesma citação: “Levantai-vos, erguei a cabeça, vigiai e orai”, afirmou que “o Evangelho a nos acordar para uma sensibilidade própria, única, capaz de despertar para a presença de Jesus-Menino que deseja nos encontrar. Deixarmo-nos encontrar por uma sensibilidade vença a nossa insensibilidade.” Ele lembrou as palavras de Papa Francisco em Evangelii Gaudium: “A situação atual do mundo ‘gera um sentido de precariedade e insegurança, que, por sua vez, favorece formas de egoísmo coletivo’. Quando as pessoas se tornam autorreferenciais e se isolam na própria consciência, aumentam a sua voracidade: quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. Em tal contexto, parece não ser possível, para uma pessoa, aceitar que a realidade lhe assinale limites; neste horizonte, não existe sequer um verdadeiro bem comum. Se este é o tipo de sujeito que tende a predominar numa sociedade, as normas serão respeitadas apenas na medida em que não contradigam as necessidades próprias. Por isso, não pensemos só na possibilidade de terríveis fenómenos climáticos ou de grandes desastres naturais, mas também nas catástrofes resultantes de crises sociais, porque a obsessão por um estilo de vida consumista, sobretudo quando poucos têm possibilidades de o manter, só poderá provocar violência e destruição recíproca.” Talvez, o advento nos possa acordar e percebermos que “nem tudo está perdido, porque nós somos capazes de tocar o fundo da degradação, também de superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se, para além de qualquer condicionalismo psicológico e social que lhes seja imposto. São capazes de se olhar a si mesmos com honestidade, externar o próprio pesar e encetar caminhos novos rumo à verdadeira liberdade. Não há sistemas que anulem, por completo, a abertura ao bem, à verdade e à beleza, nem a capacidade de reagir que Deus continua a animar no mais fundo dos nossos corações. A cada pessoa deste mundo, peço para não esquecer esta sua dignidade que ninguém tem o direito de lhe tirar”, disse, citando novamente Evangelii Gaudium. “O Advento a nos recordar as três visitas do Deus à humanidade: ‘A primeira visita foi a Encarnação, o nascimento de Jesus na gruta de Belém; a segunda acontece no presente: o Senhor visita-nos…
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Formação na Diocese de Roraima para “desenvolver e pensar uma cultura do cuidado a partir dos espaços eclesiais”

O dia 29 de novembro aconteceu na diocese de Roraima o encontro com a Vida Religiosa Consagrada, os padres, as lideranças das diversas pastorais e as secretárias das paróquias. Foi trabalhado o Protocolo de Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis, “um dia intenso de estudo, de reflexão e partilha, onde a gente pode socializar o documento, bem como encaminhar e desencadear todo um processo de formação na diocese de Roraima”, segundo a secretária executiva do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Ir. Rose Bertoldo, assessora do encontro. Segundo a religiosa, “aquilo que nos pede o documento, que as igrejas locais, elas façam todo um processo de formação, tanto para dar a conhecer o documento, como também para iniciar um processo de prevenção, sensibilização, sobre o tema da proteção de crianças, adolescentes e adultos vulneráveis”. Se busca “desenvolver e pensar uma cultura do cuidado a partir dos espaços eclesiais”, destacou a religiosa, que considerou o encontro como “um momento de muito aprendizado e também de troca de experiências, onde a gente pode conhecer, aprofundar e se apropriar do documento de proteção que foi assumido pelo Regional Norte 1”. No dia 30 de novembro, no Conselho de Pastoral da Diocese de Roraima, que reúne todos os representantes dos mais diversos grupos, pastorais e organismos, foi realizado o mesmo processo de estudo e aprofundamento, no objetivo de dar a conhecer, e também a partir de todo esse estudo, toda essa reflexão, ver os desdobramentos para cada grupo, cada pastoral, cada comunidade, se comprometer a continuar os estudos e assim desenvolver uma cultura do cuidado e da proteção de crianças, adolescentes e adultos vulneráveis em todos os espaços eclesiais da diocese, afirmou a religiosa. Segundo o bispo diocesano, dom Evaristo Spengler, esse é “um tema muito caro ao Papa Francisco, e pede que todas as igrejas do mundo, todas as dioceses possam fazer um trabalho de formação, de conscientização e prevenção sobre a questão da proteção a crianças, adolescentes e adultos vulneráveis”. O bispo sublinhou que “todos os nossos padres, irmãs, agentes de pastoral, colaboradores, funcionários da diocese têm que saber que a Igreja tem um código, tem um decreto que fala sobre a proteção dos menores”. Dom Evaristo considera muito importante “todos ter essa consciência de saber que Jesus diz vinde a mim as criancinhas”. É por isso que, segundo o bispo, “nós temos que de fato proteger para deixá-las crescer sempre em um ambiente de muita tranquilidade, de paz, para serem também adultos maduros e adultos que possam de fato viver de uma forma equilibrada”, sublinhando a necessidade de seguir o mestre e proteger as crianças e os vulneráveis. O bispo diocesano lembrou que esse tema começou a ser trabalhado no episcopado de seu predecessor, dom Mário Antônio da Silva, e vem sendo um trabalho contínuo. Em 2024 já foi realizada uma formação com dom Hudson Ribeiro, e “agora com a irmã Rose pegamos dois grupos significativos em nossa diocese”, atingindo mais de 150 pessoas. Ele insistiu em que quer ser feito “um processo em cascata, que vai chegando em todas as paróquias, todas as pastorais, a todas as comunidades, para que o tema da proteção seja um tema que esteja na mente e no coração de todos aqueles que são membros e servem a Igreja de Roraima”. Dom Evaristo Spengler disse que “esse tema continuará a ser trabalhado constantemente em nosso meio, porque sabemos que o ser humano tem que se vigiar a se mesmo e criar estruturas de proteção, formando aqueles que colaboram conosco e que fazem parte da nossa Igreja e de modo especial prevenir para que os fatos não aconteçam, e quando acontecer tratar de fato a pessoa que é doente, mas também proteger a vítima, que é aquela que é mais frágil nesse momento”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Fotos: Lucas Rossetti, Rádio Monte Roraima

Diocese de Roraima oficializa doação de terras e fortalece regularização fundiária em Boa Vista

Em um gesto histórico, a Diocese de Roraima formalizou a doação de uma área de 199,86 hectares remanescente da antiga Fazenda Auazinho, localizada na Gleba Cauamé. A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira (25), durante a abertura da 2ª Semana Nacional de Regularização Fundiária na sede do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). A faz parte do projeto “Solo Seguro”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e beneficiou cerca de 1.100 famílias em três bairros de Boa Vista: Nova Canaã, Cambará e Professora Araceli Souto Maior. A decisão da Diocese reflete um gesto jubilar alinhado aos valores da Igreja Católica e às orientações do Papa Francisco, que defende os “três T” – terra, teto e trabalho – como direitos sagrados pelos quais vale a pena lutar. O bispo da Diocese de Roraima, Dom Evaristo Pascoal Spengler, destacou o significado desse ato como um gesto jubilar. “Inspirados pelo Papa Francisco, que enfatizam os direitos sagrados à terra, ao teto e ao trabalho, entendemos essa doação como uma resposta às demandas sociais e uma contribuição à paz social, promovendo o direito à moradia digna e segurança jurídica para essas famílias”, afirmou o bispo. O prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, ressaltou os resultados positivos da doação para o processo de regularização fundiária. “Durante a minha gestão, entregamos 1.954 títulos definitivos, e agora, com essa doação, teremos a oportunidade de regularizar cerca de 1.100 imóveis, mais de 50% do que já realizamos até agora. Isso garante que todas essas famílias tenham acesso ao documento que garantir a posse de fato e de direito sobre seus imóveis, residenciais ou comerciais. Com o título definitivo, os moradores terão segurança jurídica, acesso a crédito e avaliação de imóveis”, explicou o prefeito. A Diocese também superou consideráveis ​​desafios para viabilizar a doação, conforme relatado o econômico Vivaldo Barbosa. “Mesmo para doar, enfrentamos dificuldades, como encargos tributários e de cartórios. Graças ao apoio do Tribunal de Justiça, conseguimos isentar esses custos, garantindo a gratuidade do processo para os ocupantes das terras”, comentou. Além de promover a segurança jurídica, a ação marca um importante avanço no desenvolvimento social e urbano de Boa Vista, como enfatizou o juiz auxiliar do CNJ, Rodrigo Gonçalves de Souza. “Essa parceria entre o Poder Judiciário, a Prefeitura e a Diocese possibilita a regularização fundiária, promovendo a inclusão social e a redução de desigualdades. Estima-se que cerca de metade dos domicílios no Brasil enfrente incertezas quanto à titularidade das propriedades. Esse processo é um exemplo para o país”, destacou o magistrado. Os próximos passos incluem o recadastramento das famílias, a precisão dos lotes e a emissão dos títulos definitivos. O prefeito garantiu que o processo será gratuito para famílias de baixa renda e que a Prefeitura, por meio da Emhur (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional), conduzirá o levantamento diretamente nas áreas beneficiadas. Com a formalização da doação, a Diocese de Roraima reafirma seu compromisso com a justiça social, enquanto a Prefeitura de Boa Vista avança no desafio de garantir segurança jurídica e qualidade de vida para milhares de moradores da capital. Semana Nacional do Solo Seguro A cerimônia integrou as ações da Semana Nacional de Regularização Fundiária, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A iniciativa busca acelerar processos de regularização urbana e rural, com foco na Amazônia Legal, e foi considerada crucial para o desenvolvimento socioeconômico da região. Com a formalização da doação, a Prefeitura de Boa Vista iniciará o recadastramento das famílias e a medição dos lotes, garantindo que o processo seja gratuito para moradores de baixa renda. Este gesto reforça o compromisso da Diocese de Roraima com a justiça social e a promoção da dignidade humana, em consonância com o chamado do Papa Francisco para um Jubileu de perdão e solidariedade.  FONTE/CRÉDITOS: Dennefer Costa -Diocese de Roraima e Rádio monte Roraima Fm

Papa Francisco nomeia frei Samuel Ferreira de Lima, OFM, bispo auxiliar de Manaus

O Papa Francisco nomeou nesta segunda-feira, 25 de novembro, frei Samuel Ferreira de Lima, OFM, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus. Nascido no Rio de Janeiro no dia 28 de maio de 1967, ele fez sua profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 24 de setembro de 1993 em Petrópolis – RJ, sendo ordenado presbítero em 27 de janeiro de 1996 em São João de Meriti – RJ. O bispo eleito tem formação técnica em Química, é licenciado em Filosofia pela Universidade São Francisco, de São Paulo – SP, e bacharel em Teologia pelo Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis – RJ. Frei Samuel estudou Espiritualidade Franciscana e tem especialização Lato Sensu em Formação Humana pela Faculdade Vicentina de Curitiba – PR, além de diversos cursos. Enviado pela Ordem Franciscana, o bispo eleito da arquidiocese de Manaus foi missionário em Angola de 1996 a 2006, onde foi capelão do Mosteiro Sagrado Coração de Jesus, em Luanda, professor de Filosofia, Doutrina Social da Igreja e Pedagogia, vigário paroquial, formador, assistente das Irmãs Clarissas, mestre dos professos, guardião, ecônomo e conselheiro da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, na Missão Católica da Katepa – Malange. Na volta ao Brasil, frei Samuel foi guardião, ecônomo, moderador da Evangelização Missionária, vice mestre dos postulantes, assistente das Irmãs Clarissas, mestre de Noviços, Vigário Paroquial e assistente da OFS, definidor da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, mestre dos pós-noviços, animador do SAV, membro da Capelania ecumênica do Hospital Nossa Senhora do Rocio, mestre dos noviços, e vigário da casa. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1