No 6º domingo do Tempo Comum
do ciclo A, Verónica Rubi nos lembra que “cada domingo vamos fazendo uma
leitura consecutiva do Evangelho de Mateo”. Três domingos atras, nos lembra a
missionária leiga na Diocese de Alto Solimões, “ouvimos que Jesus subiu ao
monte com seus discípulos para ensinar-lhes, e lhes deu a conhecer as
bem-aventuranças como fundamento principal para a verdadeira felicidade”.
“No domingo passado
ouvimos outro ensinamento: ‘vos sois o sal da terra, vos sois a luz do mundo’,
destacando a importância de nossas obras, da nossa vida que glorifica ao Pai”,
afirma. “Neste domingo continuando os ensinamentos na montanha, Jesus diz que Ele
veio para dar pleno cumprimento à Lei e aos Profetas, não porque faça outra
interpretação ou explicação das profecias, senão porque Ele mesmo é a plenitude
da Lei, Jesus é a Plenitude, ele com sua vida, sua maneira de obrar, suas
prioridades, sua atenção aos desfavorecidos, com seus ensinamentos, nos revela
o coração do Pai”, segundo a missionária.
“Nós estamos chamados a
segui-lo de perto, para conhecê-lo e aprender dele, e assumindo nosso batismo,
ser discipulas- discípulos do Deus conosco e com ele protagonistas do Reino dos
Céus”, lembra Verônica. Segundo ela, “nesse momento, no Monte, Jesus também
lembra o que diz a Lei: ‘não mataras’, ‘não cometeras adultério’, ‘não jurarás
falso’, mais Ele não fica na proibição do que não devemos fazer, do que no está
certo, ele se preocupa pelas intenções mais profundas do nosso coração, por ser
elas as que motivam nossas ações”.
Jesus “nos chama a
reconciliação com quem temos brigado, insultado, mal decido no nosso coração,
tenta fazer-nos entender que na Lei de Deus que é o Amor, não adianta só não
matar, o revolucionário é fazer o bem até mesmo aqueles que nos desejam o mal”,
destaca Verónica Rubi. Ela nos levar a nos questionar: “Alguma vez tenho conseguido responder bem por mal?
Procuro a reconciliação explicita ou implícita com aquele que me distanciei?”
Segundo a missionária, “quanto ao adultério, que é romper a relação de
fidelidade entre conjugues, Jesus não fica só na relação carnal, também fala do
desejo, deixando claro que é a intenção, o impulso, o que estamos chamados a
trabalhar, em função do bem, da verdade, da plenitude”. Daí ela se pergunta: “Como
estou neste aspecto de minha vida? Consigo trabalhar, modelar meus impulsos ou
eles me cegam em busca da satisfação?”
“Por último, fala do valor da palavra dada e nos motiva a viver na
Verdade, a dizer as coisas como são, até mesmo se assumir a realidade nos causa
problemas”, destaca, nos questionado: “Qual é minha experiencia, vivo na
verdade ou vou pelo mundo modificando as situações a minha conveniência?
Reconheço que dizer uma coisa por outra é uma mentira, tento trabalhar isso em
mim?”. Daí ela lembra: “que seja nosso Sim, Sim, nosso
Não, Não”. Isso a faz ver que “ainda temos muito por andar, muito que melhorar,
que Jesus nos anime no caminho de discípulas-missionários e nos fortaleça com
sua graça para glorificar ao Pai”.